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Importância da Anamnese e Semiologia Médica

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Semiologia é o estudo dos sinais das doenças. É indispensável para a terapêutica e prognóstico. É base do raciocínio clínico e fundamenta o diagnóstico. SEMIOLOGIA I
Dados narrados pelo paciente constrói uma anamnese, a partir da observação e do contato físico, realiza-se o exame físico.
O termo anamnese significa voltar a memória, ou seja, recordar, trazer de volta à mente e os fatos relacionados com a pessoa doente e com a doença. É o conjunto de informações obtidas com o relato do paciente. As queixas do paciente podem ter ocorrido há muito tempo, então é preciso trazer na memória, revivendo. 
Cada anamnese é diferente, cada paciente tem sua peculiaridade, como características culturais, costumes, religião, até mesmo expressões regionais são utilizadas para relatar sintomas ou doenças. 
O médico deve: ouvir com atenção, não interromper, o paciente deve se sentir confiante em relação ao médico que o atende, quando o paciente se tornar prolixo e confuso, o médico deverá guiá-lo para que volte a ideia central, além disso, deverá observar o paciente, dar tempo suficiente, manter-se neutro não apresentando muita emoção para não o influenciar, não julgar. 
Nós como médicos, entramos no mundo do paciente por completo, por isso, devemos ter respeito pois a pessoa que vai ao médico está em um momento de fragilidade. 
EXAME FÍSICO 
É realizado após a anamnese, e objetiva a pesquisa de sinais presentes, existe o exame físico geral e existe o exame físico dos diferentes sistemas e aparelhos. 
RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE 
A comunicação é a base para uma boa prática médica, pode se tornar desastrosa se faltar respeito, deve existir sempre cuidado e boa comunicação. 
A relação médico paciente é fundamental para a construção do raciocínio clínico, e confiança do paciente. 
ANAMNESE 
Iniciar o raciocínio clínico e estabelecer os sintomas fisiológicos envolvidos. Formular uma hipótese diagnóstica e uma conduta diagnóstica. 
MÉTODO CLÍNICO 
Hipócrates sistematizou uma maneira racional de analisar as queixas relatadas pelos doentes, dando a anamnese e ao exame físico uma estruturação. A base principal da prática médica é o exame clínico. 
Atualmente com o aumento dos exames, o médico deverá saber utilizar bem os exames, para conseguir compreender e não submeter o paciente a exames desnecessários. 
Progresso tecnológico somente é bem utilizado se o lado humano da medicina é preservado. 
A reunião de informações da anamnese e do exame físico engloba o método clínico. 
Ter um olhar clínico é correlacionar com precisão os dados clínicos aos exames complementares, as doenças podem ser semelhantes, mas nunca serão exatamente iguais, sempre existem particularidades. 
RELEVÂNCIA 
· Entrevista: processo social de intervenção entre duas ou mais pessoas que se desenvolve frente a uma situação que existe um ambiente em que as pessoas interagem. Tem objetos físicos, culturais e sociais. A anamnese é uma entrevista. 
Objetivos da anamnese: estabelecer uma boa relação médico-paciente, por meio da identificação compreender os determinantes epidemiológicos, fazer a história clínica, registrando de forma detalhada e cronológica, desenvolver práticas de promoção de saúde, avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares e ambientais que influenciam no processo de saúde e doença, conhecer os hábitos de vida do paciente bem como sua condição socio econômica e culturais, avaliar de forma clara cada sistema corporal. 
MANEIRAS DE FAZER A ANAMNESE 
Deixar o paciente relatar, livre espontaneamente, sem nenhuma interferência, limitando-se a ouvi-lo. O médico não pode se deixar levar por ideias concebidas. Outra maneira é deixar o paciente relatar de maneira espontânea suas queixas e depois conduz a anamnese. 
PREPARATIVOS 
Devemos nos apresentar, e explicar como será a consulta e o que irá fazer. No PS devemos fazer a anamnese, mas se houver uma situação de emergência, a ordem poderá ser invertida. É importante assegurar a privacidade e sossego. Deve-se evitar o uso de termos técnicos, precisamos falar como eles, e precisamos ser claros, os termos técnicos devem ser usados apenas nas anotações. Paciência é fundamental e deve-se usar o tempo que for necessário, mostrar interesse também é essencial. 
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ANAMNESE 
Apresentar-se ao paciente, demonstrar atenção ao que o paciente está falando, conhecer e compreender as condições socioculturais do paciente, os sintomas devem ser bem investigados e bem compreendidos, raciocínio clínico, somente a anamnese possibilita uma visão de conjunto ao paciente. 
COMPONENTES DA ANAMNESE 
Data e hora: é um documento que deverá conter data e hora. 
Leito: se o paciente estiver internado. 
Relatar a fonte da história na identificação: é a pessoa que está relatando a anamnese pode ser o próprio paciente, o filho do paciente o médico do SAMU. 
Grau de confiabilidade: confiabilidade alta, mas se ao desenrolar da história percebermos confusão o grau de confiabilidade é baixo. Isso serve para que, quem for ler a anamnese saber se aqueles dados são confiáveis ou não. Esse grau é determinado no final da anamnese. 
IDENTIFICAÇÃO 
A identificação permite a interpretação de dados individuais e coletivos. 
Nome: nome do documento ou nome social e do documento. 
Idade: precisamos saber por que dependendo da idade podemos identificar problemas e formular hipóteses mais precisas. 
Sexo/gênero: precisamos saber qual é o sexo do paciente perante os cromossomos que ele carrega, ou se já fez algum procedimento de alteração. 
Cor/etnia: é o que visualizamos no paciente, é perante a nossa observação. 
Estado civil: se existe parceiros fixos ou não. 
Profissão/local de trabalho: o local de trabalho pode estar causando uma condição ruim, saber se está desempregado ou estava. 
Escolaridade: é o grau de conhecimento do paciente. 
Naturalidade/procedência/residência: naturalidade é onde a pessoa nasceu, procedência é de onde ela está vindo, e residência é onde a pessoa vive. São importantes para dados epidemiológicos. 
Religião: é importante, pois baseado na religião, a pessoa pode acreditar em determinadas coisas ou não. Devemos apenas aceitar aquela condição.
Nome da mãe/nome do responsável: importante para identificar os pacientes. 
QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO (QD)
Deve ser única e com a expressão própria do paciente. É o motivo que levou o paciente a procurar o médico, é uma afirmação breve, geralmente um sinal ou sintoma. Deve-se perguntar: “Por qual motivo o senhor está aqui hoje”, mesmo que o paciente já tenha doenças subsequentes. 
Não deve utilizar rótulos diagnósticos como diabetes descompensada, problema de pressão ou pneumonia. O paciente deve ter a oportunidade de falar. As vezes o paciente pode falar mais de uma coisa, mas deve-se escrever a principal o que mais incomoda. 
Pontos chave- Queixa principal e duração 
Qual o motivo da consulta, porque o senhor procurou o médico, o que está sentindo, o que mais te incomoda e há quanto tempo. 
A duração é desde quando o sintoma existe. Não colocar dia da semana nem data. 
HISTÓRIA ATUAL DA DOENÇA 
Detalhar tudo desde o dia que começou, as anotações devem estar com a terminologia médica. Identificar-se pelo sintoma guia, analisando minunciosamente, verificar se a história obtida tem começo e meio. Apurar a evolução. Resumir a história que obteve do paciente, afim que ele possa confirmar e corrigir algum dado ou acrescentar alguma informação esquecida. 
Sintoma guia: é aquele que permite compor a história. 
· Início súbito ou gradativo, se havia um fator desencadeante, se estava com alguma atividade diferente. 
· Localização do sintoma. 
· Irradiação. 
· Intensidade. 
· Tipo, caracterização. 
· Frequência. 
· Duração. 
· Fatores de melhora ou piora.
· Sintomas associados. 
· Evolução. 
· Situação atual. 
· Tratamentos já realizados. 
Cada sintoma tem características especializadas, e deve-se fazer perguntas específicas como por exemplo diarreia deve perguntar cor, aspecto, se era líquida, com restos dealimento e outros. 
EVITAR REPETIÇÃO DE O PACIENTE, A DOR, REFERE. 
A descrição deve ser de forma continua como uma história. 
Dados negativos são importantes: em uma diarreia é importante negar presença de sangue e febre. 
Sempre iniciar com perguntar abertas e direcionar para as perguntar fechadas. 
INTERROGATÓRIO SOBRE DIVERSOS APARELHOS E SISTEMAS (ISDAS)
Avaliação detalhada de cada sistema completa a HDA. 
É importante para verificar que não negligenciamos nenhum sintoma importante. Levantar sintomas de outros sistemas que pode guiar hipóteses diagnósticas também. HDA bem feita, poucos sintomas nos ISDAS. 
Deve-se descrever os sintomas positivos com o tempo de duração e os negativos também. São os sintomas presentes quando procurou o atendimento devido ao sintoma guia. 
Deve-se perguntar o sintoma e descrever: 
Localização, tempo, evolução, irradiação, intensidade, frequência, tipo (caracterização), sintomas associados, fatores de melhora e piora, início súbito ou progressivo, tratamentos realizados. 
· Sintomas constitucionais gerais: febre, sudorese, calafrios, astenia, perda de peso ou aumento e quanto, hiporexia (falta de apetite). 
· Sintomas do aparelho gastrointestinal: disfagia (dificuldade de engolir), odinofagia (dor ao deglutir), pirose (queimação), náusea (enjoo), êmese, regurgitação (volta de alimento até a cavidade bucal sem a presença anterior de náuseas), hematêmese (vômito com sangue), melena (eliminação de fezes pelo ânus com sangue digerido), constipação (alteração do ritmo intestinal), diarreia, distensão abdominal, aumento do volume abdominal, dor abdominal, esteatorréia (diarréia gordurosa), enterorragia (hemorragia que é eliminado sangue vivo pelo ânus), hematoquezia (eliminação de sangue vivo pelo ânus, mas em pequena quantidade), polifagia (apetite aumentado), inapetência ou hiporexia (diminuição do apetite), eructações (arroto), flatulência (acúmulo de gases no tubo digestivo), geofagia (desejo de comer terra), sialose (produção excessiva de secreção salivar), dispepsia (conjunto de sintomas relacionado a parte alta do abdome), hepatomegalia. 
· Pele, cabelo e unha: prurido, palidez, icterícia (amarelado), cianose (coloração azulada da pele e das mucosas), manchas hipo ou anestesiadas, alteração da temperatura, alopecia (falta de pelos), hirutismo (crescimento de pelos indesejáveis), hipertricose (crescimento de pelos de maneira excessiva).
· Cabeça e pescoço: cefaleia, dificuldade de movimentação, tumorações. 
Olhos: diminuição da acuidade visual, visão embaçada, diplopia (visão dupla), fotofobia (hipersensibilidade a luz), dor nos olhos, secreção ocular, prurido e lacrimejamento. 
Orelhas: perda da audição, dor secreção, zumbido (ruídos sem que haja estímulo exterior), otorreia (secreção dos ouvidos) e otorragia (hemorragia nos ouvidos), hipoacusia (diminuição da capacidade auditiva). 
Nariz: hiposmia (diminuição do olfato) ou anosmia (ausência do olfato), cacosmia (percepção anormal de cheiros), obstrução nasal, rinorreia (corrimento excessivo da mucosa nasal), rinolalia (distúrbio da voz produzido pela modificação da ressonância das cavidades nasais), epistaxe (hemorragia nasal), afonia (ausência de voz), disfonia (alteração da voz) e pigarro (hipersecreção de muco que se acumula e se adere na parede posterior da faringe, nos vestíbulos laríngeo e nas cordas vocais. 
Boca: ageusia (perda do paladar), sialose (muita saliva), halitose (mal hálito), alterações do paladar. 
· Cardiovascular: dor torácica, palpitações, ortopneia (dificuldade de respirar deitado, que faz com que o paciente tenha que se sentar), síncope, dispneia paroxística noturna (dificuldade de respirar depois que o paciente já dormiu algumas horas, podendo acordar com falta de ar, sibilância chiado percebido na respiração, lipotimia (condição como a pré-síncope). 
· Respiratório: dispneia, dispneia paroxística noturna, ortopneia, tosse, vômica (eliminação brusca pela glote de uma quantidade abundante de pus), hemoptise (eliminação de sangue pela traqueia), tosse, coriza, epistaxe (hemorragia nasal), cornagem (ruído devido a dificuldade respiratória por redução do calibre das vias aéreas), soluço. 
· Psiquiátrico: alterações do comportamento, tristeza excessiva, dificuldade de concentração, nervosismo, tensão, pensamentos suicidas, pensamentos suicidas, irritabilidade e alucinações. 
· Neurológico: perda de memória, confusão mental, convulsões, alteração da sensibilidade ou coordenação, sincope ou pré-síncope, alterações no sono, parestesia (formigamento), paresia e plegia (perda total dos movimentos), alterações da marcha, tremores e disartria (fraqueza nos músculos da fala), afasia (paciente pensa uma coisa e fala outra) e dislalia (perturbação na articulação das palavras). 
· Muscular e articular: mialgia, atrofia muscular, artralgia (dor nas articulações, indicar qual a articulação acometida), rigidez, astenia, fadiga, distonia (contrações involuntárias do músculo esquelético e dolorosas), artrite (processo inflamatório das articulações), parestesia (sensação de formigamento), bruxismo, caquexia, limitações do movimento, paresia, plegia. 
· Vasculatura periférica e subcutâneo: cianose, varizes, edema, adenomegalia, hepatomegalia, claudicação (dores intensas nas pernas similares as câimbras).
· Genital: hemospermia (sangue no esperma), corrimento uretral, disfunção erétil, metrorragia (sangramento uterino sem características de menstruação normal), amenorréia (falta de menstruação por mais de 3 ciclos), menarca (primeira menstruação), menopausa (última menstruação), dispareunia (dor durante o coito), galactorréia (produção de leite fora do período puerperal ou de lactação, pode ocorrer em homens), mastalgia (dor nas mamas), dismenorreia (cólicas e dores pélvicas da menstruação), leucorreia (aumento do fluxo vaginal).
· Urinário: disúria (dor ao urinar), hematúria (sangue na urina), urgência miccional, incontinência urinária, hesitação, retenção urinária, oligúria (<500ml/dia), anuria (<100ml/dia), poliúria (>2500ml/dia), noctúria (necessidade de esvaziar a bexiga durante a noite), colúria (urina cor de coca cola), estranguria (emissão lenta e dolorosa de urina), enurese noturna (emissão de urina durante o sono). 
HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA (HMP)
Fisiológico: gestação e nascimento, desenvolvimento psicomotor, desenvolvimento sexual, puberdade, menarca, sexarca, menopausa, orientação sexual. 
Patológico: doenças da infância, desenvolvimento psicomotor, patologias atuais e prévias (pode colocar diagnóstico), medicamentos de uso contínuo, alergia, internações, cirurgias, intercorrências obstétricas e ginecológicas, quadros psiquiátricos, acidentes e traumatismos, transfusões, imunizações e exames preventivos, tipo sanguíneo. 
HISTÓRIA PESSOAL E SOCIAL (HPS)
Avaliar situação financeira, vínculos afetivos, filiação religiosa. 
Condições de habitação, animais de estimação. 
Rendimento mensal, situação familiar e dependência financeira, condições culturais, crenças, religiosidade e educação do paciente, vida conjugal, relacionamento familiar entre os membros da residência e fora, atividades de lazer, viagens, ocupação atual e prévia. 
HÁBITOS DE VIDA (HV)
Vícios, tabagismo (carga tabágica), alcoolismo número de cigarros por dia/20 vezes os anos de fumo), alcoolismo não pode passar de 12 por semana, alimentação e atividades físicas ex: 6% de teor alcóolico x 350ml, divide por 1.000). 
HISTÓRIA FAMILIAR (HF)
Ajuda a avaliar os riscos do paciente para desenvolver determinadas doenças. 
Cardiovascular, histórico obstétrico, neoplasias, doenças metabólicas e genéticas. 
FISIOLOGIA DA DOR
Dor é uma desagradável experiência sensorial associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial, ou relatada como se uma lesão existisse. 
É um sinal de alarme e mecanismo essencial de defesa. A dor carrega componentes emocionais, culturais, sociais e religiosos. A dor é uma experiência humana e não só uma desordem orgânica, pode ser classificada como nociceptiva, neuropática, mista e psicogênica. É considerada o 5°sinal vital. 
A percepção da dor tem a transdução, a transmissão e a modulação. 
Inicia pelo estímulo nos nociceptores, que não são específicos, dependendo do estímulo e da localização podem gerar sensações diferentes como tato, pressão, calor, frio, vibração, estiramento e outros. A estimulação dos nociceptores vai se dar através de substâncias proteicas que são os neurotransmissores, vai ser por potencial elétrico despolarizante. 
O neurônio de primeira ordem despolariza, conduz o estímulo até o sistema nervoso central, vai fazer sinapse no corno dorsal da medula espinal, faz associação com neurônios de segunda ordem e sobe a informação para o tronco, mais precisamente para o tálamo. Vai ser uma dor visceral ou somática. 
Existem as vias de supressão da dor, que são as vias modulatórias, com neurotransmissores como o glutamato, substância P. 
FATORES AFETIVOS E EMOCIONAIS 
Os fatores psicológicos são potenciais modificadores da evolução da intensidade da dor. Por envolver fatores sociais, emocionais, intensidade, grau de atenção e outros, a dor considerada muito intensa para um paciente pode ser considerada pouco intensa por outro, assim a dor é um componente subjetivo. 
CLASSIFICAÇÃO DA DOR 
Dor aguda: pode ser por fração de segundos ou semanas. É imediata e intensa, localizada e autolimitada pode ter uma lesão visível. 
Dor crônica: no mínimo 3 meses da presença da dor. Mal definida e difusa, sem início ou fim definidos, duração acima de 3 meses. 
Deverá classificar também quanto a origem, se teve origem súbita ou gradual. Fatores desencadeantes e o que estava diferente na rotina que possa ter causado a dor.
O que transforma a dor aguda em dor crônica é a plasticidade mal adaptativa do sistema nociceptivo. 
DOR NOCCICEPTIVA 
Pode ter um fator causal identificável, e assim que houver remoção, a dor será aliviada, os nociceptores são ativados. Pode ser considerada somática ou visceral. 
A somática é uma dor bem localizada, já a visceral pode ter irradiação para dermátomos por isso não é bem localizada. 
A somática profunda pode ser de menor localização do que a somática superficial. 
A dor pode ser: 
Constante: nunca desaparece completamente, pode ter reduções. 
Intermitente: é aquela que ocorre por episódios, com frequência e duração bastante variável. 
Evocada: desencadeada por algum fator. 
Irradiada: é sentida longe do seu local de origem, um exemplo clássico é a dor no nervo ciático devido a compressão de hérnia de disco lombar. 
DOR NEUROPÁTICA 
Pode ocorrer da injuria do SNC ou SNP, sendo de caráter traumático, infeccioso, inflamatório, neoplásico, iatrogênico, desmielinizante e vascular. 
A remoção do fator causal é impossível. Vão estar presentes sensações aberrantes como queimação, choque, facada, dor ao toque (alodina), hiperresponsividade aos estímulos e vibração. 
DOR COMPLEXA OU MISTA 
É uma associação com a nociceptiva e a neuropática, ocorre em neoplasias malignas, pode ocorrer por estímulos nociceptivos e por destruição das fibras nociceptivas. 
DOR PSICOGÊNICA 
É o componente emocional da dor, não possui substrato orgânico, é de natureza exclusiva psíquica. É difusa, localizada ou até imprecisa. 
DOR TOTAL 
A dor não englobaria apenas os sintomas físicos, mas o sofrimento mental, contexto social e biográfico em que o paciente estivesse inserido. Com ênfase na importância da escuta e compreensão da experiência do sofrimento a partir de uma abordagem holística. Necessidade de escuta atenta, análise cuidadosa dos registros, uma abordagem que englobe os vários aspectos inerentes ao ser humano, a partir disso surge a expressão dor total, são as dimensões do ser humano implicadas na dor. É um processo chave para compreender outras dimensões do sofrimento, demandando múltiplas intervenções, integralidade da pessoa, promovendo dignidade e conforto até os últimos dias de vida. É o somatório da dor física, espiritual, emocional e social. 
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS DA DOR 
Início (súbito ou gradual), localização, irradiação, caráter (pulsátil, choque, cólica, queimação, aperto, pontada, constante), intensidade podendo ser de 0 a 10, pode ser dor leve, dor moderada, dor intensa e dor insuportável, mas é um pouco comprometida essa escala. Existe a escala visual analógica, em que se mostra uma régua ao paciente onde 10cm é o máximo e 0 cm é estar sem dor, há também como pedir para o paciente comparar com outra dor já sentida. 
Escala de Faces de Wong Baker: descritores visuais para adultos e crianças. Temos a escala numérica, verbal, visual analógica e de faces. 
Perguntaremos como componente a duração, a evolução, ou seja, como era antes e como está agora no momento da consulta, podendo mudar de lugar ou de caráter. 
Com relação as funções orgânicas, as estruturas anatômicas possivelmente associadas. Fatores desencadeantes, fatores de melhora ou piora, manifestações concomitantes. 
SEMIOLOGIA DA DISPNEIA 
É uma sensação subjetiva de dificuldade de respirar, desproporcionada com relação ao esforço físico. Dispneia do grego significa respiração ruim. 
O termo usado para caracterizar uma sensação subjetiva de desconforto respiratório, deriva da interação de múltiplos fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e ambientais. 
Associa-se ao aumento da mortalidade, várias doenças. 
Morbidade é o quanto essa doença vai causar dificuldade de consequências. 
QUEIXAS COMUNS 
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): fraqueza neuromuscular, doença intersticial, respiração pesada, o ar não entra. 
Asma: sufocação e aperto no peito. 
Insuficiência cardíaca: sensação de sufocação e urgência para respirar. 
CAUSAS
Atmosféricas, obstrutivas (DPOC), o ar entra mais não sai, pleurais, toracomusculares, diafragmática, teciduais, ligadas ao SNC e outras. 
CRONOLOGIA 
Entender se teve início súbito ou progressivo, e a frequência (se ocorre todos os dias, se ocorre no período da manhã, tarde, noite, realizando alguma atividade específica). 
SINTOMAS 
Procurar sintomas associados, se está associada a tosse, edema, verificar se aquela dispneia afeta a vida do paciente, fatores de melhora ou piora como na platipneia em posição ortostática é indício de derrame pleural e a ortopneia que é decúbito dorsal e indica insuficiência cardíaca. 
Devemos então saber: comparação, ou seja, se é sensação de cansaço, sufocação, aperto no peito, que o ar não entra, manifestações associadas como tosse, edema, sibilos, palpitações. Intensidade, fatores de melhora ou piora, fatores desencadeantes ou agravantes. 
Para classificar temos uma escala analógica e existe a escala de Borg Modificada sendo 0 nenhuma dispneia e 10 máxima dispneia. 
Existe também a Escala de dispneia (mMRC): que vai de 0 a 4.
0 sinto falta de ar ao realizar exercício físico intenso. 
1 sinto falta de ar quando aperto meu passo ou subo escadas ou ladeiras. 
2 preciso parar algumas vezes quando ano no meu passo, e ando mais devagar que outras pessoas da minha idade. 
3 preciso parar muitas vezes devido à falta de ar quando ando perto de 100m ou poucos minutos de caminhada no plano. 
4 sinto tanta falta de ar que nem saio de casa, ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho. 
DENOMINAÇÕES ESPECIAIS
 Características da dispneia. 
Dispneia de esforço: quando realiza atividade físicas. Pode ser comum em pacientes com pneumonia ou cardiopatias. 
Ortopneia: falta de ar em de decúbito dorsal. 
Dispneia paroxística noturna: dispneia durante a noite que leva o paciente acordar. Tem sensação de sufocamento. 
Asma cardíaca: termo usado para pacientes que apresentam sibilância (assobio agudo) com insuficiência cardíaca. Paciente com insuficiência cardíaca desenvolve edema pulmonar, e isso pode aparecer na ausculta como um assobio agudo na respiração.
Platipneia: nome dado a dispneia em posição ortostática. Pode ocorrer por derrame do pericárdio. 
Trepopneia: dispneia em decúbito lateral que melhora em decúbito lateral do outro lado. Também ocorre em derrame pleural. 
AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E RITMOS RESPIRATÓRIOS 
Frequência respiratória: RN: 40-45rpm.
Lactentes: 25-35 rpm.
Pré-escolares: 20-35 rpm. 
Escolares: 18-38rpm. 
Adultos: 12-22 rpm. 
Quanto mais novo, mais rápida a frequência respiratória. 
Taquipneia: é o aumento das incursões respiratórias, ou seja, em um adulto seria maior que 20/22rpm. Menor amplitude. 
Pode ocorrer em doenças intersticiais, edema pulmonar, febre e ansiedade. 
Hiperpneia: aumento da FR, com aumento da amplitude, o paciente tenta colocar mais ar para dentro e expulsar mais ar para fora. 
Pode ocorrer por acidose metabólica. 
Bradipneia: é o caso que a rpm <8, é acionado código amarelo, que é acionado em casos de febre, hipotermia, pressão baixa, taquipneia e bradipneia. Pode ocorrer por lesões neurológicas, uso de opioides com intoxicação. 
Apneia: interrupção dos movimentos respiratórios, por um período maior que 10s, pode acontecer por apneia obstrutiva do sono, evolução da bradipneia, morte encefálica. 
RITMO DE CANTANI 
É caracterizado pelo aumento da amplitude dos movimentos respiratórios, regular e secundário a acidose metabólica. 
RITMO DE KUSSMAUI 
À medida que acidose se agrava pode surgir esse ritmo, produzido pela alternância sequencial de apneias respiratórias e expiratórias. 
RITMO DE BIOT 
É um ritmo completamente aleatório e inespecífico, sem frequência regular. Pode ocorrer por alta PA, lesões intracraniana. 
RESPIRAÇÃO SUSPIROSA
Respiro que ocorre de forma regular, com um suspiro profundo, pode ocorrer por problemas psicológicos ou simples emoções. 
RITMO DE CHEYNES-STOCKES 
Alternância de períodos de apneia seguidos de hiperpneia crescente e decrescente. Ocorre grande variações de O2 e CO2 no sangue. 
SEMIOLOGIA DA TOSSE 
É o sintoma mais importante do sistema respiratório. É um mecanismo reflexo das vias aéreas, que reagem a mecanismos irritantes. Consiste em inspiração rápida, seguida de fechamento da glote, contração dos músculos expiratórios, seguido de expiração forçada com a abertura súbita da glote. 
É resultado da estimulação dos receptores das mucosas das vias aéreas até o centro da tosse, que fica localizado no bulbo pelos nervos vagos. 
Pode ter como origem causas inflamatórias, mecânica, química e térmica. Também pode ocorrer por refluxo onde o ácido sobe para áreas que não deveriam causando irritação das mucosas. 
Tosse crônica pode ser resultante da asma ou de rinite pelo gotejamento. 
Quem usa inibidores da ECA, a ECA degrada bradicinina no trato respiratório e aumenta a tosse, bradicinina provoca tosse. 
PARAMETROS PARA AVALIAÇÃO
Frequência, intensidade, duração, tonalidade (tosse de cachorro), presença ou não de expectoração, relação com o decúbito, período do dia com maios intensidade relacionado com a dieta, se acompanha êmese, síncope ou vertigem. 
CLASSIFICAÇÃO 
Aguda ou crônica (mais que 3 semanas). 
Se esta associada a dispneia e sintomas gripais. 
Produção de secreção, pode ser tosse seca, ou produtiva se produtiva perguntar quantidade, aspecto e coloração, cheiro, presença de sangue (hemoptise). 
Hemoptoico, tosse com secreção com raios de sangue. 
SEMIOTÉCNICA DA ANAMNESE 
Apoio: frases como eu compreendo. 
Facilitar: palavras e ações de encorajamento como balançar a cabeça. 
Reflexão: repetir as palavras ditas pelo paciente. 
Esclarecimento: definir de maneira clara o que foi dito pelo paciente. 
Confrontação: dizer que algo em seu comportamento não condiz com a sua fala. 
Interpretação: uma observação acerca do paciente. 
Resposta empática: gestos e atitudes que demonstram empatia. 
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO
 Síndrome consumptiva perda de 10% da massa ou mais que 5% em 6 meses. Apresentam dispneia, cansaço e falta de disposição. Podem ser neoplásicas, endócrinas, psiquiátricas e infecciosas. Busca avaliar se é uma neoplasia. 
EXERCÍCIOS DE SEMIO PARTE 1	
10) C 
11) Não tive ainda
16) Nascimento e residência, diz que ela é procedente de São Paulo, mas não sabemos onde essa paciente mora nem onde nasceu, uma vez que suas irmãs apresentam o coração inchado pode ser indicio de uma doença de Chagas, devemos saber se a região do nascimento é endêmica de DC.
17) Falta de ar há 4 meses. 
18) Na história familiar perguntaria se os pais apresentam alguma morbidade e caso já tenham vindo a falecer qual o motivo (identificar problemas cardiovasculares), e se existe outros irmãos que apresentam o coração inchado e outras patologias. Na história médica pregressa é importante perguntar sobre a realização de transfusões sanguíneas e sobre patologias atuais e prévias. 
19) Dispneia: falta de ar.
Fadiga: cansaço para realizar atividades do dia a dia. 
Ortopneia: dormir apenas com 3 travesseiros. 
Dispneia paroxística noturna: tem acordado a noite com falta de ar. 
Edema: pernas inchadas. 
Síncope: perda de consciência. 
19) Afasia: distúrbio da linguagem que afeta a capacidade de comunicação da pessoa. O paciente tem plena consciência dos objetos a sua volta, mas identifica-os de maneira incorreta. 
Disartria: fraqueza nos músculos da fala, em que a fala fica arrastada e lenta. 
Dislalia: perturbação na articulação devido a lesão em órgãos fonadores. 
3) E 
4) A ou D 
5) não tive ainda 
13) C 
6) C 
7) não tem como fazer 
14) E 
15) não tive ainda 
3) não tive ainda 
2) C 
PROVA DE SEMIO PARTE 2 
2) Classificar a dor. 
Dor: joelho direito É uma dor nociceptiva somática. Do tipo é aguda, dor pulsátil (latejante).
3) Dor é o quinto sinal vital. 
5) O nome da dispneia do paciente é trepopneia. 
6) Derrame pleural e derrame do pericárdio. 
7) Hemoptoico. 
8) Cor, presença ou ausência de sangue, odor, aspecto e quantidade. 
PROVA DE SEMIO PARTE 3 
2) 2 e 4 
3) C 
4) C 
5) revisar carga tabágica. 
6) não dá para fazer 
7) A 
8) D 
9) D
10) E
11) CARDIOMEGALIA NÃO É SINTOMA DE ISDAS 
12) Não tive ainda 
13) Não tive ainda
14) C
ANAMNESE, GERAIS E OUTRAS ÁREAS 
7) D C 
8) B D 
9) B 
10) E D
11) D E
12) A 
13) A B
33) A 
34) B 
40) A 
46) C 
62) A B
63)A 
64) B A
65) D 
66) B 
77) a dor pode ser em facada, latejante, em aperto, pulsátil. 
80) Anamnese é trazer a memória, os fatos ocorridos como uma história, que o paciente possa contar para que podemos entender a evolução, e sequência dos fatos até o momento que esse paciente chegou para nós. 
93)B E
97)D 
102) E- C- A -B-D
104) B
110) A B
111)B 
112) A 
113) B 
114)A 
115)A 
116) A C
117) C 
118) A
PROVA SEMIO PARTE 4
Queda da própria altura após apagão há 3 horas. 
HAS, ganho de peso, reumatismo, dores nos pés e mãos, injeções para a dor. 
Dor nociceptiva é visceral ou somática.

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