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Nesta webaula, discutiremos os aspectos regulatórios da produção e do controle de qualidade e veremos quais são os ensaios toxicológicos que precedem o início dos ensaios clínicos e o processo de aprovação de um novo fármaco. Descoberta do fármaco Quimicamente, a molécula candidata a novo fármaco precisa ser selecionada, identi�cada e otimizada. O processo inicial de descoberta do fármaco identi�ca um grupo promissor de moléculas de protótipos que parecem interagir com o alvo de modo desejável. A otimização do protótipo é a fase de descoberta do fármaco na qual as propriedades físicas, químicas e biológicas são caracterizadas e melhoradas para que possa ser feita a escolha de um grupo menor e mais seleto de moléculas que passarão aos testes clínicos. Fonte: Shutterstock. As reações da química orgânica que podem causar a modi�cação molecular das substâncias a serem utilizadas como fármacos são um estudo aprofundado sobre as características químicas e sua relação com o alvo celular. O foco de estudos nessa área concentra-se na química farmacêutica ou química medicinal, sendo uma disciplina quase que exclusiva do curso de farmácia e, por isso, a formação na área farmacêutica tem um nível de especi�cação no conhecimento da estrutura molecular do fármaco e sua estreita relação com o efeito desejado que nenhum outro pro�ssional da saúde apresenta. Produção do fármaco na fase pré-clínica Para que um fármaco possa ser testado, é necessário o desenvolvimento de uma produção em escala su�ciente para suprir a necessidade dos testes em seres vivos – animais e humanos –para ser obtido com alta qualidade. A criação da produção inicial, mesmo que em pequena quantidade, deve seguir os padrões de Boas Práticas de Fabricação (BPF) de medicamentos determinados pela Anvisa, ou por outros critérios internacionalmente aceitos e validados, que regulam o manejo da qualidade e o controle de todos os aspectos da produção de fármacos. Farmacologia Avaliação e aprovação reguladora para novos fármacos Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Teste de toxicologia na fase pré-clínica Os estudos de toxicidade são efetuados com o objetivo de determinar as condições de segurança, a �m de que possam ser iniciados os testes em seres vivos (animais e, posteriormente, em humanos). Os estudos de segurança propostos em guias da Anvisa incluem: estudos de toxicidade de dose única (Aguda), toxicidade de doses repetidas, toxicidade reprodutiva, genotoxicidade, tolerância local e carcinogenicidade, além de estudos de interesse na avaliação da segurança farmacológica e toxicocinética (Administração, Distribuição, Metabolismo e Excreção – ADME). Fonte: Shutterstock. Ensaios clínicos Os estudos da fase clínica são aplicados em seres humanos e divididos em quatro fases (de I a IV), sendo que, nas fases I, II e III, os testes aplicados darão respaldo para a aprovação do fármaco, com a de�nição prévia do número de participantes, a duração de cada fase e o objetivo claro a ser alcançado. Com as aprovações da Fase III, será iniciada a sua comercialização, que se refere à Fase IV, iniciada após o lançamento do medicamento no mercado para toda a população. Para �nalizarmos os nossos estudos, cabe destacar que as reações da química orgânica que podem causar a modi�cação molecular das substâncias a serem utilizadas como fármacos são um estudo aprofundado sobre as características químicas e sua relação com o alvo celular. O foco de estudos nessa área concentra-se na química farmacêutica ou química medicinal, sendo uma disciplina quase que exclusiva do curso de farmácia e, por isso, a formação na área farmacêutica tem um nível de especi�cação no conhecimento da estrutura molecular do fármaco e sua estreita relação com o efeito desejado que nenhum outro pro�ssional da saúde apresenta. OLIVEIRA, J. R. de; XAVIER, R. M. F.; SANTOS JUNIOR, A. de F. Eventos adversos noti�cados ao Sistema Nacional de Noti�cações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA): Brasil, estudo descritivo no período 2006 a 2011. EEppiiddeemmiiooll.. SSeerrvv.. SSaaúúddee, Brasília, v. 22, n. 4, p. 671-678, dez. 2013. MODESTO, A. C. F. et al. Reações adversas a medicamentos e farmacovigilância: conhecimentos e condutas de pro�ssionais de saúde de um hospital da Rede Sentinela. RReevv.. BBrraass.. EEdduucc.. MMeedd.., Rio de Janeiro, v. 40, n. 3, p. 401-410, set. 2016.