Buscar

Antimicrobianos: Conceitos e Classificação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 217 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 217 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 217 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Antimicrobianos
Prof. Dr. Helder F. C. Dourado
ANTIBIÓTICOS
• Conceito: Substâncias químicas produzidas por seres
vivos (fungos, bactérias, plantas ou organismos
superiores), com capacidade de inibir processos
vitais ou bloquearem o crescimento e replicação
celulares de microorganismos, em concentrações
relativamente pequenas.
• Quimioterápicos: Substâncias químicas obtidas
sinteticamente, também com capacidade
antimicrobiana.
ANTIBIÓTICOS
• Era dos Antibióticos – 1929 (Fleming isola de
microorganismos PENICILLIUM -Penicilina
• Hoje: + 5.000 tipos e 30.000 derivados
• Uso generalizado
PRINCÍPIOS DE USO
• Identificação bacteriológica (oral freqüente Gram – e
anaeróbios, relatados +350 microorganismos)
• Escolha X Diagnóstico- “Acho que é ... “
• Idade/Estado clínico do paciente – bactericidas X
bacteriostáticos
• Distúrbios hepáticos e renais
• Gravidez
• Via de administração X Local de infecção
• Tempo (demora) e dose de tratamento
• TOXICIDADE SELETIVA
TOXICIDADE SELETIVA
• Compostos químicos apresentam alta
toxicidade para microorganismos e “inócuos”
para o hospedeiro.
• Viabilidade produzida por diferenças
anatomicas e bioquímicas entre
microorganismo e hospedeiro, acentuada pela
distância evolutiva entre os alvos.
SENSIBILIDADE X RESISTÊNCIA
• Dose utilizada suficiente para produzir efeito
antimicrobiano, mas com níveis plasmáticos e
teciduais abaixo da toxicidade do hospedeiro
> microorganismo sensível
• Dose utilizada suficiente para produzir efeito
antimicrobiano, mas com níveis plasmáticos e
teciduais acima da toxicidade do hospedeiro >
microorganismo resistente
Definições
• Resistência Microbiana: capacidade dos
microorganismos (especialmente das bactérias) de
resistirem ou se tornarem tolerantes a agentes
quimioterápicos, antimicrobianos ou a antibióticos
(DeCS).
• Antimicrobianos: substâncias que previnem a
proliferação de agentes infecciosos ou microorganismos
ou que matam agentes infecciosos para prevenir a
disseminação da infecção (MeSH).
• Antibióticos: Substâncias produzidas por
microorganismos que podem inibir ou suprimir o
crescimento de outros microorganismos (DeCS).
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES
ANTIMICROBIANOS CONFORME SEU
MECANISMO DE AÇÃO
• Inibidores do metabolismo do folato
• Inibidores da síntese da parede celular
bacteriana
• Inibidores da síntese de proteínas
• Inibidores da síntese do DNA
Antimicrobianos
Prof. Dr. Helder F. C. Dourado
INIBIDORES DO METABOLISMO
DO FOLATO
Bactrim – Sulfametoxazol + trimetoprima
MECANISMO DE AÇÃO
Ácido p-Aminobenzóico - pABA
Folato
Tetraidrofolato
DNA bacteriano
Diidropteroato-sintetase
Diidrofolato-redutase
SULFONAMIDAS
TRIMETOPRIMA
INIBIDORES DA SÍNTESE DO FOLATO
• Sulfonamidas:
– Sulfanilamida;
– Sulfadiazina,
Sulfametoxazol e
Sulfadimidina;
– Sulfametopirazina;
– Sulfasalazina.
INIBIDORES DA REDUÇÃO DE FOLATO
• Pirimetamina
• Trimetoprima
INIBIDORES DA SÍNTESE E REDUÇÃO
DE FOLATO
CO-TRIMOXAZOL
Sulfametoxazol + Trimetoprima
Bactrim® – Sulfametoxazol + trimetoprima
Atinge um amplo espectro de germes patogênicos Gram-
positivos e Gram-negativos
Infecções do trato respiratório altas e baixas
infecções do trato urinário e renais, genitais, inclusive uretrite
gonocócica
infecções gastrintestinais, incluindo febres tifóide e
paratifóide, cólera
infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos,
abscessos e feridas infectadas
Outras infecções bacterianas: osteomielites aguda e crônica,
brucelose aguda.
ESPECTRO DE AÇÃO
• As sulfas são bacteriostáticas, sendo que os mecanismos
de defesa celular e humoral do hospedeiro são
indispensáveis para a erradicação final da infecção.
• Atividade antimicrobiana para bactéria Gram-positivas e
Gram-negativas: Streptococcus pyogenes, Streptococcus
pneumoniae, Haemophilus influenzae, Haemophilus
ducreyi, Nocardia, Actinomyces, Calymmatobacterium
granulomatis Chlamydia trachomatis.
• Cepas de Shigella, Escherichia coli e Neisseria
meningitidis tornaram-se resistentes.
REAÇÕES ADVERSAS
• DISTÚRBIOS HEMATOPOIÉTICOS:
– Anemia hemolítica em pacientes com deficiência da enzima
glicose-6-fosfato desidrogenase.
– Também pode ocorrer granulocitopenia e trombocitopenia.
• OUTRAS REAÇÕES:
– Em 1 a 2% dos pacientes pode ocorrer náusea, vômitos e anorexia.
– A administração de sulfonamidas a recém-nascidos (sobretudo
prematuros) pode ocasionar o deslocamento da bilirrubina dos
seus sítios de ação na albumina sérica, sendo que a bilirrubina livre
consegue penetrar no SNC causando uma síndrome chamada
Kernicterus.
INIBIDORES DA SÍNTESE DA
PAREDE CELULAR BACTERIANA
PAREDE CELULAR COMPOSIÇÃO
• Previne rompimento osmótico da célula
• Contribui para a patogenicidade de microorganismos
• Composta por PEPTIDEOGLICANO (N
acetilglicosamina (NAG) e N acetilmurâmico (NAM)
• Possui ác. Teicóico (glicerol+fosfato) – Gram+
• Poucas camadas de peptideoglicano e presença de
membrana externa (Gram-)_
PAREDE CELULAR
GRAM +
PENICILINAS
HISTÓRICO
Descoberta por Fleming em 1929
Produzida pelo fungo Penicillium notatum
(Penicilina G cristalina)
Um bolor que infectou a sua cultura de bactérias
causou a lise das bactérias
1938: a penicilina começou a ser desenvolvida
como agente terapêutico
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM PAREDE
CELULAR - PENICILINAS
• Descoberta 1929 por Fleming (Penicilina G cristalina).
Clínica 1939 por Boris e Chain
• Grupo B lactâmicos apresenta anel Tiazolidina
(lipossolubilidade) e anel B lactâmico (atividade
antimicrobiana)
• Via oral (intestinal) e parenteral.
• Distribuição todo o organismo, alta ligação protéica
(albumina)
• Metabolismo hepático eliminação renal
• Principal efeito colateral: reação alérgica
PENICILINA
ESTRUTURA QUÍMICA
A B
Anel Beta Lactâmico – Atividade Antimicrobiana (A)
Anel Tiazolidina – Lipossolubilidade (B )
Cadeia Lateral
FÓRMULA ESTRUTURAL PENICILINA
PENICILINA - ABSORÇÃO
Absorção por administração oral:
• Penicilina ser destruída rapidamente pelo suco gástrico (pH 2) ,
(33% dose administrada sofrem absorção pelo trato intestinal em
condições favoráveis). Absorção rápida e concentrações plasmáticas
máximas de 30-60min.
• Administração 30min antes da refeição ou 2h após ( absorção de
alimentos).
Administração parenteral:
• Via intra-muscular concentrações plasmáticas máximas atingidas
de 15-30min.
• Esses valores declinam rapidamente, pois a meia vida da penicilina
G é de 30min.
PENICILINA - DISTRIBUIÇÃO
• Distribuição ampla por todo corpo,
concentrações variadas dependentes de
líquidos e tecidos (60% ligação reversível à
albumina).
• Quantidades significativas no fígado, na
bile, nos rins, no sêmen, no líquido
articular, na linfa e no intestino.
PENICILINA - METABOLISMO
- Local de ação da penicilinase
PENICILINA - EXCREÇÃO
• Eliminação rápida do corpo (30 min.), pelos rins,
pequena parte excretada na bile e vias.
• Cerca de 10% do fármaco eliminados por filtração
glomerular e 90% secreção tubular.
• A meia vida pode estar aumentada em lactantes e
em pessoas com insuficiência renal e aumentada
ainda mais indivíduos com insuficiência hepática (60-
90% dose IM em solução aquosa eliminados na urina
na primeira hora após a injeção do fármaco).
PENICILINAS
MECANISMOS DE AÇÃO
• Mecanismos não líticos e líticos
• Inibe processo de transpeptidação, com
ligação à proteínas específicas (PBP)
• Ação sobre proteínas de membrana
• Inibição de inibidor de enzimas autolíticas de
parede
PENICILINAS
MECANISMOS DE AÇÃO
PENICILINA
MECANISMOS DE AÇÃO
E. Coli exposta à Penicilina
Formação de vacúolos e
autolise
PENICILINA
RESISTÊNCIA
• Resistência: Intrínseca ou Adquirida
• Vários mecanismos :
• Produção de PBP de baixa afinidade por
antibióticos -lactâmico.
• Incapacidade do antibiótico penetrar no local de
ação.
• “Bombas de antibiótico” que retiram o antibiótico do
local de ação.
• Destruição enzimática dos antibióticos através da
produção de diferentes tipos de -lactamases.
PENICILINAS SEMI SINTÉTICAS
• Resistentes à penicilinase• Utilização oral ou parenteral
• Pequeno espectro – infecções específicas
(estafilocócicas)
• Meticilina, Oxacilina, cloxacilina
PENICILINAS SEMI SINTÉTICAS
• Resistentes à ácidos e sensível à penicilinase
• Utilização oral
• Largo espectro – Cocos e bacilos (G+ e G-)
• Ampicilina, Amoxicilina
PENICILINAS
NOMES COMERCIAIS
• Penicilina G cristalina(aquosa): Benzilpenicilina, Cristalpen,
Megapen, Penicilina G Potássica
• Penicilina G procaína: Despacilina, Benapen, Odontovac, Wycillin
• Penicilina G benzatina: Benzetacil, Longacilin, Penretard, Penicilina
G benzatina
• Penicilina V: Meracilina, Oracilin, Pen-Ve-Oral, Penicilina V
• Ampicilina: Ampicil, Binotal, Amplacilina, Ampicilina
• Amoxacilina: Amoxil, Penicilin, Hiconcil, Novocilin, Polimicil,
Amoxacilina
• Oxacilina: Staficilin-N, Oxacilina
• Carboxipenicilina: Timetin
• Ureidopenicilina: Tazocin
PENICILINAS
REAÇÕES ADVERSAS
• Hipersensibilidade
• Reações alérgicas (0,7 a 4% dos tratamentos)
• Qualquer dose posológica pode gerar uma
reação de hipersensibilidade
• Em geral a eliminação do antibiótico resulta
em rápido desaparecimento das
manifestações
PENICILINAS
REAÇÕES ADVERSAS
PENICILINAS
REAÇÕES ADVERSAS
• Erupção maculopapular e urticariforme
PENICILINAS
REAÇÕES ADVERSAS
• Febre
• Broncoespasmo
• Vasculite
• Doença do soro
(deposição complexo
imune)
• Dematite esfoliativa
Antimicrobianos
Prof. Dr. Helder F. C. Dourado
INIBIDORES DA SÍNTESE
DA PAREDE CELULAR
OUTROS
ANTIBIÓTICOS
ANTIBIÓTICOS
 - LACTÂMICOS
PENICILINAS
MONOBACTÂMICOSCARBAPENÊMICOS
CEFALOSPORINAS Vancomicina
Teicoplanina
Imipenem/Cilastatina Aztreonam
Meropenem
Bacitracina
P
E
N
I
C
I
L
I
N
A
S
Fenoximetilpenicilina ou V
Piperacilina
Mezlocilina
Carbenicilina
Ticarcilina
Amoxicilina
Meticilina
Nafcilina
Oxacilina
Penicilina G
benzatina
Ampicilina
Cloxacilina
Dicloxacilina
PRIMEIRA
GERAÇÃO
RESISTENTES
ÀS
PENICILINASES
PENICILINAS DE
AMPLO ESPECTRO
PENICILINAS ANTI-
PSEUDOMONAS
Penicilina G
cristalina
Penicilina G
procaína
C
E
F
A
L
O
S
P
O
R
I
N
A
S
Cefepima
Ceftazidima
Cefaclor
Cefoxitina
Cefuroxima
Cefazolina
Cefotaxima
PRIMEIRA
GERAÇÃO
SEGUNDA
GERAÇÃO
TERCEIRA
GERAÇÃO
QUARTA
GERAÇÃO
Cefadroxil
Cefalexina
Cefalotina
Cefoperazona
Ceftriaxona
Axetil cefuroxima
Loracarbef
MECANISMO DE AÇÃO
• As penicilinas e cefalosporinas interferem com o último
passo da síntese da parede bacteriana, expondo assim a
membrana, osmoticamente menos estável.
• Assim pode ocorrer a lise celular (morte das bactérias).
• As paredes celulares são essenciais para o crescimento e
desenvolvimento normais das bactérias.
• O peptidioglicano é um componente da parede celular que
fornece uma rígida estabilidade mecânica por meio de
uma estrutura entrelaçada de ligações cruzadas.
MECANISMO DE AÇÃO
• Nas bactérias Gram-positivas a PC tem uma
espessura de 50 a 100 moléculas.
• Nas bactérias Gram-negativas a PC tem uma
espessura de apenas 1 a 2 moléculas.
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA
ÀS PENICILINAS E CEFALOSPORINAS
• Produção de -lactamases
– As bactérias produzem mais de 50 tipos diferentes de -lactamases.
– Os estreptococos não produzem -lactamases, já os estafilococos,
Neisseriae gonorrhoeae, Haemophilus spp, etc. produzem.
– A combinação é necessária quando se usa ampi ou amoxi para
infecções por Klebsiella pneumoniae.
• ÁCIDO CLAVULÂNICO, SULBACTAM: INIBIDORES DAS -
LACTAMASES.
• Redução na permeabilidade a membrana externa
– Bactérias Gram-negativas podem dificultar a penetração do
fármaco para os locais alvo, tornando a membrana mais
impermeável a fármacos hidrofílicos.
• Ocorrência de locais de ligação à penicilina modificados
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA ÀS
PENICILINAS E CEFALOSPORINAS
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM PAREDE
CELULAR - CEFALOSPORINAS
• Cephalosporium acremonium (1948)
• Grupo B lactâmicos de amplo espectro
• Via oral ou parenteral ( IM, EV)
• Distribuição todo o organismo
• Metabolismo hepático. Eliminação renal
• Mecanismo de ação semelhante à Penicilina
• Possibilidade de utilização durante gravidez
CEFALOSPORINA
ESTRUTURA QUÍMICA
A B
Anel Beta-lactâmico – atividade antimicrobiana (A)
Anel dihidrotiazina – lipossolubilidade (B)
Cadeia lateral
CEFALOSPORINAS – SEMI SINTÉTICAS
• 1ª GERAÇÃO:amplo espectro (G+, G-),
sensibilidade variável à B lactamase (cefaclor e
cefadroxil)
• 2ª GERAÇÃO: espectro maior (anaeróbios da
cavidade oral), menor sensibilidade à B
lactamase
CEFALOSPORINAS
REAÇÕES ADVERSAS
• Hipersensibilidade é o mais comum(anafilaxia,
broncospasmo e urticária)
• Erupção maculopapular acompanhado ou não de
febre e eosinofilia
• Reatividade cruzada(semelhança estrutural entre as
penicilinas e cefalosporinas
• Aos pacientes muito reativos à penicilina, cuidado ao
prescrever cefalosporinas ou não administrá-la
CARBAPENENS
IMIPENEM
• ß-lactâmico
• Amplo espectro
• Resistente a muitas
ß-lactamases
• Cilastatina (bloqueia
sua degradação)
ESPECTRO DE AÇÃO
• Penicilinas G e V: ativas contra cocos Gram-positivos
sensíveis. Seu espectro antimicrobiano abrange
preferencialmente bactérias Gram positivas e cocos Gram
negativos, com ausência de atividade sobre bacilos Gram
negativos.
• Nafcilina (e outras penicilinas resistentes às penicilinases)
são ativas contra S. aureus, produtor de penicilinases.
• As penicilinas de amplo espectro (ampicilina e amoxicilina)
possuem mais ação contra Gram-negativos (Escherichia e
Proteus).
• As penicilinas de espectro ampliado possuem atividades
contra Pseudomonas, Klebsiella, Enterobacter como a
ticarcilina e a piperacilina.
ÁCIDO CLAVULÂMICO
• ß-lactâmico
• Inibidor da ß-lactamase
• Pouca atividade microbiana
• Inibidor “suicida” (ligação
irreversível)
• Associada a Amoxicilina
(Clavulin)
AMOXICILINA/CLAVULANATO E
AMPICILINA/SULBACTAM:
• Indicadas em otites, sinusites e DPOC infectada,
pois tem maior atividade contra H. influenzae.
• Alguns autores recomendam para tratamentos não
responsivos aos de 1a linha.
• Opção para infecção por S. aureus sensíveis a
meticilina.
• Monoterapia em infecções intra-abdominais
(enterococos)
Antimicrobianos
Prof. Dr. Helder F. C. Dourado
PROBENECIDA
• Usada com ampicilina, amoxicilina e penicilina G
• Função: inibir a secreção tubular renal das
penicilinas e cefalosporinas, impedindo sua rápida
excreção
• A dose de 1g duplica os níveis séricos desses
antibióticos.
• Deve ser ingerida 1h antes do antibiótico.
ESPECTRO DE AÇÃO
• Cefalosporinas de primeira geração: maior atividade contra
cocos Gram-positivos e atividade modesta contra Gram-
negativos.
• As de segunda geração tem atividade melhor contra Gram-
negativos e ainda contra alguns anaeróbios.
• A terceira geração de cefalosporinas tem menos atividade contra
organismos Gram-positivos, porém mais atividade contra as
Enterobacteriaceae, com um subgrupo ativo contra P.
aeruginosa.
• A quarta geração tem espectro de ação semelhante à terceira,
com maior estabilidade à hidrólise por -lactamases.
Piperacilina/Tazobactam (IV)
• Indicado para o tratamento das seguintes infecções
bacterianas sistêmicas e/ou locais causadas por
microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos,
aeróbicos e anaeróbicos.
• Associação de antibacterianos injetáveis que consiste
na penicilina semissintética piperacilina e o inibidor da
betalactamase tazobactam
Piperacilina/Tazobactam (IV)
REAÇÕES ADVERSAS
• HIPERSENSIBILIDADE:
– É o mais importante evento adverso das penicilinas,
causando uma reação imunológica. Cerca de 5% dos
pacientes apresentam algum tipo de reação, desde
urticária máculo-papular até angioedema (inchaço de
lábios, língua e região periorbital) e anafilaxia.
– Ocorrem reações alérgicas cruzadas entre os
antibióticos -lactâmicos.
– As urticárias máculo-papulares são mais comuns com a
ampicilina.
REAÇÕES ADVERSAS
• DIARRÉIA:
– É comum ocorrer, já que as penicilinas rompem o
equilíbrio normal entre os microrganismos da flora
intestinal.
– Ocorre com maisfrequência com os fármacos de
absorção incompleta (ex: penicilina V) e de espectro
antibacteriano ampliado (ex: ampicilina).
• NEFRITE:
– Especialmente a meticilina tem potencial de causar
nefrite intersticial aguda.
REAÇÕES ADVERSAS
• NEUROTOXICIDADE:
– As penicilinas podem causar convulsões se injetadas
intratecalmente ou se atingirem níveis sanguíneos
elevados.
– Pacientes epilépticos são mais propensos a esse efeito.
• DISFUNÇÃO PLAQUETÁRIA:
– Algumas penicilinas (ex: carbenicilina e ticarcilina)
desenvolvem a diminuição da agregação plaquetária.
– Deve-se monitorar pacientes predispostos a
hemorragias ou em terapia com anticoagulantes orais,
se utilizarem estes antibióticos.
MONOBACTÂMICOS
Aztreonan
• Espectro apropriado para Gram (-)
– Enterobacteriaceae: Citrobacter, Enterobacter, Escherichia,
Klebsiella, Proteus....
• Haemophilus influenzae
• Neisseria gonorrhoeae
• Há casos de resistência a Pseudomonas.
• Há desenvolvimento de resistência por bactérias
Gram (+) e anaeróbios.
• Espectro similar ao dos aminoglicosídeos
Monobactâmicos - Aztreonam
• ß-lactâmico
• Apenas gram negativas
• É resistente a muitas ß-
lactamases
• Pacientes alérgicos à
penicilina ou
cefalosporina parecem
não reagir ao
aztreonam
CARBAPENÊMICOS
Imipenem e meropenem
• São os antibióticos de maior espectro:
– Cocos e bacilos Gram (+) e Gram (-), incluindo
Pseudomonas aeruginosa
– Anaeróbios (incluindo B. fragilis)
• Alguns Enterococos, S. aureus meticilina-resistentes,
Pseudomonas cepacia demonstraram resistência.
• Eficácia microbiológica do meropenem sobre bacilos
Gram (-) pode ser superior ao imipenem (sem
comprovação).
Meropenem - Carbapenêmico para uso
parenteral
• Exerce sua ação bactericida através da interferência
com a síntese da parede celular bacteriana.
• A facilidade com que penetra nas células bacterianas,
seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas
betalactamases e sua notável afinidade pelas
múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs)
explicam a potente atividade bactericida
• Afeta Aeróbios e Anaeróbios Gram (+) e (-)
Meropenem - Carbapenêmico para uso parenteral
Meropenem - Carbapenêmico para uso parenteral
OUTROS:
Vancomicina eTeicoplanina
Teicoplanina (Uso IV/IM)
• Glicopeptídeo antibiótico que age na biossíntese da
parede celular e tem ação contra bactérias Gram-
positivas aeróbias e anaeróbias
• Ativa contra estafilococos (incluindo os resistentes à
meticilina e outros antibióticos betalactâmicos),
estreptococos, enterococos, Listeria
monocytogenes, micrococos, corinebactéria do
grupo J/K e anaeróbios Gram-positivos incluindo
Clostridium difficile e peptococos
ESPECTRO DE AÇÃO
• Cocos e bacilos aeróbios Gram-(+) – Staphylococcus
sp., Streptococcus sp., Enterococcus sp.- e Neisseria
sp.
• Não tem utilidade em infecções por Gram-(-) e
anaeróbios.
• Há cepas de staphylococcus e enterococcus
resistentes à vancomicina.
• Para cepas que não respondem à vancomicina
(monoterapia) usa-se combinação com rifampicina e
gentamicina.
• Teicoplanina (Uso IV/IM)
INIBIDORES DA SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
INIBIDORES DA SÍNTESE
DAS PROTEÍNAS
CLORANFENICOL
TETRACICLINAS
Doxiciclina
AMINOGLICOSÍDEOS MACROLÍDEOS
Minociclina
Amicacina
Tetraciclina
Gentamicina
Neomicina
Netilmicina
Estreptomicina
Tobramicina
Azitromicina
Claritromicina
Eritromicina
Roxitromicina
LINCOSAMIDAS
Clindamicina
Lincomicina
SÍNTESE PROTÉICA
• Ribossomos estrutura básica de síntese protéica:
Mamíferos – 60S e 40S
Microorganismos 50S e 30S
SÍNTESE PROTÉICA
• Três estágios no processo de síntese:
Iniciação, Alongamento, Terminação
Iniciação: Ativação de aminoácido iniciador - metionina
(códon AUG)
1. Subunidade menor, tRNA-metionina e mRNA
formam complexo, catalisado por Fatores de
Iniciação de Transdução (IF1, IF2 e IF3), com gasto
de energia (GTP)
2. Leitura mRNA sentido 5’ – 3’
SÍNTESE PROTÉICA
• Alongamento
• Ribossomo possui 2 sítios para ligação tRNA:
Aminoacil (A) e Peptidil (P). Especificidade do sítio A, dada pelo códon Mrna
Terminação dependente de códon final: UAG, UAA ou UGA
SÍNTESE PROTÉICA
• Ribossomos formam polissomos (seqüência de
ribossomos fazendo a leitura do mesmo mRNA)
ANTIBIÓTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA
• Vários grupos de substâncias de estruturas
diferentes:
1. Tetraciclinas
2. Cloranfenicol
3. Aminoglicosídeos
4. Macrolídeos
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
TETRACICLINAS
1948 – Clortetraciclina
1950 – Oxitetraciclina
1952 – Tetraciclina
1957 – Demeclociclina
1961 – Metaciclina
1966 – Doxiciclina
1972 – Minociclina
Produzidas Streptomyces
Amplo espectro (G+, G- riquetsias e
clamidias
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
TETRACICLINA
• FARMACOCINÉTICA:
• Administração V.O (E.V- infecções graves; I.M
inadequada por causar irritação). Administração com leite
e antiácidos forma complexos estáveis e insolúveis.
• Absorção variável pelo TGI – intestino delgado e
estomago (oxitetraciclina 30%; doxiciclina 95% e
minociclina 100%)
• Distribuição e ligação plasmáticas e teciduais variável
• Concentrações elevadas – pele, pulmões, rins, fígado e
globo ocular
• Atravessam placenta (não barreira hematoencefálica)
• Metabolismo hepático e excreção renal (“in natura”) biliar
e leite
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
TETRACICLINAS
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
TETRACICLINAS
• FARMACODINÂMICA
• Duas etapas levam antibiótico ao ribossomo:
1. Difusão passiva através de poros hidrofílicos da
membrana externa
2. Transporte ativo através de membrana citoplasmática
Ligação reversível subunidade 30S, impede
reconhecimento códon-anticódon
Resistência por inibição de transporte ativo
• Espectro: G+, G- (maiores resistências), aeróbios e
anaeróbios.
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
TETRACICLINAS
• EFEITOS ADVERSOS:
• Irritação gastro-intestinal direto e por alteração da microbiota
• Fototoxicidade (reação cutânea por exposição luz solar)
• Hepatotoxicidade e Nefrotoxicidade
• Calcificação tecidual (tecidos em
Formação deposição com Ca++)
• USOS TERAPÊUTICOS
• Doenças Infecciosas (microorganismos sensíveis)
• Conservantes alimentares
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA –
AMINOGLICOSÍDEOS
• 1943 – Estreptomicina
• 1949 – Neomicina
• 1964 – Gentamicina
• 1971 – Tobramicina
• 1975 – Amicacina
• Produzidas por Streptomyces
• Semi -Sintéticas
Antimicrobianos
Prof. Dr. Helder F. C. Dourado
ANTIBIÓTICOS DE SÍNTESE
PROTEICA - AMINOGLICOSÍDEOS
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA –
AMINOGLICOSÍDEOS
• FARMACOCINÉTICA
• Alta polaridade
• Administração V.O (efeito local). Parenteral (I.M ou IV
– efeitos sistêmicos)
• Distribuição e ligação proteínas plasmáticas baixas
(<30%), maiores concentrações rins. Tempo de meia
vida 2 a 3 horas.
• Metabolismo insignificante e eliminação “in natura”
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA
– AMINOGLICOSÍDEOS• FARMACODINÂMICA
• Penetração por transporte ativo dependente de O2
• Ligação irreversível porção 30S, induz erro na incorporação de
aminoácidos gerando proteínas anômalas e autólise.
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA –
AMINOGLICOSÍDEOS
• Efeitos Colaterais:
• Ototoxicidade (vestibular e coclear 25% - 75%)
irreversível
• Nefrotoxicidade (acúmulo túbulo contorcido proximal)
• Bloqueio neuro-muscular (inibição de liberação de
neurotransmissor)
• Atuação G- e aeróbios
• USOS TERAPÊUTICOS
• Doenças infecciosas – microorganismos sensíveis e
pacientes alérgicos a Penicilina
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
CLORANFENICOL
1947 – Cloranfenicol – Streptomyces venezuelae
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
CLORANFENICOL
• FARMACOCINÉTICA
• Administração V.O; parenteral – imprevisível
• Absorção duodenal
• Distribuição todos os tecidos inclusive LCR (30’– 60’
V.O). Maiores concentrações fígado, bile e rins.
• Metabolismo hepático (conjugação Ác. glicurônico)
• Eliminação renal, biliar, leite
• Resistência por indução de acetiltransferase específica
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA
- CLORANFENICOL
• FARMACODINÂMICA
• Penetração por difusãofacilitada.Ligação reversível à
peptidil-transferase subunidade 50S.
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
CLORANFENICOL
• EFEITOS COLATERAIS
• Aplasia de medula óssea e Síndrome cinzenta do
recém nascido (caracterizada por colapso
cardiocirculatório)
• USOS TERAPÊUTICOS
• Amplo espectro – G+, G-, Haemophilus influenzae
• Doenças infecciosas – microorganismos sensíveis
• Pacientes alérgicos à Penicilina
• Infecções Oculares e meningites
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
MACROLÍDEOS
1952 – Eritromicina – Streptomyces erythreus.
Sintéticos: Claritromicina e Azitromicina
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
MACROLÍDEOS
• FARMACOCINÉTICA
• Alta lipossolubilidade
• Administração V.O (degradada suco gástrico e
retardada com alimentos). Administração parenteral
I.M ou E.V
• Distribuição todo o organismo. Alta concentração
fígado e baço.
• Metabolismo hepático. Eliminação renal e biliar
• Tempo de Meia vida: Eritromicina 1,5 hs;
Claritromicina 9 hs e Azitromicina 30 hs.
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA
- MACROLÍDEOS
• FARMACODINÂMICA
• Ligação reversível porção 50S inibe translocação
ANTIBIOTICOS DE SÍNTESE PROTÉICA -
MACROLÍDEOS
• EFEITOS COLATERAIS
• Gastro-intestinais (interferência microbiota)
• Hepatotoxicidade (acúmulo de metabólitos– icterícia,
erupções cutâneas e hepatomegalia)
• Irritação muscular (I.M)
• Efeitos reversíveis.
• Espectro semelhante Penicilina (terapêutica alternativa)
• USOS TERAPÊUTICOS
• Doenças infecciosas – microorganismos sensíveis
• Terapêutica substituição - Penicilina
TETRACICLINAS
MECANISMO DE AÇÃO:
TETRACICLINAS
• Inibem a síntese protéica bacteriana ligando-se ao
ribossomo 30 S da bactéria e impedindo o acesso do
aminoacil-RNAt ao local receptor (A) no complexo
ribossomo-RNAm.
• Possuem ação bacteriostática.
• Os compostos mais ativos são a doxiciclina e a
minociclina, por serem mais lipolíticos que a tetraciclina.
MECANISMO DE AÇÃO:
MACROLÍDEOS
ESPECTRO DE AÇÃO:
TETRACICLINAS
• Tem amplo espectro de atividade contra bactérias aeróbicas
e anaeróbicas Gram-positivas, Gram-negativas.
• São eficazes contra muitos microrganismos que são
resistentes aos agentes antimicrobianos que agem sobre a
parede celular, como a Rickettsia, Mycoplasma
pneumoniae, Chlamydia spp, Legionella spp, algumas
micobactérias atípicas e o Plasmodium spp. Tem pouca
atividade antifúngica.
• Geralmente sua ação é bacteriostática.
REAÇÕES ADVERSAS:
TETRACICLINAS
• DESCONFORTO GÁSTRICO:
– Consequência da irritação da mucosa gástrica. Pode ser
controlado se o fármaco for administrado com
alimentos não derivados do leite.
• EFEITOS EM TECIDOS CALCIFICADOS:
– A deposição do fármaco nos ossos e na primeira
dentição ocorre durante a calcificação em crianças em
crescimento, causando manchas e hipoplasia dentais e
interrupção temporária do crescimento.
REAÇÕES ADVERSAS:
TETRACICLINAS
• HEPATOTOXICIDADE FETAL:
– Ocorre em gestantes que tomam altas doses de
tetraciclinas, especialmente pacientes com pielonefrite.
• FOTOTOXICIDADE:
– Este efeito ocorre mais com o uso de tetraciclina e
doxiciclina, se o paciente expõe-se ao sol (acarreta
queimaduras solares graves).
– OUTROS: superinfecções, tonturas, náuseas, vômito,
etc.
AMINOGLICOSÍDEOS
MECANISMO DE AÇÃO:
AMINOGLICOSÍDEOS
• São agentes bactericidas, sendo que quanto maior a
concentração, maior a taxa de extermínio das bactérias.
• Inibem a síntese protéica bacteriana.
• Se ligam a locais na subunidade 30 S do ribossomo
bacteriano, gerando uma alteração no códon: o
reconhecimento do anticódon. Isso resulta em uma leitura
errônea do RNA mensageiro e, consequentemente, na
produção de proteínas bacterianas defeituosas.
ESPECTRO DE AÇÃO:
AMINOGLICOSÍDEOS
• Eficazes contra microrganismos Gram-negativos,
principalmente; e Gram-positivos (menos ativos) aeróbicos.
• Efetividade contra Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Citrobacter,
Pseudomonas aeruginosa e espécies de acinetobacter.
• Apresentam atividade limitada contra cocos Gram-positivos. S.
aureus e S. epidermidis (não produtores de coagulase) podem ser
sensíveis. Mas aminoglicosídeos não devem ser 1a escolha nesses
casos.
• Tem pouca atividade contra microrganismos anaeróbicos ou
bactérias facultativas sob condições de anaerobiose.
• Todos os aminoglicosídeos são bactericidas.
REAÇÕES ADVERSAS:
AMINOGLICOSÍDEOS
• OTOTOXICIDADE:
– Principalmente estreptomicina e gentamicina causam
esse efeito.
• NEFROTOXICIDADE:
– A lesão nos túbulos renais pode ser revertida quando o
fármaco é interrompido.
– Pacientes que apresentaram problema renal prévio ou
usam outros fármacos nefrotóxicos têm maior risco.
Amicacina – aminoglicosídeo – Uso (IV)
• Tratamento a curto prazo de infecções graves causadas
por cepas sensíveis de bactérias Gram-negativas,
incluindo Pseudomonas sp., Escherichia coli, Proteus sp.
indol-positivo e indol-negativo, Providencia sp.,
Klebsiella sp., Enterobacter sp., Serratia sp. e
Acinetobacter sp. (anteriormente Mima-Herellea)
• Bacteremia e septicemia (incluindo sepsis neonatal);
em infecções graves do trato respiratório, ossos e
articulações, sistema nervoso central (incluindo
meningite), pele e tecidos moles; infecções intra-
abdominais (incluindo peritonite); em queimaduras e
infecções pós-operatórias (incluindo pós-cirurgia
vascular)
Amicacina – aminoglicosídeo – Uso (IV)
MACROLÍDEOS
MECANISMO DE AÇÃO:
MACROLÍDEOS
• Sua ação pode ser bactericida ou bacteriostática,
dependendo da concentração do antibiótico e do tipo de
microrganismo. Tornam-se bactericidas em doses mais
altas.
• Ligam-se irreversivelmente a um sítio na subunidade 50 S
do ribossoma bacteriano, inibindo, assim, os passos de
translocação da síntese de proteínas.
ESPECTRO DE AÇÃO:
MACROLÍDEOS
• ERITROMICINA: espectro semelhante ao da penicilina, sendo uma
alternativa para o uso desta. É mais eficaz contra bactéria Gram-
positivas e espiroquetas, mas não contra a maioria dos organismos
Gram-negativos (exceto N. gonorrhoeae e H. influenzae).
• AZITROMICINA: É menos ativa contra bactérias Gram-positivas do
que a eritromicina. É mais eficaz contra o H. influenzae e
Legionella. Demonstrou ação contra o Toxoplasma gondii e parece
eliminar os cistos.
• CLARITROMICINA: tem espectro similar ao da eritromicina contra
estreptococos e estafilococos, é bem mais ativa em infecções
respiratórias devido à ação contra H. influenzae e Moraxella
Catarrhalis.
REAÇÕES ADVERSAS:
MACROLÍDEOS
• DESCONFORTO EPIGÁSTRICO:
– Maior incidência com eritromicina, pode levar à
descontinuidade do tratamento. A eritromicina
raramente apresenta reações colaterais graves. Os
outros macrolídeos são melhor tolerados pelo TGI.
• HEPATITE COLESTÁTICA:
– Este efeito ocorre especialmente com a forma estolato
de eritromicina, provavelmente por reação alérgica ao
estolato.
REAÇÕES ADVERSAS:
MACROLÍDEOS
• OTOTOXICIDADE:
– A eritromicina, especialmente em altas doses, foi
associada com surdez temporária.
LINCOSAMIDAS
CLINDAMICINA E LINCOMICINA
• Clindamicina possui maior taxa de absorção oral
e maior espectro do que lincomicina.
• Atualmente não há justificativa de uso de
lincomicina.
• Dependendo da dose, a clindamicina pode ser
bacteriostática ou bactericida.
• Espectro: cocos Gram(+) e anaeróbios (ex:
Bacterioides fragilis (opção ao metronidazol).
AGENTES ANTIBACTERIANOS
VARIADOS
CLORANFENICOL
• Espectro semelhante à tetraciclina.
• Seu uso foi limitado a infecções no SNC (é um
fármaco muito lipofílico) como meningite
bacteriana, abcesso cerebral.
• Febre tifóide, peste (Yersinia pestis), clostridium,
rickétsias.
• O cloranfenicol interrompe a síntese de proteínas
nas células da medula óssea do ser humano,
produzindo discrasias sanguíneas (anemia
aplásica).
ESTRUTURA QUÍMICA
Anel nitrobenzênico
TIANFENICOL
• Semelhante ao cloranfenicol
• Não produz discrasias por não possuir núcleo
nitrobenzeno.
• Usado para tratar DSTs e DIP (doença infl.
Pélvica).
• Empregado em doses únicas de 2,5g por dia, em
3 tomadas, por 5-10 dias em DST ouDIP.
RIFAMPICINA
• Inibe a síntese de RNA
• Ativa contra M. tuberculosis, S. aureus, N.
meningitidis, H. influenzae, Chlamydiae e
alguns vírus.
INIBIDORES DA SÍNTESE DO
DNA
QUINOLONAS
• QUINOLONAS DE 1 GERAÇÃO (Gram-negativos):
– Ácido nalidíxico
• QUINOLONAS DE 2 GERAÇÃO (mais Gram-negativos):
– Norfloxacino
– Ciprofloxacino
– Ofloxacino
– Enofloxacino
– Lomefloxacino
QUINOLONAS
• QUINOLONAS DE 3 GERAÇÃO (Gram-negativos e
Gram-positivos):
– Sparfloxacino
– Levofloxacino
– Grepafloxacina
• QUINOLONAS DE 4 GERAÇÃO (Gram-negativos,
Gram-positivos e anaeróbios):
– Trovafloxacino
Ciprofloxacino - quinolona
antibiótico de largo espectro, indicado para o
tratamento de infecções como infecções no
ouvido, olhos, rins, pele, ossos, órgãos genitais,
cavidade abdominal, articulações, trato urinário
ou trato respiratório e sinusite, em adultos.
Além disso, também é indicado no tratamento
de casos de infecção generalizada no corpo.
MECANISMO DE AÇÃO:
QUINOLONAS
• Inibem a replicação do DNA bacteriano interferindo
com a ação da DNA-girase (topoisomerase II)
durante o crescimento e reprodução da bactéria.
• A ligação do agente quinolônico à topoisomerase
pode causar morte celular por indução de clivagem do
DNA.
Ciprofloxacino - quinolona
Ciprofloxacino - quinolona
MECANISMO DE RESISTÊNCIA:
QUINOLONAS
• Ocorre através de 3 vias:
– Permeabilidade celular alterada da bactéria
– Bomba de efluxo ativada (não deixa fármaco penetrar)
(limitam a concentração do fármaco para interagir com as enzimas)
– Mutações genéticas na topoisomerase
(causam mudanças conformacionais que limitam a ligação do
fármaco no seu sítio de ação.
ESPECTRO DE AÇÃO:
QUINOLONAS
• Todas as fluoroquinolonas são bactericidas.
• Eficazes contra microrganismos Gram-negativos
(enterobactérias, Pseudomonas, H. influenzae,
Moraxella catarrhalis, Legionella, Chlamydia).
• Eficazes no tratamento da gonorréia, mas não da
sífilis.
• Ativos contra alguns Gram-negativos, tem pouca
atividade anaeróbica.
REAÇÕES ADVERSAS
• DISTÚRBIOS NO SNC:
– Náuseas, cefaléias, tontura e confusão mental.
Pacientes com epilepsia devem ser tratados com
cautela com esses fármacos.
• NEFROTOXICIDADE:
– Cristalúria com altas doses destes agentes (3 a 4 vezes
as doses usuais).
• FOTOTOXICIDADE:
– Pacientes devem evitar exposição excessiva ao sol.
Linezolida (uso oral/IV)
• Inibição da síntese de proteínas bacteriana - ativa
somente contra bactérias Gram-positivas
• Tratamento de infecções bacterianas associadas com
bacteremia como: Pneumonia adquirida em ambiente
hospitalar
• Infecções de pele e de partes moles complicadas
(incluindo pé diabético sem osteomielite concomitante)
e não complicadas;
• Infecções enterocócicas, resistentes à vancomicina.
Linezolida (uso oral/IV)
Colistina – Polimixina E – Uso (IM) ou (IV)
• Antibiótico polipeptídico de caráter básico - possui
atividade contra microrganismos Gram(-),
especialmente Pseudomonas aeruginosa, espécies de
Klebsiella, espécies de Aerobacter e E. coli.
• Produz alterações morfológicas e funcionais sobre a
membrana celular que levam à lise bacteriana.
• Baixa Absorção e Baixa Ligação às Pts Plasmáticas. Sua
eliminação é rápida e sua meia-vida e de 1,7 hora.
• Indicações - Infecções localizadas ou generalizadas.
Infecções gastrintestinais.
Colistina – Polimixina E – Uso (IM) ou (IV)
Tigeciclina – Uso injetável
• Inibe a síntese de proteínas por ligação às subunidades 30S do
ribossomo; é bacteriostática
• Infecções complicadas da pele e tecidos moles causadas por
Escherichia coli, Enterococcus faecalis (apenas isolados sensíveis à
vancomicina), Staphylococcus aureus (isolados resistentes e sensíveis à
meticilina), Streptococcus agalactiae, Streptococcus anginosus (inclui S.
anginosus, S. intermedius e S. constellatus), Streptococcus pyogenes e
Bacteroides fragilis.
• Infecções intra-abdominais complicadas causadas por Citrobacter
freundii, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Klebsiella oxytoca,
Klebsiella pneumoniae, Enterococcus faecalis (apenas isolados sensíveis
à vancomicina), Staphylococcus aureus (apenas isolados sensíveis à
meticilina), Bacteroides thetaiotaomicron, Bacteroides uniformis,
Bacteroides vulgatus, Clostridium perfringens e Peptostreptococcus
micros.
Tigeciclina – Uso injetável
VANCOMICINA
• Glicopeptídico
• Inibe a síntese de parede
celular
• Normalmente
administrada via
intravenosa
• Usada em pacientes com
infecções estafilocócicas
alérgicos a penicilina e
cefalosporinas
Antimicrobianos
Prof. Dr. Helder F. C. Dourado
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
• Antibióticos hidrofóbicos:ligam-se à polipeptídios (Polimixina
B, Colistina (E), anfotericina
• Antibióticos ionóforos: ligam-se à canais iônicos (Gramicidina)
• Efeito bactericida – amplo espectro (inclusive pseudomonas)
• Mal absorvidos por via oral
• Alta toxicidade por via parenteral – nefrotóxico, neurotóxico
• Utilização tópica.
• Utilização em infecções resistentes à penicilinas e
aminoglicosídeos.
ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
• Antibióticos hidrofóbicos
polipeptídeos catiônicos
básicos. Polimixina B.
Atuação Gram –.
• Ligam-se fosfolipídeos de
membrana como
detergentes, desorganizam
superfície externa alteram
transporte ativo e
propriedades osmóticas
ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM
MEMBRANA PLASMÁTICA
• Antibióticos hidrofóbicos que se ligam à
compostos esteróides de membrana,
aumentando permemabilidade à K+ e glicose,
formando “poros”.
Anfotericina B
• Nistatina
ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM A
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
• Antibioticos ionóforos
(Gramicidina):são
peptídeos cíclicos.
• Moléculas unem-se umas
à outras “enroscando-se”
ao canal iônico,
formando túnel que
controla troca iônica.
ANTIBIOTICOS QUE INTERFEREM COM
MEMBRANA PLASMÁTICA
• Gramicidina
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SÍNTESE
PROTEICA
• Síntese protéica inicia por gene que codifica
polipeptídio específico. Mecanismo de transcrição e
informação do gene transmitido por meio de RNAm
(codons), que se liga porção 30S e união de porção
50S.Dois sítios são formados A(aminoacil) P(peptidil).
Complexo aminoácido +RNAt(seqüência anticodons)
liga-se sítio ª Reação mediada por peptidiltransferase
(transpeptidação) transferem seqüência pré formada
para sitio ª Ribossomo desliza sobre RNAm e RNAt
desliga-se sítio P. Processo cíclico.
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SÍNTESE
PROTEICA - MACROLÍDEOS
• Eritromicina, Azitromicina e Claritromicina
• Bacteriostáticos (dose dependente bactericida)
• Espectro semelhante à Penicilina (terapêutica
substitutiva)
• Via oral ou parenteral (IM, EV)
• Distribuição todo o organismo. Meia vida 3, 30 e 9
horas. Metabolismo hepático. Eliminação biliar
• Mecanismo de ação: ligação porção 50S inibindo
translocação.
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE
PROTEICA - CLORANFENICOL
• Amplo espectro
• Bacteriostático (dose dependente – bactericida)
• Via oral
• Distribuição todo o organismo inclusive LCR (alta
lipossolubilidade)
• Metabolismo hepático. Eliminação renal, leite, suor
• Mecanismo de ação: ligação porção 50S inibindo
transpeptidação
• Principais efeitos colaterais: aplasia de medula e
síndrome cinzenta (recém nascidos)
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SINTESE
PROTEICA - TETRACICLINAS
• Amplo espectro. Bacteriostático
• Via oral (estomago e parte superior do intestino) –
transporte ativo
• Distribuição todo o organismo (afinidade
hepatocitos, ossos)
• Metabolismo hepático. Eliminação renal, leite, suor
• Mecanismo de ação: ligação porção 30S bloqueando
RNAt no sítio A
• Principais efeitos colaterais: fotossensibilidade,
hepatotoxicidade, osteoporose.
ANTIBIÓTICOS QUE INTERFEREM COM SÍNTESE
PROTEICA - AMINOGLICOSÍDEOS
• Ação principal G- aeróbios. Bactericidas
• Alta polaridade – administração parenteral (IM) baixa
distribuição.
• Metabolismo intestinal. Eliminação fecal. Tempo de
meia vida 2 à 3 horas
• Principais efeitos colaterais –ototoxicidade,
nefrotoxicidade• Mecanismo de ação: ligação porção 30S induz erro
na incorporação de aminoácidos gerando proteína
anômala e autólise.
Resumo
aztreonam
Pé Diabético
Pé Diabético
Pé Diabético
Pé Diabético
• A vancomicina é para a cobertura de S. aureus resistente
à oxacilina e Enterococcus sp resistente à ampicilina.
Porém, pode ser usado a teicoplanina, linezolida ou a
daptomicina.
• Pode ser prescrito o meropenem e o ertapenem (este
último não tem espectro de ação contra a Pseudomonas
aeruginosa e Acinetobacter baumannii).
• Dar preferência à piperacilina/tazobactan ou aos
carbapenêmicos (imipenem ou meropenem) para a
cobertura das bactérias gram negativas
infecções nosocomiais são infecções contraídas durante uma
estadia em um estabelecimento de saúde
Interações Medicamentosas
mais importantes
2. Associação de antibióticos
– interação entre drogas nefrotóxicas
• Amicacina (novamim) associada como a cefalotina
(keflin)
conduta  monitorização da função renal e vigilância da
nefrotoxicidade.
– Ototoxicidade
• Amicacina associada a furosemida(lasix)
Interações Medicamentosas
mais importantes
2. Associação de antibióticos
– A ampicilina associada ao cloranfenicol (quemicetina)
diminuição de efeitos devido a um mecanismo
desconhecido.
– Em pacientes transplantados não devem utilizar
ciclosporina concomitantemente com medicamentos à base
de sulfas  diminuição da [ ] plasmática da ciclosporina
com diminuição do efeito e potencial risco de rejeição do
enxerto.
Interações Medicamentosas
mais importantes
2. Associação de antibióticos
– A associação de drogas penicilínicas (amoxicilina,
ampicilina, ) com tetraciclina  um possível efeito
antagônico, reduzindo desta forma a ação antibiótica de
ambas as drogas.
– A associação de penicilínicas com
eritromicina(ilosone,pantomicina), pode haver aumento ou
diminuição de efeito de ambas as drogas com possível
prejuízo terapêutico para o paciente
Interações Medicamentosas
mais importantes
2. Associação de antibióticos
– A eficácia de contraceptivos orais pode ser
reduzida, por: rifampicina (rifaldin), ampicilina,
tetraciclina, que podem suprimir a flora intestinal
que fornecem enzimas hidrolíticas essenciais para
a recirculação enterohepática de certos
contraceptivos esteróides conjugados.
Antimicrobianos
Prof. Dr. Helder F. C. Dourado

Continue navegando