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Anna Beatriz Rambaldi | 5° Semestre | Farmacologia 11/03 2022.1 Farmacologia do Sistema Respiratório Fisiologia Respiratória - Regulação da musculatura (vasos, gls e vias aéreas) - Vias eferentes ● Inervação Parassimpática: Ach → M3 - Brônquios, bronquíolos e músculo liso - Broncoconstrição e secreção de muco ● Inervação Simpática: NE → β2 - Músculo liso pulmonar - Broncodilatação → Atuar nesses receptores para o tratamento de asma é eficiente, não por serem a causa dessa patologia, mas por auxiliarem o efeito do anti-inflamatório → Muito comum uso de anti-inflamatório associado à broncodilatador → AIEs já vai inibir leucotrienos, causando broncodilatação, o broncodilatador apenas intensifica esse efeito, além de causá-lo de forma mais imediata - Bloquear M3: inibe broncoconstrição → broncodilatação (reduz ação fisiológica da Ach - Agonista b2: estimula broncodilatação Emergência: 1- broncodilatador → melhora a respiração imediatamente 2- antiinflamatório → ação demorada Broncodilatadores de curta duração são mais utilizados nas crises, depois são substituídos pelos de longa duração Asma - Inflamação crônica das vias aéreas → diferencia de bronquite, que pode ser aguda Caracterização da asma - episódios de broncoconstrição aguda → encurtamento da respiração, tosse, tensão torácica, respiração ruidosa e rápida - hiperresponsividade e hiperreatividade brônquica - sibilos, dispneia, aperto no tórax e tosse → A obstrução do fluxo aéreo é causada por: - broncoconstrição por contração dos músculos lisos brônquicos - inflamação da parede brônquica - aumento da secreção de muco → Inflamação subjacente contribui para: - hiper-reatividade das vias aéreas - limitação do fluxo aéreo - sintomas respiratórios - cronicidade Não é uma doença progressiva, mas se não for tratada provoca remodelamento das vias aéreas Ataques de asma podem ser desencadeados por: - exposição a alérgenos - exercício - estresse - infecções respiratórias Processo inflamatório - mediadores inflamatórios (leucotrienos) → broncoconstrição Ocorre espessamento da parede dos brônquios devido ao processo inflamatório crônico - remodelamento tecidual - dificulta a passagem do ar - sibilo → decorre da diminuição da passagem do ar → tem que fazer “força” para passar Farmacoterapia Broncodilatadores - agonistas beta-2 adrenérgicos - antagonistas muscarínicos - antagonistas de Cys-leucotrienos - xantinas Anti-inflamatórios - glicocorticóides - Anti-IgE (imunoterapia) Broncodilatadores Agonista de receptor β2 adrenérgico Mecanismo de ação: ● M. lisa pulmonar: Broncodilatação - relaxamento imediato - Alívio rápido e tratamento auxiliar no controle de longo prazo ● Inibem liberação de mediadores em mastócitos e monócitos; ● Aumentam remoção do muco ● Aumentam o efeitos dos glicocorticóides (AIEs) Ação curta (BACAs) - Salbutamol (aerolin) - Terbutalina - Fenoterol (berotec) → Efeito max médio: 30 min (rápido) → Duração: 3/5h "conforme necessidade" → Usado nas crises - alívio rápido na broncoconstrição aguda → Atenção com taquicardia (pode ativar receptor b1 do coração Ação longa (BALAs) - Salmeterol - Formoterol → Duração: 8/12h "geralmente associado aos glicocorticóides" → Utilizados em tratamentos a longo prazo após a crise (não devem ser utilizados para alívio rápido) Medicações de alívio rápido tratam os sintomas agudos → crises Controle de longo prazo → objetiva reverter e prevenir a inflamação das vias aéreas OBS: - Crianças não usam bombinha direto na boca - Utilizam máscara com espaçador Inspiração profunda e expiração total seguida de inspiração devagar → faz o puff Como as crianças não possuem esse controle da respiração há necessidade de usar máscara - realizar 2 puffs para garantir que toda concentração do fármaco chegue ao pulmão Efeitos colaterais: - tremor, taquicardia, vasodilatação periférica, arritmias. Atenção com asmáticos com Síndrome de Down - Comum terem problemas cardíacos - Uso de broncodilatadores podem ser perigosos → taquicardia Antagonistas Muscarínicos (bloqueadores de M3) Mecanismo de ação: ● Antagonista de receptores M3 (não-seletivo) ● Bloqueio em m. lisa pulmonar: Broncodilatação ● Aumentam depuração mucociliar ● Ipratrópio: Via inalatória. Duração: 3/5h (curta) ● Tiotrópio: DPOC: Bombinha ação longa Efeitos colaterais: constipação e vasodilatação acentuada - Podem ser usados como coadjuvantes dos agonistas β2 e corticosteróides Metilxantinas Mecanismo de ação: → Não agem em receptor β2 nem M3 ● Inibição das isoenzimas da fosfodiesterase (PDE ou FDE), resultando no ↑ AMPc e/ou do GMPc: Broncodilatação (2ª escolha à β2 adrenérgicos). ● Antagonista de receptores de adenosina: ↓ Desgranulação de mastócitos e broncodilatação Ex: cafeína (no café), a teofilina (no chá) e a teobromina (no cacau) Xantinas bloqueiam a fosfodiesterase inibição de FDE → inibe degradação de AMPc → AMPc fica por mais tempo gerando efeito broncodilatador Bloqueiam receptor de adenosina Receptores de adenosina são broncoconstritores Bloqueio → broncodilatação - Não é muito utilizado - Não é fármaco de primeira escolha Administração: Oral ou parenteral ● Meia-vida 3 a 7 h ● Associadas a β2 adrenérgicos ou anticolinérgicos = broncodilatação adicional; Efeitos colaterais ● SNC: ↑ alerta, tremor, nervosismo, convulsões. ● Cardiovascular: ↑FC e FC = arritmias ● Faixa terapêutica estreita → Muitos efeitos colaterais justificam-se pelo aumento de AMPc, um segundo mensageiro presente em muitas vias de sinalização Antagonistas dos receptores de Leucotrienos Cisteínicos (cysLT) - Montelucaste (não tem no BR) - Zafirlucaste - A 5-lipoxigenase é encontrada em células de origem mieloide (mastócitos, basófilos, eosinófilos e neutrófilos). - LTB4: potente atraidor químico de neutrófilos e eosinófilos - Cisteinil-leucotrienos (LTC4, LTD4, LTE4): promovem contração de músculos lisos bronquiolares, aumentam a permeabilidade endotelial e promovem a secreção de muco Mecanismo de ação: Bloqueio da ligação dos cysLTs nos receptores CisLT1 nas células de m. lisa e inflamatórias Bloqueia receptor de leucotrieno → efeito broncodilatador (leucotrieno produz broncoconstrição) É utilizado para manutenção das crises de asma Mas não devem ser usadas em situações que exigem broncodilatação imediata Zileutona (não tem no BR) - inibe 5-lipoxigenase → bloqueia produção de leucotrienos Efeitos ● Reduzem as frequências das exacerbações; ● Emax: 2-3 horas; Admin. 1x ao dia ● Relaxam as vias aéreas (asma aguda); ● Ação aditiva β2; ● Reduzem a eosinofilia no escarro. ● Alternativa no tratamento de controle da asma leve ● Colaterais: Cefaléia e distúrbios gastrointestinais Anticorpos monoclonais Anti-IgE - Omalizumabe (injeção subcutânea) - Usado para pacientes de asma persistente moderada ou grave, quando os tratamentos convencionais não são eficientes Efeito a longo prazo, porém alto custo Mecanismo de ação: ● Liga-se à IgE e ↓a quantidade de IgE livre e ↓ a quantidade de IgE ligadas aos seus receptores e outros (figura ao lado) → inibe resposta inflamatória Anticorpo anti-IgE (asma é muito ativada via Th2 - processo alérgico → grande quantidade de IgE) Anticorpo se liga a IgEs livres, impedindo que se liguem aos seus receptores nos leucócitos Se o IgE não se liga aos receptores as células não serão ativadas à exposição do agente causador da crise IgE quando se liga deixa essas células sensibilizadas, e ao contato com substâncias que causam crise permite rápida identificação pelo IgE e ativação das células → processo inflamatório rápido - Também interfere na produção de IgE pela células B - Diminui liberação de mediadores inflamatórios - Reduz quantidade de eosinófilos no tecido pulmonar, escarro e no sangue - Diminuem a afinidade e expressão dos receptores de IgE → É uma terapia alvo, vai direto ao ponto que causa/ativa toda a patologia AIEs Mecanismo de ação dos AIEs - Ativam a expressão da anexina 1, que bloqueia fosfolipase A2, impedindo a remoção do ácido araquidônico dos fosfolipídeosde membrana, sem a produção de eicosanóides - São muito lipossolúveis - Se ligam a receptores citoplasmáticos e migram para o núcleo das células → ativam expressão gênica, como o gene da anexina 1 Mais potentes: betametasona e dexametasona Funções AIEs: - Atuam em vários genes envolvidos no processo inflamatório - Inibem a expressão de COX2, IL-6 e iNOS (óxido nítrico sintase induzido → produz espécies reativas de oxigênio) - Aumenta a produção de IL-10 → citocina anti-inflamatória - Reduzem produção de citocinas inflamatórias por reduzir ativação de LTh, neutrófilos e macrófagos São úteis em tratamentos de processos inflamatórios crônicos - processo inflamatório crônico pode ser danoso para o tecido → fibrose (ativação intensa de fibroblastos) AIEs inibem a produção de fibroblasto - reduz produção de colágeno e glicosaminoglicanos - inibe cicatrização tecidual Usos: Atenção: Uso crônico de corticoides pode interferir no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal - uso exógeno de cortisol inibe o eixo, reduzindo a produção adrenal de corticoide - por isso há a necessidade de reduzir de forma gradual esses fármacos Efeitos adversos ● Face em lua cheia ● Acúmulo de gordura visceral (distribuição centrípeta) e na cervical ● Perda de massa muscular ● Osteoporose (suprime osteoblastos e intensifica ação de osteoclastos) ● Compromete o crescimento de crianças ● Aumenta o apetite ● Aumento de pressão arterial (inibição de prostaglandina que é vasodilatadora - intensifica ação de angiotensina e noradrenalina → aumento de volume sanguíneo e aumento de PA) ● Edema de membros inferiores (mesmo mecanismo anterior) ● Distúrbios emocionais ● Alto risco de infecções bacterianas (sistema imunológico fica suprimido) ● Glaucoma (aumento da pressão intraocular) ● Maior risco de diabetes (cortisol ativa muito gliconeogênese) ● Hipopotassemia COVID → 5 primeiros dias não é indicado corticoide - é preciso permitir que o sistema imune combata o vírus Após os 5 dias, caso os sintomas persistam ou se agravam é indicado o uso de AINEs, pois entende-se que o sistema imune não foi capaz de combater a patologia Uso de AB associado como profilaxia, prevenindo infecções bacterianas possíveis devido ao uso de corticoide Prescrição - Sempre pela manhã - Ciclo fisiológico de cortisol → pico pela manhã e queda a noite (aumento de melatonina) - Se for ofertado a noite os níveis de cortisol ficariam elevados o dia todo Supressão da Adrenal Uso de 30mg ao dia ou mais → em uma semana já pode provocar supressão da adrenal Apenas nas situações que causam supressão do eixo HHA é necessário realizar a retirada gradual do fármaco (apenas para fármacos sistêmicos - tópicos e inalatórios não exigem retirada gradual) A dosagem da paciente causava supressão já em uma semana de consumo do fármaco, por isso, para a interromper o uso do fármaco foi necessária a retirada gradual ASMA - Paciente em crise asmática só pode tomar CORTICÓIDE - Reduzem a transcrição do gene da IL-2 e diminuem a formação de citocinas, em particular as citocinas Th2 Outras ações: Aumentam ou diminuem a transcrição de diversos genes: ● Inibem o influxo de células (ex.: eosinófilo no pulmão); ● Reduzem a síntese de citocinas (IL-2, IL-5 e IL-3); ● Regulação (upregulation ↑ - ativa síntese de receptores) de receptores β2-adrenérgicos, IL-10 (efeito anti-inflamatório) - aumenta receptor β2 → melhora resposta broncodilatadora (favorece ação dos agonistas β2) Uso de AINEs em pacientes que têm asma leve e não estão em crise não é contraindicado, apenas para aqueles que têm asma moderado ou grave, ou para os que estão em crise Tratamento de asma - glicocorticóides - Bombinhas, inalação (solução ou pó) - Efeito: Efeito ótimo sobre a hiper-responsividade brônquica após semanas ou meses de terapia. - Sistêmico é indicado apenas quando a crise é muito grave Bombinhas associam broncodilatador e corticoides ● Broncodilatador melhora a responsividade brônquica ● Corticoide melhora a resposta inflamatória → Isso é necessário porque apenas o uso de corticoides inalatórios não resolveria o problema na hora, pois leva um tempo até que se cause a inibição dos leucotrienos (primeiro controla inflamação e depois e broncoconstrição), exigindo a necessidade de associação com os broncodilatadores Broncodilatadores de curta duração ● salbutamol e fenoterol - agonistas β2 ● ipratrópio - antagonista muscarínico Broncodilatadores de longa duração ● salmeterol e formoterol - agonista β2 Na crise: pode utilizar apenas broncodilatador, depois associa-se ao corticoide para tratamento mais prolongado Tratamento de asma persistente - É útil utilizar antileucotrienos, porque nesses pacientes até mesmo a produção fisiológica pode desencadear crises - Cromoglicato → estabiliza mastócito - inibe liberação de histamina, que é broncoconstritora DPOC - Bronquite crônica - Enfisema Bronquite: - Hipersecreção mucosa - Tosse produtiva Enfisema: - Hiperinsuflação Fisiopatologia Comum em tabagistas ou profissionais que atuaram em áreas que causaram depósito de substâncias no pulmão Diferença Asma X DPOC Asma → inflamação dos brônquios - inflamação do tecido é mais exacerbada - mastócitos e eosinófilos muito ativados - Tosse seca (causada pela broncoconstrição) - LTh2 DPOC → lesão de alvéolos, trocas gasosas são prejudicadas - produção de muco pegajoso (muita secreção) → é irritativo para o pulmão e causa tosse - fibrose pulmonar bem presente → região peribronquiolar - neutrófilos, macrófagos, LTh1 Células de globet produzem muco Farmacoterapia Avaliar sintomas → Estabelecer diagnóstico - Abandonar tabagismo - Vacina contra influenza Tratar obstrução e inflamação - Broncodilatador (salbutamol, terbutalina) - Glicocorticoide (fluticasona, budesonida, beclometasona) Avaliar hipóxia - Terapia com O2 Reabilitação pulmonar - Transplante Tratamento: broncodilatador + AIEs Roflumilaste (Daxas®) - inibidor da PDE4 (fosfodiesterase-4) → broncodilatação Tosse Hipotálamo → centro de tosse do cérebro - Hipotálamo → nervo vago → epiglote se fecha → esforço muscular para produzir jato de ar Mecanismo da tosse - Substâncias que irritam a via aérea estimulam mecano ou quimiorreceptores que inervam a via aérea - Levam essa ativação para o centro da tosse (SNC) - Hipotálamo - Eferência: parassimpático - fibras motoras → diafragma, músculos intercostais, pulmão, mm. abdominais → maior contração → jato de ar → tentativa de expelir o que acomete a via aérea Tipos de Tosse - Aguda: < 3 semanas - Subaguda: entre 3 – 8 semanas - Crônica: > 8 semanas - Tosse produtiva → tem secreção - Tosse seca - Tosse antialérgica → desgranulação de mastócitos - Tosse por mudança de temperatura: Termorreceptores → detectam alterações de temperatura - em alterações bruscas são ativados e causam broncoconstrição Tratamento: Tosse seca → antitussígeno - cortar a tosse Tosse produtiva → expectorante (eliminar secreção) - normalmente secreções pulmonares são viscosas (difíceis de serem eliminadas sozinhas) - quebra de proteínas do muco - se ofertar antitussígeno o paciente não consegue expectorar a secreção Antitussígenos - Diminuem ou inibem a tosse. - Apenas usados em pacientes que não tem patologias crônicas relacionadas ao sistema respiratório (asma, fibrose cística com comprometimento pulmonar) - São indicados apenas para tosse sem fundo patológico Somente em casos de: ● Tosse não produtiva e de curta duração ● Doentes sem patologia crônica de base ● Comprometimento do sono Clobutinol: ● Não opiáceo com ação seletiva no centro da tosse ● Desestimula o centro da tosse Dextrometorfano: ● Não opiáceo, eleva limiar da tosse no centro da tosse Dropropizina, levodropripizina, difenidramina/ prometazina: ● ação periférica no reflexo da tosse ● anti-histamínico - casos de alergia Codeína: ● Opióide Supressor moderado (baixas doses): ● ↓ secreções; ● ↓ atividade ciliar Expectorantes Facilitam a eliminação do muco das vias aéreas superiores 1. Mucolíticos - Diminuem a viscosidadedas secreções Acebrofilina (Teofilinato de ambroxol) - (Brondilat®) ● broncodilatador (↑AMPc e bloqueio de PDE) - não é tão significativo ● mucolítico (↑surfactante) ● expectorante Ambroxol (Mucosolvan®) ● Inibe liberação de citocinas (TNF-α, IL-2) → diminui irritação pulmonar por processo inflamatório ● mucolítico (↑surfactante) N-acetilcisteína (Fluimicil®) ● mucolítico-fluidificante ● antioxidante (L-cisteína → GSH) (em tosses crônicas podem haver espécies reativas de Oxigênio ● ↓quimiotaxia de neutrófilos Carbocisteína (Mucofan®) ● altera síntese de glicoproteínas no muco tornando a secreção mais fluida → facilita eliminação 2. Fluidificantes: - Aumentam o fluxo das secreções - Quase não há provas de sua eficácia clínica Iodeto de potássio (MM expectorante®, Expec®) Guaifenesina (Xarope vick de guaifenesina®) → Expectorantes mucolíticos são melhores para indicação (melhor eficácia) Emolientes - Formam uma película protetora sobre o revestimento irritado. - Úteis para a tosse causada por irritação da laringe ● Mel ● Glicerol Rinite - Irritação da mucosa nasal - Pode evoluir para sinusite se não for tratada Inflamação crônica → alteração do pH do tecido → proliferação de bactérias da mucosa nasal → quadro infeccioso → secreção amarelada Classificação: Inflamação da mucosa de revestimento nasal, caracterizada pela presença de: - obstrução nasal - rinorreia - espirros - prurido - hiposmia → Todos sintomas causados pela histamina Tipos - Infecciosa (bactérias, fungos, vírus) - Alérgica - Não alérgica - medicamentosa: induzida por drogas (vasoconstritoras) → não tratam, apenas causam alívio momentâneo por melhorar o fluxo de ar (vasoconstrição diminui o edema → fluxo de ar pérvio) - a congestão retorna, pois a causa não é tratada → usa → melhora → congestão retorna Sintomas (causados pela histamina) - Coceira - Rinorreia Rinite alérgica - Patologia desencadeada por mastócitos - Exposição à substâncias irritantes → produção de anticorpos → sensibilização de mastócitos → em uma sequente exposição já se ligam direto aos anticorpos dos mastócitos → degranulação → histamina AINEs → bloqueia produção de histamina pelos mastócitos Anti-histamínico - Age no receptor de histamina - Mastócito continua liberando histamina, mas ela não atua em seu receptor → não gera efeito Anti-histamínicos 1. Nasal 2. Oral 3. I.V. Anti-inflamatórios Glicocorticóides 1. Nasal 2. Oral 3. I.V. Descongestionantes nasais (Vasoconstritores) 1. Nasal 2. Oral → não trata rinite, apenas aliviam sintomas Estabilizadores de mastócitos Cromoglicato e nedocromila Histamina Produzida por: • mastócitos, basófilos - reservatório de renovação lenta • células enterocromafins-símiles da mucosa gástrica e neurônios – reservatório de renovação rápida Receptores: • H1 - células endoteliais e musculares lisas (inflamação e alergias) • H2 - células parietais da mucosa gástrica (secreção de ácido), músculo cardíaco, mastócitos • H3 - neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL no estômago • H4 - mastócitos, eosinófilos e basófilos (quimiotaxia de mastócitos e produção de leucotrienos) Farmacoterapia de rinite alérgica Considerar sintomas nasais, do palato e dos olhos - prurido nasal e do palato - lacrimejamento • Para alívio dos sintomas agudos - Anti-histamínicos - descongestionantes nasais • Para tratamento - Anti-histamínicos - cromoglicato - glicocorticóides - antagonistas de cis-leucotrienos Anti-histamínicos Mecanismo de ação: - é agonista inverso → não bloqueia o receptor, sua função é manter o receptor H1 em seu estado inativo → diminui sua resposta/atividade - Também podem possuir propriedades “estabilizadoras de mastócitos” Primeira geração Dimenidrinato (dramin) Difenidramina Hidroxizina Clorfeniramina Prometazina - atravessam barreira hematoencefálica → se ligam a receptores H1 no cérebro - são lipofílicos e não ligados à proteína plasmática - efeito sedativo - diminuição da neurotransmissão e do rendimento cognitivo. - Efeitos anticolinérgicos: Dilatação da pupila, ↓secreção glandular (diminui secreção de saliva - mau hálito), retenção urinária → ocorre por não serem específicos de receptor H1 → importante saber a rotina/profissão do paciente para essa prescrição Efeitos adversos se devem à baixa seletividade do anti-histamínico - podem se ligar a outros receptores Segunda geração Loratadina Desloratadina Cetirizina Fexofenadina - não atravessam BHE → não causam sedação - são ionizados e/ou ligados à proteínas - diminuem efeito sedativo - Efeitos anticolinérgicos: Dilatação da pupila, ↓secreção glandular, retenção urinária Usos • Diminuem permeabilidade – controle de edema, espirros, rinorréia e prurido • Ineficazes sozinhos para anafilaxia ou edema de glote e asma (ocorre por aumento de permeabilidade) - Em caso de choque anafilático deve ser utilizada a ADRENALINA (vasoconstrição sistêmica para reverter o choque) • Não resolve asma → mesmo a histamina sendo broncoconstritora, o anti-histamínico não é eficaz (não elimina seu efeito a ponto de causar broncodilatação), precisa de broncodilatador • Cinetose, náusea e vômito – Dimenidrinato, difenidramina, prometazina • Insônia, ansiolítico fraco ou hipnóticos – dimenidrinato, difenidramina, hidroxizina e prometazina Efeitos colaterais • SNC – sedação; diminuição da neurotransmissão e do rendimento cognitivo. • Efeitos anticolinérgicos – visão turva, xerostomia, constipação e retenção urinária Paciente com hipertensão - evitar vasoconstritor sistêmico (Ex: fenilefrina) Vasoconstritor sistêmico também não é indicado para crianças Anti-histamínico H1 - Intranasal: • Azelastina • Inibe a liberação de histamina, leucotrienos, PAF, serotonina • Eficaz para rinorréia, congestão e prurido, mas sem efeito fora do sítio nasal • Age entre 15-30 min, com 12 h de duração • Podem causar sedação, tonturas Descongestionantes nasais (Vasoconstritores) Ex: Oximetazolina, Nafazolina, Fenilefrina Mecanismo: Agonista α1 adrenérgicos (m. lisa vascular) - Vasoconstrição: Diminui a permeabilidade celular e extravasamento plasmático (edema). - Melhora a passagem de ar. Efeitos colaterais: Efeito rebote (Rinite medicamentosa - uso > 3 a 5 dias); - Ardência, ressecamento da mucosa nasal; - Taquicardia Uso prolongado: Necrose tecidual (↓Oxigenação tecidual) → Quando o edema está muito intenso e impede a saída de secreção o uso de vasoconstritores nasais são úteis - reduzem edema e permitem secreção Estabilizadores de mastócitos Cromoglicato e nedocromila Mecanismo: impedem a liberação de histamina dos mastócitos • Inibem a liberação de citocinas dos linfócitos • Suprime ativação de outros leucócitos Características farmacocinéticas: • Administrado por inalação • Meia-via: 45 a 100 min • Excretado na urina e bile Efeitos adversos: sibilos, cefaléia, náuseas. Glicocorticóides Beclometasona, budesonida, fluticasona, mometasona e triancinolona • Uso tópico (spray nasal): Menor absorção sistêmica e os efeitos adversos Efeitos adversos: - Irritação e sangramento nasal, dor de garganta e raramente candidíase. *Rinite crônica, a melhora pode não ser percebida antes de 1 a 2 semanas após iniciar o tratamento. - crise não pode ser resolvida com corticoide - deve ser ofertado anti-histamínico para melhorar os sintomas e associar ao corticóide nasal - anti-histamínico deve ser usado até o corticoide fazer efeito Anti-histamínico reduz a obstrução nasal indiretamente, pois a histamina causa edema que leva à obstrução nasal
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