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Antimicrobianos Prof. Dr. Helder F. C. Dourado ANTIBIÓTICOS • Conceito: Substâncias químicas produzidas por seres vivos (fungos, bactérias, plantas ou organismos superiores), com capacidade de inibir processos vitais ou bloquearem o crescimento e replicação celulares de microorganismos, em concentrações relativamente pequenas. • Quimioterápicos: Substâncias químicas obtidas sinteticamente, também com capacidade antimicrobiana. ANTIBIÓTICOS • Era dos Antibióticos – 1929 (Fleming isola de microorganismos PENICILLIUM -Penicilina • Hoje: + 5.000 tipos e 30.000 derivados • Uso generalizado PRINCÍPIOS DE USO • Identificação bacteriológica (oral freqüente Gram – e anaeróbios, relatados +350 microorganismos) • Escolha X Diagnóstico- “Acho que é ... “ • Idade/Estado clínico do paciente – bactericidas X bacteriostáticos • Distúrbios hepáticos e renais • Gravidez • Via de administração X Local de infecção • Tempo (demora) e dose de tratamento • TOXICIDADE SELETIVA TOXICIDADE SELETIVA • Compostos químicos apresentam alta toxicidade para microorganismos e “inócuos” para o hospedeiro. • Viabilidade produzida por diferenças anatomicas e bioquímicas entre microorganismo e hospedeiro, acentuada pela distância evolutiva entre os alvos. SENSIBILIDADE X RESISTÊNCIA • Dose utilizada suficiente para produzir efeito antimicrobiano, mas com níveis plasmáticos e teciduais abaixo da toxicidade do hospedeiro > microorganismo sensível • Dose utilizada suficiente para produzir efeito antimicrobiano, mas com níveis plasmáticos e teciduais acima da toxicidade do hospedeiro > microorganismo resistente Definições • Resistência Microbiana: capacidade dos microorganismos (especialmente das bactérias) de resistirem ou se tornarem tolerantes a agentes quimioterápicos, antimicrobianos ou a antibióticos (DeCS). • Antimicrobianos: substâncias que previnem a proliferação de agentes infecciosos ou microorganismos ou que matam agentes infecciosos para prevenir a disseminação da infecção (MeSH). • Antibióticos: Substâncias produzidas por microorganismos que podem inibir ou suprimir o crescimento de outros microorganismos (DeCS). CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES ANTIMICROBIANOS CONFORME SEU MECANISMO DE AÇÃO • Inibidores do metabolismo do folato • Inibidores da síntese da parede celular bacteriana • Inibidores da síntese de proteínas • Inibidores da síntese do DNA Antimicrobianos Prof. Dr. Helder F. C. Dourado INIBIDORES DO METABOLISMO DO FOLATO Bactrim – Sulfametoxazol + trimetoprima MECANISMO DE AÇÃO Ácido p-Aminobenzóico - pABA Folato Tetraidrofolato DNA bacteriano Diidropteroato-sintetase Diidrofolato-redutase SULFONAMIDAS TRIMETOPRIMA INIBIDORES DA SÍNTESE DO FOLATO • Sulfonamidas: – Sulfanilamida; – Sulfadiazina, Sulfametoxazol e Sulfadimidina; – Sulfametopirazina; – Sulfasalazina. INIBIDORES DA REDUÇÃO DE FOLATO • Pirimetamina • Trimetoprima INIBIDORES DA SÍNTESE E REDUÇÃO DE FOLATO CO-TRIMOXAZOL Sulfametoxazol + Trimetoprima Bactrim® – Sulfametoxazol + trimetoprima Atinge um amplo espectro de germes patogênicos Gram- positivos e Gram-negativos Infecções do trato respiratório altas e baixas infecções do trato urinário e renais, genitais, inclusive uretrite gonocócica infecções gastrintestinais, incluindo febres tifóide e paratifóide, cólera infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos, abscessos e feridas infectadas Outras infecções bacterianas: osteomielites aguda e crônica, brucelose aguda. ESPECTRO DE AÇÃO • As sulfas são bacteriostáticas, sendo que os mecanismos de defesa celular e humoral do hospedeiro são indispensáveis para a erradicação final da infecção. • Atividade antimicrobiana para bactéria Gram-positivas e Gram-negativas: Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Haemophilus ducreyi, Nocardia, Actinomyces, Calymmatobacterium granulomatis Chlamydia trachomatis. • Cepas de Shigella, Escherichia coli e Neisseria meningitidis tornaram-se resistentes. REAÇÕES ADVERSAS • DISTÚRBIOS HEMATOPOIÉTICOS: – Anemia hemolítica em pacientes com deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase. – Também pode ocorrer granulocitopenia e trombocitopenia. • OUTRAS REAÇÕES: – Em 1 a 2% dos pacientes pode ocorrer náusea, vômitos e anorexia. – A administração de sulfonamidas a recém-nascidos (sobretudo prematuros) pode ocasionar o deslocamento da bilirrubina dos seus sítios de ação na albumina sérica, sendo que a bilirrubina livre consegue penetrar no SNC causando uma síndrome chamada Kernicterus. INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR BACTERIANA PAREDE CELULAR COMPOSIÇÃO • Previne rompimento osmótico da célula • Contribui para a patogenicidade de microorganismos • Composta por PEPTIDEOGLICANO (N acetilglicosamina (NAG) e N acetilmurâmico (NAM) • Possui ác. Teicóico (glicerol+fosfato) – Gram+ • Poucas camadas de peptideoglicano e presença de membrana externa (Gram-)_ PAREDE CELULAR GRAM + PENICILINAS HISTÓRICO Descoberta por Fleming em 1929 Produzida pelo fungo Penicillium notatum (Penicilina G cristalina) Um bolor que infectou a sua cultura de bactérias causou a lise das bactérias 1938: a penicilina começou a ser desenvolvida como agente terapêutico ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM PAREDE CELULAR - PENICILINAS • Descoberta 1929 por Fleming (Penicilina G cristalina). Clínica 1939 por Boris e Chain • Grupo B lactâmicos apresenta anel Tiazolidina (lipossolubilidade) e anel B lactâmico (atividade antimicrobiana) • Via oral (intestinal) e parenteral. • Distribuição todo o organismo, alta ligação protéica (albumina) • Metabolismo hepático eliminação renal • Principal efeito colateral: reação alérgica PENICILINA ESTRUTURA QUÍMICA A B Anel Beta Lactâmico – Atividade Antimicrobiana (A) Anel Tiazolidina – Lipossolubilidade (B ) Cadeia Lateral FÓRMULA ESTRUTURAL PENICILINA PENICILINA - ABSORÇÃO Absorção por administração oral: • Penicilina ser destruída rapidamente pelo suco gástrico (pH 2) , (33% dose administrada sofrem absorção pelo trato intestinal em condições favoráveis). Absorção rápida e concentrações plasmáticas máximas de 30-60min. • Administração 30min antes da refeição ou 2h após ( absorção de alimentos). Administração parenteral: • Via intra-muscular concentrações plasmáticas máximas atingidas de 15-30min. • Esses valores declinam rapidamente, pois a meia vida da penicilina G é de 30min. PENICILINA - DISTRIBUIÇÃO • Distribuição ampla por todo corpo, concentrações variadas dependentes de líquidos e tecidos (60% ligação reversível à albumina). • Quantidades significativas no fígado, na bile, nos rins, no sêmen, no líquido articular, na linfa e no intestino. PENICILINA - METABOLISMO - Local de ação da penicilinase PENICILINA - EXCREÇÃO • Eliminação rápida do corpo (30 min.), pelos rins, pequena parte excretada na bile e vias. • Cerca de 10% do fármaco eliminados por filtração glomerular e 90% secreção tubular. • A meia vida pode estar aumentada em lactantes e em pessoas com insuficiência renal e aumentada ainda mais indivíduos com insuficiência hepática (60- 90% dose IM em solução aquosa eliminados na urina na primeira hora após a injeção do fármaco). PENICILINAS MECANISMOS DE AÇÃO • Mecanismos não líticos e líticos • Inibe processo de transpeptidação, com ligação à proteínas específicas (PBP) • Ação sobre proteínas de membrana • Inibição de inibidor de enzimas autolíticas de parede PENICILINAS MECANISMOS DE AÇÃO PENICILINA MECANISMOS DE AÇÃO E. Coli exposta à Penicilina Formação de vacúolos e autolise PENICILINA RESISTÊNCIA • Resistência: Intrínseca ou Adquirida • Vários mecanismos : • Produção de PBP de baixa afinidade por antibióticos -lactâmico. • Incapacidade do antibiótico penetrar no local de ação. • “Bombas de antibiótico” que retiram o antibiótico do local de ação. • Destruição enzimática dos antibióticos através da produção de diferentes tipos de -lactamases. PENICILINAS SEMI SINTÉTICAS • Resistentes à penicilinase• Utilização oral ou parenteral • Pequeno espectro – infecções específicas (estafilocócicas) • Meticilina, Oxacilina, cloxacilina PENICILINAS SEMI SINTÉTICAS • Resistentes à ácidos e sensível à penicilinase • Utilização oral • Largo espectro – Cocos e bacilos (G+ e G-) • Ampicilina, Amoxicilina PENICILINAS NOMES COMERCIAIS • Penicilina G cristalina(aquosa): Benzilpenicilina, Cristalpen, Megapen, Penicilina G Potássica • Penicilina G procaína: Despacilina, Benapen, Odontovac, Wycillin • Penicilina G benzatina: Benzetacil, Longacilin, Penretard, Penicilina G benzatina • Penicilina V: Meracilina, Oracilin, Pen-Ve-Oral, Penicilina V • Ampicilina: Ampicil, Binotal, Amplacilina, Ampicilina • Amoxacilina: Amoxil, Penicilin, Hiconcil, Novocilin, Polimicil, Amoxacilina • Oxacilina: Staficilin-N, Oxacilina • Carboxipenicilina: Timetin • Ureidopenicilina: Tazocin PENICILINAS REAÇÕES ADVERSAS • Hipersensibilidade • Reações alérgicas (0,7 a 4% dos tratamentos) • Qualquer dose posológica pode gerar uma reação de hipersensibilidade • Em geral a eliminação do antibiótico resulta em rápido desaparecimento das manifestações PENICILINAS REAÇÕES ADVERSAS PENICILINAS REAÇÕES ADVERSAS • Erupção maculopapular e urticariforme PENICILINAS REAÇÕES ADVERSAS • Febre • Broncoespasmo • Vasculite • Doença do soro (deposição complexo imune) • Dematite esfoliativa Antimicrobianos Prof. Dr. Helder F. C. Dourado INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR OUTROS ANTIBIÓTICOS ANTIBIÓTICOS - LACTÂMICOS PENICILINAS MONOBACTÂMICOSCARBAPENÊMICOS CEFALOSPORINAS Vancomicina Teicoplanina Imipenem/Cilastatina Aztreonam Meropenem Bacitracina P E N I C I L I N A S Fenoximetilpenicilina ou V Piperacilina Mezlocilina Carbenicilina Ticarcilina Amoxicilina Meticilina Nafcilina Oxacilina Penicilina G benzatina Ampicilina Cloxacilina Dicloxacilina PRIMEIRA GERAÇÃO RESISTENTES ÀS PENICILINASES PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO PENICILINAS ANTI- PSEUDOMONAS Penicilina G cristalina Penicilina G procaína C E F A L O S P O R I N A S Cefepima Ceftazidima Cefaclor Cefoxitina Cefuroxima Cefazolina Cefotaxima PRIMEIRA GERAÇÃO SEGUNDA GERAÇÃO TERCEIRA GERAÇÃO QUARTA GERAÇÃO Cefadroxil Cefalexina Cefalotina Cefoperazona Ceftriaxona Axetil cefuroxima Loracarbef MECANISMO DE AÇÃO • As penicilinas e cefalosporinas interferem com o último passo da síntese da parede bacteriana, expondo assim a membrana, osmoticamente menos estável. • Assim pode ocorrer a lise celular (morte das bactérias). • As paredes celulares são essenciais para o crescimento e desenvolvimento normais das bactérias. • O peptidioglicano é um componente da parede celular que fornece uma rígida estabilidade mecânica por meio de uma estrutura entrelaçada de ligações cruzadas. MECANISMO DE AÇÃO • Nas bactérias Gram-positivas a PC tem uma espessura de 50 a 100 moléculas. • Nas bactérias Gram-negativas a PC tem uma espessura de apenas 1 a 2 moléculas. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA ÀS PENICILINAS E CEFALOSPORINAS • Produção de -lactamases – As bactérias produzem mais de 50 tipos diferentes de -lactamases. – Os estreptococos não produzem -lactamases, já os estafilococos, Neisseriae gonorrhoeae, Haemophilus spp, etc. produzem. – A combinação é necessária quando se usa ampi ou amoxi para infecções por Klebsiella pneumoniae. • ÁCIDO CLAVULÂNICO, SULBACTAM: INIBIDORES DAS - LACTAMASES. • Redução na permeabilidade a membrana externa – Bactérias Gram-negativas podem dificultar a penetração do fármaco para os locais alvo, tornando a membrana mais impermeável a fármacos hidrofílicos. • Ocorrência de locais de ligação à penicilina modificados MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA ÀS PENICILINAS E CEFALOSPORINAS ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM PAREDE CELULAR - CEFALOSPORINAS • Cephalosporium acremonium (1948) • Grupo B lactâmicos de amplo espectro • Via oral ou parenteral ( IM, EV) • Distribuição todo o organismo • Metabolismo hepático. Eliminação renal • Mecanismo de ação semelhante à Penicilina • Possibilidade de utilização durante gravidez CEFALOSPORINA ESTRUTURA QUÍMICA A B Anel Beta-lactâmico – atividade antimicrobiana (A) Anel dihidrotiazina – lipossolubilidade (B) Cadeia lateral CEFALOSPORINAS – SEMI SINTÉTICAS • 1ª GERAÇÃO:amplo espectro (G+, G-), sensibilidade variável à B lactamase (cefaclor e cefadroxil) • 2ª GERAÇÃO: espectro maior (anaeróbios da cavidade oral), menor sensibilidade à B lactamase CEFALOSPORINAS REAÇÕES ADVERSAS • Hipersensibilidade é o mais comum(anafilaxia, broncospasmo e urticária) • Erupção maculopapular acompanhado ou não de febre e eosinofilia • Reatividade cruzada(semelhança estrutural entre as penicilinas e cefalosporinas • Aos pacientes muito reativos à penicilina, cuidado ao prescrever cefalosporinas ou não administrá-la CARBAPENENS IMIPENEM • ß-lactâmico • Amplo espectro • Resistente a muitas ß-lactamases • Cilastatina (bloqueia sua degradação) ESPECTRO DE AÇÃO • Penicilinas G e V: ativas contra cocos Gram-positivos sensíveis. Seu espectro antimicrobiano abrange preferencialmente bactérias Gram positivas e cocos Gram negativos, com ausência de atividade sobre bacilos Gram negativos. • Nafcilina (e outras penicilinas resistentes às penicilinases) são ativas contra S. aureus, produtor de penicilinases. • As penicilinas de amplo espectro (ampicilina e amoxicilina) possuem mais ação contra Gram-negativos (Escherichia e Proteus). • As penicilinas de espectro ampliado possuem atividades contra Pseudomonas, Klebsiella, Enterobacter como a ticarcilina e a piperacilina. ÁCIDO CLAVULÂMICO • ß-lactâmico • Inibidor da ß-lactamase • Pouca atividade microbiana • Inibidor “suicida” (ligação irreversível) • Associada a Amoxicilina (Clavulin) AMOXICILINA/CLAVULANATO E AMPICILINA/SULBACTAM: • Indicadas em otites, sinusites e DPOC infectada, pois tem maior atividade contra H. influenzae. • Alguns autores recomendam para tratamentos não responsivos aos de 1a linha. • Opção para infecção por S. aureus sensíveis a meticilina. • Monoterapia em infecções intra-abdominais (enterococos) Antimicrobianos Prof. Dr. Helder F. C. Dourado PROBENECIDA • Usada com ampicilina, amoxicilina e penicilina G • Função: inibir a secreção tubular renal das penicilinas e cefalosporinas, impedindo sua rápida excreção • A dose de 1g duplica os níveis séricos desses antibióticos. • Deve ser ingerida 1h antes do antibiótico. ESPECTRO DE AÇÃO • Cefalosporinas de primeira geração: maior atividade contra cocos Gram-positivos e atividade modesta contra Gram- negativos. • As de segunda geração tem atividade melhor contra Gram- negativos e ainda contra alguns anaeróbios. • A terceira geração de cefalosporinas tem menos atividade contra organismos Gram-positivos, porém mais atividade contra as Enterobacteriaceae, com um subgrupo ativo contra P. aeruginosa. • A quarta geração tem espectro de ação semelhante à terceira, com maior estabilidade à hidrólise por -lactamases. Piperacilina/Tazobactam (IV) • Indicado para o tratamento das seguintes infecções bacterianas sistêmicas e/ou locais causadas por microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, aeróbicos e anaeróbicos. • Associação de antibacterianos injetáveis que consiste na penicilina semissintética piperacilina e o inibidor da betalactamase tazobactam Piperacilina/Tazobactam (IV) REAÇÕES ADVERSAS • HIPERSENSIBILIDADE: – É o mais importante evento adverso das penicilinas, causando uma reação imunológica. Cerca de 5% dos pacientes apresentam algum tipo de reação, desde urticária máculo-papular até angioedema (inchaço de lábios, língua e região periorbital) e anafilaxia. – Ocorrem reações alérgicas cruzadas entre os antibióticos -lactâmicos. – As urticárias máculo-papulares são mais comuns com a ampicilina. REAÇÕES ADVERSAS • DIARRÉIA: – É comum ocorrer, já que as penicilinas rompem o equilíbrio normal entre os microrganismos da flora intestinal. – Ocorre com maisfrequência com os fármacos de absorção incompleta (ex: penicilina V) e de espectro antibacteriano ampliado (ex: ampicilina). • NEFRITE: – Especialmente a meticilina tem potencial de causar nefrite intersticial aguda. REAÇÕES ADVERSAS • NEUROTOXICIDADE: – As penicilinas podem causar convulsões se injetadas intratecalmente ou se atingirem níveis sanguíneos elevados. – Pacientes epilépticos são mais propensos a esse efeito. • DISFUNÇÃO PLAQUETÁRIA: – Algumas penicilinas (ex: carbenicilina e ticarcilina) desenvolvem a diminuição da agregação plaquetária. – Deve-se monitorar pacientes predispostos a hemorragias ou em terapia com anticoagulantes orais, se utilizarem estes antibióticos. MONOBACTÂMICOS Aztreonan • Espectro apropriado para Gram (-) – Enterobacteriaceae: Citrobacter, Enterobacter, Escherichia, Klebsiella, Proteus.... • Haemophilus influenzae • Neisseria gonorrhoeae • Há casos de resistência a Pseudomonas. • Há desenvolvimento de resistência por bactérias Gram (+) e anaeróbios. • Espectro similar ao dos aminoglicosídeos Monobactâmicos - Aztreonam • ß-lactâmico • Apenas gram negativas • É resistente a muitas ß- lactamases • Pacientes alérgicos à penicilina ou cefalosporina parecem não reagir ao aztreonam CARBAPENÊMICOS Imipenem e meropenem • São os antibióticos de maior espectro: – Cocos e bacilos Gram (+) e Gram (-), incluindo Pseudomonas aeruginosa – Anaeróbios (incluindo B. fragilis) • Alguns Enterococos, S. aureus meticilina-resistentes, Pseudomonas cepacia demonstraram resistência. • Eficácia microbiológica do meropenem sobre bacilos Gram (-) pode ser superior ao imipenem (sem comprovação). Meropenem - Carbapenêmico para uso parenteral • Exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. • A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida • Afeta Aeróbios e Anaeróbios Gram (+) e (-) Meropenem - Carbapenêmico para uso parenteral Meropenem - Carbapenêmico para uso parenteral OUTROS: Vancomicina eTeicoplanina Teicoplanina (Uso IV/IM) • Glicopeptídeo antibiótico que age na biossíntese da parede celular e tem ação contra bactérias Gram- positivas aeróbias e anaeróbias • Ativa contra estafilococos (incluindo os resistentes à meticilina e outros antibióticos betalactâmicos), estreptococos, enterococos, Listeria monocytogenes, micrococos, corinebactéria do grupo J/K e anaeróbios Gram-positivos incluindo Clostridium difficile e peptococos ESPECTRO DE AÇÃO • Cocos e bacilos aeróbios Gram-(+) – Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Enterococcus sp.- e Neisseria sp. • Não tem utilidade em infecções por Gram-(-) e anaeróbios. • Há cepas de staphylococcus e enterococcus resistentes à vancomicina. • Para cepas que não respondem à vancomicina (monoterapia) usa-se combinação com rifampicina e gentamicina. • Teicoplanina (Uso IV/IM) INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS INIBIDORES DA SÍNTESE DAS PROTEÍNAS CLORANFENICOL TETRACICLINAS Doxiciclina AMINOGLICOSÍDEOS MACROLÍDEOS Minociclina Amicacina Tetraciclina Gentamicina Neomicina Netilmicina Estreptomicina Tobramicina Azitromicina Claritromicina Eritromicina Roxitromicina LINCOSAMIDAS Clindamicina Lincomicina SÍNTESE PROTÉICA • Ribossomos estrutura básica de síntese protéica: Mamíferos – 60S e 40S Microorganismos 50S e 30S SÍNTESE PROTÉICA • Três estágios no processo de síntese: Iniciação, Alongamento, Terminação Iniciação: Ativação de aminoácido iniciador - metionina (códon AUG) 1. Subunidade menor, tRNA-metionina e mRNA formam complexo, catalisado por Fatores de Iniciação de Transdução (IF1, IF2 e IF3), com gasto de energia (GTP) 2. Leitura mRNA sentido 5’ – 3’ SÍNTESE PROTÉICA • Alongamento • Ribossomo possui 2 sítios para ligação tRNA: Aminoacil (A) e Peptidil (P). Especificidade do sítio A, dada pelo códon Mrna Terminação dependente de códon final: UAG, UAA ou UGA SÍNTESE PROTÉICA • Ribossomos formam polissomos (seqüência de ribossomos fazendo a leitura do mesmo mRNA) ANTIBIÓTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA • Vários grupos de substâncias de estruturas diferentes: 1. Tetraciclinas 2. Cloranfenicol 3. Aminoglicosídeos 4. Macrolídeos ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - TETRACICLINAS 1948 – Clortetraciclina 1950 – Oxitetraciclina 1952 – Tetraciclina 1957 – Demeclociclina 1961 – Metaciclina 1966 – Doxiciclina 1972 – Minociclina Produzidas Streptomyces Amplo espectro (G+, G- riquetsias e clamidias ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - TETRACICLINA • FARMACOCINÉTICA: • Administração V.O (E.V- infecções graves; I.M inadequada por causar irritação). Administração com leite e antiácidos forma complexos estáveis e insolúveis. • Absorção variável pelo TGI – intestino delgado e estomago (oxitetraciclina 30%; doxiciclina 95% e minociclina 100%) • Distribuição e ligação plasmáticas e teciduais variável • Concentrações elevadas – pele, pulmões, rins, fígado e globo ocular • Atravessam placenta (não barreira hematoencefálica) • Metabolismo hepático e excreção renal (“in natura”) biliar e leite ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - TETRACICLINAS ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - TETRACICLINAS • FARMACODINÂMICA • Duas etapas levam antibiótico ao ribossomo: 1. Difusão passiva através de poros hidrofílicos da membrana externa 2. Transporte ativo através de membrana citoplasmática Ligação reversível subunidade 30S, impede reconhecimento códon-anticódon Resistência por inibição de transporte ativo • Espectro: G+, G- (maiores resistências), aeróbios e anaeróbios. ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - TETRACICLINAS • EFEITOS ADVERSOS: • Irritação gastro-intestinal direto e por alteração da microbiota • Fototoxicidade (reação cutânea por exposição luz solar) • Hepatotoxicidade e Nefrotoxicidade • Calcificação tecidual (tecidos em Formação deposição com Ca++) • USOS TERAPÊUTICOS • Doenças Infecciosas (microorganismos sensíveis) • Conservantes alimentares ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA – AMINOGLICOSÍDEOS • 1943 – Estreptomicina • 1949 – Neomicina • 1964 – Gentamicina • 1971 – Tobramicina • 1975 – Amicacina • Produzidas por Streptomyces • Semi -Sintéticas Antimicrobianos Prof. Dr. Helder F. C. Dourado ANTIBIÓTICOS DE SÍNTESE PROTEICA - AMINOGLICOSÍDEOS ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA – AMINOGLICOSÍDEOS • FARMACOCINÉTICA • Alta polaridade • Administração V.O (efeito local). Parenteral (I.M ou IV – efeitos sistêmicos) • Distribuição e ligação proteínas plasmáticas baixas (<30%), maiores concentrações rins. Tempo de meia vida 2 a 3 horas. • Metabolismo insignificante e eliminação “in natura” ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA – AMINOGLICOSÍDEOS• FARMACODINÂMICA • Penetração por transporte ativo dependente de O2 • Ligação irreversível porção 30S, induz erro na incorporação de aminoácidos gerando proteínas anômalas e autólise. ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA – AMINOGLICOSÍDEOS • Efeitos Colaterais: • Ototoxicidade (vestibular e coclear 25% - 75%) irreversível • Nefrotoxicidade (acúmulo túbulo contorcido proximal) • Bloqueio neuro-muscular (inibição de liberação de neurotransmissor) • Atuação G- e aeróbios • USOS TERAPÊUTICOS • Doenças infecciosas – microorganismos sensíveis e pacientes alérgicos a Penicilina ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - CLORANFENICOL 1947 – Cloranfenicol – Streptomyces venezuelae ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - CLORANFENICOL • FARMACOCINÉTICA • Administração V.O; parenteral – imprevisível • Absorção duodenal • Distribuição todos os tecidos inclusive LCR (30’– 60’ V.O). Maiores concentrações fígado, bile e rins. • Metabolismo hepático (conjugação Ác. glicurônico) • Eliminação renal, biliar, leite • Resistência por indução de acetiltransferase específica ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - CLORANFENICOL • FARMACODINÂMICA • Penetração por difusãofacilitada.Ligação reversível à peptidil-transferase subunidade 50S. ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - CLORANFENICOL • EFEITOS COLATERAIS • Aplasia de medula óssea e Síndrome cinzenta do recém nascido (caracterizada por colapso cardiocirculatório) • USOS TERAPÊUTICOS • Amplo espectro – G+, G-, Haemophilus influenzae • Doenças infecciosas – microorganismos sensíveis • Pacientes alérgicos à Penicilina • Infecções Oculares e meningites ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - MACROLÍDEOS 1952 – Eritromicina – Streptomyces erythreus. Sintéticos: Claritromicina e Azitromicina ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - MACROLÍDEOS • FARMACOCINÉTICA • Alta lipossolubilidade • Administração V.O (degradada suco gástrico e retardada com alimentos). Administração parenteral I.M ou E.V • Distribuição todo o organismo. Alta concentração fígado e baço. • Metabolismo hepático. Eliminação renal e biliar • Tempo de Meia vida: Eritromicina 1,5 hs; Claritromicina 9 hs e Azitromicina 30 hs. ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - MACROLÍDEOS • FARMACODINÂMICA • Ligação reversível porção 50S inibe translocação ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA - MACROLÍDEOS • EFEITOS COLATERAIS • Gastro-intestinais (interferência microbiota) • Hepatotoxicidade (acúmulo de metabólitos– icterícia, erupções cutâneas e hepatomegalia) • Irritação muscular (I.M) • Efeitos reversíveis. • Espectro semelhante Penicilina (terapêutica alternativa) • USOS TERAPÊUTICOS • Doenças infecciosas – microorganismos sensíveis • Terapêutica substituição - Penicilina TETRACICLINAS MECANISMO DE AÇÃO: TETRACICLINAS • Inibem a síntese protéica bacteriana ligando-se ao ribossomo 30 S da bactéria e impedindo o acesso do aminoacil-RNAt ao local receptor (A) no complexo ribossomo-RNAm. • Possuem ação bacteriostática. • Os compostos mais ativos são a doxiciclina e a minociclina, por serem mais lipolíticos que a tetraciclina. MECANISMO DE AÇÃO: MACROLÍDEOS ESPECTRO DE AÇÃO: TETRACICLINAS • Tem amplo espectro de atividade contra bactérias aeróbicas e anaeróbicas Gram-positivas, Gram-negativas. • São eficazes contra muitos microrganismos que são resistentes aos agentes antimicrobianos que agem sobre a parede celular, como a Rickettsia, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia spp, Legionella spp, algumas micobactérias atípicas e o Plasmodium spp. Tem pouca atividade antifúngica. • Geralmente sua ação é bacteriostática. REAÇÕES ADVERSAS: TETRACICLINAS • DESCONFORTO GÁSTRICO: – Consequência da irritação da mucosa gástrica. Pode ser controlado se o fármaco for administrado com alimentos não derivados do leite. • EFEITOS EM TECIDOS CALCIFICADOS: – A deposição do fármaco nos ossos e na primeira dentição ocorre durante a calcificação em crianças em crescimento, causando manchas e hipoplasia dentais e interrupção temporária do crescimento. REAÇÕES ADVERSAS: TETRACICLINAS • HEPATOTOXICIDADE FETAL: – Ocorre em gestantes que tomam altas doses de tetraciclinas, especialmente pacientes com pielonefrite. • FOTOTOXICIDADE: – Este efeito ocorre mais com o uso de tetraciclina e doxiciclina, se o paciente expõe-se ao sol (acarreta queimaduras solares graves). – OUTROS: superinfecções, tonturas, náuseas, vômito, etc. AMINOGLICOSÍDEOS MECANISMO DE AÇÃO: AMINOGLICOSÍDEOS • São agentes bactericidas, sendo que quanto maior a concentração, maior a taxa de extermínio das bactérias. • Inibem a síntese protéica bacteriana. • Se ligam a locais na subunidade 30 S do ribossomo bacteriano, gerando uma alteração no códon: o reconhecimento do anticódon. Isso resulta em uma leitura errônea do RNA mensageiro e, consequentemente, na produção de proteínas bacterianas defeituosas. ESPECTRO DE AÇÃO: AMINOGLICOSÍDEOS • Eficazes contra microrganismos Gram-negativos, principalmente; e Gram-positivos (menos ativos) aeróbicos. • Efetividade contra Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Citrobacter, Pseudomonas aeruginosa e espécies de acinetobacter. • Apresentam atividade limitada contra cocos Gram-positivos. S. aureus e S. epidermidis (não produtores de coagulase) podem ser sensíveis. Mas aminoglicosídeos não devem ser 1a escolha nesses casos. • Tem pouca atividade contra microrganismos anaeróbicos ou bactérias facultativas sob condições de anaerobiose. • Todos os aminoglicosídeos são bactericidas. REAÇÕES ADVERSAS: AMINOGLICOSÍDEOS • OTOTOXICIDADE: – Principalmente estreptomicina e gentamicina causam esse efeito. • NEFROTOXICIDADE: – A lesão nos túbulos renais pode ser revertida quando o fármaco é interrompido. – Pacientes que apresentaram problema renal prévio ou usam outros fármacos nefrotóxicos têm maior risco. Amicacina – aminoglicosídeo – Uso (IV) • Tratamento a curto prazo de infecções graves causadas por cepas sensíveis de bactérias Gram-negativas, incluindo Pseudomonas sp., Escherichia coli, Proteus sp. indol-positivo e indol-negativo, Providencia sp., Klebsiella sp., Enterobacter sp., Serratia sp. e Acinetobacter sp. (anteriormente Mima-Herellea) • Bacteremia e septicemia (incluindo sepsis neonatal); em infecções graves do trato respiratório, ossos e articulações, sistema nervoso central (incluindo meningite), pele e tecidos moles; infecções intra- abdominais (incluindo peritonite); em queimaduras e infecções pós-operatórias (incluindo pós-cirurgia vascular) Amicacina – aminoglicosídeo – Uso (IV) MACROLÍDEOS MECANISMO DE AÇÃO: MACROLÍDEOS • Sua ação pode ser bactericida ou bacteriostática, dependendo da concentração do antibiótico e do tipo de microrganismo. Tornam-se bactericidas em doses mais altas. • Ligam-se irreversivelmente a um sítio na subunidade 50 S do ribossoma bacteriano, inibindo, assim, os passos de translocação da síntese de proteínas. ESPECTRO DE AÇÃO: MACROLÍDEOS • ERITROMICINA: espectro semelhante ao da penicilina, sendo uma alternativa para o uso desta. É mais eficaz contra bactéria Gram- positivas e espiroquetas, mas não contra a maioria dos organismos Gram-negativos (exceto N. gonorrhoeae e H. influenzae). • AZITROMICINA: É menos ativa contra bactérias Gram-positivas do que a eritromicina. É mais eficaz contra o H. influenzae e Legionella. Demonstrou ação contra o Toxoplasma gondii e parece eliminar os cistos. • CLARITROMICINA: tem espectro similar ao da eritromicina contra estreptococos e estafilococos, é bem mais ativa em infecções respiratórias devido à ação contra H. influenzae e Moraxella Catarrhalis. REAÇÕES ADVERSAS: MACROLÍDEOS • DESCONFORTO EPIGÁSTRICO: – Maior incidência com eritromicina, pode levar à descontinuidade do tratamento. A eritromicina raramente apresenta reações colaterais graves. Os outros macrolídeos são melhor tolerados pelo TGI. • HEPATITE COLESTÁTICA: – Este efeito ocorre especialmente com a forma estolato de eritromicina, provavelmente por reação alérgica ao estolato. REAÇÕES ADVERSAS: MACROLÍDEOS • OTOTOXICIDADE: – A eritromicina, especialmente em altas doses, foi associada com surdez temporária. LINCOSAMIDAS CLINDAMICINA E LINCOMICINA • Clindamicina possui maior taxa de absorção oral e maior espectro do que lincomicina. • Atualmente não há justificativa de uso de lincomicina. • Dependendo da dose, a clindamicina pode ser bacteriostática ou bactericida. • Espectro: cocos Gram(+) e anaeróbios (ex: Bacterioides fragilis (opção ao metronidazol). AGENTES ANTIBACTERIANOS VARIADOS CLORANFENICOL • Espectro semelhante à tetraciclina. • Seu uso foi limitado a infecções no SNC (é um fármaco muito lipofílico) como meningite bacteriana, abcesso cerebral. • Febre tifóide, peste (Yersinia pestis), clostridium, rickétsias. • O cloranfenicol interrompe a síntese de proteínas nas células da medula óssea do ser humano, produzindo discrasias sanguíneas (anemia aplásica). ESTRUTURA QUÍMICA Anel nitrobenzênico TIANFENICOL • Semelhante ao cloranfenicol • Não produz discrasias por não possuir núcleo nitrobenzeno. • Usado para tratar DSTs e DIP (doença infl. Pélvica). • Empregado em doses únicas de 2,5g por dia, em 3 tomadas, por 5-10 dias em DST ouDIP. RIFAMPICINA • Inibe a síntese de RNA • Ativa contra M. tuberculosis, S. aureus, N. meningitidis, H. influenzae, Chlamydiae e alguns vírus. INIBIDORES DA SÍNTESE DO DNA QUINOLONAS • QUINOLONAS DE 1 GERAÇÃO (Gram-negativos): – Ácido nalidíxico • QUINOLONAS DE 2 GERAÇÃO (mais Gram-negativos): – Norfloxacino – Ciprofloxacino – Ofloxacino – Enofloxacino – Lomefloxacino QUINOLONAS • QUINOLONAS DE 3 GERAÇÃO (Gram-negativos e Gram-positivos): – Sparfloxacino – Levofloxacino – Grepafloxacina • QUINOLONAS DE 4 GERAÇÃO (Gram-negativos, Gram-positivos e anaeróbios): – Trovafloxacino Ciprofloxacino - quinolona antibiótico de largo espectro, indicado para o tratamento de infecções como infecções no ouvido, olhos, rins, pele, ossos, órgãos genitais, cavidade abdominal, articulações, trato urinário ou trato respiratório e sinusite, em adultos. Além disso, também é indicado no tratamento de casos de infecção generalizada no corpo. MECANISMO DE AÇÃO: QUINOLONAS • Inibem a replicação do DNA bacteriano interferindo com a ação da DNA-girase (topoisomerase II) durante o crescimento e reprodução da bactéria. • A ligação do agente quinolônico à topoisomerase pode causar morte celular por indução de clivagem do DNA. Ciprofloxacino - quinolona Ciprofloxacino - quinolona MECANISMO DE RESISTÊNCIA: QUINOLONAS • Ocorre através de 3 vias: – Permeabilidade celular alterada da bactéria – Bomba de efluxo ativada (não deixa fármaco penetrar) (limitam a concentração do fármaco para interagir com as enzimas) – Mutações genéticas na topoisomerase (causam mudanças conformacionais que limitam a ligação do fármaco no seu sítio de ação. ESPECTRO DE AÇÃO: QUINOLONAS • Todas as fluoroquinolonas são bactericidas. • Eficazes contra microrganismos Gram-negativos (enterobactérias, Pseudomonas, H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Legionella, Chlamydia). • Eficazes no tratamento da gonorréia, mas não da sífilis. • Ativos contra alguns Gram-negativos, tem pouca atividade anaeróbica. REAÇÕES ADVERSAS • DISTÚRBIOS NO SNC: – Náuseas, cefaléias, tontura e confusão mental. Pacientes com epilepsia devem ser tratados com cautela com esses fármacos. • NEFROTOXICIDADE: – Cristalúria com altas doses destes agentes (3 a 4 vezes as doses usuais). • FOTOTOXICIDADE: – Pacientes devem evitar exposição excessiva ao sol. Linezolida (uso oral/IV) • Inibição da síntese de proteínas bacteriana - ativa somente contra bactérias Gram-positivas • Tratamento de infecções bacterianas associadas com bacteremia como: Pneumonia adquirida em ambiente hospitalar • Infecções de pele e de partes moles complicadas (incluindo pé diabético sem osteomielite concomitante) e não complicadas; • Infecções enterocócicas, resistentes à vancomicina. Linezolida (uso oral/IV) Colistina – Polimixina E – Uso (IM) ou (IV) • Antibiótico polipeptídico de caráter básico - possui atividade contra microrganismos Gram(-), especialmente Pseudomonas aeruginosa, espécies de Klebsiella, espécies de Aerobacter e E. coli. • Produz alterações morfológicas e funcionais sobre a membrana celular que levam à lise bacteriana. • Baixa Absorção e Baixa Ligação às Pts Plasmáticas. Sua eliminação é rápida e sua meia-vida e de 1,7 hora. • Indicações - Infecções localizadas ou generalizadas. Infecções gastrintestinais. Colistina – Polimixina E – Uso (IM) ou (IV) Tigeciclina – Uso injetável • Inibe a síntese de proteínas por ligação às subunidades 30S do ribossomo; é bacteriostática • Infecções complicadas da pele e tecidos moles causadas por Escherichia coli, Enterococcus faecalis (apenas isolados sensíveis à vancomicina), Staphylococcus aureus (isolados resistentes e sensíveis à meticilina), Streptococcus agalactiae, Streptococcus anginosus (inclui S. anginosus, S. intermedius e S. constellatus), Streptococcus pyogenes e Bacteroides fragilis. • Infecções intra-abdominais complicadas causadas por Citrobacter freundii, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, Enterococcus faecalis (apenas isolados sensíveis à vancomicina), Staphylococcus aureus (apenas isolados sensíveis à meticilina), Bacteroides thetaiotaomicron, Bacteroides uniformis, Bacteroides vulgatus, Clostridium perfringens e Peptostreptococcus micros. Tigeciclina – Uso injetável VANCOMICINA • Glicopeptídico • Inibe a síntese de parede celular • Normalmente administrada via intravenosa • Usada em pacientes com infecções estafilocócicas alérgicos a penicilina e cefalosporinas Antimicrobianos Prof. Dr. Helder F. C. Dourado ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM MEMBRANA CITOPLASMÁTICA • Antibióticos hidrofóbicos:ligam-se à polipeptídios (Polimixina B, Colistina (E), anfotericina • Antibióticos ionóforos: ligam-se à canais iônicos (Gramicidina) • Efeito bactericida – amplo espectro (inclusive pseudomonas) • Mal absorvidos por via oral • Alta toxicidade por via parenteral – nefrotóxico, neurotóxico • Utilização tópica. • Utilização em infecções resistentes à penicilinas e aminoglicosídeos. ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM MEMBRANA CITOPLASMÁTICA • Antibióticos hidrofóbicos polipeptídeos catiônicos básicos. Polimixina B. Atuação Gram –. • Ligam-se fosfolipídeos de membrana como detergentes, desorganizam superfície externa alteram transporte ativo e propriedades osmóticas ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM MEMBRANA PLASMÁTICA • Antibióticos hidrofóbicos que se ligam à compostos esteróides de membrana, aumentando permemabilidade à K+ e glicose, formando “poros”. Anfotericina B • Nistatina ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM A MEMBRANA CITOPLASMÁTICA • Antibioticos ionóforos (Gramicidina):são peptídeos cíclicos. • Moléculas unem-se umas à outras “enroscando-se” ao canal iônico, formando túnel que controla troca iônica. ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM MEMBRANA PLASMÁTICA • Gramicidina ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SÍNTESE PROTEICA • Síntese protéica inicia por gene que codifica polipeptídio específico. Mecanismo de transcrição e informação do gene transmitido por meio de RNAm (codons), que se liga porção 30S e união de porção 50S.Dois sítios são formados A(aminoacil) P(peptidil). Complexo aminoácido +RNAt(seqüência anticodons) liga-se sítio ª Reação mediada por peptidiltransferase (transpeptidação) transferem seqüência pré formada para sitio ª Ribossomo desliza sobre RNAm e RNAt desliga-se sítio P. Processo cíclico. ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SÍNTESE PROTEICA - MACROLÍDEOS • Eritromicina, Azitromicina e Claritromicina • Bacteriostáticos (dose dependente bactericida) • Espectro semelhante à Penicilina (terapêutica substitutiva) • Via oral ou parenteral (IM, EV) • Distribuição todo o organismo. Meia vida 3, 30 e 9 horas. Metabolismo hepático. Eliminação biliar • Mecanismo de ação: ligação porção 50S inibindo translocação. ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE PROTEICA - CLORANFENICOL • Amplo espectro • Bacteriostático (dose dependente – bactericida) • Via oral • Distribuição todo o organismo inclusive LCR (alta lipossolubilidade) • Metabolismo hepático. Eliminação renal, leite, suor • Mecanismo de ação: ligação porção 50S inibindo transpeptidação • Principais efeitos colaterais: aplasia de medula e síndrome cinzenta (recém nascidos) ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SINTESE PROTEICA - TETRACICLINAS • Amplo espectro. Bacteriostático • Via oral (estomago e parte superior do intestino) – transporte ativo • Distribuição todo o organismo (afinidade hepatocitos, ossos) • Metabolismo hepático. Eliminação renal, leite, suor • Mecanismo de ação: ligação porção 30S bloqueando RNAt no sítio A • Principais efeitos colaterais: fotossensibilidade, hepatotoxicidade, osteoporose. ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SÍNTESE PROTEICA - AMINOGLICOSÍDEOS • Ação principal G- aeróbios. Bactericidas • Alta polaridade – administração parenteral (IM) baixa distribuição. • Metabolismo intestinal. Eliminação fecal. Tempo de meia vida 2 à 3 horas • Principais efeitos colaterais –ototoxicidade, nefrotoxicidade• Mecanismo de ação: ligação porção 30S induz erro na incorporação de aminoácidos gerando proteína anômala e autólise. Resumo aztreonam Pé Diabético Pé Diabético Pé Diabético Pé Diabético • A vancomicina é para a cobertura de S. aureus resistente à oxacilina e Enterococcus sp resistente à ampicilina. Porém, pode ser usado a teicoplanina, linezolida ou a daptomicina. • Pode ser prescrito o meropenem e o ertapenem (este último não tem espectro de ação contra a Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii). • Dar preferência à piperacilina/tazobactan ou aos carbapenêmicos (imipenem ou meropenem) para a cobertura das bactérias gram negativas infecções nosocomiais são infecções contraídas durante uma estadia em um estabelecimento de saúde Interações Medicamentosas mais importantes 2. Associação de antibióticos – interação entre drogas nefrotóxicas • Amicacina (novamim) associada como a cefalotina (keflin) conduta monitorização da função renal e vigilância da nefrotoxicidade. – Ototoxicidade • Amicacina associada a furosemida(lasix) Interações Medicamentosas mais importantes 2. Associação de antibióticos – A ampicilina associada ao cloranfenicol (quemicetina) diminuição de efeitos devido a um mecanismo desconhecido. – Em pacientes transplantados não devem utilizar ciclosporina concomitantemente com medicamentos à base de sulfas diminuição da [ ] plasmática da ciclosporina com diminuição do efeito e potencial risco de rejeição do enxerto. Interações Medicamentosas mais importantes 2. Associação de antibióticos – A associação de drogas penicilínicas (amoxicilina, ampicilina, ) com tetraciclina um possível efeito antagônico, reduzindo desta forma a ação antibiótica de ambas as drogas. – A associação de penicilínicas com eritromicina(ilosone,pantomicina), pode haver aumento ou diminuição de efeito de ambas as drogas com possível prejuízo terapêutico para o paciente Interações Medicamentosas mais importantes 2. Associação de antibióticos – A eficácia de contraceptivos orais pode ser reduzida, por: rifampicina (rifaldin), ampicilina, tetraciclina, que podem suprimir a flora intestinal que fornecem enzimas hidrolíticas essenciais para a recirculação enterohepática de certos contraceptivos esteróides conjugados. Antimicrobianos Prof. Dr. Helder F. C. Dourado
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