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Resumo Direito Civil - Teoria do pagamento ou do adimplemento (arts. 304 a 307, CC)

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Direito civil 
Teoria do pagamento ou do adimplemento 
 
 
 
Pagamento: 
 é o cumprimento voluntário de 
qualquer obrigação/prestação; não se 
refere só a valores. 
 
 
 
Não há um consenso na doutrina. 
Uns entendem que é um Ato jurídico 
stricto sensu; 
Outros entendem que é um Negócio 
Jurídico; 
Roberto de Ruggiero entende que 
ora será uma coisa e ora será outra. 
 Vai depender da natureza 
jurídica da obrigação. 
 
 
 
 
 
1. Exatidão 
 O pagamento deve ser exato; 
 Deve ser integral, não parcial; 
 Quando for exato, deverá ser 
direto. 
Ex: Se eu devo 10 vacas, tenho que 
pagar as 10 vacas. 
Se eu paguei somente 9, ainda estou 
inadimplente. 
Devo pagar a pessoa certa e no valor 
correto, se não será pagamento 
indevido. 
 Porém este pagamento poderá 
ser feito de forma indireta: 
Será indireto (forma especial de 
pagamento) quando ocorrer de forma 
diversa. 
Ex: Alguém entra com uma ação 
exigindo o pagamento por uma tutela 
Obrigações 
Conceito 
Natureza jurídica – o que significa 
para o direito? 
Requisitos de validade do 
Pagamento 
específica – haverá o pagamento de 
forma indireta, não foi de forma 
voluntária. 
Outro ex. é: Devo 10 vacas e a 
prestação vence, não tenho condição 
e ofereço meu carro como forma de 
pagamento – instituto dação em 
pagamento. 
 
 Se o pagamento for errado, 
estaremos diante de um 
pagamento indevido. 
 
2. Licitude 
O pagamento tem que ser lícito, e, a 
obrigação anterior deve ser válida. 
Se a obrigação for inválida, o 
pagamento será inválido – então 
estaremos diante de um pagamento 
indevido. 
Ex: Pagamento feito a pessoa 
errada: estaremos diante de um 
pagamento subjetivamente indevido. 
Ex: Pagamento feito a pessoa certa, 
mas no valor errado: objetivamente 
indevido. 
 
 Nas hipóteses de pagamento 
indevido caberá uma ação: 
- Ou a repetição de indébito, ou; 
- Actio in rem verso – Art. 876, CC. 
(efeito processual do pagamento 
indevido) 
 
3. Espontaneidade 
Animus solvendi (intenção de pagar); 
Se a pessoa não houver a intenção de 
pagar irá se configurar em um 
pagamento indevido, ou em uma 
forma especial de pagamento. 
Se não houver a espontaneidade 
poderá estar ocorrendo algum dos 
vícios já estudados, como por ex. a 
coação. 
 
4. Sujeitos do Pagamento 
Sujeito ativo: “Solvens” (quem paga) 
ou o pagador. 
 Devemos nos atentar, pois o 
devedor nem sempre será o 
“solvens”, outra pessoa poderá 
pagar por ele. 
Sujeito Passivo: “Accipiens”(quem 
recebe) ou recebedor. 
 
 Atenção: os sujeitos do 
pagamento deverão ser 
analisados na hora do 
adimplemento! 
 
 
 
 
1. Devedor 
2. Terceiro interessado 
3. Terceiro não interessado 
 
 Devedor 
Regra geral: o devedor é o 
sujeito ativo do pagamento, ou o 
“solvens”. 
 
 Terceiro interessado 
Interessado: todos aqueles que 
possuem um vínculo com a relação 
obrigacional e, portanto, tem 
interesse no pagamento da dívida. 
 Exemplos de Terceiro 
interessado: fiador, avalista, 
herdeiro, sublocatário, co-
devedor solidário, etc. 
 
Regra geral: Qualquer interessado 
na extinção da dívida pode pagá-la. 
O interessado poderá utilizar de 
todos os remédios jurídicos para o 
pagamento da dívida, mesmo que o 
credor se oponha ao pagamento – 
exceto se a obrigação for 
personalíssima. 
 Obrigação personalíssima: O 
credor não é obrigado a 
aceitar pagamento de terceiro 
quando a obrigação do devedor 
primitivo for personalíssima, 
nesse caso a obrigação deverá 
ser paga pelo próprio devedor. 
 
Consequências jurídicas do 
pagamento efetuado pelo terceiro 
interessado: 
Ocorre a sub-rogação da obrigação – 
transfere todos os direitos e 
deveres (art. 349, CC); 
Esta sub-rogação é automática (art. 
346, CC): “Ope legis” ou “ipso juri” 
 
 Terceiro não interessado 
O terceiro não interessado não tem 
relação jurídica com a relação 
obrigacional. Ele pode ter um 
interesse moral ou sentimental em 
relação ao devedor, ou quanto à 
dívida, mas não tem relação jurídica 
com a obrigação. Ex: pai que paga a 
dívida de um filho. 
Art. 304, CC – Quem deve pagar a 
dívida? 
Solvens 
Pode pagar a dívida de duas 
formas: 
1. Em nome e à conta do 
devedor (art.304, par. Único, 
do CC) 
 
 O terceiro não interessado 
que pagar a dívida em nome do 
devedor não terá direito a 
reembolso. 
 
2. Em seu próprio nome (Art. 
305 do CC) 
 
 Sub-roga nos direitos do 
credor: o terceiro não 
interessado que pagar a dívida 
em seu próprio nome terá 
direito a ser reembolsado, no 
entanto, não poderá assumir 
todos os demais direitos do 
credor. 
Obs: Se pagar em seu próprio nome 
e exigir cláusula de sub-rogação, 
ocorrerá a sub-rogação convencional 
(art. 347, CC). 
Diferentemente da sub-rogação do 
terceiro interessado prevista no art. 
346, CC, no caso do terceiro não 
interessado, não ocorrerá 
automaticamente (em regra). 
 
Art. 305 par. Único: se o terceiro 
não interessado pagar a dívida antes 
de vencida, somente terá direito ao 
reembolso na data do vencimento da 
dívida. 
 
 
 
O terceiro pagou o credor: 
a) Sem conhecimento 
b) Com a oposição do devedor 
Não obriga o devedor a reembolsar 
se tinha meios de ilidir a ação. 
 Ilidir a ação: o devedor tinha 
meios de defesa para extinguir 
a dívida/obrigação. 
 
 
 
Aqui é o próprio devedor que está 
efetuando o pagamento representado 
por alguém; 
 Representante convencional: 
contrato (procuração); 
 Representante legal: pais, 
tutor, curador; 
 Representante judicial: 
inventariante, administrador 
judicial. 
 
 
Art. 306 – Pagamento sem 
conhecimento ou oposição do devedor 
Representante do devedor 
 
 
Se o devedor (ou terceiro) pagar a 
dívida com objeto (bem móvel ou 
imóvel) o pagamento da dívida 
somente terá eficácia se a pessoa 
que deu o objeto/bem em pagamento 
era proprietária do bem ou tinha 
legitimidade para dar o bem em 
pagamento. 
 
Art. 307 par. Único: Há três requisitos 
para que o pagamento tenha eficácia, 
mesmo que o devedor tenha dado em 
pagamento um objeto que não lhe 
pertencia: 
1. Que o bem seja fungível; 
2. Que o credor tenha agido de 
boa-fé ao receber o 
pagamento; 
3. Que o bem fungível já tenha 
sido consumido pelo credor. 
 
Art. 307 – Pagamento da dívida com 
objeto

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