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Anti-hipertensivos

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Nathália Souza 
FÁRMACOS ANTI- HIPERTENSIVOS
Pressão arterial 
É a força exercida pelo sangue contra a parede do vaso arterial. 
Temos que: 
PA= DC. RP
DC= FC. VS 
Hipertensão arterial sistêmica (HAS)
É uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados sustentados de pressão arterial. 
Tem alterações morfofuncionais nos órgãos alvo. 
a. Hipertensão primária ou essencial (95%): é de origem desconhecida e por estar associada a fatores de riscos como hereditariedade, obesidade, tabagismo, dislipidemia, diabetes, estresse, sedentarismo, ingestão excessiva de sal. 
b. Hipertensão secundária (5%): ocorre por apneia obstrutiva do sono, hiperaldosteronismo primário, feocromocitoma (tumor da glândula suprarrenal secretora de adrenalina), síndrome de Cushing (excesso de cortisol), doença renovascular (estenose ou estreitamento da artéria renal diminui o fluxo sanguíneo renal, ativando o sistema renina-angiotensina-aldosterona). 
Tratamento da HAS 
1. Não farmacológico: estilo alimentar, abandono do tabagismo, redução do peso corporal, redução do consumo de bebidas alcóolicas, controle das dislipidemias e da diabetes mellitus. 
2. Farmacológico: classe de anti-hipertensivos disponíveis para o uso clínico no Brasil. 
Regulação neural da PA 
Sistema nervoso autônomo simpático aumenta a PA.
A hipertensão é, na maioria das vezes, causada por hiperativação simpática. 
Barorreceptores (ativados pelo aumento da PA) atuam no bulbo estimulando a redução da PA. 
Angiotensina II e aldosterona reduzem a sensibilidade dos barorreceptores.
1. Simpatolíticos 
a) Antagonistas beta adrenérgicos ou betabloqueadores. 
Promovem inotropismo e cronotropismo negativo. 
· Primeira geração ou não seletivos: antagonistas beta 1 e beta 2. 
No coração vão diminuir a FC, força de contração e o débito cardíaco. 
Nos rins: diminuem a liberação de renina, diminui a SRAA. 
Ex: propranolol, nadolol. 
Obs: propranolol passa facilmente a BHE, e por isso pode ser utilizado para ansiedade porque reduz as ondas cerebrais. 
· Segunda geração ou cardiosseletivos: são antagonistas beta 1. Ex: atenolol, metaprolol.
· Terceira geração ou vasodilatadores: atuam em receptores beta 1, beta 2 e alfa 1. Ex: carvedilol
São indicados em:
- HAS de estágio 1, 2 e 3. 
- Cardioproteção. 
- Arritmias.
- Anginas.
- Insuficiência cardíaca congestiva. 
- Infarto agudo do miocárdio.
- Enxaqueca (propranolol)
- Ansiedade (propranolol).
Cuidados! 
Pacientes com bradicardia ou doenças de condução cardíaca. Associação com bloqueadores de canal de cálcio (Verapamil e Diltiazem). Alterações glicêmicas (beta 2 no fígado é bloqueador inibe a glicogenólise e pode ocorrer a queda de glicemia) (no pâncreas diminui a liberação de insulina e aumenta a glicemia), são efeitos contrários. Pode aumentar a glicemia, porém, há maior risco de hipoglicemia. 
Em pacientes diabéticos essas drogas mascaram sinais e sintomas de hipoglicemia (tremor, sudorese fria e taquicardia são diminuídos), pacientes asmáticos tem risco de broncoconstrição (receptores beta 2 nos brônquios produzem broncodilatação, o bloqueio beta 2 irá causar broncoconstrição).
O carvedilol causa menos comprometimento respiratório que o atenolol (clinicamente comprovado), pois o atenolol não é tão seletivo e o carvedilol pode se distribuir menos nas vias respiratórias (hipótese).
A retirada deve ser gradual, pois a retirada abrupta promove risco de síndrome de abstinência. Esses medicamentos respondem menos na raça negra. 
Efeitos colaterais 
 Elevação de triglicerídeos plasmáticos, redução do HDL, bradicardia, broncoconstrição (proponolol), fadiga, sedação (propranolol), alterações glicêmicas (propranolol), disfunção erétil (propranolol), depressão (propranolol), redução do fluxo sanguíneo nas extremidades- extremidades frias. 
b) Antagonistas alfa adrenérgicos ou alfabloqueadores. 
· Antagonistas seletivos alfa 1: diminuem a resistência vascular periférica, causam vasodilatação, diminuem a PA. Ex: prazosina e daxazosina. 
· Antagonistas seletivos alfa 1 e 2: Ex: fentolamina.
São indicados em: 
- HAS estágios 1, 2 e 3 (não é muito utilizado em estágio 3).
- Insuficiência cardíaca.
- Hiperplasia benigna de próstata (promove vasodilatação do canal da uretra inibe contração de músculo liso). 
Efeitos colaterais 
Hipotensão postural, cefaleia (por conta da vasodilatação excessiva), congestão nasal (por conta da vasodilatação na mucosa nasal), taquicardia reflexa (principalmente com Fentolamina). 
c. Ação central: atuam diretamente no SNC e tem efeitos maiores.
· Agonistas de receptores alfa adrenérgicos (ação pré-sináptica): Ex: clonidina (atesina). 
Agonista alfa 2: disponível por via oral e endovenosa. Ex: alfa metildopa é um pró-fármaco, compete com a levodopa. 
Os receptores alfa 2 adrenérgicos estão no botão sináptico e estão ligados à proteína Gi inibitórios e quando ativados, diminuem a liberação de noradrenalina na fenda sináptica. 
São indicados em: 
- HAS estágio 2 e 3. 
- HAS em afrodescentes. 
- HAS associado à DRC grave.
- HAS em terapia intensiva- Clonidina 
- Pré-eclâmpsia e outras hipertensões na gravidez: alfametildopa (classificação B de risco). 
Efeitos colaterais 
Hipotensão postural, sedação, défit de concentração, sinais extrapiramidais (metildopa), disfunção sexual (metildopa), anemia hemolítica (metildopa), hipertensão rebote (clonidina) quando há retirada abrupta e uso inadequado. 
2. Bloqueadores de canais de cálcio 
a. Diidropiridinas: tem maior afinidade pelo músculo liso do que pelo músculo cardíaco. Vasodilatadores de leitos arteriais, diminuem a resistência vascular periférica e diminuem a PA. Ex: nifedipino, anlodipino, isradipino. 
b. Fenilalquilamina (não diidropiridina): Verapamil. 
c. Benzodiazepina (não diidropiridina): Diltiazem. 
As não diidropiridinas promovem cronotropismo e inotropismo negativos- reduzem o débito cardíaco, diminuindo a PA. 
São indicados em:
- Verapamil e diltiazem: HAS associada a cardiopatia, angina e arritmias cardíacas. 
- Diidropiridonas: HAS de estágio 1,2 e 3, hipertensão na gestação, IC e angina. 
Nifedipino e Anlodipino relaxam a musculatura lisa uterina, utilizados para prevenção de parto prematuro, inviabilizam o parto normal (porque terá contrações). 
Efeitos colaterais 
Verapamil e diltiazem podem causar bradicardia e disfunção sistólica. 
Diidropiridinas: cefaléia, rubor facial, edema periférico, constipação intestinal, taquicardia reflexa. 
3. Vasodilatadores diretos 
a. Minoxidil: ativação de canais de K+ e consequentemente hiperpolarização da membrana do músculo liso vascular. Causa vasodilatação de arteríolas e diminuição da resistência vascular periférica. 
São indicados em:
- Emergências hipertensivas 
- Hipertensão refratária 
- Alopecia- uso tópico. 
Efeitos colaterais: hipotensão, retenção compensatória de Na+ e H2O, taquicardia reflexa, rubor facial. 
Para uso sistêmico tem baixo índice terapêutico. Mas a utilização sistêmica é muito rara. 
b. Hidralazina (Apresolina): mecanismo de ação incerto, podendo envolver a ativação de canais de K+ e consequente hiperpolarização da membrana do músculo liso vascular. Causa vasodilatação de arteríolas, com diminuição da resistência vascular periférica. 
São indicados em:
- Hipertensão estágio 2 e 3. 
- Hipertensão refratária. 
- Emergência hipertensiva. 
- Hipertensão na gravidez (classificação de risco C). 
Efeitos colaterais 
Hipotensão, retenção compensatória de Na+ e H2O, rubor facial, taquicardia reflexa. 
c. Nitroprussiato de sódio (Nipride): mais potente vasodilatador de arteríolas e vênulas, porém é menos seguro e instável. Utilizado apenas em ambiente hospitalar. Causa vasodilatação de arteríolas e vênulas, diminui a resistência vascular. 
São indicados em: 
- Emergência hipertensiva.
- IC aguda ou descompensada. 
Cuidados! 
Proteger da luz porque a droga é fotossensível, administrar em bomba de infusão, avaliar o risco de intoxicação por cianeto, especialmente em idosos ou pacientes com IR. 
Efeitos colaterais: hipotensão grave, retenção compensatória de Na+ e H2O,taquicardia reflexa, intoxicação por cianeto (acidose metabólica, arritmias cardíacas e morte). 
4. Inibidores do sistema renina- angiotensina- aldosterona 
Regulação hormonal da PA. 
Liberação de renina é estimulada por diminuição da PA, ativação de receptores B1, diminuição da taxa de filtração glomerular. 
O SRAA é ativado na maior parte dos hipertensos. 
O SRAA é importante no último trimestre de gestação, por isso é contra indicado para gestantes. 
a. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA): captopril, enalapril que é um pró-fármaco. 
São indicados em:
- HAS estágio 1,2 e 3. 
- IC.
- Cirrose hepática. 
- Infarto do miocárdio. 
- Doença renal crônica. 
Efeitos colaterais: hipotensão, hipercalemia (redução da aldosterona), tosse seca (devido ao aumento de bradicinina nas vias aéreas) e angioedema devido o aumento de bradicinina nas vias aéreas. 
Enzima cininase relacionada a ECA e bradicinina. 
Cuidados!
Respondem menos na raça negra e contraindicados durante a gestação (classificação D de risco). 
b. Antagonistas ou bloqueadores do receptor AT1: Losartana. 
São indicados em: 
- HAS de estágio 1, 2 e 3. 
- IC 
- Cirrose hepática
- DRC nefroproteção 
- HAS associada a nefropatia diabética. 
Cuidados!
Respondem menos na raça negra, contraindicados durante a gestação (classificação D de risco). 
Efeitos colaterais: hipotensão, hipercalemia. Vantagens não causam tosse nem angioedema. 
c. Inibidor direto de renina: diminuição da angiotensina I e angiotensina II e de receptores AT1. Não são muito utilizados. Não trazem nenhuma vantagem adicional. 
São indicados em: 
- HAS estágio 1, 2 e 3. 
- IC 
- Cirrose hepática 
Efeitos colaterais: hipotensão, hipercalemia e contra indicado durante a gestação.

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