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Nesta webaula, compreenderemos os tipos de receptores e a relação de seu funcionamento no organismo. Receptor do tipo canal iônico É um tipo de receptor que possui uma estrutura transmembrana formada por quatro ou cinco subunidades e que funciona como uma comporta para o controle de entrada e saída de substâncias. A foto mostra um receptor de canal iônico num corte lateral (A) e visto de cima (B), podendo identi�car as subunidades, o local de ligação da acetilcolina (ACh) e o sistema de comporta. Farmacologia Principais tipos de receptores de fármacos Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! Fonte: Rang et al. (2016, p. 31). Receptor acoplado à proteína G É a classe mais abundante de receptores no organismo, sua porção extracelular é a responsável por realizar a ligação com as moléculas ligantes, mudando sua conformação de tal modo que a proteína intracelular (proteína G) associada ao receptor sofre uma modi�cação. As suas três subunidades, a estrutura alfa ( ), quando ativada, dissocia-se das porções beta ( ) e gama ( ), trocando GDP por GTP, originando nesse momento a estrutura -GTP que irá se deslocar pela membrana plasmática interna até encontrar sua estrutura efetora, que irá produzir diferentes segundos mensageiros citosólicos, provocando alguma alteração celular. α β γ Pode-se ver na imagem a estrutura da sequência proteica atravessando a membrana plasmática sete vezes. A proteína G já está ativada e, por isso, a subunidade alfa já está ligada com um GTP e já estão deslocados para a estrutura efetora, a adenilciclase com a produção de um segundo mensageiro, o AMPc que irá ativar a fosfoquinase A para as alterações celulares. Fonte: Golan et al. (2016, p. 10). Receptores acoplados à proteína quinase (enzimas) Esses receptores têm uma estrutura básica que incorpora uma porção de tirosina quinase na região intracelular. Estão incluídos receptores para muitos fatores de crescimento, como o fator de crescimento epidérmico e o fator de crescimento neuronal, e também o grupo de receptores Toll-símiles, que reconhece lipopolissacarídeos bacterianos e tem importante participação na reação do organismo à infecção. O receptor de insulina também pertence à classe dos receptores ligados à proteína quinase, embora possua uma estrutura dimérica mais complexa (RANG et al., 2016). Fonte: Guyoti (2009, p. 13). Receptores nucleares São receptores que regulam a transcrição gênica. Os receptores desse tipo também reconhecem muitas moléculas estranhas, induzindo a expressão de enzimas que os metabolizam (GOLAN et al., 2016). Fonte: Rang et al. (2016, p. 28). Saiba um pouco mais sobre a proteína G e seus receptores acoplados com o estudo do artigo de Moura e Vidal, Transdução de sinais: uma revisão sobre proteína G. E também com a reportagem do Jornal da USP sobre a utilização dos receptores acoplados à proteína G chamada GPCR: por que queremos saber tudo sobre estas proteínas. Para �nalizarmos os nossos estudos, cabe ressaltarmos que o tratamento farmacológico do câncer recebeu signi�cativos avanços nas últimas décadas. A descoberta de vias envolvidas na transdução de sinais desencadeados pela ativação de receptores por seus ligantes nas células tumorais tornou possível a identi�cação e posterior validação de novos alvos terapêuticos do câncer, levando ao desenvolvimento de novas classes de drogas, comumente conhecidas como terapias-alvo. Isso é resultado do crescente conhecimento sobre as estruturas moleculares e vias de sinalização de receptores tirosina-quinase, o que levou ao desenvolvimento de diversas terapias-alvo, incluindo os inibidores de tirosina-quinase (TKIs) e os anticorpos monoclonais (Mabs) (LEITE et al., 2012).
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