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Exame físico abdominal . Antes do exame, lembre-se que…. • O acesso ao corpo do paciente é um privilégio e deve ser tratado com respeito. • A privacidade e o respeito ao paciente devem sempre ser a prioridade do examinador. • Feche as portas, não desnude o paciente ,examine uma região por vez, sempre pedindo autorização para tocar no paciente. • Se você estiver examinando pessoas usando saias, vestidos, o uso de um lençol é muito apropriado, para que não precise levantar toda a roupa. • Estabeleça uma comunicação constante com o paciente, explicando tudo o que você vai fazer durante o exame. • Se o paciente estiver com muita dor, muito nervoso ou muito envergonhado, tranquilize-o de que você está ali para ajudá-lo, que mesmo que certas partes do exame sejam desconfortáveis ou dolorosas, você está fazendo para ajudar a descobrir o que ele tem e ajudar a melhorar seu quadro, a passar a dor. • Sempre lave as mãos antes e depois de tocar no paciente. • Adquira o hábito de prestar atenção às expressões faciais do paciente, ou mesmo de perguntar se está tudo bem, enquanto prossegue no exame físico, pois fontes de dor e preocupações podem ser reveladas. ATENÇÃO para o exame abdominal: - Colocar o paciente em decúbito dorsal com os braços estendidos ao longo do corpo; - Todo o abdome deve �car desnudo (desde a região acima do rebordo costal até a região púbica, mantendo mamas e genitais cobertas); - Durante o exame sempre se deve observar o rosto do paciente para veri�car a presença de dor ou desconforto. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. Topografia abdominal. O abdome pode ser dividido por REGIÕES ou por QUADRANTES. Hipocôndrio Direito: Fígado, parte do Pâncreas e da Vesícula Biliar Epigástrio: Estômago, parte do fígado e cólon transverso Hipocôndrio Esquerdo: Estômago ,Baço e Flexura Esplênica (IG) Flanco Direito: Rim direito, Vesícula biliar, parte do Fígado e cólon ascendente Mesogástrio: Estômago ,Pâncreas e Intestino Delgado Flanco Esquerdo: Rim esquerdo e cólon descendente Fossa Ilíaca Direita: Apêndice Vermiforme, ovário direito Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. Hipogástrio: Bexiga, útero e cólon sigmóide Fossa Ilíaca Esquerda: ovário esquerdo e cólon sigmóide Quadrante Superior Direito: - Maior parte do fígado - Vesícula biliar - Parte do ID e IG - Parte do pâncreas - Parte do Estômago Quadrante Superior Esquerdo: - Baço - Maior parte do estômago - Parte do ID e IG - Parte do pâncreas - Parte do fígado Quadrante Inferior Direito: - Apêndice vermiforme - Parte do ID e IG - Parte do ovário nas mulheres Quadrante Inferior Esquerdo: - Parte do ID e IG - Parte dos ovários nas mulheres Ordem para o exame I. Inspeção II. Ausculta III. Percussão IV. Palpação super�cial e profunda Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. I: Inspeção: I.I: Inspeção Estática: Avalie o tipo de abdome do paciente - Normal ou Atípico ou Plano: normal, pode ser musculoso. - Globoso: diâmetro anteroposterior predomina sobre o diâmetro transverso. Pode ter diversas causas como ascite, obesidade visceral, gravidez, obstrução intestinal,etc. - Em batráquio: Com o paciente em decúbito dorsal há um aumento do diâmetro transverso em comparação com o anteroposterior. O abdome "cai para os lados". - Em avental: abdome cai sobre os membros inferiores como um avental. Causado por um aumento do tecido celular subcutâneo (ex-processo de emagrecimento na obesidade). - Abdome pendular: tem um aspecto semelhante ao abdome em avental, resultando da fraqueza da musculatura do abdome inferior, não estando necessariamente associada à obesidade. - Escavado: parede abdominal retraída. Causado por desnutrição, anorexia, caquexia (perda de tecido adiposo e muscular). - paciente não come ou possui alguma doença hipercatabólica. Avalie a simetria: simétrico ou assimétrico Avalie se há presença de: - Cicatrizes, marcas, retrações, abaulamentos,sinais de sangramento,pulsações, peristaltismo (em pessoas muito magras é possível ver),hérnias, estrias,etc. - Sinais semiológicos de sangramento retroperitoneal: causadas por lesões, traumas, pancreatite, hemoperitoneo, aplicação de heparina e insulina,etc. (descontinuidade na parede abdominal). . Sinal de Cullen: equimose periumbilical. . Sinal de Grey-Turner: equimose em �ancos. Busque por turgência venosa e circulações colaterais: - Presença de vascularização super�cial anormal e exuberante, relacionada a obstáculos na circulação venosa profunda. - Circulação colateral tipo veia porta: hipertensão portal (ex-cirrose) , di�culdade da passagem de sangue das vísceras para a veia porta hepática, fazendo com que o sangue se acumule. OBS: Veia porta = veia mesentérica superior + veia esplênica + veias gástricas Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. - Circulação colateral tipo veia cava: hipertensão na região de veia cava inferior. I.II: Inspeção Dinâmica: - Avalie os movimentos respiratórios. - Busque por movimentos peristálticos visíveis (possível ver quando há aumento do peristaltismo em pacientes magros). - Busque por pulsações pensando em aneurismas de aorta abdominal, artérias renais e ilíacas (por isso é sempre tão importante auscultar essas regiões). - Caso suspeite da presença de Hérnia abdominal peça para que o paciente realize a manobra de valsalva (existem diversas formas de serem realizadas, todas visando o aumento da pressão intra-abdominal. Peça para que o paciente tussa, realize uma abdominal ou sopre com força o dorso da mão). II: Ausculta Abdominal: - Ao contrário dos outros exames, a ausculta abdominal sempre vem antes da palpação e percussão para que se evite de mascarar a condição normal do paciente ao estimular o abdome. - Pode-se auscultar os 4 quadrantes abdominais e também locais de artéria aorta abdominal, artérias renais, artérias ilíacas e femorais. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. - Os sons normais a serem ouvidos são chamados de Ruídos Hidroaéreos (RHA) e ocorrem a cada 5 a 10 segundos sendo de 10 a 12 RHA por minuto. - Ausculte cada quadrante por 15 a 20 segundos. Classi�cação dos ruídos: - Ruídos Hidroaéreos presentes uniformemente nos 4 quadrantes. - Ruídos Hidroaéreos diminuídos, nos 4 quadrantes, nos quadrantes superiores, inferiores, etc. Pode indicar longo período sem alimentação. - Ruídos Hidroaéreos ausentes nos 4 quadrantes, nos quadrantes superiores, inferiores, etc. Pode ser causado por íleo paralítico (refere-se a parada temporária do peristaltismo intestinal. Lembrando que o íleo é a última porção do ID) - é um re�exo de defesa, indica alguma in�amação fora do lúmen gastrointestinal. - Ruídos Hidroaéreos aumentados nos 4 quadrantes, nos quadrantes superiores, inferiores, etc. Pode ser causado por diarréia, obstrução intestinal incompleta (o som estará aumentado do ponto de obstrução para trás e dele para frente não haverá RHA),etc. - in�amação dentro do lúmen gastrointestinal. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. O RHA podem ter variações: - Patinhação: som semelhante ao de se bater o pé na água (splash). Ocorre quando há aumento do conteúdo estomacal como em estase gástrica (acúmulo de resíduos alimentares e secreções dentro do estômago sem haver obstrução na saída gástrica), obstrução de antro e piloro. - Borborigmo: é o "ronco da barriga". Ocorre por grande quantidade de gás. - Ruído Metálico: pode ser comparado ao som de uma moeda ao cair, o som de bater em uma lata. Ocorre em obstruções intestinais incompletas. III: Percussão: - A técnica a ser utilizada é a mesma da percussão cardiopulmonar. - Deve-se percutir os 4 quadrantes e a região periumbilical. - Percuta também para realizar a hepatimetria (avaliação do tamanho do fígado, entre 6 e 12 cm é normal) - pode estar aumentado por problemas extra hepáticos, ex- aumento do pulmão. O fígado pode estar até 2 dedos abaixo do rebordo costal. - Por último percuta o espaço de Traube = espaço em forma de meia lua, que vai do 6º aos 11º espaços intercostais, na linha axilar anterior esquerda e corresponde ao localem que pode-se percutir o baço aumentado ou outra massa presente.Em situações normais usa-se a expressão "espaço de traube livre" que signi�ca que a região está timpânica. - O som normal a ser encontrado é o som Timpânico, mas também pode-se encontrar o som Hipertimpânico (devido ao aumento de gases) e Maciço (nas regiões onde há órgãos como o fígado, ou devido a presença de ascites, fezes, massas, megalias,etc). Manobras e sinais na percussão: I: Sinal de Torres-Homens: percussão dolorosa da borda hepática, sugestivo de abscesso hepático. II: Sinal de Jobert: Hipertimpanismo em região hepática, que indica a presença de perfuração de víscera oca em peritônio livre. III: Manobra da Macicez móvel: usada para pesquisa de ascite (acúmulo de líquido dentro da cavidade abdominal, pode ocorrer por produção excessiva ou problema na absorção- derrame peritoneal). - 1° Paciente �ca em decúbito dorsal e se realiza a percussão do ponto mais alto ao ponto mais baixo do abdome, Caso tenha ascite na parte média haverá timpanismo e nos �ancos macicez. - 2° Paciente �ca em decúbito lateral direito e se percute novamente todo o abdome, a macicez passará para a porção média do abdome enquanto o timpanismo irá para os �ancos. - Isso ocorre pelo deslocamento do líquido ao mudar de posição. IV: Pesquisa do semicírculo de Skoda: Paciente em decúbito dorsal, se realiza a percussão a partir da região mais alta do abdome em direção aos �ancos e a sín�se púbica fazendo um semicírculo. A região central será timpânica e indo para o �ancos se tornará mais maciça. V: Sinal do piparote: Com o paciente em decúbito dorsal pede para que faça uma "barreira" na linha mediana (dividido o abdome em dois com a mão). O examinador então, com a mão não dominante encosta no �anco e com a mão dominante dá-se um peteleco. Caso sinta o peteleco do Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. lado oposto o sinal é positivo para ascite. IV: Palpação: 1° avaliar a resistência da musculatura do paciente: o normal é que esteja relaxada, distensível e �ácida. 2° Avaliar a presença de contrações voluntárias ou involuntárias. Quando voluntárias é possível superar a partir da distração do paciente. 3° Palpação super�cial: palpação feita com a mão espalmada, usando apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos. Veri�car a presença de hipersensibilidade e a tensão abdominal. 4° Palpação profunda: pode ser feita com uma ou duas mãos (uma sobreposta a outra com a mão dominante embaixo). Busca-se presença de massas e hipersensibilidades nos 4 quadrantes, além de avaliar as vísceras (tamanho, forma, consistência, localização, sensibilidade, mobilidade,etc). - Paciente com dor, inicia-se a palpação sempre no lado oposto. - Na inspiração o diafragma desce empurrando os órgãos, por isso palpar fígado e baço na inspiração. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. A palpação pode ser realizada de várias formas, de acordo com o que o examinador melhor se adaptar. Como exemplos: Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. Durante a palpação deve-se lembrar que - Peritônio Parietal = em contato direto com a parede abdominal = mielinizado - Peritônio Visceral = em contato direto com as vísceras = amielinizadas Quando o paciente refere-se a uma dor abdominal generalizada, quer dizer que a in�amação ou infecção no órgão atingiu apenas o peritônio visceral. Quando essa atinge o parietal a dor se torna mais localizada, e é nesse momento que conseguimos por meio das manobras identi�car o local e o possível órgão lesado. - Deve-se lembrar que alguns nervos possuem a mesma região de entrada na medula espinhal e por isso podem gerar dores referidas (ex- paciente com apendicite tendo dor no ombro). > Omento = gordura peritoneal. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. Manobras realizadas durante a palpação Palpação do FÍGADO: Técnica de Mathieu: com os dedos �exionados (em garra/concha) e alinhados no rebordo costal direito,peça ao paciente que inspire profundamente e depois expire. O examinador posiciona os dedos das duas mãos, para baixo, fazendo pressão. Peça ao paciente que inspire novamente e quando ele �zer, a borda hepática é sentida contra a ponta dos dedos. Funciona melhor do que a técnica de Lemos-Torres em pacientes obesos. O fígado não costuma ultrapassar 2cm do rebordo costal. OBS. sempre aprofunde a mão na expiração. Técnica de Lemos-Torres: a mão esquerda deve estar na parte posterior do corpo do paciente, no rebordo costal direito com o objetivo de “suspender” o fígado. A mão direita começa a palpação de baixo para cima. Pede ao paciente que inspire, palpando profundamente,procurando a borda hepática. Além das dimensões do fígado deve-se avaliar: - Borda: �na ou romba - Regularidade da superfície: regular ou irregular - Sensibilidade: indolor ou dolorosa - Consistência: elástica,�rme ou amolecida Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. - Presença de re�uxo hepatojugular: se há presença de turgência na jugular ao comprimir a superfície hepática. Palpação do BAÇO: - Só se irá conseguir palpar o baço em caso de esplenomegalia. Em pessoas saudáveis raramente isso será possível. Manobra de Mathieu-Cardarelli: Paciente deve estar em decúbito lateral direito com a mão esquerda sobre a cabeça e a perna esquerda �etida (posição de schuster). O examinador �ca à esquerda, colocando sua mão esquerda por trás do �anco esquerdo e a mão direita “em garra”, apalpando a região do baço. Também pode ser feita com o paciente em decúbito dorsal. Palpação dos RINS: Com o paciente em decúbito dorsal o examinador coloca sua mão não dominante na parte posterior do �anco do paciente e a mão dominante na região de alojamento renal. Realize a palpação e aguarde, durante a inspiração o polo inferior do rim desce. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. Palpação da VESÍCULA BILIAR: Realiza-se a palpação do ponto cístico (localizado na interseção da linha hemiclavicular com o rebordo costal direito). Com o paciente em decúbito dorsal peça que ele inspire profundamente e expire de forma repetida, faça a palpação profunda. Caso haja processo in�amatório/infeccioso o paciente irá interromper a inspiração de forma súbita (isso ocorre pois à medida que o diafragma se abaixa com a inspiração a vesícula �ca mais próxima do dedo e quando pressionada dói). Ponto cístico Caso ocorra o interrompimento da inspiração chamamos de Sinal de Murphy positivo. Em situações normais a vesícula não é palpável e não causa dor. - Sinal de Courvoisier-Terrier: Vesícula palpável em pacientes ictéricos. Indica neoplasia obstruindo a papila de Vater. Investigação de apendicite: Descompressão súbita no ponto de McBurney: traça-se uma linha da cicatriz umbilical até o ílio (osso da pelve), o ponto de McBurney estará cerca de 2/3 dessa linha, lado direito. Ao realizar uma palpação profunda seguida de descompressão súbita, caso haja dor, indica Sinal de Blumberg Positivo (apendicite). Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. Punho-percussão de Murphy: - Realizada em casos de queixas relacionadas ao trato urinário. - É realizada uma punho-percussão com a mão fechada na região da topogra�a renal, posteriormente.A dor intensa e o “salto” do paciente determinam o sinal de Giordano positivo (infecção/in�amação renal). Antes de realizar é importante apertar entre os ossos da coluna e a musculatura paravertebral para que não ocorra um falso positivo. - Sinal de Rovsing: Busca-se in�amação na região de apêndice cecal. Faz-se uma compressão no cólon sigmóide (lado esquerdo) objetivando deslocamento de uma coluna de ar para distender o ceco,que quando in�amado causará dor intensa. - Sinal do Psoas: irritação do músculo psoas. Pode ser indicativo de apendicite aguda. Coloque o paciente em decúbito lateral direito e realize uma hiper extensão do membro inferior direito. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. - Sinal do obturador : com paciente em decúbito dorsal �exionar o membro inferior direito até o máximo tolerado e realizarrotação interna do quadril. Exemplo de ficha para atendimento . Exame Abdominal: - Tipo de abdome: ( ) Plano/Atípico ( ) Globoso ( ) Avental ( ) Pendular ( ) Batráquio ( ) Escavado - Simetria: ( ) Simétrico ( ) Assimétrico - Circulação colateral: ( ) Presente -Tipo Porta ( ) Presente-Tipo Veia Cava I ( ) Ausente - Equimose: ( ) Presente-Cullen ( ) Presente-Grey Turner ( ) Ausente - Cicatrizes, manchas, lesões: ( ) Presente ( ) Ausente - Ausculta dos quadrantes: 10 a 12 RHA por minuto ( ) RHA presentes ( ) RHA ausentes ( ) RHA aumentados ( ) RHA diminuídos - Ausculta da aorta abdominal, artérias renais, artérias ilíacas e femorais. - Percussão: ( ) Timpânica ( ) Hiper Timpânica ( ) Maciça ° Hepatimetria: linha hemiclavicular direita, normal de 6 a 12 cm ° Espaço de Traube: linha axilar anterior esquerda ( ) Livre ( ) Maciço Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina. ° Sinal de Torres Homens: ( ) Presente ( ) Ausente ° Sinal de Jobert: ( ) Presente ( ) Ausente ° Pesquisa de macicez móvel = Manobra da macicez móvel; Semicírculo de Skoda ou Piparote. - Palpação super�cial: - Palpação profunda: ° Lemos Torres e Mathieu: ° Mathieu Cardarelli: ° Sinal de Rovsing: ( ) Positivo ( ) Negativo ° Sinal de Murphy: ( ) Positivo ( ) Negativo ° Sinal de Blumberg: ( ) Positivo ( ) Negativo ° Sinal de Giordano: ( ) Positivo ( ) Negativo ° Sinal de Psoas: ( ) Positivo ( ) Negativo ° Sinal do Obturador: com paciente em decúbito dorsal �exionar o mi direito até o máximo tolerado e realizar rotação interna do quadril. ( ) Positivo ( ) Negativo REFERÊNCIA Porto e Porto - Semiologia médica 8a edição. Autora: Dayane Santos, estudante de Medicina.
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