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Liderança, poder e autoridade

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DESCRIÇÃO 
As bases de poder e sua relação com a autoridade nas organizações. Teorias 
e tipos de liderança. Práticas da liderança transformadora. 
 
PROPÓSITO 
Aprender sobre a liderança e o contexto em que ela ocorre permitirá ao gestor 
identificar estratégias de intervenção para o alinhamento dos objetivos 
pessoais aos organizacionais. 
 
OBJETIVOS 
 
MÓDULO 1 
Relacionar as bases do poder corporativo com a autoridade dele decorrente 
 
MÓDULO 2 
Explicar os principais pressupostos teóricos dos tipos de liderança 
MÓDULO 3 
Identificar as práticas da liderança transformadora 
 
 
 
MÓDULO 1 
 
Relacionar as bases do poder corporativo com a autoridade dele 
decorrente 
 
INTRODUÇÃO 
Neste módulo, analisaremos diversos aspectos sobre liderança – sobretudo, a 
capacidade de desenvolver tal competência. Você sabe o que significa ser líder 
e o que torna uma pessoa capaz de influenciar outras? 
 
Relembre situações que já viveu. De forma mais específica, pense nas 
pessoas capazes de inspirar outras a agir de determinada maneira. 
 
Líderes influenciam o comportamento dos outros de forma: 
 
 
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NEGATIVA 
 
 
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POSITIVA 
 
Apresentaremos várias situações nas quais a liderança é exercida a partir do 
conceito de poder. 
 
 
PODER E AUTORIDADE 
Você já parou para pensar na palavra organização? 
 
Organizações são sistemas sociais formalmente organizados que buscam 
alcançar objetivos para colher resultados. 
 
Alcançar estes resultados, no entanto, não é algo tão simples quanto parece. 
 
Para entendermos melhor o motivo, precisamos detalhar o conceito de 
organização. 
 
 
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SISTEMAS SOCIAIS 
Toda organização é um sistema social, já que ela é formada por uma reunião 
de pessoas que compõem a sua força de trabalho. Este grupo se relaciona e 
interage para realizar as atividades inerentes ao cargo que ocupam. 
 
 
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FORMALMENTE ORGANIZADO 
Leia o exemplo abaixo: 
 
João chega para trabalhar na hora que decide, desenvolve as atividades da 
sua maneira, não precisa responder a determinado gestor e não tem nenhuma 
meta ou objetivo pra alcançar. 
 
Tal exemplo ilustra um modelo de organização do trabalho que definitivamente 
não é adequado. 
 
É imprescindível organizar o funcionamento da estrutura interna de um negócio 
ou de uma instituição para que os resultados possam ser atingidos. 
 
 
 
ALCANÇAR OBJETIVOS E COLHER 
RESULTADOS 
Todos nós trabalhamos diariamente para alcançar os objetivos propostos. 
 
Quando estes objetivos são atingidos, todos os envolvidos ganham: Pessoas, 
Clientes, Sociedade e Acionistas. 
 
 
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PESSOAS: 
Recebem sua contrapartida salarial pelo trabalho realizado. 
 
 
 
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CLIENTES: 
Ganham o produto ou o serviço desejado dentro do padrão de qualidade 
prometido. 
 
 
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SOCIEDADE: 
Beneficia-se pelo pagamento de impostos que serão transformados em 
serviços para atender às suas necessidades. 
 
 
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ACIONISTAS: 
Recebem o retorno do capital investido. 
 
Tornar isso uma realidade não é uma tarefa fácil. Afinal, há muitas pessoas, 
variáveis, processos e interesses que, se não estiverem alinhados, impedem a 
realização dos objetivos pretendidos. 
 
Quando uma organização não define uma estrutura adequada, a informalidade 
se sobrepõe à formalidade e os problemas começam a aparecer. Quem nela 
trabalha, possui naturalmente um modelo mental próprio construído desde a 
sua infância. Tal modelo depende dos seguintes fatores: 
 
 
 
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Educação 
 
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Religião 
 
 
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Profissão escolhida 
 
 
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Valores consolidados durante a vida 
 
 
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Locais nos quais já trabalhou 
 
Quando, em um mesmo espaço, reunimos pessoas com visões de mundo tão 
diferentes, os conflitos tendem a aparecer. Além disso, os interesses dos 
empregados nem sempre são os mesmos de quem faz parte da gestão. Muitas 
vezes, falta habilidade gerencial para alinhá-los. 
 
A relação entre a organização e seus grupos externos (governo, clientes e 
sociedade) também é permeada por conflitos. Vemos todos os dias na mídia 
problemas dessa natureza em relação à poluição, ao desrespeito ao 
consumido, à sonegação de impostos, etc. 
 
 
PODER 
Relação entre os homens e os grupos dos quais eles fazem parte. Trata-se da 
capacidade de agir de um indivíduo e de determinar o comportamento de outra 
pessoa 
 
 
Até pela sua natureza, a organização é um palco de lutas entre interesses 
divergentes. Tais interesses são geradores de conflitos que precisam ser 
resolvidos pelo uso do poder. 
 
 
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O poder é uma forma de controle social, estabelece a ordem e enfatiza o 
predomínio da vontade de uns sobre os outros. 
 
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Ele é considerado mais efetivo quando consegue evitar ou minimizar o conflito. 
 
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Por isso, é muito importante estudarmos as bases do poder nas 
organizações; entendendo-as, poderemos gerenciar melhor essa coalizão de 
interesses distintos com os quais, enquanto gestores, precisamos lidar 
diariamente. 
Tudo aquilo que eu controlo e me permite manipular o comportamento de 
alguém pode ser considerado uma base de poder. 
 
Cada poder emana um tipo de autoridade, o que não implica 
necessariamente o uso da força ou uma obrigação. 
 
Robbins e Judge (2014) elencaram os tipos mais conhecidos e discutidos 
pela literatura especializada no assunto: 
 
COERÇÃO 
A base do poder coercitivo é o uso da força e da capacidade de uma pessoa 
para punir ou recomendar sanções a outra. 
 
LEGITIMIDADE 
Decorre da posição hierárquica que se detém, estando, em geral, registrada no 
organograma da organização. 
 
RECOMPENSA 
Provém da capacidade de reconhecer os outros, seja por meio de 
recompensas materiais ou sociais. É o reconhecimento de determinado 
comportamento ou meta atingida. 
 
COMPETÊNCIA 
Resulta de competências, conhecimentos e atitudes distintivas que alguém 
possui. Passa-se a ser respeitado por elas. 
 
CARISMA 
Tipo de poder associado a uma imagem altamente favorável, fazendo com que 
os outros acreditem e admirem suas ideias. Possui relação direta com a 
devoção pessoal. 
 
Mas será que as pessoas sabem o que é poder e como ele se manifesta nas 
organizações? 
 
 
 
SABRINA PETROLA 
Mestre em Administração pela Escola Brasileira de Administração Pública e de 
Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV); MBA em Gestão Empresarial – 
FGV Management; e administradora de empresas pela Universidade da 
Amazônia. Atua como docente na área de gestão em cursos de graduação, 
pós-graduação e produção de conteúdo digital. Tem como linhas de pesquisa 
os aspectos comportamentais da gestão de pessoas e educação corporativa. 
Coordena o curso de Administração da Estácio FAP e a realização de 
concursos públicos e processos seletivos do Centro de Extensão e 
Treinamento Empresarial. 
 
 
 
 
 
 
 
Fomos à rua ouvir a opinião da população e a explicação da professora 
Sabrina Petrola sobre os tipos de poder. 
 
 
 
 
MAX WEBER 
Sociólogo alemão que escreveu inúmeras obras de sucesso, como Economia e 
sociedade (1922), além de ter institucionalizado a burocracia. 
 
 
 
TIPOS DE SOCIEDADE E 
AUTORIDADE 
Max Weber categoriza as sociedades e as relaciona com suas respectivas 
autoridades, criando uma tipologia que nos permite entender ainda melhor a 
relação entre poder e autoridade. 
 
Segundo Weber, as sociedades se dividem em: Sociedade Tradicional, 
Sociedade Burocrática e Sociedade Carismática. 
 
 
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SOCIEDADE TRADICIONAL 
O sistema e sua regulação baseiam-se no conservadorismo.A autoridade tradicional é o poder legitimado pela tradição, pelos costumes e 
pelos hábitos de um povo. Ela deriva da crença nas tradições do passado. 
 
A sociedade típica desta autoridade é a medieval, na qual o servo obedece ao 
senhor feudal. 
 
SOCIEDADE BUROCRÁTICA 
Nas sociedades burocráticas, o tipo de autoridade que prevalece é o racional-
legal. As ordens e as normas são justificadas em lei. 
 
Os procedimentos são formais e concretos, estando todos normatizados. Além 
disso, prevalece a obediência dentro de uma rigorosa e sistemática disciplina 
de comando e controle pautada na superioridade técnica. 
 
As organizações públicas são um bom exemplo da burocracia. 
 
Fundamentalmente, a administração burocrática significa o exercício de poder 
baseado no saber. Este é o traço que a torna especificamente racional. 
 
SOCIEDADE CARISMÁTICA 
Prevalece o modelo de autoridade pautado no carisma. A obediência deve-se à 
influência ideológica e à devolução efetiva, que se manifestam por meio da 
identificação com valores, ideias e propósitos comuns. Surge então a figura do 
herói, aquele que respeitamos e adoramos a qualquer preço. 
 
Gandhi é um excelente exemplo de autoridade carismática. 
 
 
 
GANDHI 
Este líder pacifista foi a principal personalidade mundial na luta pela 
independência da Índia, até então uma colônia britânica. Destacou-se no 
enfrentamento dos ingleses por causa de seu projeto de não violência. 
 
 
SAIBA MAIS 
Para conhecer um exemplo de sociedade tradicional, sugerimos que você 
assista ao filme Cruzada . Direção: Ridley Scott. EUA, Reino Unido, Espanha: 
Twentieth Century Fox Film Corporation, Scott Free Productions, 2005. 144 
minutos. 
 
NOVOS MODELOS DE 
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
As conquistas das organizações são um efeito da ação de grandes líderes, 
sejam elas públicas, privadas ou do terceiro setor. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
A ação humana é imprescindível para o alcance dos resultados 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
Ambientes nos quais o poder coercitivo é visto como o único meio exequível 
para alcançá-los estão ficando para trás. O mundo no qual vamos viver, nas 
próximas décadas, aponta uma direção completamente oposta. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
A tendência é que haja uma maior distribuição do poder entre as pessoas que 
fazem parte dos processos de tomada de decisão. 
 
À medida que existe uma maior autonomia para definir os objetivos a serem 
alcançados e a forma de realizar as atividades cotidianas, a coletividade passa 
a estar presente em todos os níveis hierárquicos. 
 
Atualmente, um dos modelos em maior consonância com tal filosofia é aquele 
baseado na holocracia. 
 
Holocracia: Neste sistema, a autoridade e o poder são distribuídos; logo, o 
empoderamento torna-se o núcleo da organização. A cadeia comando-controle 
deixa de ter sentido sob essa perspectiva, já que as decisões são tomadas 
pelas equipes, e não por um gestor que ocupa o topo de uma estrutura 
piramidal, como ocorria no passado. 
 
Na Holocracia, temos: 
 
 
Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por: Gian Corapi 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
1. JOÃO NÃO ENTENDE O MOTIVO PELO QUAL PEDRO, SEU 
COLEGA DE TRABALHO, AINDA QUE NÃO SEJA O GESTOR 
DA EQUIPE, EXERCE PODER SOBRE OS DEMAIS MEMBROS. 
FATO É QUE PEDRO TEM UMA IMAGEM ALTAMENTE 
FAVORÁVEL ENTRE OS COLEGAS, O QUE FAZ COM QUE OS 
OUTROS ADMIREM SUAS IDEIAS E OPINIÕES. O PODER 
EXERCIDO POR PEDRO PODE SER CHAMADO, 
CORRETAMENTE, DE: 
A) Poder de competência. 
B) Poder legítimo. 
C) Poder carismático. 
D) Poder de recompensa. 
 
 
2. UMA EXECUTIVA DO MERCADO FINANCEIRO EXERCE O 
CARGO DE VICE-PRESIDENTE EM UMA CORRETORA DE 
VALORES MOBILIÁRIOS. SUAS DECISÕES SE REFLETEM NAS 
ATIVIDADES DE TODAS AS PESSOAS QUE ESTÃO SOB SUA 
LIDERANÇA. DE ACORDO COM O CASO NARRADO, O PODER 
EXERCIDO POR ELA BASEIA-SE NA(O): 
A) Dependência que ela possui com os acionistas. 
B) Posição que a executiva ocupa na organização. 
C) Experiência vivida em outras organizações. 
D) Carisma demonstrado pela executiva. 
 
 
 
GABARITO 
 
1. João não entende o motivo pelo qual Pedro, seu colega de 
trabalho, ainda que não seja o gestor da equipe, exerce poder 
sobre os demais membros. Fato é que Pedro tem uma imagem 
altamente favorável entre os colegas, o que faz com que os 
outros admirem suas ideias e opiniões. O poder exercido por 
Pedro pode ser chamado, corretamente, de: 
 
A alternativa “C” está correta. 
 
O tipo de poder carismático tem relação direta com a devoção pessoal, 
fundamentando-se na influência e na devoção efetiva por meio da identificação 
com valores, ideias e propósitos. Para saber um pouco mais sobre isso, reveja 
o item “Poder e autoridade”. 
 
2. Uma executiva do mercado financeiro exerce o cargo de 
vice-presidente em uma corretora de valores mobiliários. Suas 
decisões se refletem nas atividades de todas as pessoas que 
estão sob sua liderança. De acordo com o caso narrado, o 
poder exercido por ela baseia-se na(o): 
 
A alternativa “B” está correta. 
 
O poder de legitimidade tem como base o cargo ou a posição ocupada por 
alguém dentro de uma estrutura hierárquica. Para saber um pouco mais sobre 
isso, reveja o item “Poder e autoridade”. 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 2 
 
 Explicar os principais pressupostos teóricos dos tipos de liderança 
 
INTRODUÇÃO 
Os processos de liderança se estabelecem nas mais diversas relações 
pessoais que construímos no: 
 
 Trabalho 
 Família 
 Amigos 
 Esporte 
 Vida pública 
 
Os espaços sociais, afinal, são os campos nos quais é exercida a influência de 
uma pessoa sobre a outra. 
 
É difícil dizer o que torna uma pessoa capaz de exercer uma liderança; 
reconhece-la, contudo, é bem mais fácil. Com certeza, você já ouviu falar da 
história destas pessoas e de seus grandes feitos: 
 
JOANA D’ARC 
1412 A 1431 
Esta mulher ousada e destemida liderou o exército francês na Guerra dos 100 
Anos. 
 
ZUMBI DOS PALMARES 
1655 A 1695 
Grande símbolo da luta contra a escravidão no Brasil, ele liderou milhares de 
pessoas e as organizou no Quilombo dos Palmares. 
 
 
QUILOMBO DOS PALMARES 
Comunidade livre que reunia escravos fugidos de grandes fazendas do 
Nordeste 
 
 
MARTIN LUTHER KING 
1929 A 1968 
Lutando por direitos iguais, King combateu a desigualdade racial nos Estados 
Unidos nos anos 60. 
 
BARACK OBAMA 
1961 ATÉ OS DIAS DE HOJE 
Advogado e político norte-americano, Obama se tornou o 44° presidente dos 
Estados Unidos. Com dois mandatos (de 2009 a 2017), ele é o primeiro afro-
americano a ocupar o cargo. 
 
O que tais figuras históricas poderiam ter em comum que lhes permitia 
influenciar grandes multidões em torno de uma causa? 
 
Seriam características físicas, habilidades de relacionamento ou a energia que 
emanavam? 
 
Para responder a estas questões, abordaremos a seguir as teorias sobre a 
liderança. 
 
 
TEORIA E TIPOS DE LIDERANÇA 
 
1° - TEORIA DOS TRAÇOS DE LIDERANÇA 
Na introdução deste módulo, destacamos quatro grandes líderes de diferentes 
momentos da história mundial. 
 
Eles eram homens e mulheres que, à sua maneira, mudaram o curso dos 
acontecimentos nos locais onde viviam graças à influência que exerciam em 
outras pessoas. 
 
Esta teoria defende que as pessoas já nascem com certos atributos que lhes 
conferem a capacidade de liderar. Segundo Vergara (2005), os traços estão 
divididos em: 
 
1 FÍSICOS 
Análise de aparência, estatura, energia e força física. 
 
2 SOCIAIS 
Envolvem as habilidades interpessoais e administrativas, além da cooperação. 
 
3 RELACIONADOS COM AS TAREFAS 
Englobam a persistência, a persuasão, o grau de iniciativa e o impulso de 
realização. 
 
4 INTELECTUAIS 
Tanto o QI (quociente de inteligência) quanto o grau de adaptabilidade, 
autoconfiança e entusiasmo têm potencial para determinar a capacidade de 
liderar. 
 
EXEMPLO 
Alguém pode demonstrar motivação, energia, autoconfiança, desejo de liderar 
e ambição (algunsdos traços mais comuns nos líderes), mesmo sem exercer 
uma liderança sobre outras pessoas. 
 
Estes traços indicam a capacidade de liderar, mas não a determinam. 
 
2° - TEORIA DOS ESTILOS DE LIDERANÇA 
Uma das teorias mais conhecidas afirma que existem três estilos de liderança: 
 
1 AUTOCRÁTICA 
2 DEMOCRÁTICA 
3 LIBERAL 
 
Você já parou pra pensar em qual estilo de liderança você se encaixa? 
 
1 AUTOCRÁTICA 
Influencia pessoas pelo poder coercitivo que exerce, pela imposição e pela 
força. 
Adolf Hitler – O político alemão foi líder do Partido Nazista desde 1921. 
 
2 DEMOCRÁTICA 
Centrado nas pessoas, busca a participação da equipe na tomada de decisões. 
Trata-se de um líder agregador. 
Luiza Helena Trajano – Empresária brasileira que comanda a rede de lojas de 
varejo Magazine Luiza e outras empresas integradas a sua Holding. 
 
3 LIBERAL (LAISSEZ-FAIRE) 
Líder que dá plena autonomia aos liderados, o que pode ser confundido com 
permissividade. 
Sergey Brin e Larry Page – Após terem se conhecido na Universidade de 
Stanford, apresentaram ao mundo, em 1998, o site de busca mais famoso do 
mundo: o Google. 
 
Após analisar os estilos de liderança, qual você acha que seria o ideal? 
 
AUTOCRÁTICA 
DEMOCRÁTICA 
LIBERAL 
 
AUTOCRÁTICA 
Talvez você tenha pensado que a liderança autocrática é a ideal em todas as 
situações. Afinal, em momentos de crise iminente ou de urgência, como uma 
evacuação do prédio onde você trabalha, exigem uma postura autocrática. O 
líder ordena, os outros obedecem. É preciso colocar ordem no caos, e não 
gerar pânico. Entretanto, isso não é necessariamente verdade para todos os 
casos. 
 
Nós temos inclinações para exercer a liderança de determinada forma, mas 
isso não quer dizer que precisamos agir da mesma maneira em todas as 
situações possíveis. Por exemplo, equipes experientes, e já automotivadas, 
demandam uma liderança liberal que confere maior autonomia de trabalho aos 
colaboradores. 
 
DEMOCRÁTICA 
Talvez você tenha pensado que a liderança democrática é a ideal em todas as 
situações. Afinal, as outras duas são muito extremas: uma impõe medo 
(autocrática), enquanto a outra é tolerante demais, ausente até. Entretanto, 
isso não é necessariamente verdade. 
 
Nós temos inclinações para exercer a liderança de determinada forma, mas 
isso não quer dizer que precisamos agir da mesma maneira em todas as 
situações possíveis. Por exemplo, momentos de crise iminente ou de urgência, 
como uma evacuação do prédio onde você trabalha, exigem uma postura 
autocrática. O líder ordena, os outros obedecem. É preciso colocar ordem no 
caos, e não gerar pânico. 
 
LIBERAL 
Talvez você tenha pensado que a liderança liberal é a ideal em todas as 
situações, pois confere maior autonomia de trabalho aos colaboradores. A 
liderança liberal é adequada para equipes experientes e automotivadas. 
Entretanto, isso não é necessariamente verdade para todos os casos. 
 
Nós temos inclinações para exercer a liderança de determinada forma, mas 
isso não quer dizer que precisamos agir da mesma maneira em todas as 
situações possíveis. Equipes com pouca experiência demandam uma liderança 
mais presente. Nesse caso, uma liderança democrática tende a criar a 
motivação e o engajamento necessários. 
 
A idealização do estilo democrático levou algumas organizações a confinarem 
diretores, gerentes e supervisores em salas de treinamento para que eles 
pudessem, de alguma forma, mudar seu estilo de liderança. 
 
ATENÇÃO 
Embora a teoria dos estilos de liderança não se sustente por ter bases frágeis, 
ela não foi descartada por completo, já que ressalta a existência de variações 
de possibilidade de ação em situações diferentes. 
 
3° - TEORIA SITUACIONAL 
Com base nos estudos de Hersey e Blanchard (apud BATEMAN; SNELL, 
2012), a teoria situacional concentra sua atenção nos liderados, afirmando que 
o sucesso de um líder se baseia na escolha de um estilo adequado para a 
condução de cada equipe. 
 
São os liderados que aceitam ou rejeitam um líder; portanto, o estilo de 
liderança deve adaptar-se para atender às necessidades de cada equipe, 
assim como à sua habilidade e à disposição para realização das tarefas. 
 
As equipes são diferentes em seus níveis de habilidade e disposição. Quanto 
mais autônomas para realizar as tarefas e mais motivadas elas estiverem, 
menos o líder precisará interferir. Por outro lado, quanto menor for a 
capacidade para realizá-las, bem como a motivação delas, maior será a 
necessidade de orientação e acompanhamento dele. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
 
Imagem adaptada de: Modelo de Hersey y Blanchard 
 
 
 
 
 
Imagem adaptada de: Modelo de Hersey y Blanchard 
 
Chegamos então à conclusão de que o grau de maturidade da equipe e a 
situação encontrada definem o estilo de liderança a ser adotado. 
 
Críticos desta teoria, porém, afirmam que ela tem um apelo intuitivo e que suas 
bases não são sólidas para sustentar resultados em longo prazo. 
 
Apesar de nenhuma teoria ter sustentação por si só para explicar a liderança, a 
união das descobertas de cada uma delas possibilitou termos um 
conhecimento sobre alguns aspectos da liderança. 
 
 
 
 
A professora Sabrina Petrola irá comentar sobre a teoria e os tipos de 
liderança concentrando-se em suas principais contribuições. 
 
 
 
TENDÊNCIAS 
As relações entre as pessoas e a organização mudaram. 
 
Neste novo cenário, no qual a transparência das informações, a busca de 
propósitos que encantem e o respeito às diferenças são valorizados, o papel 
exercido pelas lideranças é decisivo para o engajamento de seus 
colaboradores. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
Em um ambiente tão complexo e mutável, a atuação dos gestores deve ser 
pautada por relações baseadas na confiança, na colaboração e no apoio entre 
líderes e liderados. 
 
 
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Hoje em dia, as pessoas não planejam passar a vida toda trabalhando em um 
emprego de que não gostam e fazendo atividades que detestam para um dia – 
quem sabe? – se aposentarem, podendo finalmente curtir a vida e serem 
felizes. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
As gerações mais novas, que já representam metade da força de trabalho no 
mundo, acreditam que o momento de ser feliz é agora. 
 
 
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Elas encaram a vida pessoal e profissional sob a mesma ótica: a busca pelo 
prazer e pela satisfação deve ser feita (e alcançada) nos dois âmbitos. 
 
 
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Seria uma utopia, contudo, afirmar a existência de uma nova teoria sobre 
a liderança capaz de revolucionar tudo aquilo que já se sabe sobre o 
assunto: não temos verdades absolutas. 
 
O fato é que não há fórmula mágica nem receitas especiais para isso. 
 
DICA 
Olhe com atenção as pessoas que estão ao seu redor e tenha interesse 
verdadeiro em torna-las mais realizadas. Dessa forma, você promove um 
impacto positivo na sua equipe e contribui para um ambiente de trabalho mais 
atrativo – feito que somente grandes líderes são capazes de alcançar. 
 
Um dos grandes líderes da atualidade citado neste módulo é o ex-presidente 
dos Estados Unidos Barack Obama. A seguir, o professor Luís Vabo Jr. 
Resume algumas lições de sua palestra ocorrida no Brasil em 2019: 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
“Use seus desafios como um motor para você crescer. 
 
Você pode ser o que você quiser! 
 
Traga para a mesa pessoas com diferentes perspectivas, experiências e 
disciplinas. 
 
Desafie constantemente suas premissas. 
 
Você deve sempre tirar seu ego da frente, independentemente das 
oportunidades que tiver. 
 
É preciso que tenhamos a mentalidade de servir! 
 
O líder deve ser medido pela sua capacidade de servir e empoderar os outros e 
de fazer as pessoas acreditarem que elas são capazes de conquistar seus 
sonhos. 
 
Você é tão bom quanto o time que você construiu.” 
 
 
 
 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. LEIA O CASO HIPOTÉTICO A SEGUIR: 
 
JOÃO NÃO PROMOVE A PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA EQUIPE 
NOSPROJETOS, TOMA SOZINHO TODAS AS DECISÕES 
NECESSÁRIAS E COSTUMA OPRIMIR SEUS SUBORDINADOS, 
ENXERGANDO NELES CONCORRENTES EM VEZ DE 
COLABORADORES. ELE DIFICILMENTE VALORIZA AS 
COMPETÊNCIAS, OS CONHECIMENTOS E OS RESULTADOS 
DOS SUBORDINADOS, ALÉM DE DEFENDER UM AMBIENTE 
DE TRABALHO NO QUAL OS PROFISSIONAIS SÃO 
COBRADOS EXCESSIVAMENTE. 
 
COM BASE NO CASO DESCRITO, O TIPO DE LIDERANÇA 
EXERCIDO POR JOÃO É: 
 
A) Democrática. 
B) Situacional. 
C) Autocrática. 
D) Liberal. 
 
2. A LIDERANÇA É UM PROCESSO SOCIAL NO QUAL SE 
ESTABELECEM RELAÇÕES DE INFLUÊNCIA ENTRE AS 
PESSOAS, UM TEMA EXTRAORDINÁRIO QUE REMETE ÀS 
QUESTÕES MAIS SUBJETIVAS DOS SERES HUMANOS. NÃO É 
POR ACASO, PORTANTO, QUE A LITERATURA SOBRE O 
TEMA SEJA TÃO VASTA, UMA VEZ QUE ELA SE TORNOU 
UMAS DAS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS REQUERIDAS NOS 
NOVOS TEMPOS. O QUE NÃO SE PODE DISCORDAR, NO 
ENTANTO, É QUE O LÍDER: 
 
I.TEM ASSUMIDO NOVOS PERFIS, DEIXANDO DE SER 
CONTROLADOR E PASSANDO A SER FACILITADOR; 
II.PRECISA CULTIVAR A DISCIPLINA E OBEDIÊNCIA ÀS 
ORDENS NA SUA EQUIPE; 
III.DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O NÍVEL DE 
MATURIDADE DA EQUIPE PARA DECIDIR COMO DEVE AGIR. 
 
A) I apenas 
B) I e II 
C) I e III 
D) I, II e III 
 
 
 
GABARITO 
 
1. Leia o caso hipotético a seguir: 
João não promove a participação efetiva da equipe nos projetos, toma 
sozinho todas as decisões necessárias e costuma oprimir seus 
subordinados, enxergando neles concorrentes em vez de colaboradores. 
Ele dificilmente valoriza as competências, os conhecimentos e os 
resultados dos subordinados, além de defender um ambiente de trabalho 
no qual os profissionais são cobrados excessivamente. 
 
Com base no caso descrito, o tipo de liderança exercido por João é: 
 
A alternativa "C" está correta. 
 
A liderança autocrática caracteriza-se pela centralização da autoridade e do 
processo de tomada de decisão. O líder a toma por conta própria e a anuncia 
sem abrir espaço para a discussão de ideias e opiniões, impondo-a aos demais 
membros do grupo. Para saber um pouco mais sobre isso, reveja o item 
“Teoria dos estilos de liderança”. 
 
2. A liderança é um processo social no qual se estabelecem relações de 
influência entre as pessoas, um tema extraordinário que remete às 
questões mais subjetivas dos seres humanos. Não é por acaso, portanto, 
que a literatura sobre o tema seja tão vasta, uma vez que ela se tornou 
umas das principais competências requeridas nos novos tempos. O que 
não se pode discordar, no entanto, é que o líder: 
 
I.Tem assumido novos perfis, deixando de ser controlador e passando a 
ser facilitador; 
II.Precisa cultivar a disciplina e obediência às ordens na sua equipe; 
III.Deve levar em consideração o nível de maturidade da equipe para 
decidir como deve agir. 
 
A alternativa "C" está correta. 
 
O modelo de liderança situacional recomenda a análise das caraterísticas dos 
empregados para determinar o comportamento de liderança mais adequado. 
Cabe ao líder analisar a maturidade, a experiência, a atitude de trabalho e as 
competências dos liderados para definir como ele deve agir. Para saber um 
pouco mais sobre isso, reveja o item “Teoria situacional”. 
 
 
MÓDULO 3 
 
 Identificar as práticas da liderança transformadora 
 
INTRODUÇÃO 
 
“O mais importante ingrediente na fórmula do sucesso é saber como lidar com 
as pessoas.” 
- Theodore Roosevelt 
 
 
THEODORE ROOSEVELT 
Ocupou a presidência dos Estados Unidos em dois mandatos: 1900 e 1904. 
Seu primeiro período no cargo foi notável pelas concessões feitas ao 
movimento progressista. No segundo, reivindicou para o país o direito de 
cobrar dívidas latino-americanas consideradas insolúveis. Em 1906, recebeu o 
Prêmio Nobel da Paz por sua intermediação, um ano antes, na guerra entre a 
Rússia e o Japão. 
 
Fonte: (FRAZÃO, 2018). 
 
 
 
A seguir, o depoimento de uma antiga funcionária da empresa XYZ 
Comunicações, Nathalia Freitas. Você pode ouvir este conteúdo na versão 
online. 
 
“Lembro-me até hoje do dia em que assumi minha primeira equipe como líder. 
Se, alguma vez na vida, senti medo, pavor e angústia ao mesmo tempo, posso 
afirmar que foi no momento em que recebi a notícia da minha promoção. 
 
Em nenhum momento, imaginei que não fosse capaz de conduzir a equipe 
para alcançarmos nossas metas e objetivos; afinal, eu sabia realizar as tarefas 
e ela era muito qualificada. O que me amedrontava, sem dúvida, era o tamanho 
da responsabilidade que eu assumiria com vinte e poucos anos de idade. 
 
A partir daquele momento, eu seria a referência para aquelas pessoas – e eu 
não poderia nunca as decepcionar. Se você já assumiu um cargo de gestão e 
não sentiu nada parecido com isso, certamente é porque a ‘‘ficha ainda não 
caiu’’. 
 
O líder exerce influência sobre todas as atividades da unidade que comanda e 
todas as pessoas que fazem parte de uma equipe. O papel da liderança está 
intimamente ligado ao caminho que elas, juntas, vão seguir e aos feitos que 
vão ou não realizar. Eu me perguntava se seria capaz de inspirá-las a agir de 
forma íntegra e verdadeira, mantendo a garra e a determinação necessárias 
para o alcance dos nossos objetivos comuns. 
 
Eu me preocupava com a forma como eu seria lembrada após ter saído da vida 
daquelas pessoas anos mais tarde. Seria como a chefe implacável, que 
superava todas as metas e não tinha limites morais para chegar a um resultado 
almejado, ou como uma líder corajosa, capaz de inspirar e envolver pessoas 
em torno de objetivos comuns alcançados legitimamente com o apoio de toda a 
equipe? 
 
Quando olho para trás, sinto orgulho das decisões que tomei e do caminho que 
trilhei como líder. Errei inúmeras vezes, mas aprendi com meus erros. Tive 
sabedoria e discernimento para diferenciar os conselhos sábios das tentativas 
de manipulações vindas de pessoas sem caráter. Por fim, entendi que minha 
maior conquista não foram as medalhas e troféus que ganhei representando as 
pessoas com as quais trabalhei, mas a marca que deixei na vida de cada uma 
delas e o que elas se tornaram como profissionais.” 
 
O que você acredita que levou Nathalia Freitas a se tornar uma líder de 
sucesso? 
 
Neste módulo, vamos apresentar algumas práticas da liderança 
transformadora. 
 
O DESAFIO DA LIDERANÇA E O 
PAPEL DO LÍDER COMO AGENTE 
DE MUDANÇAS NA DINÂMICA 
ORGANIZACIONAL 
Liderança, dom ou virtude? 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
Observe que algumas pessoas nascem com alguns dons e habilidades 
especiais que podem ser observados por todos. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
A liderança, no entanto, não é nata como os dons: ela pode, assim como 
qualquer outra virtude, ser desenvolvida. Afinal, é possível estuda-la, aprendê-
la e coloca-la em prática no dia-a-dia, transformando-a em uma competência. 
Este é o desafio de qualquer gestor. 
 
Apresentaremos a seguir as definições de alguns autores sobre liderança: 
 
1 – CORTELLA E MUSSAK 
Cortella e Mussak (2009) a entendem como uma competência construída a 
partir de um horizonte positivo como interação. 
 
Trata-se, portanto, de uma atitude capaz de inspirar alguém, “recreando ou 
divertindo o espírito”. 
 
“O líder comprometido é aquele que traz a alegria para o mundo do trabalho 
sem que essa alegria se transforme em descompromisso, em frouxidão daquilo 
que precisa ser feito”. 
 
- CORTELLA E MUSSAK, 2009. 
 
Para ambos, inspirar é um verbo comum no exercício da liderança. 
 
 
INSPIRAR 
De acordo com o Dicionário Aurélio da língua portuguesa, trata-se de “inserir ar 
nos pulmões: inspirar o ar”, o que significa encher de vida, animação, vontade. 
 
Fonte: (FERREIRA, 2010). 
 
 
 
O que isso significa? 
 
Que os líderes precisam ser uma fonte de energia, vida, direcionamento e 
orientação para seus liderados. Afinal, um trabalho sério não precisa ser triste, 
sem alegria, ou muito menos representar uma falta de compromisso. 
 
Da mesma forma, em relação aos líderes, os autores também defendem: 
 
 
Foto: Shutterstock.com- A posição de estabelecer limites, definindo comportamentos e objetivos 
aceitáveis que devem ser observados por todos. 
 
- Tais limites devem ser negociados e compartilhados para que as pessoas não 
os interpretem como uma ordem ou uma imposição. 
 
2 – BENNIS 
 
“O líder sabe o que quer, comunica essas intenções, posiciona-se 
corretamente e transfere poder à sua equipe de trabalho.” 
 
- BENNIS apud CARVALHAL; FERREIRA, 2001 
 
A definição deste autor contém pontos essenciais que fortalecem a prática da 
liderança: 
 
EMPREENDER 
Empreender para o futuro: O líder deve apontar o futuro, identificando 
oportunidades de negócios. Precisa ser, portanto, um visionário. 
 
COMUNICAR 
Comunicar a intenção: O líder deve indicar o caminho a ser seguido pelos 
membros de sua equipe. 
Você não gostaria de ter um líder que transmitisse a confiança de que as 
decisões tomadas levam a organização para um lugar seguro? Provavelmente, 
você deve ter dito sim. 
 
Diversos livros apresentam as características desejáveis em um líder. 
 
Quando as analisamos em um primeiro momento, percebemos que são muitas: 
dificilmente, alguém seria capaz de demonstrar tal perfil em todas as situações 
às quais fosse exposto. 
 
Essa constatação pode nos levar a uma triste conclusão: é impossível ser um 
líder! 
 
Mas isso não é verdade: NINGUÉM consegue representar um papel de 
super-herói o tempo inteiro. 
 
 
 
A competência da liderança deve ser aprimorada a todo momento, constituindo 
um aprendizado diário. Afinal, líderes não nascem prontos. Ao contrário: eles 
estão em um constante processo de aperfeiçoamento. 
 
 
 
Além disso, ainda que você não reúna todas as características listadas na 
maior parte da bibliografia que discute o assunto, pode muito bem reconhecer e 
aplicar, no dia a dia, práticas fundamentais para legitimá-lo como um excelente 
líder. 
 
ATENÇÃO 
Cargo não é liderança! Você não precisa promover uma pessoa para que ela 
exerça influência sobre as demais. 
 
PRÁTICAS DA LIDERANÇA 
TRANSFORMADORA 
Kouzes e Posner (2018) realizaram uma pesquisa cujo objetivo, a princípio, era 
avaliar o perfil de liderança das empresas que possuíam uma excelente 
performance. 
 
As respostas encontradas foram agrupadas e categorizadas em cinco práticas 
que formam a liderança transformadora: 
 
1. Desafiar permanentemente o processo; 
2. Inspirar uma visão e compartilhá-la; 
3. Permitir que os outros possam agir; 
4. Mostrar o caminho sendo um exemplo; 
5. Encorajar a vontade. 
 
1. DESAFIAR PERMANENTEMENTE O 
PROCESSO 
É preciso compreender que o mundo está em constante processo de mudança, 
mantendo-se atualizado para identificar novas oportunidades no mercado. 
 
É importante abrir-se para um processo de aprendizado contínuo, levantando 
espaços para a dúvida e questionando tanto os processos existentes quanto a 
relação da organização com os seguintes grupos de interesse: 
 
 
 
CLIENTES 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
EMPREGADOS 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
SOCIEDADE 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
A ideia é liberar a mente para o conflito construtivo, a diversidade de ideias e o 
debate entre perspectivas diferentes. 
 
Isso abre espaço na organização para a inovação e muda a lógica da execução 
das atividades. 
 
Trata-se, enfim, de um processo disruptivo. 
 
DISRUPTIVO 
Provoca ou causa a disrupção, interrompendo o andamento normal de um 
processo. Pessoas disruptivas têm a capacidade de romper ou alterar padrões 
consagrados. 
 
 
O que isso significa? Pense fora da caixa. 
 
 
Imagem: Shutterstock.com 
 
Aprenda com as experiências dos outros e os próprios erros, estimulando a 
conexão com conhecimentos já existentes dentro ou fora da organização. 
 
DICA 
A experiência não tem relação apenas com a idade, e sim com a intensidade: é 
tudo aquilo que aprendemos e praticamos, além de indicar como melhoramos 
nossos processos. 
 
Você sabia que a inovação é favorecida nas empresas que estimulam a 
descoberta? 
 
Por isso, exponha-se ao risco calculado! É assim que a economia gira, a 
inovação acontece e o emprego é gerado. 
 
SAIBA MAIS 
Para conhecer um exemplo de liderança transformadora, sugerimos que 
assista ao filme A teoria de tudo. Direção: James Marsh. Reino Unido: 
Universal Pictures, 2014. 123 minutos. 
 
2. INSPIRAR UMA VISÃO COMPARTILHADA 
 
“As pessoas acreditam no líder antes de acreditar na ideia.” 
 
- John Maxwell 
 
 
 
 
JOHN MAXWELL 
Este autor best-seller escreve para publicações como o New York Times, o 
Wall Street Journal e a Business Week. Além disso, Maxwell já vendeu mais de 
vinte e quatro milhões de livros. Fundou ainda a EQUIP e a John Maxwell 
Company, organizações que ajudaram a formar mais de cinco milhões de 
líderes por todo o mundo. 
 
Fonte: (WOOK, 2020). 
 
 
Você já deve ter usado estas duas expressões em seu dia a dia, mas já pensou 
no significado delas? 
 
VISÃO 
A palavra visão significa o estado futuro mental desejado: algo que se 
pretende alcançar no futuro. 
 
COMPARTILHAR 
O verbo compartilhar indica partilhar com alguém. 
 
Ao defendermos que líderes devem inspirar uma visão, estamos dizendo que 
eles precisam: 
 
 
Imagem adaptada de: Círculo Dourado de Simon Sinek 
 
CÍRCULO DOURADO 
Modelo desenvolvido pelo autor britânico-americano e palestrante motivacional 
Simon Sinek para sistematizar um novo método de pensar, agir e comunicar. 
 
Em seu livro Comece pelo porquê, ele apresenta este modelo e explica por que 
algumas organizações e líderes são capazes de nos inspirar, enquanto outros 
não o fazem. 
 
De acordo com Sinek, os líderes e as organizações que nos inspiram precisam 
pensar, agir e se comunicar de dentro para fora do círculo. 
 
Fonte:(MIGRE SEU NEGÓCIO, 2018). 
 
 
 
APONTAR DIREÇÕES 
PARTILHAR ESSA VISÃO COM SEU TIME 
CONTAGIAR A TODOS 
DESCREVER UM FUTURO QUE TODOS POSSAM SEGUIR NA 
MESMA DIREÇÃO. 
 
EXEMPLO 
A campanha da rede de lojas Reserva sobre a gratidão é muito 
interessante. Rony Meisler inspirou em seu time tal postura, compartilhando-a 
não apenas internamente, mas também com toda a sociedade. Isso indica 
liderança, consciência visionária e influência social. 
 
 
 
 
RONY MEISLER 
Fundador e CEO da marca Reserva, ele, em 10 anos, a transformou em um 
grupo com outras três marcas (Reserva, Eva e Reserva Mini), 36 lojas próprias 
e 1500 clientes multimarcas em todo o país. 
 
Fonte:(RESERVA, 2020). 
 
 
 
3. PERMITIR QUE OS OUTROS POSSAM 
AGIR 
Atualmente, já é indiscutível o papel de uma liderança educadora que fomenta 
a aprendizagem da sua equipe e a torna capaz de enfrentar as mudanças. 
 
É preciso estimular verdadeiramente a participação das pessoas em programas 
de treinamento, desenvolvimento e educação, pois são os líderes que 
promovem o espírito de um eterno aprendiz em colaboradores. 
 
EXEMPLO 
A empresária Luiza Helena Trajano, que comanda a Magazine Luiza, reuniu 
em um auditório 120 vendedores. Cada um deles foi escolhido para liderar, por 
quatro meses, a seção de brinquedos de suas lojas. Durante sua palestra, ela 
convocou a plateia a se manifestar, lançando uma pergunta: “O que devemos 
fazer para que a Magazine Luiza venda mais brinquedos neste ano?”. 
Respostas chegaram de todos os cantos do auditório. Ela pediu que cada 
sugestão fosse anotada, discutindo todas elas. Em seguida, passou a falar de 
coisas como valores, ética, atitude no trabalho, família, legado espiritual, 
felicidade, liderança e sucesso. “Este é o primeiro ensaio de liderança de cada 
um de vocês”, afirmou. “E só há uma forma de ter sucesso: tragam toda a 
equipe para o seu lado, sejam empreendedores, peçam ajuda, ajudem, 
acreditem em vocês. Nós acreditamos. É por isso que vocês estão aqui hoje.” 
 
Favorecer e criar espaços que estimulem a aprendizagem em qualquer hora e 
lugar faz parte da agenda de um líder educador. 
 
Afinal, uma atitude proativa de aprendizado permanente torna as pessoas 
preparadas para receberpoder, tomar decisões e assumir novas 
responsabilidades. 
 
PERGUNTE-SE 
Estou aprendendo de forma rápida, acompanhando as mudanças do mercado 
e cuidando do aprendizado daqueles que trabalham comigo? 
 
4. MOSTRAR O CAMINHO SENDO UM 
EXEMPLO 
Leia o diálogo a seguir: 
 
 
 
A que conclusão você chegou? 
 
Determinados comportamentos são socializados pelos membros que compõem 
uma equipe. Eles são aprendidos por meio da observação. 
 
Por isso, é tão importante praticar o que se diz. A maneira como você age pode 
ser um modelo para outras pessoas – entre elas, seus liderados. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
Um ditado diz: “Palavras convencem, mas exemplos arrastam”. 
 
Modelar o caminho dos outros pelo nosso exemplo é ter um discurso coerente 
e alinhado com nossas ações 
 
Não se trata de apenas informar os valores que direcionam o comportamento 
de uma equipe ou empresa, mas também de agir de acordo com eles. 
 
HONESTIDADE 
É um dos principais valores reconhecidos pelos membros de uma equipe. 
Posicionar-se como exemplo, incentivando as melhores práticas de trabalho, 
fará, sem dúvida, a diferença em seu comportamento como líder. 
 
Como você pode ser um exemplo? 
 
1. COLOQUE A MÃO NA MASSA; 
2. CUIDADO COM O QUE VOCÊ DIZ; 
3. RESPEITE A CADEIA DE COMANDO; 
4. OUÇA A EQUIPE; 
5. ASSUMA RESPONSABILIDADES; 
6. DEIXE SUA EQUIPE TRABALHAR; 
7. CUIDE DE SI MESMO. 
 
5. ENCORAJAR A VONTADE 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
O reconhecimento é uma das necessidades do ser humano. Em estudos sobre 
motivação e liderança, vários autores, como Vergara (2005), Bergamini (2013), 
Robbins e Judge (2014), o apontam como um fator essencial para o 
engajamento das pessoas em seu trabalho. 
 
Portanto, cabe ao líder ser criativo a fim de desenvolver ações que, de forma 
autêntica e genuína, reconheçam as contribuições das pessoas, estimulando-
as a entregar mais resultados. 
 
ELEVAR A EQUIPE 
ACOMPANHAR OS RESULTADOS 
CORRIGIR OS ERROS DE PERCURSO 
DIVULGAR AS CONQUISTAS ADQUIRIDAS 
 
Esse encorajamento, sem dúvida, vai aumentar o comprometimento das 
pessoas ao permitir que elas também consigam alcançar seus objetivos e 
sonhos individuais. 
 
O crescimento deve ser coletivo para que os empregados não sintam que 
estão sendo usados. Além disso, com os estímulos corretos, as recompensas 
também servem para reforçar valores e comportamentos alinhados com as 
demandas da organização. 
BOAS PRÁTICAS DE RECONHECIMENTO: 
 
RECONHECIMENTO NAS MÍDIAS SOCIAIS 
Utilize as mídias sociais (Facebook, Twitter ou LinkedIn) para reconhecer seus 
funcionários em um ambiente público. Destaque quem eles são, o que eles 
fizeram e por que sua ação foi importante. 
 
PRÊMIOS POR TRÁS DAS CÂMERAS 
Parabenize as pessoas envolvidas em projetos e ações que não tiveram tanta 
visibilidade, mas que foram essenciais para o seu sucesso. O prêmio pode ser 
uma nota de destaque no jornal interno e/ou no mural da empresa. 
 
BÔNUS COMO PREMIAÇÃO 
Os colaboradores que se destacarem no alcance das metas ganham uma 
viagem como premiação. É importante deixar os critérios bem estabelecidos no 
lançamento da campanha. 
 
ATENÇÃO 
Toda política de reconhecimento deve correlacionar as recompensas às metas 
estabelecidas. Esse processo precisa ser claro e transparente. Por isso, o 
diálogo é fundamental, gerando credibilidade e abertura para comportamentos 
colaborativos e comprometidos com os resultados. 
 
TENDÊNCIAS 
Chefes considerados ditadores fazem parte de diversas empresas, o que leva 
muitas pessoas a desenvolverem, inclusive, doenças no ambiente de trabalho. 
 
Miranda Priestly é uma personagem de ficção do romance The devil wears 
Prada, escrito por Lauren Weisberger. O sucesso do livro de 2003 deu origem 
à película O diabo veste Prada, exibida nas telas de cinema três anos depois. 
 
Interpretada por Meryl Streep, Miranda é mostrada como uma líder autocrática 
que impõe sua vontade de maneira coercitiva. Sem mais spoilers, pode-se 
afirmar que este filme oferece uma verdadeira aula de liderança. 
 
Alguns fatores realmente desencadeiam sentimentos negativos e, 
consequentemente, infelicidade. São eles: 
 
DESAFIOS DESESTRUTURADOS; 
FALTA DE TRANSPARÊNCIA; 
AUSÊNCIA DE INCENTIVO AO APRENDIZADO; 
AUTONOMIA EM EXCESSO SEM QUALIFICAÇÃO 
NECESSÁRIA, O QUE GERA ANSIEDADE E ESTRESSE; 
INEXISTÊNCIA DE PROGRAMAS DE RECONHECIMENTO POR 
MÉRITO. 
 
 
Foto: Shutterstock.com 
 
Essa melancolia corporativa é uma consequência de líderes incapacitados para 
conduzir seus times da forma correta. Clima também vem de cima. 
 
Há ainda questões que não podem mais passar despercebidas, como a falta de 
significado no trabalho e a ausência de propósito. A crise identitária e moral, 
além do vazio que assola as pessoas, é um problema de propósito, ou melhor, 
da falta dele. Uma das grandes descobertas da vida é encontrar o significado 
em nosso trabalho. 
 
Surge então, no meio corporativo, o líder que desenvolve em seu liderado 
os níveis de confiança essenciais: a técnica, a ética e a emocional, 
direcionando-as em torno de um propósito. 
 
Segundo Erlich (2018), estes níveis são: 
 
CONFIANÇA TÉCNICA 
O liderado percebe que o líder tem conhecimento e habilidade no que faz e é 
capaz de desenvolver o liderado em seu campo de ação. 
 
CONFIANÇA ÉTICA 
Confiança na integridade do líder, que segue um conjunto de princípios que o 
liderado considera aceitável 
 
CONFIANÇA EMOCIONAL 
O liderado nota que o líder deseja fazer o bem para ele sem a intenção de 
obter qualquer vantagem. 
 
Uma liderança inspiradora que nos guie nesse caminho aumenta 
consideravelmente o nosso compromisso. O futuro é criado por pessoas 
entusiasmadas e motivadas que queiram muito fazer algo – e o fazem por 
acreditar nisso. 
 
Lembre-se de que a liderança deste milênio exige: 
 
ALINHAMENTO 
O que fazer? 
 
PROPÓSITO 
Qual é o motivo da missão? 
 
EMPODERAMENTO 
Por que você? 
 
RESPONSABILIZAÇÃO 
Qual é o seu papel, sua responsabilidade e seu compromisso com o trabalho 
que realiza? 
 
SAIBA MAIS 
Sugerimos que assista à conferência Como grandes líderes inspiram 
ação (2011). Neste evento da TEDGlobal, que é considerada uma referência 
para empreendedores de todo o mundo, Simon Sinek explica a importância do 
alinhamento entre ação e propósito. 
 
Como ele mesmo afirma, “com paixão e propósito, eu vou lhe mostrar toda a 
minha energia, meu esforço e cuidado para realizar o que tiver que ser feito”. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. PESQUISAS RECENTES REVELAM A IMPORTÂNCIA DA 
LIDERENÇA TRANSFORMACIONAL NOS AMBIENTES 
ORGANIZACIONAIS. DIVERSAS CARACTERÍSTICAS 
COMPÕEM O SEU MODELO. ENTRE ELAS, DESTACAM-SE: 
 
I. O LÍDER COMO UM AGENTE DE MUDANÇAS E SEU PAPEL 
PARA CRIAR UMA ORGANIZAÇÃO ADPTATIVA, 
EMPREENDEDORA E INOVADORA. 
II. A MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS EXISTENTES 
II. OS LÍDERES SÃO SENSÍVEIS ÀS NECESSIDADES DA 
EQUIPE DE TRABALHO EM VEZ DE ASSUMIREM UM PAPEL 
DE DITADORES. 
IV. A ORIENTAÇÃO POR VALORES QUE SERÃO OS 
NORTEAODRES DE COMPORTAMENTO. 
V. NA APRENDIZAGEM CONTÍNUA, OS LÍDERES TENDEM A 
VISUALIZAR OS ERROS COMO EXPERIÊNCIAS DE 
APRENDIZADO. 
 
SÃO CORRETAS, APENAS, AS AFIRMATIVAS: 
 
A) I, II e III 
B) I, II e IV 
C) I, III, IV e V 
D) II, IV e V 
 
2. O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA EXIGE A CAPACIDADE DE 
ENERGIZAR PESSOAS, OBTENDO ADESÃO E RESULTADOS 
POR PARTE DOS LIDERADOS, SENSIBILIZANDO-OS PARA A 
LUTA POR UM PROJETO INDIVIDUAL... 
 
PORQUE 
 
LÍDERES ALIAM INTERESSES COLETIVOS AOS INTERESSES 
PESSOAIS POR MEIO DA VISÃO ISOLADA DOS OBJETIVOS 
ORGANIZACIONAIS. 
 
ANALISANDO AS DUAS AFIRMAÇÕES, CONCLUI-SE QUE: 
 
A) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
B) As duas afirmações são falsas. 
C) A primeira afirmação é verdadeira; a segunda, falsa. 
D) A primeira afirmação é falsa; a segunda, verdadeira. 
 
 
 
GABARITO 
 
1. Pesquisas recentes revelam a importância da liderança 
transformacional nos ambientes organizacionais.Diversas características 
compõem o seu modelo. Entre elas, destacam-se: 
 
I. O líder como um agente de mudanças e seu papel para criar uma 
organização adaptativa, empreendedora e inovadora. 
II. A manutenção dos processos existentes. 
III. Os líderes são sensíveis às necessidades da equipe de trabalho em 
vez de assumirem um papel de ditadores. 
IV. A orientação por valores que serão os norteadores de comportamento. 
V. Na aprendizagem contínua, os líderes tendem a visualizar os erros 
como experiências de aprendizado. 
 
São corretas, apenas, as afirmativas: 
 
A alternativa “C” está correta. 
 
A liderança transformadora exige a capacidade de ser flexível para rever e 
melhorar os processos existentes, trazendo inovação para o ambiente de 
trabalho. O aprendizado contínuo permite a aquisição de novos conhecimentos, 
habilidades e atitudes com o objetivo de atender aos desafios que se impõem, 
à definição e à manutenção dos valores que devem ser adotados por todos. 
Para saber um pouco mais sobre isso, reveja o item “Práticas da liderança 
transformadora”. 
 
2. O exercício da liderança exige a capacidade de energizar pessoas, 
obtendo adesão e resultados por parte dos liderados, sensibilizando-os 
para a luta por um projeto individual... 
 
PORQUE 
 
Líderes aliam interesses coletivos aos interesses pessoais por meio da 
visão isolada dos objetivos organizacionais. 
 
Analisando as duas afirmações, conclui-se que: 
 
A alternativa “B” está correta. 
 
Os líderes devem procurar alinhar os objetivos individuais aos organizacionais. 
Cabe a eles inspirar uma visão, transformando-a em coletiva para que todos 
possam caminhar na mesma direção. Para saber um pouco mais sobre isso, 
reveja o item “Práticas da liderança transformadora”. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Novas arquiteturas organizacionais, em que o poder é diluído e 
descentralizado, têm caracterizado os cenários contemporâneos e o ambiente 
de negócios. Em decorrência dessas mudanças, o papel de um líder torna-se 
essencial para que os resultados possam ser alcançados. 
 
A liderança requerida nesse contexto exige a formação de valores e crenças 
dignificantes. Além disso, líderes devem apresentar um propósito claro e uma 
habilidade para a solução de problemas, investindo no desenvolvimento das 
pessoas que estão ao seu redor e reconhecendo o trabalho daqueles que 
efetivamente contribuem para o sucesso de todos. 
 
 
 
CONTEUDISTA 
Elaine Cristina Grecchi Gonçalves 
Currículo Lattes 
 
REFERÊNCIAS 
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2012. 
BERGAMINI, C. W. Motivação nas organizações. 6 ed. São Paulo: Atlas, 
2013. 
CARVALHAL, E.; FERREIRA, G. Liderança e desenvolvimento de equipes 
de alto desempenho. Rio de Janeiro: FGV Management. jan. 2001. 
CORTELLA, M. S.; MUSSAK, E. Liderança em foco. Campinas: Sete mares, 
2009. 
ERLICH, P. A força transformadora do líder mentor. ERLICH – pessoas e 
organizações, mentoring e liderança, 2018. 
FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio da língua portuguesa. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Positivo, 2010. 
FRAZÃO, D. Biografia de Mahatma Gandhi. eBiografia. 2019. 
FRAZÃO, D. Biografia de Theodore Roosevelt. eBiografia. 2018. 
KOUZES, J. M.; POSNER, B. Z. O desafio da liderança. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Alta Books, 2018. 
LIMONGI-FRANÇA, A. C.; ARELLANO, E. B. Liderança, poder e 
comportamento organizacional. In: FLEURY, M. T. L. (Org.). As pessoas na 
organização. 7. ed. São Paulo: Gente, 2002. 
MIGRE SEU NEGÓCIO. Golden Circle: Descubra o que é e como aplicar para 
dar propósito à sua empresa. Migre seu negócio. 20 jun. 2018. 
RANKIN, S. Ten years later, how well does The devil wears Prada's style really 
hold up?. E!News. 30 jun. 2016. 
RESERVA. Autores. Revista-se de Reserva. 17 fev. 2020. 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do;jsessionid=0DA980644A2108B481C08EB01B354477.buscatextual_0
ROBBINS, S.; JUDGE, T. Fundamentos do comportamento organizacional: 
teoria e prática no contexto brasileiro. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do 
Brasil, 2014. 
VASSALTO, C. Razão & sensibilidade. Exame. 14 out. 2010. 
VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
WOOK. John C. Maxwell. Wook. 17 fev. 2020. 
 
EXPLORE+ 
Assista à conferência da TEDGlobal Como iniciar um movimento (2010), de 
Derek Sivers, que apresenta a forma de iniciar movimentos por meio das 
pessoas.

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