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Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 7° fase Medicina | 2022.2 Habilidades Profissionais Neurologia e Neurocirurgia Anamnese neurológica Onde está a lesão? Cérebro, gânglios da base, tronco cerebral, cerebelo, medula, nervos periféricos, junção neuromuscular ou músculo Qual a origem da doença? Vascular, degenerativa, desmielinizante, inflamatória, infecciosa, neoplásica, metabólica, traumática, congênita, etc. Qual o tipo da lesão? Focal no lado direito do SNC, focal no lado esquerdo do SNC, focal envolvendo estruturas da linha média e contíguas do SNC, difusa Idade Paraparesia progressiva: Crianças – tumores medulares Adultos – esclerose múltipla (doença desmielinizante) Fraqueza: Crianças – distrofias musculares Adultos – polimiosite, doenças musculares Sexo Homens: Doenças ligadas ao X (Duchenne, Kennedy) Mulheres: Miastenia gravis; Migrânea; Esclerose múltipla Considerações temporais Início agudo: AVC e AIT, Crises convulsivas Subagudo: Sd. De Guillain-Barré, Hematomas subdurais Crônicas: Doença de Parkinson idiopática, Doença de Alzheimer Progressivo ou não progressivo Duração dos sintomas Curtos: Crise convulsiva, Cefaleia em salvas Prolongadas: Cefaleia tipo tensional, Neuropatias compressivas Localização dos sintomas Cérebro Sinais focais (hemiparesia, hemiplegia, hemianopsia) o Hemiparesia: fraqueza em um hemicorpo; o Hemiplegia: perda ou déficit total da força muscular em um hemicorpo; o Hemianopsia: Crises convulsivas Tronco cerebral: Paralisia de nervos cranianos Medula: paralisias espástica, Nível sensitivo Nervos periféricos: Fraqueza, Alterações sensitivas (parestesia, hipoestesia) Junção neuromuscular e músculo: Fraqueza sem alteração sensitiva Função motora Hipo e hipertonia: resistência ao movimento Hipertonia Espástica: típica do paciente com AVC Hipertonia Plástica: típica do paciente com Parkinson Hipo e hipertrofia: tamanho/forma do músculo Paresia/plegia: perda parcial/total da força Hemi: ½ Para: MMII Mono: 1 membro, seja MI ou MS Tetra: 4 membros Função sensitiva Hiper/parestesia: sensibilidade aumentada (formigamento, queimação) Hipo/anestesia: sensibilidade diminuída Disestesia/alodinia: distorção da sensibilidade à dor (um toque é interpretado como dor, choque) Hipo/Hiperpalestesia: alteração da sensibilidade vibratória Função cortical Disfasia X Disartria: disfasias (WERNICKE) são sempre relacionadas ao lobo dominante (geralmente esquerdo), enquanto as disartrias são relacionadas ao movimento (BROCA) Apraxia: Execução de movimentos aprendidos (abrir a porta, vestir a roupa) Agnosia: Reconhecimento (visual, auditiva, etc) Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 7° fase Medicina | 2022.2 Hemianopsia: alterações de campos visuais (ex: AVCs) Tonturas Vertigem (giratório) Desequilibrio (instabilidade/ataxia – cerebelares) Tonturas (psicossomático, percepção) Movimentos involuntários Fasciculações e mioquimias: Abalos de grupos ou fibras musculares, típicos de doenças do neurônio inferior (ex: esclerose lateral amiotrófica) Discinesias (evidente ao repouso): relacionadas aos medicamentos amiotróficos – mãos, oral, etc. Bem comuns no Parkinson avançado Tremores: contrações alternadas de flexores e extensores/ pronação e supinação (essencial – normal; Doença de Parkinson) Mioclonia: “Choque” – normal; doenças que fazem mais isso: epilepsia mioclônica Juvenil, espasmo hemifacial Coréia: movimentos breves e mais amplas, de MMSS/MMII ou ambos, podem ser causadas por Huntington, Sydenham (menos comum – evolução da febre reumática) Balismo: Grande amplitude, comum no AVC (que acomete núcleo subtalâmico) Distonia: Contração prolongada (blefaroespasmo, caimbra do escrivão, torcicolo) Tiques: Sequência de movimentos, Tourette (copropraxia, coprolalia, ecolalia) Copropaxia: gestos obscenos, involuntários Coprolalia: tendência incontrolável a usar palavras obscenas Ecolalia: paciente repete mecanicamente palavras ou frases que ouve Estereotipias: Movimentos estereotipados – deficiência mental, autismo grave Acatisia: Agitação, típico de uso de medicamentos, drogas (antipsicóticos, cocaína) Hiperecplexia: Reações de sobressalto, comum hereditária Outros sintomas Ataxia: desordens cerebelares Marcha: não consegue andar de forma reta, “andar de bêbado” o Cerebelar: perda da coordenação motora, sem perda de força o Sensitiva: resulta das perturbações que afetam a via proprioceptiva nervos sensitivos periféricos, Membros o Dismetria: acertar um alvo (índex-nariz) o Disdeadococinesia: não consegue fazer movimentos repetitivos (bater na perna) Ocular: não consegue olhar pra um objeto fixo Acinesia/bradicinesia/hipercinesia: lentidão/excesso de movimento (doença de Parkinson) Exame físico neurológico Estado mental Função cortical superior: cognição; Nível de consciência: Alerta, obnubilado, confuso, sonolento, torporoso, comatos Orientação: Pessoa, tempo e espaço Atenção e concentração Julgamento Memória: MEEM, MoCA, CamCog, testagem neuropsicológica Linguagem e fala: disfasias, disartrias, dislalia o Disfasia de expressão (Broca – tronco, cerebelo ou extrapiramidal) ou de compreensão (Wernicke – parietal e temporal) o Afasia: enfraquecimento ou perda do poder de captação, de manipulação e por vezes de expressão de palavras como símbolos de pensamentos, em virtude de lesões em alguns centros cerebrais e não devido a defeito no mecanismo auditivo ou fonador; logastenia Apraxias: idemotora, marcha, buco-facial, vestir Agnosias: visual, estereoagnosia, simultagnosia, auditiva Exame dos pares cranianos I. Olfatório: sensorial – olfato Não é testado de rotina Anosmia, hiposmia, cacosmia II. Óptico: sensorial – visão Acuidade visual, campimetria de confrontação (quadrantes), reflexos pupilares e fundoscopia Edema de papila: ↑ PA intracraniana III. Oculomotor: somático motor (movimento dos olhos e pálpebras) e visceral motor (controle parassimpático do tamanho das pupilas) Motricidade ocular e controle autonômico parassimpático (miose) IV. Troclear: somático motor (moticidade ocular do oblíquo superior) Mirada oblíqua inferior V. Trigêmio: somático sensorial (sensibilidade da face) e somático motor (movimentos mastigatórios) Sensibilidade da face nos 3 andares (ramo oftálmico, maxilar e mandibular) e movimento mastigatório (palpar masseter) VI. Abducente: somático motor (motricidade ocular do reto lateral) Abdução do olho Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 7° fase Medicina | 2022.2 VII. Facial: somático motor (motricidade face) e sensorial (gustação dos 2/3 anteriores da língua) Se lesão central: poupa andar superior; se lesão periférica: atinge toda a face (ex: paralisia de Bell) VIII. Vestíbulo-coclear: sensorial (audição e equilíbrio) Testes de Rinne e Weber cm diapasão IX. Glosso-faríngeo: somático motor (movimento da orofaringe) e visceral motor (controle parassimpático das glândulas salivares); sensorial (gustação do 1/3 posterior da língua) e (sensorial visceral detecção de alterações) Elevação do palato (falar “aaaa”) → sinal da cortina X. Vago: visceral motor (controle parassimpático); visceral sensorial, visceral nocicepção, visceral somático motor (movimento da orofaringe) Elevação do palato também XI. Acessório: somático motor (movimento dos músculos da garganta e pescoço) Elevação dos ombros XII. Hipoglosso: somático motor (motricidade da língua) Sistema motor Trofismo muscular Atrofias: DNM Hipertrofias: Distrofias de Duchenne e B3ecker Tônus Muscular: Movimentação passiva das articulações de MMSS e MMII Normal Hipotonia Hipertonia espástica, rígida (em roda denteada) ou paratonia (involuntariamente resiste ao movimento - síndromes demenciais)Força: Confrontação com flexão e extensão de MMSS e MM 5 − Força normal 4 − Movimentos contra gravidade e resistência, mas não vence a força do examinador 3 − Movimentos somente contra a força da gravidade 2 − Movimentos somente com a força da gravidade eliminada 1 − Há contração visível ou palpável, mas não há movimento do membro 0 − Paralisia total Movimentos anormais: braidicnéticos (parkinsonismo), hipercinéticos Coordenação Manobra índex-naso / naso-índex Disdeadococinesia Manobra calcanhar-joelho Prova do rechaço Reflexos tendinoso profundos 0 – ausente (mesmo facilitando) 1 – hiporreflexia 2 – normal 3 – hiperreflexia 4 – hiperreflexia com clônus Bicipital: flexão do antebraço (C5-C6) Tricipital: extensão do antebraço (C6-C8) Braquiorradial: flexão e supinação (C5-C6) Patelar: extensão da perna (L2-L4) Aquiliano: extensão do pé (L5-S2) Maria Eduarda Zen Biz | ATM 2025.1 7° fase Medicina | 2022.2 Sinal de Babinski/cutâneo plantar Exame da marcha, propriocepção e equilíbrio Marchas: Disbasia - dificuldade em andar Astasia - impossibilidade de ficar em pé Abasia - impossibilidade de andar Anserina - lembra o andar de um pato; coloca as mãos nas costas, inclina sua barriga pra frente e anda alternadamente (grávidas) Escarvante - “arrastando” a ponta do pé; miopatias e neuropatias periféricas; Parkinsoniana - passos pequenos, parece que vai cair pra frente Vestibular - totalmente sem equilíbrio; labirintites Ceifante/Hemiplégica - movimento em bloco do MI e MS flexionado, colado ao corpo (AVC) Espástica/Tesoura - anda “cruzando” as pernas; paralisia cerebral Atáxica/Cerebelar - perda da coordenação motora, sem perda de força Teste de Romberg: ficar em posição ereta com os pés juntos – olhos abertos e fechados. Ataxia sensitiva Níveis sensitivos Exteroceptiva: Dolorosa e térmica (espátula e algodão) e tátil (algodão ou pincel) Proprioceptiva: Postural (artrestesia) – posição do hálux e palestesia ou sensibilidade vibratória - diapasão Níveis: dermátomos C4: ombro C6: polegar C7: dedo médio T4: mamilos T10: umbigo L4: joelhos L5: hálux S1-S2: fossa poplítea Sinais de irritação meníngea Sinal de Brudzinski: o levantamento involuntário das pernas em irritação meníngea quando levantada a cabeça do paciente Sinal de Kernig: resistência e dor quando o joelho é estendido com o quadril totalmente flexionado Sinal de Lasegue: elevação do MI estendido sobre o quadril com estiramento do nervo ciático. Se houver compressão, ocorre dor no trajeto referido
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