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4 TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS BRASÍLIA-DF 1/2020 SIDNEY SANTOS TEIXEIRA MARIANO ( Trabalho apresentada à disciplina Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais como parte dos requisitos exigidos pelo Curso Tecnólogo em Gestão Pública da Faculdade Fortium . Orientador: Wesley Augusto Gama Aguiar Louzeiro ) BRASÍLIA-DF 1/2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1. FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL E DE MATERIAIS.........5 2. FUNÇÕES ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: COMPRAS, ESTOQUE, ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO...........................................................................5 3. FONTES DE FORNECIMENTO. ORGANIZAÇÕES ALTERNATIVAS PARA COMPRAS.................................................................................................................10 4. LICITAÇÕES: ESTRATÉGIAS E PROCESSOS....................................................11 5. EXPERIÊNCIAS DE COMPRAS NO SETOR PÚBLICO. EVOLUÇÃO E CONCEITO DE LOGÍSTICA. CRIAÇÃO DE VALOR. REDES E CADEIAS – TEMPO E LUGAR....................................................................................................................14 6. TECNOLOGIA E FUNÇÕES. LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO...............................16 7. PROCESSAMENTO DE PEDIDOS. GESTÃO DE TRANSPORTES E OPERADORES LOGÍSTICOS...................................................................................19 8. CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS......................................................................................22 9. CONCLUSÃO.........................................................................................................25 BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................26 INTRODUÇÃO No cenário atual, onde encontramos à nossa frente um mercado globalizado e extremamente competitivo, surge à necessidade de aplicação das melhores práticas dentro das organizações, desde o recebimento da matéria prima até a entrega do produto ou serviço e manutenção dos clientes. A relação do individuo com a atividade material é antiga, desde as civilizações mais remotas, onde para satisfazer as necessidades, trocavam-se caças e objetos. Buscando pela eficiência da gestão empresarial, seja na esfera pública ou privada, é importantíssima a compreensão e utilização dos conceitos da Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, bem todos os elementos que compõe essa vertente. A Revolução Industrial modernizou esse cenário com os conceitos de concorrência e valorização de mercadorias e estoques, contribuindo diretamente para evolução dos meios e processos de fabricação e estocagem. A produção, qualquer que seja o ramo, assume matizes tecnológicos e dá impulso a administração de materiais, que tem sua importância como ciência ressaltada nos momentos de guerra, em que abastecimento, suprimento e disponibilidade de munições, equipamentos e alimentos, por exemplo, se constituem como elementos vitais se disponíveis no local e tempo certo. A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. Tais atividades abrangem desde o circuito de aprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques, neste último caso, auxiliando o gestor/administrador na definição do seu estoque ótimo para o desempenho de suas funções de produção, sendo capaz de apontar o nível de estoque mínimo, máximo e de segurança. 1 FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL E DE MATERIAIS A administração patrimonial e de materiais tem a função coordenadora responsável pelo planejamento e controle do fluxo de materiais, com objetivos principais de maximizar a utilização dos recursos da empresa e fornecer o nível requerido de serviços ao consumidor. É o conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando supri-la com os materiais necessários ao desempenho de suas atribuições. Segundo Francischini (2002) a administração de materiais é atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto. Segundo Costin (2010, p.183) existem cinco elementos fundamentais para gestão de recursos materiais: (1) qualidade de material; (2) quantidade necessária; (3) prazo de entrega; (4) preço e; (5) condições de pagamento, ou seja, essa administração tem como objetivo garantir a existência de um estoque, e mantê-lo organizado de modo que nunca falte nenhum item. 2 FUNÇÕES ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: COMPRAS, ESTOQUE, ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO O constante equilíbrio entre estoque e consumo deve ser o principal objetivo de um administrador de materiais. O fluxo de distribuição dos produtos deve ser constante, sem interrupções. As principais tarefas de tal área: · Comprar: Nesta fase são identificados os fornecedores disponíveis e escolhidos os que melhor se adéquam às necessidades da empresa; · Controlar/Estoque: de acordo com a demanda, deve-se fazer o controle de estoque, respeitando a disponibilidade financeira da organização; · Armazenar: Deve-se identificar a demanda dos produtos para que se possa ter exata noção do quanto armazenar. Insta salientar, nesse momento, que armazenamento em excesso pode trazer prejuízos à organização, dessa forma, adequar o armazenamento à demanda é muito importante; · Distribuir: de acordo com as ordens de compra recebidas, faz-se a distribuição dos produtos aos clientes na quantidade e momento oportunos. O De acordo com Gaither e Frazier (2001), o departamento de compras desempenha um papel fundamental na realização dos propósitos da empresa. Seu objetivo é perceber as necessidades competitivas dos produtos e serviços, tornando-se responsável pela entrega no tempo certo, custo apropriado, qualidade e outros elementos na estratégia de operações. É necessário que os gerentes de compras envolvam-se em várias atividades como: manter banco de dados atualizados, seleção de fornecedores, negociarem contratos e agir como intermediário entre os fornecedores e a empresa. Quando o relacionamento entre cliente e fornecedor está em nível de confiança mútua, com participação e fornecimento de qualidade assegurada, atinge-se, segundo Martins e Alt (2001), o comakership. Apesar da importância da função Compras, ela foi considerada, durante muito tempo, uma atividade de caráter tático e de cunho administrativo dentro das organizações, tendo sempre um perfil reativo às decisões tomadas pelas outras funções (departamentos), principalmente a Produção. O departamento de compras dentro de uma organização tem a finalidade de manter a empresa abastecida em suas necessidades mensais, tendo como principal objetivo efetuar aquisições da melhor maneira possível. Dentre as várias atribuições do departamento de compras, citamos algumas: · Suprir as necessidades da empresa, sempre cuidando os níveis de estoques, pois, altos níveis de estoques acarretam em custo exagerado para sua manutenção e baixos níveis de estoque podem fazer com que a empresa trabalhe num limiar arriscado, prejudicando sua produção. · Diligenciar para que o volume de compras seja feito de forma econômico, analisando custos. · Manter atualizado cadastros de fornecedores, cotação de preços, condições de pagamentos e prazos. · Analisar, aprovar e autorizar compras cujo valor seja superior ao determinado na meta de compra da organização. · Fazer concorrência de compras, ou seja, fazer uma pesquisa junto aogrupo de fornecedores em relação a custos para assim obter uma melhor negociação. · Controlar as entregas de pedidos conforme prazos já estabelecidos. g) Solucionar questões cadastrais junto a fornecedores. · Participar de trabalhos ou estudos relativos a compras, como: codificações, padronizações, especificações, seleção de padronização e questões de políticas de suprimentos. · Analisar junto a seus fornecedores custos e prazos de mercadorias, prazos maiores ou parcelados podem ser mais favoráveis a empresa do que custos menores. Conforme afirmam Gaither; Frazier (2001), o departamento de compras desempenha um papel fundamental na realização dos objetivos da empresa. “Sua missão é perceber as necessidades competitivas dos produtos e serviços, tornando-se responsável pela entrega no tempo certo, custos, qualidade e outros elementos na estratégia de operações”. Para isso é fundamental manter um banco de dados de fornecedores atualizado, ter poder de negociação e estabelecer um relacionamento baseado na confiança mútua com o fornecedor. Toda empresa possui um depósito utilizado para armazenar seus materiais utilizados nas atividades desenvolvidas no seu cotidiano, seja uma indústria ou empresas de serviços, todas de alguma forma possuem estoques. O estoque deve funcionar como elemento regulador do fluxo de materiais da empresa, isto é, como a velocidade com que chega à empresa é diferente da que sai, há necessidade de certa quantidade de materiais, que hora aumenta hora diminui amortecendo as variações (PROVIN; SELLITTO, 2011). É de conhecimento geral de que todas as organizações devem ter um almoxarifado, um controle de seus pertences, seus estoques, para poder administrar bem tudo que entra e saí na organização. Por isso o gerenciamento de estoque é significativo para as organizações Uma organização deve montar um bom planejamento de recursos empresariais (ERP) que provê a informação básica necessária para gerenciar o dia-a-dia. Incorporam com mais facilidades, novos conhecimentos e mais velocidades nas operações, ganhando um espaço cada vez maior dentro de uma organização, além de controlar melhor seu estoque de produtos. Onde esse sistema é composto por um hardware e um software. Para obter um bom resultado com esse sistema a empresa deve definir um conjunto abrangente de indicadores de desempenho juntamente com as políticas e objetivos que correspondem a esses indicadores ou necessidades organizacionais e sempre que possível mudar os processos antes da tecnologia. O gerenciamento da mudança eficaz e o treinamento dos usuários são essenciais para adaptar as pessoas aos novos papéis, responsabilidades e sistemas de mensuração de dados. De acordo com Ballou (2006), estoques são pilhas de matérias-primas, insumos, componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem em numerosos pontos por todos os canais logísticos e de produção da empresa. Já Martins e Campos Alt (2009), afirmam que estoque é o acúmulo armazenado de recursos materiais em um sistema de produção e/ou operações. Estoque representa a quantidade de bens físicos que são mantidos à espera da venda (ou da produção), por um determinado tempo. São considerados como bens em estoques, as matérias-primas, os produtos semiacabados, os produtos acabados e as mercadorias compradas de terceiros. Os estoques são os materiais que não são utilizados em determinado momento, mas que existe em função de futuras necessidades. Logo, estocar é reservar os produtos/mercadorias para utilização futura. O estudo das áreas de armazenamento visa atender às necessidades de todos os setores da organização. Para conseguir a melhor e mais adequada estruturação é conveniente analisar as possibilidades de instalação de vários armazéns e de um centro de abastecimento, assim como as características que mais os diferem entre si. Tais características podem ser assim arroladas: · Materiais pesados de manejo e transporte difícil; · Materiais pequenos muito diversificados e de uso frequente; · Materiais com grande frequência de saída e pouco volume. Analisadas essas características, chega-se ao tipo de armazém necessário para um perfeito entrosamento entre os estoques e os centros consumidores, ou, ainda, em decorrência desse levantamento chega-se à situação em que o armazém atenderá a todas as necessidades. Conforme cita Viana (2002), a realização eficiente e efetiva de uma operação de armazenagem depende muito da existência de um bom layout. Então, nesse caso, a atenção deve-se voltar para: · Espaço necessário; · Tipo de instalação adequada; · Distribuição dos estoques nas áreas que melhor atenderão o consumo; • meios de transporte; · Tipo de controle a ser adotado; · Número de funcionários para manutenção dos estoques. A armazenagem é demasiadamente importante para a disponibilidade dos materiais, em atendimento às demandas. É, através dela, que se busca manter a integridade das características dos materiais. Para tanto, senhores (as) se faz que os locais reservados para esta função - os almoxarifados - tenham as condições necessárias, ou seja, se possível, tenham sido edificados para tal propósito ou adequadamente adaptados. Caso contrário, a tarefa de conservar as características dos materiais poderá ser prejudicada colocando-os em risco para a finalidade a que se destinam. A Distribuição é responsável pela saída de materiais e produtos acabados, a administração de materiais realiza o controle dos itens que saem da empresa e vão ao cliente. É possível encontrar à disposição dos administradores ferramentas que auxiliem e otimizem o serviço de acompanhamento da entrada e saída de materiais. Dentre os principais modelos utilizados no mercado, destacamos alguns: · ERP (Enterprise Resources Planning): do inglês, planejamento dos recursos da empresa. Os ERPs são muito comuns hoje nas empresas e a maioria dos funcionários estão acostumados a sua utilização. Nele é possível averiguar níveis de estoques, pedidos de compra aos fornecedores, pedidos de vendas a clientes e muito mais. · MRP (Material Requirement Planning): do inglês, planejamento de requisição de materiais. Com este sistema é possível acompanhar a demanda e planejar quais serão as reposições de materiais necessárias frente às solicitações da área de produção, que atendem aos pedidos dos clientes. · WMS (Warehouse Management System): do inglês, Sistema de gestão de estoques (armazéns). Utilizado para acompanhar as movimentações de entrada e saída de materiais. · TMS (Transportation Management System): do inglês, Sistema de gestão de transportes. Responsável por toda a parte de distribuição da empresa, seja interna ou externa, verificando a origem e destino de todos os materiais. Com a utilização destas ferramentas e funcionários aptos a manuseá-las de forma correta, sua empresa com toda certeza atingirá excelência no controle de seus materiais, evitando assim custos e despesas desnecessárias trazendo maior precisão à sua produção e maior rentabilidade! 3. FONTES DE FORNECIMENTO. ORGANIZAÇÕES ALTERNATIVAS PARA COMPRAS A seleção de fornecedores é necessária, pois, sem ela, a empresa corre o risco de contratar fornecedores que não correspondam ao aumento na demanda por determinado material, ou por não estarem preparados para tal, ou por não oferecerem produtos com a qualidade exigida pela empresa. É responsabilidade do departamento de Compras coletar e analisar as informações sobre fornecedores em perspectiva para permitir a seleção daquele que melhor atenda às exigências identificadas do negócio. O principal objetivo da avaliação de fornecedores é comprovar a capacidade de atendimento dos requisitos especificados do produto a ser comprado. Caso os principais fornecedores não tenham capacidade de atendimento quando a empresa aumenta a sua demanda, outros fornecedores precisam ser selecionados para atender as necessidades da empresa. O acompanhamento do desempenho dos fornecedores também é função de compras e se faz necessária para a gestão eficiente da aquisição de materiais para a empresa.A atividade de compras em uma empresa fornece apoio fundamental ao sucesso do sistema logístico – é ela que supre o processo produtivo, com todas as necessidades de materiais, além de contribuir com uma parcela significativa na redução de custos da empresa, por meio de negociações de preços, na busca de materiais alternativos e do desenvolvimento de fornecedores. De acordo com Ballou (2001), as atividades relacionadas a compras envolvem uma série de fatores como seleção de fornecedores, qualificação dos serviços, determinação de prazos de vendas, previsão de preços, serviços e mudanças na demanda, entre outros. Já que grande parte do dinheiro de vendas é pago a fornecedores por materiais comprados, reduções pequenas na aquisição dos materiais podem gerar melhorias consideráveis nos lucros. Dessa forma, pode-se dizer que a gestão de compras é de vital importância para o sucesso da empresa. Dias e Costa (2003) aborda como uma das principais modificações nas organizações, a passagem da área de compras, antes estritamente operacional, para a atividade de gestão, atuando na linha de comando das decisões das empresas, dada a importância da área em termos econômico-financeiros e logísticos para as organizações. Muito pode ser feito de positivo em uma empresa, a partir do desempenho de uma área de compras bem estruturada. Para Cassel e Silva (2009), o processo de compras deve ser capaz de satisfazer as solicitações seguindo normas e procedimentos da empresa, sendo necessária a interação entre o departamento de Compras e os públicos internos e externos. A área de Compras deve assegurar a disponibilidade dos materiais na quantidade, qualidade e prazo certos, além do menor custo possível, sendo as especificações dos produtos/serviços ditadas pelos requisitantes. Os prazos devem ser acompanhados através do follow up dos pedidos junto aos fornecedores. 4 LICITAÇÕES: ESTRATÉGIAS E PROCESSOS Quando os administradores de órgãos governamentais precisam comprar, locar ou contratar produtos, obras ou serviços, é necessária a realização de um processo chamado de Licitação. Em um contexto geral, a licitação é um procedimento formal de competição entre empresas que desejam oferecer seus serviços a organizações públicas. Trata-se de um processo realizado de forma pública e transparente e que precisa obedecer a alguns princípios básicos. A necessidade desse processo justifica-se pelo fato de que as instituições públicas não contam com fundos próprios, mas sim com recursos do governo, os quais devem ser devidamente aplicados e declarados. Os procedimentos para a realização de uma Licitação estão previstos na Lei Federal 8.666, de 1993, sendo assim, as instâncias menores da administração pública, ou seja, estados e municípios, não podem criar leis próprias para reger esse tipo de contrato. Além disso, a Lei 10.520/2002 complementa as regras para a realização de uma licitação. Um processo de licitação começa em uma fase interna, diante da necessidade da instituição de aquisição, venda, cessão, locação ou contratação de produtos ou serviços. Em seguida, os responsáveis devem publicar o edital com as regras da licitação para que todas as empresas aptas a concorrer possam tomar conhecimento. Para habilitar-se em um processo licitatório, os interessados deverão apresentar as seguintes condições: habilitação jurídica; habilitação técnica; qualificação econômico-financeira; regularidade fiscal e trabalhista e regularidade com os direitos dos trabalhadores. Já a administração pública deve preocupar-se com os princípios básicos da Licitação: · Legalidade; · Impessoalidade; · Moralidade; · Igualdade; · Publicidade; · Probidade administrativa; · Vinculação ao instrumento convocatório; · E do julgamento objetivo. Uma licitação não pode ser sigilosa. Todos os atos do processo devem ser públicos e acessíveis. A única parte que é mantida em sigilo são as propostas, até que possam ser abertas. Quando uma organização pública realiza um processo licitatório, ela deve estabelecer em edital próprio qual será a modalidade e os requisitos para que todos os interessados possam inscrever-se. Existem seis tipos de licitação: Concorrência, Tomada de Preços, Convite, Concurso, Leilão e Pregão. Em geral, o que define a modalidade é o tipo de produto ou serviço que será licitado e os valores envolvidos. No caso da Concorrência, são estabelecidos critérios para a concessão de direito de uso, realização de obras ou serviços ou, ainda, de compra e venda de bens públicos. Já a Tomada de Preços é feita a partir de um Certificado do Registro Cadastral (CRC), previamente feito por interessados em oferecer serviços ao poder público. É necessário atestar os requisitos exigidos até os três dias antes do fim do período de proposta. As licitações mais rápidas podem ser realizadas por meio da modalidade chamada Convite. Não há necessidade de edital e é escolhido e convidado um número mínimo de três licitantes. Outros interessados em participar do processo podem comparecer, desde que demonstrem o desejo em até vinte e quatro horas antes da apresentação das propostas. O Concurso é uma modalidade de licitação bastante comum para a escolha de trabalho científico, artístico ou técnico. Nessa modalidade, contrata-se o melhor projeto, e não a melhor empresa. O vencedor recebe uma premiação ou remuneração. O edital deve ser publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias, e a escolha é feita por uma comissão especializada. A venda de bens que não servem mais para a administração pública, mercadorias apreendidas ou patrimônios penhorados deve ser feita por meio de um Leilão. Nessa modalidade, os interessados comparecem na data marcada para a sessão a fim de formular uma proposta verbal. A última modalidade criada foi o Pregão, instituído pela Lei 10.520/02. Assim como no leilão propriamente dito, a partir dessa modalidade, regula-se a aquisição de bens e serviços. Nesse caso, as propostas são escritas e entregues, mas podem ser alteradas no dia da abertura, conforme o caso. Apesar da legislação para a compra e venda de bens ou prestação de serviços para o poder público, em alguns casos, a realização de licitação é dispensável, a saber: · Em situações de emergência; · Em casos de licitação anterior cancelada por fraude ou abuso de poder econômico; · Intervenção no domínio econômico (congelamento de preços, por exemplo); · Contratos de pequeno valor, de acordo com o estabelecido pela legislação; · Ausência de interessados; · Por Decreto Presidencial, quando a situação comprometer a segurança nacional; · Compra de gêneros perecíveis, quando há um processo licitatório em andamento. 5. EXPERIÊNCIAS DE COMPRAS NO SETOR PÚBLICO. EVOLUÇÃO E CONCEITO DE LOGÍSTICA. CRIAÇÃO DE VALOR. REDES E CADEIAS – TEMPO E LUGAR Braga (2006) aborda em seu trabalho a evolução do departamento de compras nas organizações, desde a sua submissão a outras funções até a sua posição de participante na formulação da estratégia da organização. Essa evolução é dividida em quatro estágios, classificados de acordo com a natureza tática ou estratégica assumida por Compras ao longo do seu aprimoramento. Coletti (2002) define como missão de Compras, perceber as necessidades competitivas dos produtos e serviços, tornando-se responsável pela entrega no tempo certo, custos, qualidade e outros elementos na estratégia de operações, sendo necessário que os gerentes de compras envolvam-se em várias atividades como manter um banco de dados e seleção de fornecedores, negociar contratos com os mesmos e agir como intermediário entre os fornecedores e a empresa. Neste cenário, saber o que, quanto, quando e como comprar é o diferencial competitivo que organizações que se agrupam, buscam coletivamente para conseguir ganhos que possibilitem seu posicionamento no mercado. Para isso novas tecnologias surgiram na área de compras, como é o caso do e-procurement (compra on-line de produtos) e isto já uma realidade para as empresas brasileiras. Xavier (2008) diferencia Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos(SCM – Supply Chain Management) dizendo que, a primeira é vista como parte integrante da última, ou seja, o SCM vai além da Logística ao buscar integração e coordenação entre os membros da cadeia de suprimentos, sendo o objetivo desta, maximizar a competitividade e a lucratividade da empresa e de seus parceiros. Concordando com Xavier (2008), Simon (2003) afirma haver uma necessidade de integração dos processos de negócios na cadeia de suprimentos que vai além da logística, e é essa integração que é chamada de SCM. Já para Ballou (2001), o limite entre o termo Logística e SCM é indistinto, o foco é dado em gerir o fluxo de produtos e serviços da maneira mais eficaz e eficiente. A gestão logística foi definida por Boisson (2007) como uma função de integração, que coordena e otimiza todas as atividades da logística, integrando essas atividades com outras funções como marketing, vendas, finanças e tecnologia da informação. Guarnieri (2006) apresenta o foco do gerenciamento logístico como sendo a integração das atividades da empresa com a intensa troca de informações, considerando que todas elas fazem parte de um processo único, cujo objetivo é satisfazer as necessidades do cliente final, não há razões para gerenciá-las separadamente, incorrendo em riscos desnecessários à empresa. Para dar suporte a todas as mudanças ocorridas no ambiente empresarial e possibilitar que as atividades do sistema logístico sejam administradas corretamente, tornouse necessária a utilização de sistemas de informação logísticos ou de SCM, viabilizados tecnicamente por meio da Tecnologia da Informação. (GUARNIERI, 2006). Os avanços tecnológicos da informática aumentaram as oportunidades de desenvolvimento de novas ferramentas capazes de informar a toda empresa o seu andamento. Cassel e Silva (2009) apresenta a gestão integrada da cadeia de suprimentos apoiada ao comércio eletrônico, uma vez que mostra a necessidade das organizações de controlar seu sistema produtivo através do uso de sistema de informação como MRP, MRPII e ERP, sistemas que auxiliam no planejamento das necessidades de materiais, afirmando ser fundamental a integração do banco de dados de PCP e Produção com a área de Suprimentos e Estoque para simplificar o trabalho de análise diária das necessidades de compras realizada por um comprador. Segundo VIANA (2014) O grande desafio da gestão da cadeia de suprimentos está na necessidade de movimentação de produtos e materiais de maneira rápida e confiável entre empresa e clientes de maneira competitiva. 6. TECNOLOGIA E FUNÇÕES. LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO A Tecnologia possibilita à empresa gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência. Nestes tempos modernos em que a exigência de consumo atingiu o limite extremo, o SCM permite às empresas alcançarem melhores padrões de competitividade. Em qualquer sociedade industrializada ou não, produtos devem ser movimentados fisicamente entre o local onde estes são produzidos e o local onde estes produtos serão consumidos, Exceto em culturas muito primitivas, na qual cada família satisfaz suas próprias necessidades domésticas, o processo de troca se transforma em pedra fundamental da atividade econômica. Trocas acontecem quando existe uma discrepância entre quantidade, tipo e tempo dos produtos disponíveis e os produtos necessários. Se um número de indivíduos ou organizações dentro de uma sociedade tem um excedente de produtos que alguém precisa, tem-se a base para as trocas de mercadorias ou serviços. O alinhamento das empresas que trazem produtos ou serviços ao mercado tem sido chamado de cadeia de abastecimento/suprimentos – supply chain. E, um termo que tem crescido significativamente no uso e popularidade desde o final dos anos 80, embora considerável confusão exista sobre o que na realidade ele significa é o Supply Chain Management - SCM (gerenciamento da cadeia de abastecimento). O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de Logística. Enquanto a Logística representa uma integração interna de atividades, o Supply Chain Management representa sua integração externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e seus clientes finais, modificando comportamentos e trazendo uma integração nunca vista. Assim, de acordo com o International Center for Competitive Excellence – University of North Caroline, 1994, SCM é a integração dos processos de negócios do usuário final através de fornecedores (originais) que fornecem produtos, serviços e informações e agregam valor para os consumidores. Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica, altamente interativa e complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos trade-offs (representa uma troca compensatória entre alguns parâmetros como custos, tempo, etc), pois ele expande as fronteiras organizacionais e deve assim considerar, trade-offs dentro e entre as organizações no que diz respeito, por exemplo, a estoques: aonde inventários devem ser mantidos e onde atividades diversas devem ser desenvolvidas dentro da cadeia de suprimentos. No clima econômico rigoroso de hoje, em que os mercados em expansão são poucos em que os novos concorrentes globais estão acirrando a competitividade, os negócios passaram inevitavelmente a enfatizar, como ponto central, as estratégias que estabelecem uma lealdade de longo prazo com o cliente. O reconhecimento de que o relacionamento com o cliente é a chave para os lucros em longo prazo trouxe consigo a compreensão da importância crucial de estabelecer um serviço diferenciado ao cliente. Como os mercados apresentam cada vez mais característicos do alto consumo, em que os clientes veem pouca diferença entre as características físicas ou funcionais do produto, há vários produtos similares, é através da prestação especial de serviços, que cada organização faz a sua diferença. Um serviço eficaz ao cliente não se consegue somente através de empregados motivados embora isso seja um pré-requisito, mas por meio dos sistemas logísticos que permitam a entrega do produto dentro dos padrões exigidos pelo cliente. Ao longo da história do homem, as guerras têm sido ganhas e perdidas através do poder da logística ou da falta dela. Argumenta-se que a derrota da Inglaterra na guerra da independência dos Estados Unidos pode ser em grande parte, atribuída à falta de logística. O exército britânico na América dependia quase que totalmente da Inglaterra para os suprimentos. No auge da guerra, havia 12.000 soldados no ultramar e grande parte dos equipamentos e da alimentação partiam da Inglaterra. Durante os primeiros seis anos de guerra, a administração destes suprimentos vitais foi totalmente inadequada, afetando o curso das operações e a moral das tropas. Até 1781 eles não tinham desenvolvido uma organização capaz de suprir o exército e aquela altura já era muito tarde. Na segundo guerra mundial, também a logística teve um papel preponderante. A invasão da Europa pelas forças aliadas foi um exercício de logística altamente proficiente, tal como foi a derrota de Rommel no deserto. Entretanto, enquanto generais e marechais dos tempos remotos compreenderam o papel crítico da logística, estranhamente, somente num passado recente e que as organizações empresariais reconheceram o aspecto vital que o gerenciamento logístico pode ter para a obtenção da vantagem competitiva. Em parte, deve-se esta falta de reconhecimento ao baixo nível de compreensão dos benefícios da logística integrada. Existem muitas maneiras de definir o conceito de logística, alguns autores definem como: “A logística consiste em fazer chegar a quantidade certa das mercadorias certas ao ponto certo, no tempo certo, nas condições e ao mínimo custo; a logística constitui-se num sistema global, formado pelo inter-relacionamento dos diversos segmentos ou setores que a compõem. Compreende a embalagem e a armazenagem, o manuseio, a movimentação e o transporte de um modo geral, a estocagem em trânsito e todo o transporte necessário, a recepção,o acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do produto pelo cliente”. ( MOURA, 1998: 51). A logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor” (ALT & MATINS, 2000: 252). A logística empresarial é o processo de planejamento, implementação e o controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias-primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente. (BALLOU, 1998:42). O marketing moderno considera a distribuição uma das fases mais críticas dos negócios. Dela depende parte importante da qualidade percebida pelo cliente, isto é, o que ele sente ao comparar sua satisfação com suas expectativas. Confiabilidade de entrega é fruto do recebimento da mercadoria no prazo correto, com embalagem correta, sem danos causados pelo transporte e erros no faturamento, e com o suporte de um serviço de atendimento ao cliente que resolva seus problemas com presteza e urbanidade, estes são eficazes instrumentos no chamado marketing de relacionamento. A distribuição começa na fabrica do fornecedor e termina nas mãos do cliente final. Como os bens estão em constante movimento nesse ínterim, devemos identificar em cada estagio como eles se movimentam (o modal de transporte) e quem faz a movimentação (o operador de transporte). A distribuição física representa um custo significativo para a maioria dos negócios, impactando diretamente na competitividade, de acordo com sua velocidade, confiabilidade e controlabilidade (capacidade de rastreamento e ação), ao entregar aos consumidores dentro do prazo. 7. PROCESSAMENTO DE PEDIDOS. GESTÃO DE TRANSPORTES E OPERADORES LOGÍSTICOS Ao definir uma política de canais de distribuição, cria-se para a organização logística uma missão, pois cabe à logística o papel de operacionalizar esta política. Portanto, a estrutura de um sistema logístico deve ser projetada a partir do estabelecimento de sua missão, que resulta da formalização dos tipos e níveis de serviços a serem oferecidos aos diferentes canais e segmentos de clientes. A montagem de um sistema logístico, por outro lado, compreende cinco componentes básicos: transporte; armazenagem; estoque; processamento de pedidos e informações, e produção / compras. Dentro do conceito de logística integrada, o papel da organização logística é atender os níveis de serviços estabelecidos pela estratégia de marketing ao menor custo total de seus componentes, ou seja, ao menor somatório dos custos dos componentes. Importante chamar atenção para os trade-offs existentes entre os componentes do sistema logístico. A existência destes trade-offs exige uma coordenação / integração entre os diversos componentes. O sistema de processamento de pedidos e de informações, em uma empresa avançada em logística, faz uso intensivo de tecnologias de informação, e é considerada a base para a coordenação / integração. Este papel de coordenação coloca o sistema de processamento de pedidos como nervo central do sistema logístico. Um sistema de processamento de pedidos bem projetado permite um comando centralizado dos fluxos de informação e materiais. Sistemas logísticos se compõem de fluxos de informações e de materiais, onde os fluxos de informações acionam e controlam os fluxos de materiais. Portanto uma maneira bastante prática de melhor entender o ciclo do pedido e o sistema de processamento de pedidos, é examinar os fluxos de informações e materiais, ou seja, as atividades que ocorrem desde o instante em que o cliente decide considerar a possibilidade de efetuar um pedido, até o momento em que recebe este pedido e efetua o pagamento. A primeira etapa, normalmente denominada de preparação do pedido, tem início a partir da identificação de uma necessidade de aquisição de produtos ou serviços, e se completa com a seleção de potenciais fornecedores. A identificação da necessidade pode ser provocada pelos mais variados estímulos: a visita de um vendedor; a consulta a um catálogo; a leitura de um anúncio em jornal ou revista; a exposição a um anúncio de TV ou rádio; o recebimento de uma mensagem via internet ou a identificação de que chegou o momento de repor estoques. O desenvolvimento da Internet vem possibilitando um enorme avanço desta primeira etapa do ciclo do pedido, pois amplia e agiliza as atividades de identificação de fornecedores e acesso ás informações sobre as características dos produtos e serviços oferecidos. Uma vez decidida à aquisição dos produtos ou serviços, tem início a segunda etapa do ciclo, ou seja, a transmissão do pedido para o fornecedor. Anteriormente ao desenvolvimento dos modernos sistemas de comunicação, esta etapa se caracterizava pela lentidão e alta suscetibilidade a erros. Isto porque os pedidos eram formalizados através do preenchimento de formulário em papel, e o envio dos mesmos, através dos vendedores, ou via postal. O desenvolvimento dos telefones e dos call centers, assim como dos computadores portáteis e da Internet, vem causando uma revolução nesta etapa do ciclo do pedido. Esta revolução impacta diretamente a facilidade e a velocidade com que os pedidos são formalizados e transmitidos, assim como os erros que se reduzem em consequência da diminuição do número de intervenções humanas no processo. Se no passado o tempo de preparação e transmissão era medido em dias ou semanas, hoje, com o uso dos modernos sistemas de comunicação, e em especial da Internet, o tempo pode ser medido em minutos, trazendo enorme agilidade ao processo logístico. A terceira etapa, que ocorre após o recebimento do pedido por parte do fornecedor, consiste na entrada do pedido no sistema de processamento. Em geral esta etapa exige a digitação dos dados do pedido no sistema, a fim de que se possa dar início ao processamento do mesmo pelo fornecedor. Nos casos em que o pedido é efetuado via Internet, esta etapa tende a ser automatizada, dispensando o processo de digitação. Após a entrada do pedido, diversas verificações e decisões precisam ser efetuadas, antes que o pedido seja confirmado, e a expedição do mesmo seja autorizada. Duas das mais importantes verificações que necessitam ser feitas, dizem respeito à disponibilidade de estoques e a confirmação do crédito do cliente. Nos casos de produtos feitos por encomenda, a verificação da disponibilidade de estoques é substituída pela verificação do status da programação de produção. A estimativa da data de entrega deve ser calculada durante esta fase, com base na disponibilidade atual de estoques, nos pedidos pendentes e no status da produção. Uma vez confirmada à existência de crédito e a disponibilidade de estoque pode ser dada a partida nas atividades físicas de separação, embalagem e expedição do pedido. Paralelamente a estas atividades físicas de movimentação de materiais, torna-se necessário programar o transporte e emitir a documentação legal, envolvendo o conhecimento de cargas e nota fiscal. O ciclo se completa com o transporte e entrega da mercadoria, e o pagamento da nota fiscal por parte do cliente. Embora o sistema de processamento de pedidos esteja cada vez mais automatizado e sofisticado, ele não é totalmente imune a problemas durante o ciclo do pedido. Na verdade, se verifica com relativa frequência a ocorrência de três tipos de problemas durante o ciclo do pedido: · Percepções conflitantes, entre clientes e fornecedores, sobre o real desempenho do ciclo do pedido; · A ocorrência de variabilidades significativas nos tempos do ciclo; · flutuações exageradas da demanda ao longo do tempo. 8. CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS Ao ouvirmos a palavra tecnologia, em geral a associamos com algo intangível incorporado a entidades concretas, a bens físicos, como máquinas, ferramentas e produtos químicos. Na realidade, a tecnologia abrange bem mais do que isso, ela é o corpo de conhecimentoscom o qual a empresa conta para produzir produtos e serviços. Então, da mesma forma que temos de gerenciar materiais, patrimônio, recursos humanos e de capital, temos de gerir o conhecimento dentro das empresas. Isso significa saber como ele é adquirido, como se aprimora e como é transmitido, aplicado e preservado. O principal da tecnologia de produto para o administrador é conhecer a dinâmica de seu lançamento e quanto é importante para a realização, execução dos objetivos estratégicos da empresa. Seu relacionamento com o produto já lançado é um estudo sobre gestão da cadeia de suprimento (supply chain management). A Tecnologia de Informação (TI) veio a este mercado tão competitivo para somar. E hoje é um dos componentes mais importantes do ambiente empresarial, sendo essencial para os três níveis da empresa (estratégico tático e operacional). (ALBERTIN; ALBERTIN. 2009) ressalta que o uso da TI deve estar relacionado com as necessidades da empresa, de forma que contribua para seu desempenho e lucratividade. A TI está enriquecendo todo o processo organizacional, auxiliando na otimização das atividades, facilitando a comunicação e melhorando o processo decisório. Conforme (BEAL. 2009, p.78) lembra que “por muito tempo a TI foi considerada um “centro de custo” que a princípio não gerava qualquer retorno para o negócio”. Mas com a crescente redução do custo dos computadores e redes de comunicação, aliada ao aumento da facilidade de uso desses equipamentos, fez com que as organizações passassem a dispor de uma infraestrutura de TI cada vez mais completa e complexa, com capacidade de uso não apenas na automação de tarefas, mas no processamento e acesso a dados e informações, controle de equipamentos nos processos de trabalho e na conexão de pessoas, funções, escritórios e organizações. Para isso, a organização precisa fazer uso da informação, sabendo identificar qual a serve para usufruir de maneira adequada. Já alertava Beal (2009) que a informação é um patrimônio, ela agrega valor à organização. Não se trata de um monte de bytes aglomerados, mas sim de um conjunto de dados classificados e organizados de forma que uma pessoa ou uma empresa possa tirar proveito. A informação é inclusive um fator que pode determinar a sobrevivência ou a descontinuidade das atividades de um negócio. Para um entendimento sobre o que vem ser a Tecnologia da Informação (TI), podemos defini-la como um conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação. Na verdade, as aplicações para TI são várias – elas estão ligadas às mais diversas áreas - que existem várias definições e nenhuma consegue determiná-la por completo. Sendo a informação um bem que agrega valor a uma empresa ou a um indivíduo, é necessário fazer uso de recursos de TI de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial competitivo (ALBERTIN; ALBERTIN, 2009). Além disso, é necessário buscar soluções que tragam bons resultados, mas que tenham o menor custo possível. O ambiente empresarial está mudando continuamente, tornando-se mais complexos e menos previsíveis, e cada vez mais dependentes de informação e de toda a infraestrutura tecnológica que permite o gerenciamento de enormes quantidades de dados. A tecnologia está gerando grandes transformações, que estão ocorrendo a nossa volta de forma ágil e sutil. É uma variação com consequências fundamentais para o mundo empresarial, causando preocupação diária aos empresários e executivos das corporações, com o estágio do desenvolvimento tecnológico das empresas e/ou de seus processos internos. A convergência desta infraestrutura tecnológica com as telecomunicações que aniquilou as distâncias está determinando um novo perfil de produtos e de serviços. Nesse contexto, a gestão da informação centrada em aspectos organizacionais e não meramente tecnicistas se destaca fortemente. McGee e Pruzak (apud Rech, 2001, p. 20) reconhecem que “o gerenciamento da informação é um fator de competitividade”. 7. CONCLUSÃO Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais. Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela participam. Fica claro então que o objetivo primordial da Administração recursos materiais e patrimoniais é determinar o que, quando e quanto adquirir para estocar ou já distribuir aos subsetores que farão uso destes insumos. Sem dúvida é necessário que o gestor de materiais faça uma administração eficaz dos sistemas. É fundamental balancear os objetivos distintos dos subsetores e coordenar os fluxos assegurando que o local certo receberá o material correto no tempo exato. O bom planejamento do gestor público e também do privado quanto a origem de sua matéria prima, os preços praticados na compra, a conservação de forma geral do maquinário se torna imprescindível para o sucesso de seu negócio. BIBLIOGRAFIA Albertin, A. L. (2009). Administração de informática: funções e fatores críticos de sucesso (5a ed.). São Paulo: Atlas. ALT, Paulo Renato; MARTINS, Petrônio G. 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