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Esquizofrenia

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Esquizofrenia 1
Esquizofrenia
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Transtorno mental caracterizado por distorções do pensamento, sensopercepção, 
emoções, linguagem, sentimento do eu e comportamento
transtorno psicótico não afetivo
afeta faixa etária jovem
elevada taxa de comprometimento funcional
epidemio e fatores de risco
homens: 15-25 anos
risco 1,4-2,3 vezes maior que mulheres
mulheres: 25-35 anos
etiologia complexa e multifatorial
10% se irmão com esquizofrenia, 50% genitores e 50% gemeos monozigóticos
fatores de risco:
pré-natais: hipóxia, infecção materna, estresse, má nutrição materna
complicações obstétricas
adversidades precoces: negligência, abuso físico, sexual na infância
uso de maconha na adolescência
situação de vulnerabilidade social
mecanismos neurobiológicos e psicológicos
risco genético e modificações epigenéticas determinada pela exposição à fatores de 
risco ambientais
alterações no neurodesenvolvimento
desequilíbrio entre mecanismos de insulto x reparação celular
modificações no DNA: genes associados ao neurodesenvolvimento, 
neuroplasticidade e sinalização neuronal
maior densidade neuronal no córtex, principalmente na camada piramidal externa
Esquizofrenia 2
anormalidades de estrutura, funcionamento e conectividade
neuropatogenia: dilatação ventricular, redução hipocampal bilateral e atrofia cortical
hipofrontalidade
hipótese dopaminérgica
alterações na sinalização dopaminérgica
liberação de dopamina na fenda sináptica proporcionada por substâncias 
psicoativas → sintomas psicóticos
desregulação da liberação de dopamina na via mesolímbica
neuronios dopaminérgicos disparam resposta a possíveis recompensas no 
ambiente → direcionamento da atenção e comportamentos para situação de 
recompensa → saliência motivacional da mente
disparos anormais no sistema dopaminérgico → saliencia aberrante
esforço para interpretar experiências estranhas de forma plausível: delírios, 
alucinações
hipodopaminergia no córtex frontal: sintomas negativos e cognitivos
via mesocortical → receptores D1
via tuberoinfundibular: bloqueio dos receptores pode levar a aumento da produção e 
liberação de prolactina
via nigroestriatal: bloqueio pode levar a sintomas motores, como parkinsonismo e 
distonia aguda
sinais e sintomas clínicos
cinco categorias principais
sintomas positivos: alucinações e delírios
sintomas negativos: embotamento afeitvo, hipoabulia
alterações neurocognitivas: déficits de memória, atenção e funções executivas
desorganização do pensamento e comportamento
sintomas afetivos: humor depressivo ou eufórico
delírio: crença irredutível, não removível por argumentação lógica e não 
compartilhada por indivíduos da memsa cultura
Esquizofrenia 3
falso juizo da realidade
pensamento: desorganizado, fuga de ideias, descarrilamento do pensamento, 
ecolalia, mutismo, arborização do pensamento
alucinações: principalmente auditivas
visuais são muito raras
sintomas negativos: redução da capacidade de resposta afetiva e perda de 
motivação, iniciativa e espontaneidade
sintomas de 1ª ordem:
sonorização dos pensamentos
escutar vozes sob forma de argumento e contra argumento, de fora de cabeça
escutar vozes que comentam os atos
roubo do pensamento
vivências de influência corporal
sensações de influência
percepção delirante
síndrome avolicional
delírio “puxa” toda dopamina
autorreferência: completamento voltado para sí
ambivalência: eu de agora x eu de antes
fatores que influenciam o prognóstico
suporte social, adesão ao tratamento, uso de substâncias
diagnóstico
pertubação de múltiplas funções mentais
pensamento: delírio, desorganização
percepção: alucinações
experiência do eu: vivências de controle externo sobre sentimentos, impulsos, 
pensamentos e comportamento
cognição: prejuízos da atenção, memória verbal e cognição social
Esquizofrenia 4
volição: redução da motivação
afeto: embotamento afetivo
comportamento: bizarro, desorganizado
sintomas por no mínimo 1 mês, não secundárias a outras condições de saúde ou 
uso de substâncias e medicamentos
diagnósticos diferenciais
transtornos psiquiátricos
episódio depressivo grave com sintomas psicóticos, transtorno afetivo bipolar, 
transtorno esquizoafetivo, transtorno delirante persistente, transtorno psicótico 
agudo e transitório, transtorno dissociativo-conversivo
transtornos de personalidade: esquizotípica, paranoide, boderline
transtornos psicóticos induzidos
drogas ilícitas, medicamentos
condições médicas
exames complementares
exclusão de causas secundárias, monitoramento de efeitos secundários de 
medicamentos
exames de neuroimagem de crânio
hemograma completo, função e marcadores hepáticos e pancreáticos, função 
renal e eletrólitos, função tireoidiana, sorologia para HIV, sifilia, hepatites, B12 e 
ácido fólico
exame tóxicologico e teste de gravidez
tratamento
projeto terapêutico singular
abordagem medicamentosa
1ª geração: clorpromazina (100-1000mg/dia), haloperidol (5-10mg/dia), 
levomepromazina (100-1000mg/dia) 
Esquizofrenia 5
2ª geração risperidona (2-8mg/dia), olanzapina (10-30mg/dia), quetiapina (300-
800mg/dia), aripripazol (10-30mg/dia) 
clozapina: outros medicamentos sem efeito por 6-8 semanas; hemograma 
semanal por 18 semanas, depois quinzenal e mensal
efeitos colaterais: sindrome extrapiramidal, distúrbios do movimento, síndrome 
neuroléptica maligna, ganho de peso e síndrome metabólica, prolongamento do 
intervalo QT, hiperprolacticemia
fase aguda: visa a remissão
ajuste de dose a cada 2-4 semanas
fase de manutenção: estabilização há 1-2 anos
tratamento não farmacológico
psicoterapia comportamental
terapia ocupacional
reabilitação neuropsicológica
abordagem psicossocial e psicoeducação
estratégia de adesão ao tratamento multidisciplinar

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