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FISIOTERAPIA HOSPITALAR SEGUNDO SEM�TRE DE 2022 TAINA DE SOUZA LOP� 25 de Julho de 2022 Esta atividade tem por objetivo descobrir quais dispositivos utilizados no ambiente hospitalar vocês já conhecem, além de apresentar outros dispositivos a vocês. Pesquise e descreva 3 vias alimentares, incluindo indicações, benefícios e riscos: Podemos administrar via oral (boca), retal (ânus), sublingual (embaixo da língua), injetável (intravenoso), dermatológica (pele), nasal (nariz) e oftálmica (olhos), dentre outras. Se subdividem em dois grandes grupos: a via enteral e a parenteral. Enteral vem do grego enteron (intestino): VIAS ORAL, SUBLINGUAL E RETAL Parenteral vem de para (ao lado), mais enteron (intestino): VIAS INTRAVENOSA, INTRAMUSCULAR, SUBCUTÂNEA, RESPIRATÓRIA E TÓPICA, entre outras. 1 VIA ORAL A indicação dessa via seria utilizada quando a alimentação convencional não é suficiente para atender às necessidades nutricionais. Isso pode acontecer, por exemplo, por dificuldades alimentares, processo cirúrgico ou até mesmo doenças que acabam alterando o comportamento alimentar. efeito local (trato gastrointestinal) ou sistêmico (após ser absorvida pela mucosa do intestino e atingir o sangue). Os benefícios seriam reduzir complicações como infecções e diminuir significativamente as internações hospitalares. Forma menos invasiva. Os riscos seriam na administração de pacientes inconscientes , que tenham dificuldade de deglutir, apresentam náuseas e vômitos. Obs: O período recomendado de jejum para pacientes internados para realização de cirurgia é de 6 horas para sólidos e até 3 horas para líquidos antes da indução anestésica, naqueles sem comprometimento no tempo de esvaziamento gástrico.A dieta pode ser iniciada imediatamente após a cirurgia. Em cirurgias abdominais, a realimentação deve ser precoce, em até 24 horas de pós-operatório, por via oral ou enteral. 2 VIA ENTERAL - INTRODUZIR UMA SONDA NO ESTÔMAGO, JEJUNO OU DUODENO ATRAVÉS DA PASSAGEM NASAL/OROGÁSTRICA. A indicação é em pacientes que apresentam trato gastrointestinal em funcionamento mas impossibilitados de receber alimentação por via oral tem a indicação de nutrição enteral, diante da estabilidade hemodinâmica para o início da terapia nutricional. ● Anorexia prolongada. ● Desnutrição protéico-calórica grave ● Coma ou sensório deprimido. ● Falência hepática ● Inabilidade de alimentação oral decorrente de traumas na cabeça ou no pescoço. ● Doenças críticas (p. ex., queimaduras que causam estresse metabólico). Outras indicações são preparo para cirurgia intestinal em pacientes críticos ou desnutridos, fechamento das fístulas enterocutâneas e adaptação do intestino delgado após ressecção intestinal maciça ou em doenças que podem causar má absorção (p. ex., doença de Crohn). Os benefícios seriam a preservação da natureza fisiológica da alimentação e principalmente por buscar manter íntegro um dos maiores órgãos de defesa: o intestino. Os riscos relacionados com a sonda: ● Presença da sonda - Dano no nariz, faringe ou esôfago e sinusite ● Obstrução do lúmen da sonda - Dieta inadequada ● Deslocamento da sonda gástrica intracranialmente - Trauma cerebral, infecção ● Deslocamento das sondas oro e nasogástrica para a árvore brônquica - Pneumonia ● Deslocamento da gastro ou jejunostomia - Peritonite Os riscos relacionados com a fórmula: Intolerância a um dos nutrientes principais da fórmula - diarreia, desconforto gastrointestinal* (redução da distensão do estômago em virtude da falta de alimentação,e distensão decorrente do volume da dieta e diminuição do esvaziamento gástrico ocasionado pela disfunção do piloro); náuseas, vômitos, isquemia mesentérica (ocasionalmente). 3 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/desnutri%C3%A7%C3%A3o/desnutri%C3%A7%C3%A3o-energ%C3%A9tico-proteica-dep Outros riscos relacionados à fórmula: Refluxo da sonda enteral ou dificuldade com secreções orofaríngeas - Aspiração Outros riscos seriam a limitação ao uso de medicamentos vasoativos, o que resulta em diminuição do fluxo sanguíneo no intestino. Isso pode provocar distensão abdominal, paresia ou diminuição da peristalse intestinal (movimento de contração do tubo digestório) e, em alguns casos mais graves, levar à completa disfunção ou imobilidade do intestino, o que o torna inapto para receber qualquer alimento, mesmo sendo líquidos e por sonda. A alimentação enteral também é contraindicada em casos de perfuração intestinal, obstrução intestinal, distensão abdominal severa e necrose intestinal, sendo que o choque intestinal impede a utilização desse procedimento. ACESSOS E DISPOSITIVOS EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL Devem ser adotados critérios de seleção para dispositivos enterais de curto e longo prazo de acordo com a previsão do uso da terapia nutricional enteral, além de fatores como alterações anatômicas, disfagia persistente, gastroparesia e alterações neurológicas. Os de curta permanência são para o período inferior a 4 semanas de uso e o de longa permanência acima desse período. O período determinado baseia-se na durabilidade da sonda e pela possibilidade de ocasionar erosão das narinas e sinusite. Portanto, é importante considerar a previsão de uso da dieta enteral, as condições clínicas do paciente, tolerância da nutrição enteral e riscos de broncoaspiração. 4 VIA PARENTEREAL - SISTEMA VENOSO Só deve ser utilizada para preencher a lacuna calórica quando a nutrição enteral for inviável ou insuficiente para garantir a energia e proteína necessárias. Assim, a nutrição parenteral permite a manutenção da homeostase, pelo suprimento de aminoácidos e calorias. A nutrição parenteral parcial fornece somente parte das necessidades nutricionais diárias, suplementando a ingestão oral. A nutrição parenteral total: supre todas as necessidades nutricionais diárias. Pode ser utilizada tanto em hospitais como em domicílio. Como as soluções de NPT são concentradas, pode ocorrer trombose das veias periféricas, sendo necessário acesso venoso central. ● Causa mais complicações. ● Não preserva a estrutura e a função do trato gastrintestinal. ● É mais cara. A NPT só deve ser indicada para pacientes com trato gastrintestinal não funcionante ou que apresentam distúrbios que requerem repouso intestinal, como: ● Alguns estágios da colite ulcerativa ● Obstrução intestinal ● Determinados distúrbios gastrointestinais pediátricos (p. ex., anomalias congênitas, diarreia prolongada, sejam quais forem suas causas) ● Síndrome do intestino curto decorrente de cirurgia. Os riscos por complicações associadas a cateteres venosos centrais: (comum) ● Lesão da artéria carótida - Sangramentos, Comprometimento Respiratório, Neurológico (AVE) ● Perfuração de pleura ou de pulmão - Pneumotórax ● Perfuração da veia resultante em extravasamento - Comprometimento Hemodinâmico 5 ● Lesão da artéria subclávia, carótida ou femoral - comprometimento vascular do membro, hemotórax, comprometimento hemodinâmico ● Trombose - Edema nos Membros, Embolia Pulmonar Os riscos por complicações associadas a cateteres venosos centrais: ( MENOS comum): ● Embolia aérea e arritmias - Parada Cardíaca ● Lesão do plexo braquial - Comprometimento de um Membro ● Erosão de cateter - Comprometimento Hemodinâmico ● Infecção - Sepse ● Lesão de clavícula, arco costal ou vértebra - Osteomielite ● Lesão de cinfáticos - Quilotórax Pesquise e descreva, incluindo indicações e riscos: A) ACESSO PERIFÉRICO: As indicações de obtenção de acesso venoso periférico incluem: ● administração intravenosa de drogas e fluidos, ● transfusão de hemoderivados ● todas as outras situações em que o acesso direto à corrente sanguínea é necessário, como durante a realização de cirurgias e os cuidados de emergência. O acesso venoso periférico proporciona uma via satisfatória para a administração de fluidos e drogas durante a RCP e o tratamento do choque, desde que seja estabelecido rapidamente em veias degrosso calibre. As contraindicações relativas da inserção de um cateter em veia periférica em um determinado local são: ● infecção ● flebite ● esclerose de veias 6 ● infiltração intravenosa prévia ● queimaduras ou lesões traumáticas proximais ao local de inserção ● fístula arteriovenosa no membro e procedimento cirúrgico afetando o membro. ● Em situações em que ocorre vasoconstrição intensa, como (desidratação grave, choque e parada cardiorrespiratória) B) ACESSO CENTRAL - O cateter venoso central tem um comprimento e uma largura maior do que os cateteres periféricos comuns usados nas veias de locais como o braço, e são desenvolvidos para serem introduzidos em grandes veias do corpo, como a subclávia, localizada no tórax, a jugular, localizada no pescoço, ou a femoral, localizada na região inguinal. Indicações: ● Manutenção de uma via de infusão de soluções ou medicações; ● Nutrição parenteral prolongada; ● Quimioterapia; ● Reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia; ● Estimulação cardíaca artificial temporária; ● Acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins. ● Facilitar a manutenção de um acesso venoso por longos períodos, evitando a realização de múltiplas punções; ● Administrar medicamentos que podem provocar irritação quando ocorre extravasamento a partir de um acesso venoso periférico, como vasopressores ou soluções hipertônicas de bicarbonato de sódio e cálcio; ● Permitir uma monitorização hemodinâmica, como a medida da pressão venosa central e coleta de amostras de sangue; ● Fazer hemodiálise, em situações de urgência ou quando ainda não se instalou a fístula arteriovenosa. ● Realizar transfusão de sangue ou de hemocomponentes; 7 ● Permitir uma nutrição parenteral, quando não é possível a alimentação através do trato gastrointestinal. Contra-indicações: ● Discrasias sanguíneas graves, anticoagulação terapêutica; ● Endarterectomia de carótida ipsilateral; ● Tumores cervicais ou aqueles com extensão intravascular para o átrio direito. Locais de inserção do acesso venoso central : ● Veia jugular interna; ● Veia subclávia; ● Veia femoral; ● Veia jugular externa; ● Veia antecubital C) ACESSO DE HEMODIÁLISE - A hemodiálise é um tratamento para a insuficiência renal que tem o objetivo de filtrar o sangue, retirando dele substâncias tóxicas que se acumulam pelo não funcionamento dos rins. O sangue é aspirado e levado a uma máquina, onde passa por dispositivos filtradores (que funcionam como um rim artificial) e depois é devolvido ao paciente. Para que a hemodiálise seja eficiente, é necessário que um grande volume de sangue passe rapidamente pela máquina. Para que o organismo consiga fornecer esse volume adequado, é necessário um acesso para hemodiálise que permita esse alto fluxo de sangue seja aspirado e devolvido ao organismo, simultaneamente. É um cateter calibroso inserido diretamente em uma veia profunda do paciente até uma posição central, ou seja, com a ponta chegando próximo ao átrio direito (a câmara cardíaca que recebe todo o nosso retorno venoso). Estes cateteres possuem duas vias, uma delas para aspirar o sangue e a outra para, simultaneamente, devolvê-la ao paciente após ser filtrado pela máquina. Para simplificar, podemos dividi-los em dois grandes grupos: os cateteres de curta permanência e os cateteres de longa permanência semi-implantáveis.Os cateteres de curta permanência costumam ser usados para pacientes com insuficiência renal aguda ou na necessidade de uma hemodiálise de urgência. 8 Sua inserção é mais simples: uma veia profunda, geralmente no pescoço, é puncionada com auxílio de ultrassonografia e o cateter é inserido diretamente na veia. A porção externa do cateter apresenta duas vias: uma para aspirar o sangue e a outra para devolvê-la ao paciente.Caso o paciente recupere sua função renal, este o cateter de curta permanência é retirado. Porém, caso o paciente não recupere a função do rim, um outro tipo de acesso de hemodiálise será necessário para o tratamento em longo prazo. Neste caso, temos duas opções: o cateter de longa permanência semi-implantável (Permcath) e a fístula arteriovenosa, sendo ambos os procedimentos realizados em centro cirúrgico, geralmente com o paciente sob sedação e anestesia local. O Permcath é um cateter de hemodiálise também inserido em uma veia profunda (geralmente no pescoço do paciente) com sua extremidade ao nível do átrio do paciente, porém, diferente do cateter de curta permanência, é confeccionado um túnel abaixo da pele (tecido subcutâneo) por onde passa o cateter antes de ser exteriorizado. Sua vantagem é que seu uso pode ser realizado imediatamente após a inserção.Contudo, em longo prazo, é um acesso de menor durabilidade em relação à fístula arteriovenosa e com maiores taxas de complicações (como entupimentos do cateter, infecção do dispositivo devido sua manipulação frequente, entupimentos parciais ou completos das veias profundas devido à presença de um “corpo estranho” em seu interior). D) PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA (PAI) - Inserção de um cateter em artéria periférica, por meio de punção percutânea, conectado a um transdutor de pressão, para obter a monitorização da pressão arterial sistêmica (sistólica, diastólica e média). Indicações: ● Intra e Pós-operatório de grandes cirurgias graves com instabilidade hemodinâmica (em choque; em uso de drogas vasoativas e outros) ● Pacientes com complicações ventilatórias ● Pacientes com rigoroso controle da pressão arterial sistêmica ● Pacientes críticos em posição prona Contraindicações/Restrições: ● Teste de Allen insatisfatório (punção em artéria radial) 9 https://baraovascular.com.br/todos-os-tratamentos/ ● Ausência de pulsos ● Após três tentativas de punção percutânea sem sucesso ● Coagulopatias ● Uso de anticoagulantes e trombolíticos ● Aterosclerose avançada ● Presença de Fenômeno de Raynaud ● Tromboangeíte obliterante / Doença de Buerger ● Membro lateral à mastectomia, ou com paresia/plegia e/ou com fístula arteriovenosa Pesquise e descreva, incluindo indicações e riscos: A) DRENO DE TÓRAX: O dreno torácico é um sistema de drenagem que remove líquidos e ar da cavidade torácica, colocado após a cirurgia de tórax.O tubo é muito utilizado no pós-operatório de procedimentos médicos, como a cirurgia torácica e cardíaca. A inserção de um dreno de tórax é indicada em condições específicas. O tubo é colocado normalmente em pacientes que passaram por operações na região do mediastino ou pulmonar. Além dessa condição, os traumas na área do tórax também exigem a introdução do dispositivo. Em muitos casos, a indicação da drenagem torácica acontece com a perda de pressão negativa. Essa diminuição ocorre na área intratorácica e tem como consequência a ausência da função pulmonar. Sendo assim, o colapso do pulmão pode ser parcial ou total, causado pela presença de secreções, fluidos ou ar na cavidade pleural. O hidrotórax é um dos casos que indica a necessidade do dreno torácico. Ela consiste na presença de líquidos na região da cavidade pleural. A existência desses líquidos é ocasionada por diversas condições, como a insuficiência cardíaca, as neoplasias, as infecções e a tuberculose, por exemplo. A concentração de ar no pulmão caracteriza o pneumotórax. Essa condição pode ser uma consequência de doenças pulmonares, tumores, ventilação mecânica e ruptura de “blebs” na região. 10 https://cirurgiatoracicadovale.com.br/pos-operatorio https://cirurgiatoracicadovale.com.br/46n-cirurgia-toracica-minimamente-invasiva Já o hemotórax corresponde ao acúmulo de sangue na cavidade, que pode ser notado no pós-cirúrgico, traumas torácicos, neoplasias ou quando o paciente apresenta uma anticoagulação excessiva. Outra situação que demanda a presença de um dreno torácico é o quilotórax, a presença de quilo na região pleural, que pode ser provocada por anormalidades congênitas, traumatismos no tórax, condições malignas e também por causa da cirurgia torácica.B) SONDA VESICAL: é um tubo fino e flexível que é inserido desde a uretra até à bexiga, para permitir a saída de urina para um saco coletor. Este tipo de sonda é geralmente utilizado em pacientes que não conseguem controlar o ato de urinar, devido a obstruções como hipertrofia da próstata, dilatação uretral ou mesmo em casos em que se pretende realizar exames em urina estéril ou preparar a pessoa para uma cirurgia, por exemplo. Indicações: ● Alívio da retenção urinária aguda ou crônica; ● Controle da produção de urina pelo rim; ● Insuficiência renal pós-renal, por obstrução infra-vesical; ● Perda de sangue pela urina; ● Recolha de urina estéril para exames; ● Medição do volume residual; ● Controle de incontinência urinária; ● Dilatação ureteral; ● Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior; ● Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e exames; 11 https://cirurgiatoracicadovale.com.br/hemotorax ● Além disso, a colocação de uma sonda vesical também pode ser feita para realizar a administração de medicamentos diretamente na bexiga, em casos de infecções graves, por exemplo. Riscos: O cateterismo vesical só deve ser realizado se for mesmo necessário, porque apresenta um elevado risco de infecção do trato urinário, especialmente quando a sonda não é corretamente cuidada. Além disso, outros riscos incluem hemorragia, formação de cálculos na bexiga e vários tipos de lesões no aparelho urinário, principalmente devido a aplicação de força excessiva na utilização da sonda. 12
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