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MÓDULO 1- FARMACOLOGIA - ANOTAÇÕES DAS AULAS

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FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
AULA 1: VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E FORMAS FARMACÊUTICAS
● Lipossolubilidade - atravessar as membrana celulares
● Fármaco - princípio ativo (composição química)
● Medicamento - contém o fármaco e outras substâncias excipientes (pode ser
lipossolúvel e hidrossolúvel)
● Remédio - qualquer dispositivo que serve para remediar uma condição patológica
● Droga
Importância dos princípios de farmacocinética
- Adaptar uma medicação correta para a situação do paciente
- Conscientizar o paciente dos efeitos adversos
- Identificar uma reação adversa como queixa principal
POTÊNCIA DO FÁRMACO = Quantidade relativa de fármaco necessária para produzir uma
resposta
- Quanto maior a potência, menor a quantidade do fármaco necessária para produzir
uma resposta
- Potências diferentes para fármacos diferentes
EFICÁCIA = Efeito do fármaco como resposta máxima que ele é capaz de produzir
CE-50: Concentração eficaz que produz 50% de resposta máxima
DE-50: Dose eficaz para 50% da população
Farmacocinética - Movimentação do fármaco através do corpo - caminho - O que o corpo
faz com o fármaco
Vias de administração: oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, etc.
- Absorção: passagem do fármaco no local
- Administrado para a circulação sistêmica
- Distribuição
- Metabolismo
- Excreção
Biodisponibilidade = O quanto do fármaco/ porcentagem que chega na circulação sistêmica/
compartimento central.
Metabolismo de primeira passagem: primeiro contato do fármaco com o fígado
● Na via sublingual não há perda pelo metabolismo de primeira passagem
● Na via retal há cerca de 50% de perda pelo metabolismo de primeira passagem
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Enterais
- Via oral
- Sublingual
- Retal
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Injeção
- Intravenosa
- Intramuscular
- Subcutâneo
- Intra arterial
- Epidural
- Intra óssea (medula óssea)
- Intra tecal / hack (subaracnoidea)
- Intra articular
- Intraocular
Via Inalatória (absorção pulmonar)
Vias epiteliais (superfícies epiteliais)
Via oral: Destruição por enzimas digestivas ou por pH baixo - desvantagem contornada com
cápsula de celulose
Via sublingual:
- Absorção pela mucosa oral
- Área de absorção é pequena
- Drenagem venosa - cai direto na veia cava
Injeção parenteral - Fatores limitantes da velocidade de absorção
- Solubilidade para difusão através do tecido
- Fluxo sanguíneo local
Intravenosa
Subcutânea
- Taxa de absorção constante e lenta
- Produz efeito prolongado
- Diferentes preparações: alterações no tamanho da partícula, formação de complexo
protéico, variação de pH, acréscimo de agente vasoconstritor
Vias odontológicas
Via intracanal - Considerada via parenteral
- Uso odontológico exclusivo
- Efeito local no canal radicular e cavidade pulpar
Via supraperióstica - Puncionar a mucosa, agulha penetre até a região submucosa, junto ao
periósteo, mas sem atingi-lo
Via intraóssea
Via intraligamentar
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Formas farmacêuticas básicas
● Comprimido
● Cápsulas
● Suspensão
● Solução
Formas farmacêuticas específicas - Características de formulação
● Aerossol
● Para diluição
● Para infusão (administração lenta)
● Sólidas
● Semi sólidas
● Líquidas
● Gasosas
Faixa / janela terapêutica: Entre o mínimo e o máximo
- Concentração máxima ou tóxica
- Concentração mínima terapêutica
AULA 2: FARMACOCINÉTICA
FARMACOCINÉTICA - Regime de dosagem
- Absorção
- Distribuição
- Metabolização
- Eliminação
Os eventos que se seguem após a administração de um medicamento podem ser divididos
em 2 fases:
Efeitos farmacocinéticos - O que o corpo faz com o fármaco
Dose da droga administrada - ABSORÇÃO - Concentração da droga na circulação
sistêmica - BIODISPONIBILIDADE
- DISTRIBUIÇÃO - Droga distribuída nos tecidos
- METABOLIZAÇÃO - Droga metabolizada ou excretada
- ELIMINAÇÃO
● Concentração da droga no local de ação (tecidos alvos)
Efeitos farmacodinâmicos (intensidade / magnitude do efeito) - O que o fármaco faz
com o corpo
● Efeitos farmacológicos
● Resposta clínica
- Toxicidade
- Eficácia
FARMACODINÂMICA - Efeitos
- Efeitos bioquímicos / fisiológicas
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Administração através de diferentes vias
Fármacos - órgãos alvos - Efeitos bioquímicos / fisiológicos (secreção, contração,
metabolismo, crescimento, etc)
● Área sob a curva de concentração (ASC)
● Concentração mínima eficaz (CME)
● Nível plasmático efetivo (NPE)
● Concentração máxima tolerada (CMT)
INTENSIDADE E DURAÇÃO DO EFEITO DOS FÁRMACOS
● Fatores cinéticos
● Fatores farmacodinâmicos
● Fatores genéticos- polimorfismo genético
● Fatores fisiológicos- peso, idade, gordura corporal, fatores interespécie
● Fatores ambientais
● Doenças
● Estresse
Ácidos e bases orgânicas fracas - antipáticos
- Ionização em meio aquoso - hidrossolúvel
- Ph
- Forma não ionizada - molecular - maior coeficiente de partição - lipossolúvel - ideal
EQUAÇÃO DE HENDERSON HANSELBACH
- Para ácidos fracos - doam
Ph - Pka = log [íons] / [moléculas]
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Para bases fracas
Ph - Pka = log [moléculas] / [íons]
Absorção gastrointestinal- Concentração deve ser maior já que o fármaco é metabolizado e
parte é perdido
Distribuição das drogas para compartimentos especiais
● Barreira hematoencefálica - capilares com poucos espaços intercelulares - junções
oclusivas - passagem seletiva de drogas para o SNC. Essa penetração depende das
propriedades físico-químicas da droga - é melhor que seja mais lipossolúvel
- Drogas apolares
- Lipossolúvel
- Tamanho molecular reduzido (álcool)
● Barreira placentária - Conjunto de tecidos que se localizam entre a circulação fetal e
a materna. Essa barreira pode facilitar ou restringir a passagem de drogas da
circulação materna para a fetal
- Atravessam a barreira placentária as drogas lipofílicas e apolares com baixo
peso molecular
- Talidomida - má formação fetal
TRANSPORTE TRANSMEMBRANA DE FÁRMACOS
● Difusão passiva - a favor de um gradiente eletroquímico e de concentração -
Depende da lipossolubilidade
● Filtração
● Difusão facilitada - glicose (GLUTs)
● Transporte ativo
VARIÁVEIS LIGADAS AO FÁRMACO
- Lipossolubilidade
- Peso molecular
- Grau de ionização
- Concentração
- Pka do fármaco
- Forma farmacêutica
- Interações medicamentosas
VARIÁVEIS LIGADAS AO ORGANISMO
- Vascularização do local
- Ph do compartimento
- Superfície de absorção
- Tempo de esvaziamento gástrico
- Metabolismo
PROTEÍNAS FIXADORAS DE MEDICAMENTOS
Complexo droga-proteína
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Porção droga-proteína - Retidas
- Porção livre - Ação, biotransformação e eliminação
● No plasma
- Albumina - maior afinidade com fármacos ácidos
- Alfa 1 glicoproteína - maior afinidade com fármacos bases
- Globulinas
● No tecido
- Albumina
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
A = Ap + At
A- Quantidade do fármaco no organismo
Ap- Quantidade do fármaco no plasma
At- Quantidade do fármaco nos tecidos
Vd (volume de distribuição) = Vp + Vt (Flp/ Flt)
T/2 = 0,7 × Vd / Cl
Vd = dose / cp (concentração sanguínea)
MODELO DE DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS
Monocompartimental
- Assume-se que quando um fármaco é introduzido no organismo ele é rapidamente e
homogeneamente distribuído em todo o organismo
Bicompartimental
- Distribuição do fármaco não instantânea: rápida nos tecidos e órgãos muito
vascularizados (compartimento central) e lenta nos órgãos pouco irrigados
(compartimento periférico)
Equilíbrio é alcançado entre 3 a 4 meias vidas
AULA 3 - FARMACOCINÉTICA 2
METABOLISMO DE FÁRMACOS
- Tornar o fármaco uma molécula mais polar e inativa para posterior eliminação.
- Processo pelo qual os fármacos são convertidos a metabólitos por meio de
alterações químicas, geralmente sob ações de enzimas.
Fase 1 e fase 2
- Metabolismo de primeira passagem
- Objetivo: eliminar o fármaco(torná-lo mais hidrofílico), diminuir a atividade do
fármaco, suprimir a atividade biológica do fármaco.
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Pró-fármacos
- Ação inversa
- São administrados em uma forma inativa e ativados pelo metabolismo
● Reações químicas
FASE 1 DO METABOLISMO
Várias reações químicas: Oxidação principalmente
- Principais enzimas: CYPs
- Enzima Citocromo p450 (74 famílias) - Localizadas no retículo endoplasmático liso
- As famílias 1, 2 e 3 do citocromo p450 (isoformas CYP1, 2 e 3) codificam as
enzimas que participam da maioria das biotransformações de fármacos em humanos
- CYP 1A1, 1A2, 1B1, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1, 3A4 e 3A5
- Enzima mais expressa, responsável pela metabolização de mais de 50% dos
fármacos.
FASE 2 DO METABOLISMO
Conjugação
- Glicuronídeo
- Sulfato
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Aminoácidos
- Glicina
- Ácido glutâmico
- Ácido glucurônico
Enzimas
- Glutationa S transferase
- N-acetiltransferase
- Sulfotransferase
Originam conjugados mais polares que o composto original, que, em regra geral, não são
tóxicos e são rapidamente excretados
- Aumenta a eliminação renal do fármaco
Fatores que afetam a metabolização
Fisiológicos:
- Idade
- Espécie
- Estado nutricional
- Genética (polimorfismos)
Estados patológicos:
- Cirrose
- Hepatite
- Insuficiência cardíaca
- Alcoolismo
Farmacológicos:
● Inibição enzimática
● Indução enzimática
Ex: Álcool que induz a CYP, aumenta o metabolismo e "corta" o efeito de outros fármacos
pelo estímulo do metabolismo mais rápido
Metabolismo pode gerar produtos tóxicos
- Metabolismo do paracetamol pode gerar metabólitos hepatotóxicos
EXCREÇÃO DE FÁRMACOS
Principais vias de eliminação
- Rins - urina
- Sistema hepatocelular - bile
- Pulmões (gases anestésicos)
- Fezes (pacientes com insuficiência renal)
- Secreções - leite, suor, saliva
ELIMINAÇÃO RENAL
- Filtração glomerular: Passagem de fármacos do sangue para a urina
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Secreção tubular ativa (túbulo contorcido proximal): Secreção de fármacos por
capilares peritubulares (eletrólitos fracos). Ex: Penicilina (transporte ativo)
- Reabsorção passiva e ativa (túbulo contorcido distal): Reabsorção de fármacos
lipossolúveis
- Excreção: Urina
CINÉTICA DE ELIMINAÇÃO
Cinética de primeira ordem - Gráfico 1
- Eliminação depende da concentração do fármaco
- A cada meia vida será eliminado 50% da concentração inicial do fármaco
- A eliminação / depuração pode ser estimada pelo cálculo da área do gráfico sob a
curva (AUC) do perfil de tempo-concentração após 1 dose.
Cinética de ordem zero / saturação - Gráfico 2
- Eliminação em uma taxa constante
AULA 4 - FARMACODINÂMICA 1
Mecanismo de ação dos fármacos - O que o fármaco faz com o organismo
- Efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seu mecanismo de ação.
- Fornecer a base para uma utilização terapêutica racional dos fármacos.
- Permite a pesquisa de novos e melhores agentes de terapêuticos
- Alvo farmacológico
- Ativação de transmissão de sinal dentro ou fora da célula
- Efeito terapêutico
Alvo farmacológico: Macromoléculas funcionais (geralmente proteicas)
- Enzimas
- Canais iônicos
- Proteínas carregadoras
- Ácidos nucleicos
- Receptores farmacológicos
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Alguns efeitos dos fármacos não são mediados por meio da interação com esses alvos
farmacológicos. Ex: Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio), laxantes, etc.
Fármacos alteram a velocidade ou a magnitude de uma resposta fisiológica já
existente, em vez de produzir uma nova resposta celular intrínseca.
Proteínas: Constituem o grupo mais importante de receptores farmacológicos.
Ácidos nucleicos: Receptores para agentes quimioterápicos.
Fármacos que interagem com enzimas:
- Inibidor irreversível não competitivo
- Aspirina (ácido acetilsalicílico) como antiagregante plaquetário.
Fármacos que interagem com proteínas transportadoras:
- Inibidor de transporte de íons pelo túbulo renal
- Furosemida como diurético - inibe a reabsorção de sódio e água nos rins
Fármacos que interagem com canais iônicos:
- Bloquear canais controlados por voltagem
- Lidocaína - estabiliza a membrana neuronal por inibição dos fluxos iônicos
necessários para o início e a condução dos impulsos - ação de anestésico local
Fármacos que interagem com subunidade ribossômica da bactéria:
- Antibióticos
- Liga-se a subunidades ribossômicas 30S ou 50S
Fármacos que se ligam a ácidos nucleicos virais:
- Ligam-se ao DNA viral
- Zidovudina - agente anti retroviral - inibe competitivamente a incorporação, pela
enzima transcriptase reversa, da timidina ao DNA viral - impede a progressão da
doença causada pelo HIV
Fármacos que interagem com receptores:
- Para a farmacologia, receptores são moléculas-alvo por meio das quais os
mediadores farmacológicos, como hormônios, neurotransmissores, mediadores
inflamatórios, que se ligam para produzirem seus efeitos.
- Fenoterol - Broncodilatador (asma) - simpaticomimético de ação direta, estimulando
seletivamente os receptores beta2, em doses terapêuticas. Estimulação dos
receptores beta1 em dose mais alta. A ocupação de um receptor beta2 ativa a
adenilciclase por meio da proteína estimulante Gs.
- Atenolol - Anti-hipertensivo - bloqueador beta-1 seletivo no coração - redução da
frequência cardíaca
- Loratadina - Antialérgico (Anti-histamínico) - impede a liberação de histamina,
[amina] biogênica mediadora alérgica da rinite e da urticária
INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Agonista: Estabiliza o receptor com conformação ativa - Ativa o receptor e induz uma
resposta fisiológica intrínseca
- Mimetiza o mediador endógeno
Antagonista: Se liga ao receptor mas não estabiliza o receptor com conformação ativa -
Bloqueia o receptor
Afinidade: Ocupação do receptor
- Tendência do fármaco de se ligar ao receptor.
Constante de dissociação: Determina se vai haver maior ou menor afinidade.
- Maior a constante de dissociação, menor a afinidade do fármaco pelo receptor.
- Menor a constante de dissociação, maior a afinidade do fármaco pelo receptor.
Eficácia intrínseca: Ativação do receptor
- Tendência do fármaco em alterar a conformação e ativar o receptor, uma vez ligado.
Estrutura química do fármaco determina a afinidade de um fármaco por seu receptor.
- Modificações na estrutura - mudança nas propriedades farmacológicas.
Especificidade dos fármacos: Classes individuais de fármacos ligam-se apenas a certos
alvos biológicos, e alvos individuais só reconhecem determinadas classes de fármacos.
- Fármaco que interage com 1 tipo de receptor expresso em apenas um grupo de
células - Mais específico. Ex: Ranitidina (antagonista / inibidor competitivo dos
receptores H2 - reduz a secreção ácida gástrica - utilizado para tratar úlceras).
- Fármacos com a capacidade de bloquear diversos receptores - Menos específicos
- produzem efeitos colaterais. Ex: Antidepressivos tricíclicos - Bloqueio de recaptura
de monoaminas, principalmente norepinefrina e serotonina.
Nenhum fármaco age com total especificidade: Dependência com a dose - quanto maior
a dose, menor a especificidade.
TIPOS DE AGONISTAS E ANTAGONISTAS
Agonista pleno/total
- Estabiliza o receptor na sua conformação ativa
- Tem eficácia/ atividade intrínseca plena
- Produz uma resposta máxima tecidual (100%)
- Maior resposta que um tecido é capaz de induzir,
mesmo que nem todos os receptores estejam
ocupados
- Mesmo em pequenas doses podem produzir
respostas máximas
- Ex: Fenilefrina (agonista total/ pleno no receptor
adrenérgico alfa 1 - simpaticomimético sintético -
midriático, descongestionante nasal e cardiotônico).
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Agonista parcial ou antagonista parcial
- Estabiliza parte dos receptores na conformação ativa- Apresenta resposta submáxima mesmo quando ocupa 100% dos receptores
- Tem atividade intrínseca maior que 0 e menor que 100
- Antagonista parcial: Impede que um agonista total / mediador endógeno se ligue
ao seu receptor e deixem de desencadear seu efeito máximo. Ex: Buprenorfina -
agonista parcial morfínico - atua no receptor ų
Agonista inverso
- Estabiliza o receptor na conformação inativa
- Tem atividades intrínsecas menor que 0
- Eficácia inativa
- Diminui o grau de ativação dos receptores que são constitutivamente ativos
- Diminui o número de receptores ativados para menos do que observado na ausência
do fármaco.
- Ex: Anti-histamínicos
Agonista / modulador alostérico
- Liga-se à um sítio alostérico e pode potencializar os efeitos dos agonistas primários
- Sítios alostéricos: Locais no receptor diferentes do local de ligação do agonista.
- Ex: Benzodiazepínicos (clonazepam) atuam potencializando a ação inibitória do
neurotransmissor Ácido Gama Aminobutírico (GABA) - depressor do SNC
Antagonista
- Tem atividade intrínseca nula
- Bloqueia o receptor quando o mediador farmacológico está ligado a este.
CURVA CONCENTRAÇÃO X RESPOSTA
Eficácia será determinada por Emax (resposta máxima que o fármaco é capaz de
produzir).
Potência será determinada por CE50 (concentração necessária para produzir 50% do
efeito máxima de um fármaco)
- Fármaco mais potente - Menor CE50
- Potência depende da concentração ou dose
- Fármaco mais potente tem maior afinidade de se
ligar a determinado alvo / receptor
- Quanto maior a potência e a afinidade, menor a
constante de dissociação
- Potência e afinidade não estão intrinsecamente
relacionadas
- Eficácia é clinicamente mais útil que a potência
- Quando maior for a potência de um fármaco, menor
a dose necessária.
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
TIPOS DE ANTAGONISTA
ANTAGONISTA POR BLOQUEIO DE RECEPTOR
- Se liga ao receptor e bloqueia /impede a ligação do agonista / mediador endógeno
Antagonista competitivo: Compete pelo mesmo sítio de ligação - Reversível e irreversível
- Antagonista competitivo reversível diminui a potência / concentração do agonista.
Aumento do agonista endógeno desloca o antagonista do sítio de ação.
- Antagonista competitivo irreversível: A ligação é covalente ao local ativo do
receptor. Redução do número de receptores disponíveis para o agonista. Diminui a
eficácia do agonista. O aumento do agonista endógeno não é suficiente para
deslocar o antagonista competitivo irreversível do sítio de ação.
Antagonista não competitivo / alostérico
- Evita que o receptor seja ativado pelo agonista
- Reduz a quantidade de receptores disponíveis para ser ativado pelo agonista.
- Diminui a resposta máxima do agonista.
ANTAGONISTAS SEM RECEPTORES
Antagonista químico - Interação química entre fármacos
- Antagonista que se liga quimicamente a outra substância (ao agonista), inativando-a,
não a deixando causar efeito no organismo.
Antagonismo farmacocinético - Afeta a absorção, metabolização ou excreção
- Reduz a velocidade de absorção
- Reduz a velocidade de biotransformação
- Aumentar velocidade de excreção.
- Ex: antibiótico (rifampicina) e anticoncepcionais (etinilestradiol)
Antagonismo fisiológico
- Fármaco que possui efeitos farmacológicos contrários ao do agonista endógeno.
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Atuam em receptores diferentes.
- Ex: Histamina e adrenalina - Adrenalin é antagonista fisiológico da histamina
TOLERÂNCIA FARMACOLÓGICA / TAQUIFILAXIA
- Alterações em receptores
- Translocação em receptores
- Depleção de mediadores
- Adaptação fisiológica
Tolerância: Diminuição gradual da responsividade de um fármaco que pode levar horas,
dias ou semanas para se desenvolver.
Taquifilaxia: Fenômeno da tolerância que acontece de forma mais rápida.
AULA 5 - FARMACODINÂMICA 2: RECEPTORES FARMACOLÓGICOS
Receptores: Moléculas alvo por meio das quais mediadores fisiológicos se ligam para
produzir seus efeitos.
4 famílias de receptores:
- Inotrópico - Íons
- Metabotrópico - 7 - ptn G trimérica (subunidades alfa, beta e gama)
- Catalítico - 3 domínios (extracelular, transmembranar e intracelular enzimático)
- Nuclear - Dentro da célula (no citoplasma ou núcleo) - Fármaco muito lipossolúvel -
ex: anti-inflamatório esteroidal
RECEPTOR IONOTRÓPICO
- Semelhantes a canais iônicos e incorporam um sítio de ligação ao ligante
- Envolvidos na transmissão sináptica rápida - neurotransmissores rápidos agem
- Ativação do receptor: Influxo de ca2+ ou de Na+
- Ativação do receptor: Influxo de Cl- e efluxo de K+
- Receptor nicotínico - Acetilcolina (ach)
- Receptor GABAa - GABA
- Receptor NMDA - glutamato
Receptor nicotínico da acetilcolina
- Sua ativação por 2 mol de acetilcolina (Ach) provoca abertura do canal, resultando
em um influxo de sódio (Na+), seguido por despolarização da célula e consequente
contração muscular.
- OBS: Bloqueadores neuromusculares - antagonizam os receptores nicotínicos de
Ach provocando relaxamento muscular - adjuvantes durante a anestesia geral para
facilitar a intubação endotraqueal - Tubocurarina e Pancurônio
Receptor GABAa
Ex: Benzodiazepinicos
Ansiolíticos hipnóticos
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Diazepam
- Midazolam
- Lorazepam
Barbitúricos
- Fenobarbital - Anticonvulsivante
- Propofol - Anestésico geral
Receptor NMDA do glutamato
- Receptor AMPA
- Receptores de cainato
- Receptores NMDA
- Ex: Cetamina - Anestésico geral - Ação inibitória - Bloqueia a entrada de íons - Entra
no poro do canal iônico do receptor NMDA, bloqueando-o e, assim, impedindo o
fluxo iônico através dos canais
RECEPTORES METABOTRÓPICOS / GPCR - ACOPLADOS À PTN G
- Mais de 50% dos fármacos agem por esse tipo de receptor
- Acoplada a uma classe singular de moléculas - PROTEÍNAS G - Transdutor de sinal
- 7 alfa-hélices transmembranas (a cadeia que compõe o receptor atravessa a
membrana 7X)
- Existem 2 tipos: trimérica e monomérica
- Domínio N-terminal extracelular - região de ligação do ligante
- Domínio C-terminal intracelular - região de acoplamento à proteína G
- PTN G: GDP e GTP
Receptores metabotrópicos
- Receptores adrenérgicos
- Receptores muscarínicos
- Receptores opióides
- Receptores da serotonina
- Receptores da histamina
ATIVAÇÃO E DESATIVAÇÃO DA PROTEÍNA G - TRIMÉRICA
Em forma inativa, a proteína G está ligada ao GDP. Ligação do fármaco e mudança
conformacional do receptor (proteína G). Interação e grande afinidade entre a proteína G e
o receptor. Efeito celular: mais lento que o receptor Ionotrópico Podem ativar várias vias de
transdução de sinal
- Agonista se liga a um receptor acoplado à proteína G - subunidade α da proteína
G se liga a uma molécula de GTP, se desliga das subunidades β e γ, e interage com
uma molécula efetora - adenilil ciclase (AC) ou fosfolipase C (PLC) - produz
segundos mensageiros (AMPc ou IP3 e DAG) que atuarão ativando proteínas
quinases (PKA ou PKC). Após esse processo, a subunidade α catalisa a conversão
do GTP em GDP e se liga novamente as subunidades β e γ.
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
PROTEÍNA Gs:
- Ativa a enzima adenilil ciclase AC / ciclase de adenilil efetora, que converte ATP
em AMPc.
- Quando um agonista se liga a um receptor acoplado a uma proteína Gs, a produção
de AMPc aumenta - ativa PKA (proteína quinase dependente de AMPc).
PKA:
- Fosforila e abre Cav no músculo cardíaco (contração)
- Fosforila e inibe a MLCK no músculo liso (broncodilatação)
- Aumenta a secreção ácida
- Aumenta o metabolismo energético
- Ex: Receptores β1-adrenérgicos se acoplam à proteína Gs e estão presentes nas
células musculares, onde sua ativação provoca aumento da contração cardíaca.
PROTEÍNA Gi:
- Inibe adenilato ciclase AC e ativa canais iônicos K+.
- Quando um agonista se liga a um receptor acoplado à proteína Gi, menos AMPc
(segundo mensageiro) é produzido e PKA não é ativada - Alvos celulares nãoserão ativados.
Efeitos da inibição da AC por Gi:
- Cronotropismo e inotropismo negativo
- Redução da liberação de neurotransmissores
- Ex: Receptores α2-adrenérgicos se acoplam a proteína Gi e estão presentes nas
terminações pré-sinápticas - ativação de Gi provoca inibição da liberação de
noradrenalina.
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
PROTEÍNA Gq:
- Ativa fosfolipase C (PLC) - Proteína efetora
- PLC degrada o PIP2 (fosfatidilinositol-4,5-bifosfato - fosfolipídio de membrana) em
IP3 (inositol-1,4,5-trifosfato) e DAG (diacilglicerol) - segundos mensageiros.
- IP3 aumenta a liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático
- DAG e o cálcio ativam a PKC (proteína quinase dependente de cálcio).
- Ex: Receptores M3 de ACh se acoplam a proteína Gq e estão presentes nas
glândulas - ativação de Gq provoca aumento da secreção glandular.
Efeitos da ativação de PLC por Gq:
- Contração muscular
- Aumento da liberação de secreção
ácida
- Aumento de neurotransmissores e
excitabilidade neural
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RECEPTORES CATALÍTICOS
Localizados na superfície da membrana -
3 domínios
- Extracelular de ligação ao
ligante
- Transmembranar helicoidal
- Intracelular enzimático -
Fosforila proteínas - atua
indiretamente na regulação da
transcrição gênica
- Relacionados e ligados a quinases
Regulam:
- Fatores de crescimento, citocinas
e hormônios, como a insulina, tendo um papel importante no controle da divisão
- Crescimento e diferenciação celular
- Respostas imunológicas - Inflamação
- Respostas metabólicas
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- Reparação tecidual
- Apoptose
Receptores tirosina-quinase
- Ativados por fatores de crescimento e hormônios como a insulina
- Ex: Receptor de insulina e do fator de crescimento neuronal
- Realizam a transdução de sinal por meio da via Ras/Raf
- Efeitos exercidos principalmente em nível de transcrição gênica
- Fosforilam resíduos de tirosina
- A ativação da via MAPK é importante para regular a proliferação celular - Essa via é
alvo para a ação de vários antineoplásicos
Cascata de fosforilação das MAPK nas células:
- Ativação de uma proteína transmembrana (receptor do fator de crescimento) que
ativa a proteína RAS através da molécula adaptadora GRB2 e um fator de troca do
nucleotídeo guanina (SOS), induzindo RAS a trocar seu GDP por um GTP.
- Estimulação sequencial de proteínas quinases citoplasmáticas - Raf (quinase
específica para Ser/Thr), MEK e MAPK.
- MAPK migram para o núcleo celular - fosforilam um conjunto de moléculas
responsáveis pela transcrição - proliferação celular
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Receptor serina/treonina quinase
- Ex: Receptor para o fator de crescimento transformador – TGF
- Realizam a transdução de sinal por meio da via Ras/Raf
Receptores Jak/Stat
- Receptores de citocina
- Não apresentam atividade enzimática intrínseca
Receptor ciclase de guanilil
- Receptor do peptídeo natriurético
RECEPTORES NUCLEARES - FATORES DE TRANSCRIÇÃO ATIVADOS POR LIGANTE
- Proteínas monoméricas dentro da célula (no citoplasma ou núcleo)
- Domínio N-terminal
- Domínio central (responsável pelo reconhecimento do e pela ligação ao DNA)
- Domínio C-terminal (porção de ligação do ligante)
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Alvos para fármacos muito lipossolúveis
- Hormônios esteróides, glicocorticóides, hormônio tireóideo, vitamina D
- Ex: Anti-inflamatório esteroidal - Prednisona - inibição de alguns genes relacionados
à inflamação
Complexos receptores-ligantes iniciam mudanças na transcrição gênica, se ligam ao
elemento da resposta hormonal, recrutam fatores de coativação ou correpressão.
- Proteínas são codificadas pelo DNA - transcrito em RNA - Traduzido em proteínas
- Resposta tardia pois necessita processar e realizar a síntese proteica
AULA 6 - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO - “Repouso”
- Entender como os fármacos agem mimetizar ou antagonizando o sistema nervoso
autônomo parassimpático
Sistema nervoso
- Central
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- Periférico
-Autônomo (simpático e parassimpático): involuntário/ reflexo
-Somático: voluntário/ reflexo
-Entérico
PARASSIMPÁTICO - REPOUSO - CRÂNIO-SACRAL
- Neurotransmissor: Acetilcolina
Crânio
- Miose - Contração da pupila
- Estimulação da salivação
- Inotropismo e cronotropismo negativos - acetilcolina
- Redução do débito cardíaco e da PA - redução dos
batimentos cardíacos
- Broncoconstrição
- Vasodilatação
- Repouso e digestão
Sacral
- Contração da bexiga
- Relaxamento dos esfíncteres
- Receptores muscarínicos
SIMPÁTICO - LUTA E FUGA - TÓRACO- LOMBAR
- Neurotransmissores: Adrenalina e Noradrenalina
Tóraco
- Midríase - Dilatação da pupila
- Inibição da salivação
- Inotropismo e cronotropismo positivos
- Aumento do débito cardíaco e da PA - acelera os
batimentos cardíaco
- Broncodilatação
Lombar
- Vasodilatação na musculatura esquelética
- Inibição do TGI
- Estimulação da glicogenólise no fígado
- Secreção de epinefrina e norepinefrina pela
suprarrenal
- Relaxamento da bexiga
- Contração dos esfíncteres
ENTÉRICO
- Fibras Nanqui
- Colecistoquinina
- Neuropeptídeo Y
- Peptídeo vasoativo intestinal
- Histamina
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RECEPTORES NICOTÍNICOS - IONOTRÓPICOS
- Nicotiana tabacum
- NN (gânglio autônomo, medula adrenal)
- NM (placa terminal, junção neuromuscular)
RECEPTORES MUSCARÍNICOS - METABOTRÓPICOS
- Amanita muscaria
- Todos os mACh são ativados pela ACh e bloqueados pela atropina
M1 - “neurais”
- Gânglio autônomo, tecido gástrico
- Produzem excitação lenta dos gânglios
M2 - “cardíacos”
- Provocam redução da frequência cardíaca e força de contração (principalmente nos
átrios)
- Medeiam a inibição pré-sináptica
M3 - “glandular”
- Músculo liso, Glândulas
- Causam secreção, contração da musculatura lisa visceral e relaxamento vascular
M4, M5 (SNC)
Glândulas sudoríparas, medula da glândula suprarrenal, músculos piloeretores da pele e
maioria dos vasos sanguíneos não possuem inervação parassimpática.
Adrenalina e noradrenalina agem nos receptores alfa e beta
● Noradrenalina tem maior afinidade por alfa 1 e beta 1
● Adrenalina tem maior afinidade por alfa, beta 1 e beta 2.
Alfa 1 é pós sináptico - Vasos / endotélio - estimulação - vasoconstrição - aumenta a
resistência periférica
Alfa 2 é pré sináptico - INIBITÓRIO - Feedback negativo de NE em grandes
concentrações
Beta 1 - Tecido cardíaco e rim - Beta 1 renal ativado aumenta a produção de renina -
aumento da PA
Beta 2 - Brônquios, vasos e musculatura uterina
Beta 3 - Tecido adiposo e bexiga - Intermediar a liberação de NO no endotélio
NEUROTRANSMISSÃO COLINÉRGICA
- Acetilcolina se combina com receptores nicotínicos e muscarínicos - transdução do
sinal
- Acetilcolina pode sofrer clivagem ou hidrólise em uma função éster pela enzima
acetilcolinesterase verdadeira e / ou butirilcolinesterase que degrada qualquer
função éster - degradação em colina e acetato
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Drogas que interferem com a síntese de Ach
- Toxina botulínica impede a liberação de acetilcolina, impedindo a contração
Fármacos colinérgicos e anticolinérgicos
- Colinérgicos - mimetizam os efeitos da acetilcolina
- Anticolinérgicos
Receptores muscarínicos (estimulação parassimpática, muscarina) e nicotínicos
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AGONISTAS COLINÉRGICOS
Agonistas diretos - mimetizam os efeitos da ACh
- Acetilcolina
- Betanecol - Éster da colina não hidrolisado pela acetilcolina - Intensa atividade
muscarínica, pouca ou nenhuma ação nicotínica. Estimula o músculo detrusor da
bexiga, relaxa o trígono e o esfíncter, provocando expulsão da urina - Utilizado para
estimular abexiga atônica e em casos de atonia vesical - Efeitos adversos: Queda
de PA, sudorese, salivação, rubor cutâneo, náusea, dor abdominal, diarreia e
broncoespasmo - Contra indicado na úlcera péptica, asma, insuficiência coronária e
hipertireoidismo.
- Carbacol - Utilizado para a terapêutica de atonia vesical
- Cevimelina
- Muscarina
- Nicotina
- Pilocarpina - Alcalóide, capaz de atravessar a membrana conjuntival. Amina
terciária estável à hidrólise pela acetilcolinesterase - Muito menos potente que a ACh
- possui atividade muscarínica - Aplicação ocular - contração do músculo ciliar,
miose - Utilizada para terapêutica do glaucoma em situação de emergência e
também usado em casos de xerostomia - reduz a pressão intraocular - Efeitos
adversos: Pode atingir o SNC e causar confusão, produzir distúrbios de natureza
central, sudorese e salivação profusas.
- Vareniclina - Adjuvante no tratamento do tabagismo- liga-se a receptores nicotínicos
impedindo a ligação da nicotina - Impede a nicotina de estimular o sistema da
dopamina mesolímbica no SNC (mecanismo que leva o indivíduo a fumar)
Agonistas indiretos - inibidores da enzima acetilcolinesterase
Reversíveis
- Edrofônio (Tensilon) - Curta duração - Utilizado para diagnosticar miastenia gravis,
provocando rápido aumento da força muscular. Também usado para reverter os
efeitos do bloqueador neuromuscular após uma cirurgia.
- Fisostigmina (Eserina) - Utilizada por via ocular no tratamento do glaucoma -
Produz miose e contração do músculo ciliar - Também utilizada para reverter a
intoxicação por antimuscarínicos.
- Neostigmina (Prostigmine) - Utilizada no tratamento da miastenia gravis e na atonia
vesicular - Efeitos adversos: Estimulação colinérgica generalizada, salivação, rubor
cutâneo, queda da PA, náusea, dor abdominal, diarreia e broncoespasmo.
- Piridostigmina (Mestinon) - Efeitos adversos semelhantes aos da neostigmina, mas
com menor incidência de bradicardia, salivação e estimulação gastrointestinal.
Irreversíveis
Organofosforados / inseticidas - Sarin, soman, tabun
- Diclorvós (DDVP)
- Ecotiofato
- Malathion
- Metamidofós (tamaron)
- Parathion (folidol, rhodiatox)
Carbamatos
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- Aldicarb
- Carbaril
- Carbofuran
- Metomil
- Propoxur
Organoclorados - Uso progressivamente restrito ou proibido
- Aldrin
- Endrin
- BHC
- Clordane
- DDT
- Dicofol
- Endossulfan
- Heptacloro
- Lindane
- Mirex
Piretróides
- Aletrina
- Cipermetrina
- Piretrinas
- Tetrametrina
EFEITOS ADVERSOS DOS AGONISTAS MUSCARÍNICOS
- Contração da musculatura lisa visceral
- Vasodilatação
- Redução da PA (M2)
- Maiores secreções exócrinas
- Rush cutâneo
- Sudorese
- Cólicas abdominais
- Contrações da bexiga - incontinência urinária
- Espasmos na acomodação visual
- Miose (contração da pupila)
- Cefaléia
- Broncoespasmo
- Lacrimejamento
- Hipotensão
- Bradicardia
CONTRA INDICAÇÕES DOS AGONISTAS COLINÉRGICOS
- Hipertireoidismo (causa arritmia)
- Asma (aumenta a reatividade das vias aéreas)
- Insuficiência coronariana (aumenta a queda da resistência periférica)
- Úlcera péptica (aumento da atividade TGI / secreção de HCl)
- Obstrução mecânica da bexiga ou TGI (força para realizar esvaziamento)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE INTOXICAÇÃO - SÍNDROME COLINÉRGICA AGUDA
Manifestações nicotínicas:
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- Fasciculações musculares, tremores, cãibras, fraqueza, ausência de reflexos,
paralisia muscular (incluindo musculatura respiratória acessória) e arreflexia;
Manifestações no SNC:
- Labilidade emocional, cefaléia, tremores, sonolê|ncia, confusão mental, marcha
incoordenada, fraqueza generalizada, depressão do centro respiratório, hipotonia,
hiporreflexia, convulsões, coma.
Polineuropatia tardia - 2 a 4 semanas após a exposição à inseticidas organosfosforados.
- Fraqueza muscular distal, cãibras musculares dolorosas, formigamento, redução dos
reflexos e um quadro caracterizado por incoordenação motora, hipertensão ou
espasticidade, reflexos exageradamente aumentados e tremores.
REGENERADORES ENZIMATICOS
- Pralidoxima - Antídoto - Reverte a ligação de organofosforados com a
acetilcolinesterase. É usado em combates como antídoto para envenenamento por
organofosfatos ou inibidores da acetilcolinesterase, em conjunto com a atropina.
- O grupo (=NOH) possui alta afinidade pelo átomo P.
ANTICOLINÉRGICOS / ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS / PARASSIMPATICOLÍTICOS
- Atropa belladonna
- Datura stramonium
- Scopolia carniolica
- Hyoscyamus
Agem nos receptores colinérgicos, bloqueando seletivamente a atividade parassimpática
(reduzindo ou bloqueando a ação da acetilcolina)
- Diminuem, inibem ou bloqueiam a resposta colinérgica.
- Reduzem ou anulam o efeito da estimulação do sistema nervoso parassimpático.
- Impede que a ACh estimule os receptores colinérgicos
- Às vezes, indiretamente, Tem o efeito estimulante do sistema nervoso simpático.
Atropina (atropa belladonna) - Antagonista muscarínico que age nas terminações nervosas
parassimpáticas, inibindo-as - Uso injetável - Antídoto nos casos de intoxicação por
inseticidas organofosforados ou para o tratamento de arritmias cardíacas ou úlcera péptica -
ação antiarrítmica e antiespasmódica - Pré anestésico.
Benzexol - Tratamento do Parkinson - efeito inibitório direto sobre o Sistema Nervoso
Parassimpático
Benztropina - Tratamento coadjuvante do Parkinson
Ciclopentolato - Antagonista muscarínico - Midriático - usado como colírio durante exames
oftalmológicos pediátricos para dilatar o olho e evitar que o olho focalize
Darifenacina - Usado para tratar incontinência urinária - Bloqueia os receptores M3
(responsável pela contração da bexiga) - reduz a urgência miccional.
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Diciclomina - Usado para tratar espasmos intestinais, como os que ocorrem na síndrome do
intestino irritável
Hioscina (escopolamina) - Antagonista dos receptores muscarínicos - Tratamento de
cólicas gastrintestinais (estômago e intestinos), cólicas e movimentos involuntários
anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuais e urinários.
Homatropina - Alívio de cólicas renais e biliares e dismenorréia. Bloqueia a hipersecreção
e promove relaxamento muscular do TGI, ajudando no alívio de cólicas causadoras de
dores abdominais.
Ipratrópio, tiotrópio - antagonista do receptor M3 - Broncodilatador de longa ação usado
no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica e da asma
Pirenzepina - Antagonista seletivo de M1 - Usada no tratamento de úlceras pépticas - reduz
a secreção de ácido gástrico e reduz o espasmo muscular
Tropicamida - Midriático - Dilatação da pupila, antes de um exame de fundo de olho - reduz
a produção do humor -
PRINCIPAIS EFEITOS ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
- Taquicardia (bloqueia o receptor M2 do coração)
- Relaxamento da musculatura lisa visceral
- Midríase (dilata a pupila)
- Paralisia acomodação relaxamento do músculo ciliar
- Tratamento da asma - Ipratrópio
- Tratamento de bradicardia - Atropina
- Dilatação pupilas - Tropicamida, ciclopentolato
- Cinetose - Hioscina
- Parkinsonismo - Benzexol e benzotropina
EFEITOS COLATERAIS DO USO DE ANTICOLINÉRGICOS
- Sialosquese - Diminuição ou ausência de saliva
- Taquicardia
- Diminuição da pressão sanguínea
- Midríase (dilatação da pupila)
- SNC (excitação - atropina)
AULA 7 - BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES - Relaxamento periférico
Bloqueadores de ação “local”:
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Procedimento de intubação
- Fentanil - leve a pesada sedação - opióide
- Midazolam - família do diazepam
- Propofol - anestésico sedativo
- Bloqueador neuromuscular
Acetilcolina - Neurotransmissor da placa motora - 2 moléculas de ACh se ligam ao receptor
nicotínico com 5 subunidades (2 subunidades alfa) - entrada de sódio e potássio -
despolarização da célula - contração muscular
AChe na fenda sináptica - degrada a Acetilcolina em acetato e colinaReceptor nicotínico tem 2 comportas - a comporta de inativação se abre se o receptor é
estimulado insistentemente - ele é inativado
Organofosforado - inativa a acetilcolinesterase
Paralisação entre o neurônio e o músculo
- Alcalóides (curare - índios) - tubocurarina (princípio ativo) - letal ação paralisante -
comercializada com nomes de tubarine, tubadil, mecostrin - Não absorvido via oral.
- Hemicholinium
- Tetrodotoxina - impede o potencial de ação no neurônio - paralisia
- Toxina botulínica - Se liga e degrada a sinaptobrevina - Ptn sinaptotagmina
controla a formação do complexo SNARE dependente de cálcio - proteínas SNARE
realizam a fusão das vesículas com a membrana do terminal pré-sináptico -
degradação da sinaptobrevina resulta na não liberação de ACh - sem contração
muscular
NENHUM BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR PODE SER ABSORVIDO POR VIA ORAL
Bloqueadores neuromusculares podem ser adjuvante na anestesia
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES NÃO DESPOLARIZANTES
Antagonista competitivos da ACh no sítio do receptor de acetilcolina pós-sináptico -
Impede a despolarização sustentada pela placa motora - tubocurarina
- Benzilisoquinolínicos
- Aminoesteróides: Pancurônio, vecurônio
- Aminas quaternárias: galamina
Mecanismo de ação:
- Bloqueio / antagonismo competitivo no receptor nicotínico
- Bloqueio do canal em doses muito altas
Farmacocinética: -curônico ou -cúrio
- Não são absorvidos por via oral
- Distribuição limitada e incapacitante de atravessar a BHE
- Não é anestésico
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- Baixa metabolização
- Eliminação principal renal
- Cisatracúrio e atracúrio - metabolizados no plasma em ph fisiológico
espontaneamente pela enzima butirilcolinesterase - eliminação / degradação de
Hofmann
- Idade influencia positivamente o bloqueio - quanto mais velho maior o bloqueio
- Influência positiva dos anestésicos, particularmente os voláteis.
- Atracúrio - eliminação / degradação de
Hofmann
- Cisatracúrio - eliminação / degradação
de Hofmann
- Doxacúrio
- Mivacúrio
- Pancurônio
- Rocurônio - o mais utilizado -
eliminado por via biliar
- Vecurônio - eliminado por via biliar 
- Tubocurarina
- Pipecurônio
- Rapacurônio
Ordem de paralisia e recuperação
- Músculos extrínsecos oculares e faciais
- Membros superiores e inferiores
- Pescoço e tronco
- Interpostas e diafragma (músculos respiratórios) - paralisia
USOS CLÍNICOS DE BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
- Cirurgias (Relaxamento muscular durante a cirurgia)
- Adjuvante nas anestesias
- Controle de convulsões (epilepsia em casos especiais, eletroconvulsoterapia)
- Manobras ortopédicas
- Laringoscopia, broncoscopia
- Controle da ventilação
EFEITOS ADVERSOS DOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
NÃO DESPOLARIZANTES
Depende das características farmacocinéticas e farmacodinâmicas de cada agente
Manifestações cardiovasculares:
- Hipotensão: Liberação de histamina e bloqueio ganglionar - Tubocurarina, atracúrio
e pancurônio.
- Taquicardia: Ação vagolítica (M2), estimulação simpática direta e indireta -
Pancurônio e galamina.
- Arritmias: Arritmias na combinação Halotano-pancurônio.
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Liberação de histamina:
- Queda da pressão
- É indicado o uso de anti-histamínicos antes
- Decorre de administração rápida de grandes doses de alguns BNM
- Eritema: face, cervical e tronco.
- Hipotensão e taquicardia reflexa
- Broncoespasmo e aumento da secreção brônquica
- Curta duração (1 a 5 min) de forma dose-dependente.
COMO REVERTER O BLOQUEIO NEUROMUSCULAR NÃO DESPOLARIZANTE
- Inibidor da acetilcolinesterase - impede a quebra da ACh, esta fica mais disponível
- Uso de anticolinesterásicos neostigmina e fisistigmina
SUGAMADEX pode reverter quadros de paralisia de bloqueio neuromuscular produzido por
vecurônio e rocurônio, utilizados em anestesia geral, mas não pelo suxametônio.
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES DESPOLARIZANTES
Agonistas - Efeito bloqueador a partir da despolarização da placa motora - ACh se liga
de forma intensa ao receptor, abre o receptor, causa uma pequena contração, permanece
ligado estimulando e causa inativação - paralisia - suxametônio (succinilcolina) - efeito
mais rápido e menos duradouro.
SUCCINILCOLINA (suxametônio)
- Mais efeitos adversos
- Agem de forma a causar uma despolarização persistente e forte
- Rapidez da recuperação
- Se liga ao receptor e bloqueia-o
Farmacocinética da succinilcolina (suxametônio)
- A succinilcolina é polar e não sofre absorção significativa no TGI
- Administração unicamente por via intravenosa
- Apresenta meia vida ultra curta e é metabolizado no plasma pela
butirilcolinesterase - Forma succinil monocolina + colina
- Apresenta início de ação em 1 min e duração de 5-8 min
Mecanismo de ação
Bloqueio de fase 1:
- Abertura do receptor
- Despolarização da placa terminal
- Despolarização da membrana adjacente
- Contração muscular generalizada e desorganizada (fasciculações)
Bloqueio de fase 2:
- Ocorre 2 minutos após a aplicação
- Exposição continuada ao BNM
- Inativação do receptor
- Paralisia flácida
FARMACOLOGIA - MÓDULO 1 / Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Não ocorre flacidez em aves
Efeitos adversos da succinilcolina (suxametônio)
- Hipertensão maligna: Aumento do tempo corporal e espasmos. Mais comum quando
associado ao anestésico geral Halotano.
- Choque anafilático: Reação imunológica intensa contra a molécula do fármaco.
- Bradicardia sinusal
- Arritmias ventriculares
- Hipercalemia - níveis de potássio excessivamente altos
- Aumento da pressão Intraocular
- Dores musculares
CASO CLÍNICO: Mulher de 30 anos chega ao PS com múltiplas lacerações no rosto e nos
membros e uma grande fratura exposta no fêmur direito após um acidente de carro. Sofreu
queimaduras em 35% do corpo e respira com dificuldade. A paciente precisa ser
rapidamente intubada, para esse procedimento, quais as drogas normalmente utilizadas? A
queimadura pode mudar a indicação? Resposta: Para evitar a possibilidade de aspiração no
momento da intubação, deve-se utilizar um relaxante muscular de ação muito rápida, de
modo que as vias respiratórias sejam asseguradas com um tubo endotraqueal. Por isso, o
suxametônio é o agente de escolha neste caso. Apesar de seus efeitos colaterais, o
suxametônio é o que apresenta o início de ação mais rápido entre todos os relaxantes
musculares esqueléticos disponíveis. Uma alternativa ao suxametônio é o rocurônio em alta
dose (até 1,2 mg/ kg), um relaxante muscular não despolarizante. Nessa dose, o rocurônio
apresenta um início de ação muito rápido. Em pacientes com queimaduras recentes, o uso
de suxametônio pode resultar em hiperpotassemia potencialmente fatal. Assim, o
suxametônio estaria contraindicado em um paciente com essa lesão.
AULA 8 - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO - “Luta e fuga”
- Entender como os fármacos agem mimetizando ou antagonizando o sistema nervoso
autônomo simpático;
- Compreender, prever e ser capaz de justificar as indicações, contraindicações e
efeitos colaterais de fármacos agonistas e antagonistas adrenérgicos.
Neurotransmissores do SNA simpático - Noradrenalina e adrenalina - catecolaminas
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AÇÕES DO SNA SIMPÁTICO:
- Midríase (dilata pupila)
- Relaxamento do músculo ciliar
- Inibe a salivação
- Broncodilatação - relaxamento
- Aumento da força e contratilidade cardíaca
- Inibe a atividade do estômago e do pâncreas
- Estimula glicogenólise - liberação de glicose pelo
fígado
- Estimula a produção de adrenalina e noradrenalina
- Relaxa a bexiga
- Promove a ejaculação
- Dilatação da musculatura esquelética
AGONISTAS ADRENÉRGICOS
Aumento da PA = Aumento do DC X RPT
Cronotropismo e Inotropismo positivos
NE - Norepinefrina - neurotransmissor liberado pelas terminações nervosas simpáticas
E - Epinefrina - neurotransmissor liberado pela medula da glândula adrenal
Tirosina: Precursora das catecolaminas dopamina,
NE e E - Entra no neurônio adrenérgicoa partir de
um cotransportador de L-aminoácidos aromáticos
(simporte de Tirosina e Na+).
No citoplasma do neurônio o aminoácido L-
tirosina sofrerá hidroxilação pela enzima tirosina
hidroxilase, formando L-dihidroxifenilalanina
(L-DOPA). L-DOPA é descarboxilada pela
L-aminoácido aromático descarboxilase para se
tornar dopamina.
A dopamina no citoplasma é introduzida na
vesícula sináptica pela ação do transportador
VMAT na membrana da vesícula - Permite uma
difusão facilitada de acordo com o gradiente de
concentração - antiporte - entra dopamina e sai H+.
A dopamina 𝝱-hidroxilase converte dopamina em
norepinefrina NE / noradrenalina.
Para que a NE seja liberada é necessário que
ocorra a despolarização da MP do neurônio. A
alteração elétrica da membrana ativará a AC, que
produzirá AMPc e ele ativará a PKA, ocasionando
a abertura de canais de Ca++.
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Ca++ no citoplasma se liga a ptn SNARE da vesícula sináptica (sinaptobrevina) permitindo a interação delas com
outras SNARE ancoradas à MP do neurônio - Essa interação permite que a vesícula seja “arrastada” até a MP onde
irá se fundir e liberar NE na fenda sináptica.
NE na fenda sináptica é recaptada por cotransportador de Na+ (simporte) - entrada da NE no neurônio - enzima
MAO / monoamino-oxidase (degrada monoaminas) - degrada NE (monoamina) em metabólitos inativos - DOPGAL.
- MAO dentro do neurônio e MAO dentro fígado
Receptores Alfa - Noradrenalina > Adrenalina > Isoprenalina
Receptores Beta - Isoprenalina > Adrenalina > Noradrenalina
RECEPTOR 𝝱1
- Receptor adrenérgico pós sináptico
- Ativado ao se ligar às catecolaminas Noradrenalina e Adrenalina
- Acoplado à ptn G
- Coração e rins
- Cronotropismo e Inotropismo positivos
- Aumento do débito cardíaco
- Aumento da força de contração
- Secreção de renina nos rins - ativação do sistema renina-angiotesina-aldosterora -
potente vasoconstrição
RECEPTOR 𝝱2
- Receptor adrenérgico predominante nos músculos lisos - relaxamento visceral
- Se liga à Epinefrina
- Liberação de histamina pelo tecido pulmonar
- Relaxamento do útero
- Vasos - Vasodilatação
- Brônquios - Broncodilatação
- Liberação de insulina - Estimula células beta do pâncreas - glicogenólise
- Promove captação de K+
- Músculo esquelético - Força de contração do músculo branco e reduz a força do
músculo vermelho - Tremores intensos
RECEPTOR 𝝱3
- Tecido adiposo - Lipólise
- Bexiga - Promove o relaxamento da bexiga
AÇÃO DOS RECEPTORES 𝝱: Ativação dos receptores 𝝱 - Ativação de AC e aumento da
conversão de ATP em cAMP. A ativação da AC é medida pela ptn estimuladora Gs de
acoplamento. cAMP é o principal segundo mensageiro de ativação do receptor beta.
Fígado - Ativação do receptor 𝝱 aumenta a síntese de cAMP - cascata de eventos -
ativação de glicogênio fosforilase.
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Coração - Ativação do receptor 𝝱 aumenta o influxo de cálcio através da membrana celular
e sua apreensão no interior da célula. Também promove o relaxamento do músculo liso.
Adrenorreceptores 𝝱 podem ativar os canais de cálcio sensíveis à voltagem do coração
- aumento mediado pela G, independentemente da mudança na concentração de cAMP.
RECEPTOR ALFA 1
- Membrana pós sináptica - EXCITATÓRIO
- Contração muscular
- Vasos - Vasoconstrição
- Brônquios
- Útero
- Bexiga - Contração do músculo liso
- Midríase
- Relaxa TGI
RECEPTOR ALFA 2 / auto-receptor
- Membrana pré sináptica do neurônio - NE elevada - A2 controla - feedback
negativo - INIBITÓRIO
Metildopa/ Aldomet/ Aldoril/ Dopamet - Simpatolítico de ação central - Pró-fármaco
anti-hipertensivo usado especialmente para hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia. -
Agonista alfa-adrenérgico seletivo para alfa2
Reserpina - Inibe o transportador vesicular VMAT - inibe a captação de norepinefrina em
vesículas de armazenamento - esgotamento de catecolaminas e serotonina dos terminais
de axônios centrais e periféricos. Reduz a PA elevada e a frequência cardíaca; efeito
sedativo através do SNC.
Clonidina - agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico α2 -
anti-hipertensivo - relaxamento dos vasos sanguíneos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ADRENÉRGICOS
Adrenérgicos de ação direta:
● Agonista Alfa
- A1
- A2
- A1a,b
- A2a,b
● Agonista Beta
- B1
- B2
- B3
Adrenérgicos de ação indireta:
● Aumento da liberação de Na+
● Redução da captação de Na+ [↑Na]
● Cocaína e anfetamina
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● Cocaína: Bloqueio da recaptação da dopamina, serotonina e noradrenalina nas
sinapses - neurotransmissores estimulam seus receptores pós-sinápticos de modo
mais intenso e prolongado - vias dopaminérgicas e noradrenérgicas - estimula o
sistema nervoso simpático.
● Anfetamina: Bloqueio da recaptação de adrenérgicos e dopamina, estimulação da
liberação de monoaminas e inibição da enzima monoamino oxidase.
Adrenérgicos de ação mista:
● Age diretamente no receptor e indiretamente por liberar o neurotransmissor do
estoque.
● Efedrina e pseudoefedrina
● Efedrina: Vasoconstritor - aumenta a PA em casos de queda abrupta da pressão
arterial.
● Pseudoefedrina: Descongestionante nasal - combinação com analgésicos ou
anti-histamínicos
AGONISTAS ADRENÉRGICOS
ADRENALINA / EPINEFRINA
- Receptores alfa, 𝝱1 e 𝝱2
- No coração, aumenta o ritmo cardíaco e a força da contração.
- No músculo esquelético, se relaciona com a degradação do glicogênio.
- Nos brônquios - relaxamento da musculatura lisa (𝝱2), inibição da secreção
(antígeno dependente) de mastócitos (𝝱2), redução da secreção brônquica (A1)
- Usada em casos emergenciais - parada cardíaca, anafilaxia, para prolongar o
efeito de anestésicos locais (odontologia) e em crise asmática severa.
- Efeitos adversos da adrenalina
1) Taquicardia
2) Arritmias
3) Hipertensão arterial
4) Necrose por vasoconstrição cutânea - não se deve associar anestésico local
com adrenalina em cirurgias de extremidades
NORADRENALINA / NOREPINEFRINA
- Receptores alfa e 𝝱1
- Degradação do glicogênio em glicose, aumentando a glicemia
- Vasoconstrição (A1)
- Bradicardia reflexa
- Usada no tratamento de choque séptico
ISOPROTERENOL
- Agonista não seletivo dos receptores 𝝱1 e 𝝱2
- Tratamento de bradicardia, bloqueio cardíaco, broncoespasmos durante a
anestesia e raramente para asma.
DOPAMINA
- Receptores D1, D2, D3, D4, D5, 𝝱1 e 𝝱2
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- Doses baixas - Vasodilatação (receptor D1 vascular) - Importância no leito renal e
coronárias
- Doses altas - Inotropismo positivo (𝝱1) e vasoconstrição (receptor alfa vascular)
- Usada em casos de choque cardiogênico, séptico, insuficiência cardíaca
severa.
DOBUTAMINA
- Atua nos receptores 𝝱1 e em doses maiores com A1
- Usado para tratar a insuficiência cardíaca congestiva e o choque cardiogênico
- Inotropismo positivo
- Aumenta a força de contração e facilita a passagem do impulso elétrico pelo coração
AGONISTAS ALFA ADRENÉRGICOS
Fenilefrina: Agonista seletivo do receptor adrenérgico A1 - Agente midriático (dilata a
pupila), descongestionante nasal, agente cardiotônico, vasoconstritor mais duradouro que a
epinefrina e a efedrina.
Nafazolina / Neosoro: Agonista seletivo dos receptores adrenérgicos A1 - Diminuição do
inchaço em membranas mucosas - Diminui a congestão nasal - Vasoconstrição rápida e
prolongada.
Oximetazolina / Afrin: Agonista seletivo dos receptores adrenérgicos A1 -
Descongestionante nasal - Tratar a congestão nasal e nasofaríngea causadas por sinusites,
resfriados comuns, febres e outras alergias do trato respiratório superior.
Metoxamina: Agonista seletivo dos receptores adrenérgicos A1 - Provoca vasoconstrição
periférica prolongada - Estimulante cardíaco (átrios e nó sinoatrial) - Tratamento da
taquicardia supraventricular.
Clonidina: Agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico A2 -
Anti-hipertensivo - Tratamento da pressão alta - Relaxamentodos vasos sanguíneos -
Reduz a pressão alta. - Usado em conjunto com a Dexmedetomidina - Sedativo para
pacientes (com e sem ventilação mecânica) durante o tratamento intensivo.
Apraclonidina: Agonista alfa-2-adrenérgico relativamente selectivo - Reduz a pressão
intraocular - Terapia do glaucoma.
Brimonidina - Agonista alfa-2-adrenérgico relativamente selectivo - Usado para tratar
glaucoma de ângulo aberto, hipertensão ocular e rosácea - redução da produção do humor
aquoso e do aumento da drenagem pela via do fluxo uveoscleral.
- Uso prolongado de descongestionante nasal promove dessensibilização do receptor
- usar mais para alcançar o efeito - pontos de necrose - perda de olfato e paladar.
AGONISTAS BETA ADRENÉRGICOS
Terbutalina: Agonistas dos receptores adrenérgicos β2 - Broncodilator - Indicado no
tratamento a curto prazo da asma e de obstruções pulmonares como o enfisema e a
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bronquite crônica - Parto prematuro - causa broncoespasmo - Contraindicado na gravidez e
trabalho de parto - prolongamento da gravidez - relaxamento da musculatura uterina.
Fenoterol: Broncodilatador - Tratamento de asma brônquica, pneumonia, bronquite e
tuberculose - Inibidor sobre as contrações uterinas que deve ser considerado no período
pré-parto - inibe o parto prematuro.
Salbutamol / Albuterol: Agonista β2-adrenérgico - Provoca o relaxamento do músculo liso
das vias aéreas - Broncodilatador - Prevenção de doenças respiratórias que causam
espasmos nos brônquios, como asma, bronquite crônica ou enfisema.
Ritodrina: Agonista dos receptores β2-adrenérgico - Utilizado para controlar trabalho de
parto prematuro - relaxamento da musculatura uterina e causam broncoespasmo.
Salmeterol: Agonista β2-adrenérgico de longa ação utilizada no tratamento da asma e da
doença pulmonar obstrutiva crônica.
Formoterol - Agonista β2 de longa duração, usado como broncodilatador para o tratamento
de asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - inalador/bombinha para asma
Anfetamina: Adrenérgico de ação indireta - Agonista alfa, beta e do SNC - Bloqueio da
recaptação de adrenérgicos e dopamina, estimulação da liberação de monoaminas e
inibição da enzima monoamino oxidase.
Efedrina: Adrenérgico de ação mista - Agonista alfa, beta e do SNC - Usado no tratamento
da asma - Descongestionante nasal - Vasoconstritor - Aumenta a PA em casos de queda
abrupta da pressão arterial.
EFEITOS ADVERSOS DOS AGONISTAS BETA ADRENÉRGICOS
SNC - Tremores, dor de cabeça, nervosismo
Sistema cardiovascular - Palpitações, flutuações na PA
- Fármacos que são Agonistas B2 - efeito colateral - Taquicardia
Outros - Sudorese, náusea, vômitos, cãibras
ANTAGONISTAS / BLOQUEADORES / SIMPATICOLÍTICOS ADRENÉRGICOS
- Anti-hipertensivos
Fentolamina - Inibidor competitivo dos receptores A1 e A2-adrenérgicos nos vasos
sanguíneos - Hipotensão e inversão vasomotora da adrenalina - Relaxamento muscular e
alargamento dos vasos sanguíneos - Abaixamento da PA - No coração, aumenta a FC.
Fenoxibenzamina - Bloqueador alfa adrenérgico A1, A2 - ligação covalente (irreversível) -
efeito maior e mais potente.
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Prazosina - Bloquear o receptor alfa 1 - não seletiva quanto ao subtipo do receptor -
Indicada na hipertensão arterial - Queda de pressão ortostática - hipotensão postural -
Causa edema de membros inferiores - Letargia
EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS ALFA BLOQUEADORES
Reduz o tônus da musculatura lisa da próstata - Indicação: Hiperplasia prostática benigna,
que causa fluxo urinário fraco ou intermitente
- Alfuzosina: Alfa bloqueador usado para tratar a hiperplasia benigna da próstata -
relaxa os músculos da próstata e da bexiga, facilitando o ato de urinar.
- Doxazosina: Alfa bloqueador usado para tratar hipertensão arterial e hiperplasia
prostática benigna.
- Tansulosina: Tratamento dos sintomas urinários em homens associados à
hiperplasia prostática benigna - relaxa a musculatura da bexiga e da próstata,
melhorando assim o fluxo urinário e tornando mais fácil urinar.
- Terazosina: Trata sintomas de aumento da próstata e pressão alta
Reduz o tônus da musculatura do colo da bexiga - efeito de melhora dos sintomas
relacionados à bexiga hiperativa
- Vasodilatação
- Taquicardia
Feocromocitoma: Tumores compostos de células cromafins que sintetizam e liberam
catecolaminas. Os portadores dessa neoplasia apresentam sintomas clássicos como
hipertensão arterial, cefaleia, sudorese e taquicardia, decorrentes da excreção de
catecolaminas.
- Prazosina
- Fentolamina
Hipertensão crônica: Níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
- Prazosina associada a beta-bloqueador e / ou diurético
Hiperreflexia autonômica em paraplégicos: Síndrome associada a lesão medular
caracterizada por uma resposta excessiva do sistema simpático pela ausência do controle
do sistema parassimpático.
- Prazosina
- Fentolamina
Incontinência urinária:
- Doxazosina
- Terazosina
BETA - BLOQUEADORES
- ASI - atividade simpaticomiméticos intrínseco
- Efeito estabilizador de membrana (quinidina like) - Bloqueadores de canais de sódio
- Deprime a excitabilidade, a velocidade de condução e a contratilidade do miocárdio
- Antiarrítmicos em doses elevadas
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- Seletividade em relação ao receptor 𝝱1
- Atividade simpaticomimética intrínseca - agonista parcial
𝝱-bloqueadores seletivos - 𝝱1
- Acebutolol: ASI
- Atenolol
- Betaxolol
- Bisoprolol
- Celiprolol: ASI
- Esmolol: ASI
- Metoprolol
- Nebivolol
- Practolol: ASI
𝝱-bloqueadores não seletivos - 𝝱1 e 𝝱2
- Alprenolol: ASI
- Carteolol: ASI
- Oxprenolol: ASI, Quinidina-like
- Nadolol
- Pindolol: ASI, Quinidina-like
- Penbutolol: ASI
- Propranolol: Quinidina-like
- Sotalol
- Timolol
𝝱-bloqueadores mistos - 𝝱 e A
- Carvedilol: Quinidina-like
- Labetalol
EVOLUÇÃO DOS BETA BLOQUEADORES
Isoprenalina - Dicloro Isopropileno (DCI) - Pronetalol - retirada do cloro - carcinógenos
Propranolol - Bloqueador não seletivo para os receptores 𝝱1 e 𝝱2
- Não pode ser usado em indivíduos ao mesmo tempo hipertensos e asmáticos ou
hipertensos e diabéticos
- Controle de hipertensão (pressão alta)
- Controle de angina pectoris (sensação de pressão e dor no peito)
- Controle das arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos cardíacos)
- Prevenção da enxaqueca (dor de cabeça forte)
- Mecanismo anti-hipertensivo - diminuição inicial do DC, redução da secreção de
renina, readaptação dos barorreceptores, vasodilatação e diminuição das
catecolaminas nas sinapses nervosas
Nebivolol: Betabloqueador β1 seletivo
- Vasodilatador
- Libera óxido nítrico
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- Usado no tratamento de hipertensão arterial e como protetor do coração após
falência ventricular esquerda.
- Tempo de meia vida de 11 horas
METABOLISMO DE ELIMINAÇÃO DOS BETA ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS DO USO DE BETA BLOQUEADORES
- Redução da FC
- Inotropismo e cronotropismo negativo
- Redução do débito cardíaco e do consumo de oxigênio
USOS CLÍNICOS DE BETA BLOQUEADORES
- Hipertensão
- Arritmias
- Ansiedade
- Tremores
- Infarte agudo do miocárdio
- Enxaqueca
- Glaucoma: Betaxolol, Carteolol, Timolol, Metipranolol, Levobunolol
- Tratar Angina do peito
- Hipertiroidismo
- Feocromocitoma
- Astenia
- Disfunção sexual - todos os anti-hipertensivos
EFEITOS ADVERSOS DOS BETA BLOQUEADORES
- Bradicardia exagerada - bloqueio A-V
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- Claudicação intermitente, extremidades frias (redução do fluxo sanguíneo periférico)
- Broncoespasmo
- Intolerância à glicose, hipertrigliceridemia, ↓HDL
- Depressão
- Insônia, pesadelos
CONTRA INDICAÇÕES DOS BETA BLOQUEADORES
- Distúrbios de condução do nó A-V
- Doenças obstrutivas das vias aéreas
- Diabetes insulino-dependente
RESUMÃO FARMACOLÓGICO ADRENÉRGICO

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