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Marianna Lopes – Saúde mental, 4° semestre FTC P S I C O S E E esquizofrenia INTRODUÇÃO • Psicose: Rompimento com a realidade (ex. Alice no país das maravilhas) • Neurose: Sofrimento psíquico com paciente mantido dentro da realidade • Esquizofrenia: Doença primária considerada o protótipo da psicose, chamando atenção aos delírios o “Surto” psicótico: Episódio agudo de intensificação dos sintomas Sintomatologia da psicose • Delírios (principal): Ideias e pensamentos fora da realidade (ex. alienígenas querem me matar) o Convicção delirante: Paciente apresenta certeza, mesmo sendo irreal • Alucinações: Percepções sensoriais sem estímulos, que podem ser auditivos, visuais... (ex. ouvir vozes) Etiologia • Fator genético • Fatores hormonais • Doenças orgânicas (hipovitaminose C, D...) • “Traumas psicológicos” • Traumatismo cranioencefálico • Uso de substâncias psicoativas (SPAs) • Uso de medicamentos (corticoides, roacutan) ESQUIZOFRENIA Doença crônica caracterizada por quebra do senso de realidade (psicose), que normalmente se inicia na juventude e, quanto mais cedo se desenvolve, pior seu prognóstico • Epidemiologia: Prevalência menor que 1% na população geral • Manifestações o Sintomas positivos: “Produções” da mente Delírios (princ. persecutórios) Alucinações (princ. auditivas de comando ou depreciativas) o Sintomas negativos: “Prejuízo, queda” de funções psíquicas Introspecção, empobrecimento afetivo, volitivo, cognitivo e mutismo o Alterações de psicomotricidade, de sono, desorganização do pensamento e introspecção Critérios diagnósticos • Delírios e alucinações • Eco do pensamento e inserção, roubo ou irradiação do pensamento (“manipulação”) • Comportamento catatônico (hiper ou hipo motricidade) o Excitação, negativismo, mutismo, postura inadequada ou flexibilidade cérea (tendência a se manter imóvel – “boneco”), estupor, dromomania • Sintomas “negativos” (apatia, pobreza do discurso, embotamento ou incongruência de respostas emocionais) • Perda de interesse, inatividade, falta de objetivos, atitude ensimesmada (fechado) e retraimento social Diagnósticos diferenciais Transtornos esquisofreniformes, isto é, semelhantes à esquizofrenia quanto à sintomatologia • Transtorno de humor bipolar • Doenças clínicas (infecciosas, hepáticas, tireoidianas, renais, neoplasias) • Depressão e depressão psicótica • Demências (idoso) Tipos de esquizofrenia Marianna Lopes – Saúde mental, 4° semestre FTC Existiam até a CID 9 e atualmente é usado somente para fins acadêmicos e para mensurar o prognóstico • Paranoide: Prevalência de sintomas positivos (melhor prognóstico) • Catatônica: Típicas alterações de motricidade • Hebefrênica/desorganizada (prefixo advém de adolescência): Comportamento bizarro (ex. comer coco) que tem o pior prognóstico desde o início da doença o A fase trema/pródromo (desrrealização e despersonalização), que acontece antes dos delírios e alucinações, geralmente é ausente na esquizofrenia hebefrênica • Simples: Início com sintomas negativos • Residual: Prevalência de sintomas negativos após um tempo da doença (“tendência” do transtorno – os sintomas evoluem e a pessoa se torna empobrecida) • Indiferenciada (não segue nenhum padrão – mistura) Classificação internacional de doenças (CID10 – F20) • F20.0: Esquizofrenia paranóide • F20.1: Esquizofrenia hebefrênica • F20.2: Esquizofrenia catatônica • F20.3: Esquizofrenia Indiferenciada • F20.4: Depressão pós-esquizofrênica • F20.5: Esquizofrenia residual • F20.6: Esquizofrenia simples • F20.8: Outras esquizofrenias • F20.9: Esquizofrenia não especificada Fisiopatologia • Hiperestimulação dopaminérgica da via mesolímbica: Provoca sintomas positivos • Hipoestimulação dopaminérgica da via mesocortical: Sintomas negativos o Se o paciente tiver ambas as estimulações tem sintomas positivos e negativos ou então há preponderância de um dos dois Vias dopaminérgicas • Nigro-estriatal: Se for pouco estimulada, provoca sintomas que lembram o Parkinson (tremor, salivação, rigidez articular...) • Mesocortical: Se for pouco estimulada, causa sintomas negativos • Tuberoinfundibular: Se for pouco estimulada, provoca hiperprolactinemia o Alterações sexuais femininas (aumento da mama, galactorreia, desregulação do ciclo menstrual) o Alteração masculina (ginecomastia) DO SOFRIMENTO AO SUICÍDIO • Sofrimento • Pensamento de morte • Ideação suicida • Planejamento suicida • Tentativa de suicídio o Suicídio ativo o Suicídio passivo TRATAMENTO • Psicofármacos • Psicoeducação • Eletroconvulsoterapia Tratamento farmacológico • Antipsicóticos típicos (1ª geração): Fazem bom controle de sintomas positivos, mas piora os sintomas negativos, visto que há queda da dopamina (efeitos colaterais: impregnação) o Haldol, trifluoperazina, clorpromazina • Antipsicóticos atípicos: Eficientes para ambos os sintomas, mas apresenta muitos efeitos colaterais metabólicos (ex. peso) o Quetiapina (multifunções), clozapina, olanzapina (eleva peso), risperidona, aripiprazol • Antipsicóticos de depósito: São liberados devagar e constantemente pelo organismo Marianna Lopes – Saúde mental, 4° semestre FTC o Haldol decanoato (3 semanas), flufenan depot, invega sustenn • Ansiolíticos: Sintomáticos ORIENTAÇÕES • Atividades físicas regulares (30 minutos – 3 a 5x por semana) • Exposição ao sol (10 a 20 min por dia, entre 10:00 e 15:00) • Lazer • Higiene do sono • Hábitos alimentares saudáveis • Exercício de respiração Se o paciente tomar um antipsicótico típico que reduza a concentração de dopamina, pode induzir uma hipoestimulação e sintomas negativos
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