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CURSO DE IDOSOS FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL (1)

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IDOSO
Todo indivíduo com 60 anos ou mais.
Docente universitário e palestrante de congressos. http://lattes.cnpq.br/0487463727911786
 Leonardo Lima
- Graduado em Educação Física.
- Graduado em Filosofia. 
- Graduado em Teologia. 
- Pós-graduado em Treinamento Desportivo. 
- Pós-graduado em Fisiologia do Exercício. 
- Pós-graduado em Biomecânica, Treinamento e Avaliações. 
- Pós-graduado em Treinamento de força aplicado na Musculação.
- Pós-graduado em Musculação e Condicionamento Físico. 
- Mestre em Ciência do Movimento Humano – UNIMEP. 
- Grupo de pesquisa Perfomance Humana - UNIMEP .
- Grupo de pesquisa em Atividade Física e Movimento - UAM. 
- Docente da Universidade Anhembi Morumbi – Graduação. 
- Docente convidado de cursos de pós graduação e congressos. 
- Diretor Científico da Science Institute Running Health. 
- Autor dos livros: Treinamento de Força para Corredores - Aspectos Práticos e Aplicáveis em Fisiologia do Exercício - Métodos e Prescrição do Treinamento para Resistência, Força e Flexibilidade.
 
VAMOS LÁ!
ENVELHECIMENTO
O declínio da força é muito mais rápido que o declínio da massa muscular para idosos. 
O termo dinapenia seria caracterizar a perda de força relacionada ao envelhecimento.
Conforme envelhecemos:
- Ocorre redução volumétrica significativa do corpo celular de neurônios do córtex pré-motor;
- Atrofia cortical de áreas próximas ao córtex motor primário e redução do comprimento de fibras mielinizadas;
- Estado de “hipoexcitabilidade” cortical e espinhal;
- Redução do tamanho e número de unidades motoras.
 Coletivamente esses achados contribuiriam para o declínio do desempenho motor, mas a relação exata com dinapenia permanece obscura.
A perda de força e não somente massa, seria um fator crítico para determinar tanto incapacidade física quanto mortalidade.
 Xue et al., reportaram que, em um grupo de 436 mulheres, declínios mais rápidos da força de preensão palmar e extensão da perna mesmo após ajuste para fatores confundidores, foram preditores de mortalidade. 
Newman et al., já havia observado a mesma associação entre perda de força e mortalidade, mesmo após levar em consideração a área do músculo e percentual de massa magra.
Objetivo: Descrever o conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre a recomendação do exercício aeróbico e resistido para idosos e identificar os fatores associados. 
Métodos: Foram avaliados 610 profissionais de Educação Física atuantes em academias de ginástica de São Paulo. 
O conhecimento da recomendação foi avaliado por meio de um questionário construído para este estudo. Foram avaliados os critérios que compõem a recomendação do exercício aeróbico e resistido, seguindo as diretrizes do Colégio Americano de Medicina do Esporte. 
Resultados: 
O conhecimento dos profissionais de Educação Física atuantes em academias, considerando todos os acertos dos critérios que compõem a recomendação do exercício aeróbico e resistido para idosos, foi baixo, sendo apenas 9,3% e 12,6%, respectivamente.
 Conclusão: 
O conhecimento dos profissionais de Educação Física com relação à recomendação do exercício aeróbico e resistido para idosos foi baixo, sugerindo a necessidade de melhor capacitação profissional para atender a demanda de idosos nas academias de São Paulo. 
Ref.
Cesquini, Figueira Jr, Andrade, Araújo, Luksevicius, Miranda, Matsudo e Bocalini.Rev Bras Med Esporte – Vol. 24, No 6 – Nov/Dez, 2018 465.
Existem jovens de oitenta e tantos anos.
E também velhos de apenas vinte e seis.
Estudos de Psicologia, 2008.
IMAGENS DA VELHICE
 Nível de classificação funcional 
 Nível de classificação funcional de acordo com o nível de atividades de vida diária (Spirduso, 1995). 
*Siglas: 
AVD = Atividades da vida diária. 
ABVD = Atividades básicas da vida diária. 
AIVD = Atividades intermediárias da vida diária. 
AAVD = Atividades avançadas da vida diária. 
Nível I – Fisicamente incapaz. Fisicamente dependente. Não realiza nenhuma AVD e tem total dependência dos outros. 
Nível II – Fisicamente Frágil. Indivíduos que podem fazer ABVD, mas não podem realizar nenhuma AIVD, como fazer compras, lavar e limpar a casa. 
Nível III – Fisicamente Independente. É capaz de realizar todas as AIVD e ABVD, sem sintomas de doença crônica, mas com baixo nível de saúde e condicionamento físico. 
Nível IV – Fisicamente Apto/ativo. Realiza trabalho físico moderado, esporte de resistência e jogos. Capaz de fazer todas as AAVD. Aparência física jovial. 
Nível V – Atletas. Realiza atividades competitivas, podendo competir em nível internacional e praticar esportes de risco. 
Exercício físico e o processo saúde-doença no envelhecimento
Dados do IBGE mostraram que a população idosa em 1991 representava 7,3% da população total do Brasil. No ano de 2000, esse número passou para 8,6% e a expectativa para 2020 seria de 13% de idosos. 
Em 2025, estima-se que o número de idosos atinja a cifra de 1,2 bilhões de pessoas e, em 2050, a marca de 2 bilhões de pessoas, com 80% delas vivendo nos países em desenvolvimento (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - OMS, 2005). 
Segundo a OMS (2005), considera-se idoso o indivíduo com 60 anos ou mais, para aqueles que residem em países em desenvolvimento, ou com 65 anos ou mais, para aqueles que residem em países desenvolvidos. 
O processo de envelhecimento leva a um declínio das funções humanas em diversos níveis (MATSUDO, 2009).
E, dentre todas as dimensões humanas, a dimensão física é a que, normalmente, mais evidencia o processo de envelhecimento, já que seu declínio acaba afetando aspectos cognitivos, psicológicos, sociais e espirituais (SPIRDUSO et al. 2005). 
Com o avançar da idade, a deterioração estrutural e funcional ocorre na maioria dos sistemas fisiológicos, mesmo na ausência de doença perceptível. 
Estas mudanças fisiológicas relacionadas à idade afetam uma ampla gama de tecidos, órgãos, sistemas e funções, que, cumulativamente, podem causar impacto nas atividades da vida diária (AVD’s) e na preservação da independência física em idosos (ACSM, 2009). 
Por definição, envelhecimento é a somatória de todos os processos (alterações e adaptações) que ocorrem com o passar dos anos no organismo humano (Spirduso etal. 1995). 
Compreende-se por envelhecimento o fenômeno biopsicossocial que atinge o homem e sua existência na sociedade, manifestando-se em todos os domínios da vida.
 Atualmente esse fenômeno abrange um amplo campo de pesquisas e estudos, pois o envelhecimento tem, sobretudo, uma dimensão existencial que se reveste de características biopsíquicas e socioculturais, por isso, sua análise deve ser realizada com base na dimensão biológica, sociológica e psicológica. 
Um dos principais problemas de saúde que também é apontado como um dos principais fatores de mortalidade para a população idosa são as doenças cardiovasculares. 
Bolkovoy & Blair, mostraram que a mudança no estilo de vida representaria 54% de diminuição da taxa de mortalidade por doenças coronarianas, enquanto que a intervenção médica seria responsável por 39,5% da taxa de declínio e outras causas, por apenas 6,5%.
Os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, são o sedentarismo, hipertensão arterial e níveis elevados de LDL-colesterol. 
Se for utilizado como exemplo apenas a hipertensão arterial, existe uma alta incidência desta patologia em indivíduos entre 65 a 74 anos (60,9% em homens e 74% nas mulheres), justificando assim a alta mortalidade por essa doença
No Brasil há uma estimativa de que 60 a 70% da populaçãoidosa não participam de programas regulares de exercício físico e, de acordo com Spirduso et al. (1999), 50% do declínio biológico são provocados pela atrofia por desuso resultante da falta de exercício físico.
 Esses dados justificam a alta incidência de doenças na população idosa brasileira.
 O Sistema Cardiovascular
 Ele sofre uma redução de sua capacidade funcional, estima-se que o VO2max (o consumo de oxigênio máximo) sofra uma redução de 10% a cada década, entretanto, foi caracterizado que em indivíduos ativos a redução é mais lenta; 
Indivíduos mais velhos treinados sofrem redução de aproximadamente 5,5% no VO2max a cada década, enquanto os sedentários podem ter redução em torno de 12%; diferença essa que equivale a dez anos de diferença entre o envelhecimento cronológico e fisiológico. 
 Anatomicamente o tamanho do coração não muda, porém ocorre um aumento leve na massa e rigidez da parede do ventrículo esquerdo, a aorta perde elasticidade e o sistema cardiovascular apresenta uma redução na complacência.
 Essa redução na complacência está relacionada a maior incidência de hipertensão arterial; como os vasos ficam mais rígidos o sangue exerce mais pressão na parede dos vasos ao circular. 
A hipertensão arterial é uma doença crônica degenerativa de origem multifatorial, ou seja, diversos fatores podem estar envolvidos em sua etiologia como, por exemplo, fatores genéticos, ambientais, estresse, dentre outros. 
 Quando a hipertensão arterial é diagnosticada no indivíduo, podem-se observar várias alterações orgânicas que são responsáveis pelo aumento da pressão arterial. 
Essas alterações são: 
- o aumento do débito cardíaco; 
-aumento da atividade nervosa simpática; 
-aumento da resistência periférica; 
-aumento do volume sanguíneo, devido a uma maior retenção líquida; 
-aumento da ativação do sistema renina-angiotensina, responsável pela vasoconstrição; 
-diminuição da produção e liberação de óxido nítrico, um potente vasodilatador; 
-diminuição da expressão de determinados genes responsáveis pela produção de proteínas que atuam no controle cardiovascular; dentre outros.
O exercício físico pode atuar em cada um desses fatores, contribuindo para a diminuição dos valores de pressão arterial. 
Como exemplo, pode-se citar o aumento da liberação de óxido nítrico com o exercício. 
Durante a realização de qualquer exercício, percebe-se que há aumento da frequência cardíaca e do fluxo sanguíneo, que culmina num aumento do shear stress, que é a força em que o sangue “raspa” na parede arterial. 
Essa força é captada por mecanoreceptores que desencadeiam uma série de reações químicas, dentre elas a ativação de uma enzima responsável pela produção de óxido nítrico. 
Por ser um potente vasodilatador, o óxido nítrico aumenta o calibre do vaso sanguíneo, diminuindo assim a resistência periférica. 
Este simples mecanismo é capaz de diminuir os valores de pressão arterial e, consequentemente, a incidência de hipertensão arterial.
Efeitos do exercício físico no controle da hipertensão arterial em
idosos: uma revisão sistemática.
Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2012; 15(3):587-601
O exercício físico é uma das principais terapêuticas utilizadas para o paciente hipertenso, pois reduz a pressão arterial (PA) e os fatores de risco cardiovasculares, diminuindo a morbimortalidade.
Foram encontrados 19 artigos e incluídos 12 artigos, sendo divididos em categorias temáticas: exercício aeróbico (6 artigos), exercício resistido (4), exercício aeróbico associado ao resistido (2).
 Entre os exercícios aeróbicos, três artigos evidenciaram redução na pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). 
Três artigos afirmam que treinamento resistido reduz significativamente os valores de PAS em repouso e pressão arterial média (PAM), apenas um artigo não registrou uma redução significativa na PAD e frequência cardíaca (FC) de repouso. 
A utilização dos exercícios aeróbicos associados aos resistidos foram superiores aos demais, pois apontaram reduções significativas na PAS, PAD, PAM e FC de repouso, confirmando as recomendações da VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, mas os estudos em idosos são escassos. 
Conclusão: Esta revisão confirma os benefícios oriundos da prática do exercício físico na redução da PA após o exercício em idosos hipertensos.
ALTERAÇÕES NO RITMO CARDÍACO
Distúrbios da sequência normal dos eventos cardíacos podem levar a um ritmo cardíaco irregular, chamado de arritmia. Esses distúrbios variam em grau de importância.
Características:
 Frequência de descarga elétrica no NSA está abaixo de 60 bpm ou acima de 100 bpm;
 Quando o local onde se origina o impulso elétrico não é no NSA;
 Quando há alteração da sequência dos eventos elétricos
PRINCIPAIS CAUSAS:
 Cafeína - Ansiedade - Deficiência Potássio
 Álcool - Drogas - Doença cardíaca
 Nicotina - Hipertireoidismo - Alterações congênitas
TIPOS DE ARRITMIAS
BRADICARDIA: indica FC de repouso inferior a 60 bpm.
TAQUICARDIA: indica FC de repouso superior a 100 bpm.
Sintomas: palpitação, fadiga, tontura e desmaio.
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR: quando o potencial de ação originado no NS vai para o nódulo AV e não passa aos ventrículos.
CONTRAÇÕES VENTRICULARES PREMATURAS (CVP): são batimentos extras, são comuns e, geralmente, se origina no NS.
FLUTTER ATRIAL: contração atrial acima de 200 bpm e gera fibrilação atrial onde há contração rápida e descoordenada.
TAQUICARDIA VENTRICULAR: ocorre quando há 3 ou mais CVPS e pode levar à fibrilação ventrícular.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR: contração ventrícular rápida e descoordenada. Na fibrilação, há dificuldade no bombeamento do sangue.
A Frequência Cardíaca máxima não aumenta com o treinamento físico, ao contrário, a partir dos 30-35 anos devido ao processo de senescência (envelhecimento) ela vai diminuindo devido à redução dos receptores beta-1-adrenérgicos no coração
Frequência Cardíaca (FC) = batimentos por minuto (bpm);
Volume Sistólico (VS)= qtd de sangue ejetado em cada sístole;
Débito Cardíaco (DC) = FC x VS;
Resistência Vascular Periférica (RVP) = obstáculos que se opõe ao fluxo sanguíneo;
Pressão Arterial (PA) = DC x RVP;
Pressão Arterial Sistólica (PAS) = força exercida pelo coração para ejetar sangue;
Pressão Arterial Diastólica (PAD) = força exercida pelo coração para o retorno de sangue;
Pressão Arterial Média (PAM) = [PAS + (PAD x 2)] / 3;
Duplo Produto (DP) = PAS x FC.
Prescrição do exercício aeróbio sem os dados do TECR e/ou na utilização de betabolqueador
Hipertensão Arterial 
☞ Estimar e corrigir (%) a FCM com a mg do medicamento
% FC a corrigir = mg + 95,58 ÷ 9,74
Hipertensão Arterial 
Ex: Qual a FCM de um sujeito de 35 anos que toma 100mg de propanolol/ atenolol ?
1º Estimar a FCM
FCM = (206 – 0,7 x Idade) 
segundo IMBAR, 1994. 
 
FCM = 182
Prescrição do exercício aeróbio sem os dados do TECR e/ou na utilização de betabolqueador
Hipertensão Arterial 
2º Fazer a correção (%) do cálculo com a mg do medicamento.
 
% FC a corrigir = mg + 95,58 ÷ 9,74
% FC a corrigir = 100 + 95,58 ÷ 9,74 
% FC a corrigir = 20
 
 
FCM corrigida = FCM - %FC corrigido
FCM corrigida = 182 – 20% 
FCM corrigida = 146 bpm
Prescrição do exercício aeróbio sem os dados do TECR e/ou na utilização de betabolqueador
Hipertensão Arterial 
3º - Calcular a zona alvo de treinamento 
 
FC treino = (FCM – FC rep) * % + FC rep
FC treino = (146 – 75 ) * 0,5 + 75 FC treino = 111 bpm
Prescrição do exercício aeróbio sem os dados do TECR e/ou na utilização de betabolqueador
Variáveis
Débito Cardíaco
(L/min)
Volume Sistólico
(ml)
Freq. Cardíaca
(bat/min)
Captação de O2
(L/min)
Repouso
Exercício VigorosoRESPOSTAS CARDIOVASCULAR 
AO EXERCÍCIO DINÂMICO
Exercício Moderado
5,0
71
70
0,3
17,0
117
145
2,0
25,0
131
190
3,4
‹#›
Adaptação CV durante o Exercício Dinâmico
Indicadores Cardiovasculares
Frequência Cardíaca
Volume de Ejeção
Fração de Ejeção
Débito Cardíaco
Duplo Produto
Pressão Arterial Sistólica
Pressão Arterial Diastólica
Consumo de O2 [VO2]
Resposta Aguda
Aumenta
Aumenta
Aumenta
Aumenta
Aumenta
Aumenta
Não-aumenta
Aumenta
Débito cardíaco (Q)
O débito cardíaco (Q) é a quantidade de sangue, em litros, bombeada pelo coração a cada minuto, e pode ser alterado modificando-se tanto a FC, quanto o volume ejetado a cada contração cardíaca.
O Débito Cardíaco máximo é determinado pela Frequência Cardíaca máxima e Volume Sistólico máximo, sendo assim, para se aumentar o Débito Cardíaco Máximo é preciso aumentar essas duas variáveis fisiológicas.
Dessa maneira, pode-se definir o Q como o produto da
frequência cardíaca (FC) pelo volume de ejeção (VS):
Q (l/min) = FC x VS
Para se aumentar o VO2máx é necessário que o treinamento físico promova adaptações sobre as duas variáveis fisiológicas que influenciam o VO2máx, que são:
- Débito Cardíaco Máximo (quantidade de sangue que o coração ejeta por minuto);
 
- Diferença Arteriovenosa Máxima de Oxigênio (extração de oxigênio).
Sobrecarga cardiovascular
A frequência cardíaca e duplo-produto são indicadores para o quanto o sistema cardiovascular está sendo sobrecarregado em exercício.
Duplo produto é determinado pela pressão arterial sistólica X a frequência cardíaca.
Um estudo clássico de Featherstone. et al. (1993), já evidenciava que a musculação é mais segura para esta população.
O estudo citado, avaliou sujeitos de programa de reabilitação cardíaca, nos efeitos hemodinâmicos e duplo-produto na musculação vs. aeróbio em esteira.
Na musculação houve um progressão de cargas nos estímulos (40%, 60%, 80%), e no aeróbio utilizou teste ergométrico.
O resultado, apontou maior sobrecarga cardiovascular no aeróbio, em comparação a musculação em todas intensidades. 
Mesmo nas intensidade elevada (80% 1 RM) na musculação não houve sintomática de isquemia.
Explicação do estudo: 
O aumento da pressão diastólica é mais evidenciado no treinamento da musculação. Fato este que leva aumento da pressão de perfusão sanguínea do miocárdio. Este episódio ocorre devido fluxo de sangue nos vasos coronarianos ser maior na diástole. 
Neste momento a valva aórtica se fecha e permite a perfusão de sangue ao miocárdio.
Este episódio é mais evidenciado na musculação na comparação ao treinamento aeróbio, na conclusão da pesquisa.
Featherston JF et. al. Physiologic responses to weight lifting in coronary artery disease.Am J Cardiol. 1993 Fev 1993 Feb 1;71 (4):287-92
Vincent, K.R.; Vincent, H.K. Resistance training for individuals with cardiovascular disease. Journal of Cardiopulmonary Rehabilitation 2006. 26: 207-216.
Segundo Novaes et al. (2011) com o envelhecimento, o sistema cardiovascular apresenta mudanças estruturais e funcionais. 
A rigidez da parede dos vasos tende a elevar a pressão sistólica (PAS) e o aumento da velocidade da onda de pulso mantém a pressão arterial diastólica (PAD) dentro dos valores normais ou pode até diminuí-la. 
A pressão de pulso (PP) é definida como a diferença entre a PAS e a PAD e valores >53mmHg são considerados anormais e relacionam-se ao aumento de aproximadamente cinco vezes a ocorrência de eventos cardiovasculares. 
Com isso, a PAS e a PP têm se definido como preditores de eventos cardiovasculares no idoso. 
A atividade física pode reduzir a PA. O exercício resistido (ER) vem sendo recomendado como um dos principais exercícios a serem praticados devido a seus benefícios e sua segurança, até mesmo em pessoas idosas.
Logo após uma única sessão de exercício, observa-se que a PA permanece abaixo dos níveis encontrados no repouso. 
Tal resposta, denominada hipotensão pós-exercício (HPE), tem sido sugerida como forma de prevenção e tratamento não medicamentoso da HA.
Exercício físico no tratamento e prevenção de idosos com osteoporose: uma revisão sistemática.
ISSN 0103-5150 Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 2, p. 289-299, abr./jun. 2010
Licenciado sob uma Licença Creative Commons. doi: 10.1590/S0103-51502010000200012
A osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual da massa óssea, que enfraquece os ossos por deterioração da microarquitetura tecidual óssea, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas. 
A perda da independência funcional, decorrente da incapacidade de deambular, é a principal consequência da fratura de quadril, seja por limitação funcional ou por medo de quedas. 
A inatividade física leva à piora da osteoporose e aumenta ainda mais os riscos de quedas e novas fraturas. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1/3 das mulheres brancas acima de 65 anos são portadoras da osteoporose. 
Apesar de ser uma doença predominante em mulheres, ela também atinge os homens, estimando-se que cerca de 1/5 dos homens brancos acima de 60 anos têm 25% de chance de adquirir uma fratura osteoporótica.
A partir das buscas realizadas nas bases de dados (LILACS, SciELO e PubMed), encontraram um total de 203 artigos. Esses estudos foram, na sua maioria, encontrados na base de dados PubMed (137 artigos), seguido da base LILACS (59 artigos) e SciELO (7 artigos). A partir dessa busca, ocorreu análise criteriosa, chegando a um total de 27 artigos selecionados. 
Esses foram divididos quanto ao método e objetivo do estudo referente ao tratamento e prevenção da osteoporose.
A maioria dos artigos selecionados (16 dos 27 trabalhos) tinha sua temática voltada para a prevenção da osteoporose. Observa-se também que a base de dados PubMed apresentou maior quantidade de estudos, tanto com relação à prevenção quanto ao tratamento, totalizando 21 dos artigos selecionados.
Observou-se, nesta pesquisa, que os exercícios mais estudados na literatura científica referente ao tratamento da osteoporose foram os de extensão isométrica de tronco (realizados em posição antigravitacional), exercícios em cadeia cinética aberta, corridas, caminhadas e exercícios de equilíbrio e coordenação. 
Esses exercícios apresentaram benefícios múltiplos, como a diminuição da perda óssea, fortalecimento muscular, além da melhoria do equilíbrio, prevenindo assim futuras complicações causadas por quedas.
Análise da influência do exercício físico em idosos com relação a equilíbrio, marcha e atividade de vida diária.
REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2009; 12(2):227-238
O envelhecimento compromete habilidade do sistema nervoso central (SNC) em realizar o processamento de sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio corporal; esses processos degenerativos são responsáveis pela ocorrência de vertigem e/ou tontura e desequilíbrio.
 O desequilíbrio é um dos fatores que limitam hoje a vida dos idosos, pois em 80% dos casos não pode ser atribuído a uma causa específica, mas sim ao um comprometimento do sistema de equilíbrio como um todo. 
A queda é a consequência mais perigosa do desequilíbrio e da dificuldade de locomoção sendo seguida por fraturas, deixando os idosos acamados por dias ou meses, e também é responsável por 70% das mortes acidentais com pessoas maiores de 75 anos. 
Um dos fatores relacionados ao envelhecimento que pode predispor o indivíduo a quedas é a tendência a lentidão dos mecanismos de integração central, que são importantes para os reflexos posturais.
O envelhecimento parece reduzir a capacidade de processamento e a habilidade de dividir a atenção. Se a concentração for distraída, por exemplo, por outra tarefa cognitiva, há recuperação mais lenta de uma perturbaçãopostural.
Aproximadamente 30% das pessoas de 65 anos ou mais caem pelo menos uma vez por ano. 
Os principais problemas causados pelas quedas são fraturas, lesões na cabeça, ferimentos graves, ansiedade, depressão e medo de subsequentes quedas.
Em idosos, a velocidade usual e máxima da marcha está fortemente associada ao condicionamento físico, e essa associação direta entre a velocidade normal da marcha e condicionamento físico é compatível com a hipótese de que alto nível de atividade física pode manter o condicionamento e a velocidade usual da marcha simultaneamente ou seja, um estilo de vida ativo que inclua, por exemplo, caminhadas, pode manter uma boa marcha, força muscular e estimular o equilíbrio.
O objetivo foi comparar idosos praticantes e não praticantes de atividade física, em relação a probabilidade de quedas, desequilíbrio e dificuldades na realizar aas atividades de vida diária (AVD). 
Trata-se de um estudo transversal com a participação de 40 idosos, de ambos os gêneros. 
Os idosos foram divididos em dois grupos: grupo praticante de atividade física (GP) e não praticante (GNP). 
Conclusão foi que o GP apresentou melhor equilíbrio e marcha com maior proporção de idosos com independência nas AIVD e AVD, ou seja, menor probabilidade de queda em relação ao GNP.
 
Análise comparativa entre idosos praticantes de exercício físico e sedentários quanto ao risco de quedas
O Mundo da Saúde, São Paulo: 2010;34(2):158-164.
No Brasil, 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano e quanto maior a idade maior a chance de queda, sendo que 32% estão entre os 65 e os 74 anos, 35% entre os 75 e os 84 anos e 51% acima dos 85 anos. Essas quedas ocorrem mais nas mulheres do que nos homens da mesma faixa etária.
O risco de quedas está presente em idosos que apresentam baixas velocidades de caminhada e quanto mais lenta for a marcha, maior a instabilidade postural.
 A aplicação do TUG é utilizado para avaliar mobilidade funcional de sujeitos idosos, a partir da velocidade da marcha, vem sendo amplamente relatada na literatura e é recomendada pela Sociedade Geriátrica Britânica e Sociedade Geriátrica Americana para classificar o risco de quedas.
O objetivo deste estudo foi avaliar o risco de quedas em idosas que praticam atividades físicas e idosas sedentárias. 
Foram avaliadas mulheres acima de 60 anos ativas e sedentárias quanto ao risco de quedas utilizando os testes Timed Up and Go, Escala de Berg e Performance Oriented Mobility Assessment. 
Como resultados teve-se que o grupo de mulheres ativas obteve melhores desempenhos nos teste Timed Up And Go (p=0,001), Escala de Berg (p=0,002) e Performance Oriented Mobility Assessement (p=0,002) do que as mulheres do grupo sedentárias. 
O relato de dor nos pés e medo de cair foi maior no grupo de idosas sedentárias. 
Concluiu-se que as idosas sedentárias apresentaram menor mobilidade funcional, maiores déficits no equilíbrio e alterações na marcha quando comparadas a idosas que praticavam exercício físico regularmente.
O teste TUG é utilizado para verificar a mobilidade funcional.
O sujeito é orientado a sentar em uma cadeira com braços e, ao comando verbal “já”, ele deve levantar, caminhar 3 metros, realizar um giro de 360o e voltar a sentar na cadeira, escolhendo uma velocidade de marcha confortável e usual. 
Pontuação acima de 30 segundos significa alto rico de quedas, entre 20 e 30 segundos, moderado risco e abaixo de 20 segundos, baixo risco de quedas.
 
A Escala de Equilíbrio de Berg tem seu uso relacionado à avaliação de equilíbrio e risco de quedas em idosos. A escala é composta por 14 itens cuja pontuação varia de 0 a 4 pontos, totalizando 56 pontos, cujos escores menores que 50 pontos são preditivos de quedas.
 
O teste POMA é utilizado para avaliar o equilíbrio e as anormalidades da marcha e consiste de 16 itens, em que 9 avaliam o equilíbrio do corpo e 7 avaliam a marcha. O teste classifica os aspectos da marcha, como a velocidade, a distância do passo, a simetria e o equilíbrio em pé, o girar e também as mudanças com os olhos fechados. O escore para cada exercício varia de 0 a 1 ou de 0 a 2, em que a valores mais baixos indicam menor habilidade física.
A pontuação total é a soma da pontuação do equilíbrio do corpo (16 pontos) e a da marcha (12 pontos), podendo atingir o valor máximo de 28 pontos. Escores menores que 19 pontos são relacionados a maior risco de quedas.
 
 O exercício físico no tratamento da depressão em idosos: revisão sistemática
Rev. Psiquiatr RS. 2007;29(1):70-79
 
Algumas de suas principais características são perda de peso, sentimento de culpa, ideação suicida, hipocondria, queixa de dores e, eventualmente, psicose.
 Esses sintomas são mais acentuados em deprimidos idosos do que em deprimidos jovens e contribuem para declínio cognitivo e do condicionamento cardiorrespiratório nessa faixa etária.
Achados recentes dão suporte a duas vertentes diferenciadas na tentativa de elucidar a relação entre atividade física e depressão.
 
- A primeira vertente indica a prática da atividade física como um fator influenciador na diminuição da intensidade dos sintomas depressivos.
- A segunda vertente aponta para a influência da depressão na atividade física. Ao analisar 1.920 idosos ao longo de 6 anos, van Gool et al. Verificaram que idosos que se tornaram depressivos tendem mais ao sedentarismo do que aqueles sem depressão.
Portanto, a depressão seria a causa da diminuição do estado geral de aptidão física. 
Exercício físico como intervenção terapêutica na depressão
 
Para testar os fatores fisiológicos, dois estudos, compararam as alterações nos níveis de depressão de idosos randomizados em três grupos: exercício, medicamento e combinados (medicamento e exercício). 
O grupo exercício foi monitorado quanto à intensidade e frequência do treinamento. A redução da depressão ocorreu nos três grupos, sem diferença significativa entre eles. 
Após 6 meses, foi realizada uma nova análise da mesma amostra, sem randomização, concluindo que, quanto maior for o tempo gasto com exercícios, menores serão os níveis de depressão. 
Além
disso, o grupo exercício apresentou maior recuperação e menor recaída do que os outros observados.
Segundo os autores, combinar medicamento com exercício pode gerar resultados diferentes dos encontrados apenas com o treinamento, por não garantir o sentimento de autoconfiança nos indivíduos, que atribuem as melhoras ao efeito do medicamento.
 
Efeitos psicológicos, muitos estudos compararam intervenções psicológicas e sociais, como visita de terapeutas, trabalhos em grupos ou palestras com o exercício. Lai et al. encontraram
redução significativa nos sintomas de depressão imediatamente após 3 meses de exercício em idosos reabilitados de infarto agudo de miocárdio. 
O mesmo resultado não foi encontrado naqueles que receberam intervenções psicológicas com visitas de terapeutas.
 
Mather et al. encontraram redução significativa de 55 e 30% dos níveis de depressão, quando submeteram 86 idosos a aulas de ginástica coletiva ou reuniões e palestras com psicólogos durante 12 semanas, respectivamente.
 
Singh et al. compararam níveis diferentes de intensidade de treinamento de força e observaram redução dos sintomas de depressão nos dois grupos, porém maior resultado no grupo de alta intensidade.
 
King et al.24 não encontraram diferença nos resultados quando compararam diferentes intensidades de exercícios aeróbios. Entretanto, a frequência da prática das atividades foi um fator determinante na redução dos sintomas de depressão.
 
Haboush et al. aulas de dança de salão em idosos depressivos durante 8 semanas, com a frequência de apenas uma vez por semana, e não obtiveramresultados nos sintomas de
depressão.
Redução da depressão com exercício e atividade física: possíveis explicações neuroquímicas
 
São verificadas alterações no fluxo sanguíneo e no metabolismo do córtex pré-frontal (área
relacionada com atenção, psicomotricidade, capacidade executiva e tomada de decisão); hiperatividade da região subgenual pré-frontal cortical (que gera pensamentos tristes); e aumento do metabolismo de glicose em várias regiões límbicas, com ênfase na amígdala (aprendizado emocional). 
Além disso, alterações na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (hipersecreção de cortisol) estão relacionadas com o transtorno depressivo.
 
Alterações neurocognitivas são observadas em idosos depressivos, como comprometimento na atenção, memória, velocidade de processamento, função executiva, emoção e tomada de decisão. 
Um dos fatores que podem explicar o déficit de memória na depressão é a alteração hipocampal devido a uma hipercortisolemia, redução do FDNC e redução da
Neurogênese. 
 
O exercício físico contribui para o desenvolvimento da neurogênese no hipocampo através da potencialização de longa duração e do fator neurotrófico derivado do cérebro (FDNC), do mesmo modo que os antidepressivos e a terapia eletroconvulsiva. 
A hipótese mais encontrada na literatura é a de um aumento na liberação de monoaminas, como serotonina, dopamina e noradrenalina. 
O processo da biossíntese de serotonina pode ocorrer pelo aumento de seu precursor triptofano no cérebro, influenciado pelo exercício.
 
A serotonina pode atenuar a formação de memórias relacionadas ao medo e diminuir as respostas a eventos ameaçadores através de projeções serotoninérgicas que partem do núcleo da rafe para o hipocampo.
O exercício também pode estar relacionado com a síntese de dopamina devido a um aumento nos níveis de cálcio no cérebro, através do estímulo de um sistema enzimático conhecido como cálcio-calmodulina. 
A dopamina está relacionada com o desempenho motor, a motivação locomotora e a modulação emocional. 
Prescrição do exercício e da atividade física na depressão idosos
 
Para a população acima de 65 anos, o Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM) preconiza atividade aeróbia de intensidade de 40 a 60% da freqüência cardíaca de reserva, ou 11 a 13 na escala de Borg, com duração de 20 minutos e frequência de três vezes por semana. 
 
Os artigos de revisão concluem que atividades como caminhada e corrida são os tratamentos mais utilizados para níveis graves de depressão.
 
A maioria dos artigos conclui que o total de tempo gasto com exercício, relacionado diretamente com a aderência, é a variável mais importante para conferir os resultados
da prática de exercícios.
 
O treinamento de força também pode ser utilizado por aumentar a capacidade funcional, reduzindo a dependência na prática das atividades diárias pela sensação de queda, fragilidade, perda de massa óssea e ainda o risco de doenças crônicas.
 
Para esse tipo de treino, o ACSM preconiza de duas a três séries de exercícios, com frequência de duas vezes por semana, mas preferencialmente de três. 
Seguin & Nelson, periodizam o volume do treino com duas a três séries para quatro exercícios, uma a duas séries para quatro a oito exercícios e uma série para oito exercícios ou mais.
Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física
Efeitos do Envelhecimento e sua Relação com a Aptidão Física:
 
A maioria dos efeitos do envelhecimento, de acordo com KURODA e ISRAELL (1988), acontece por imobilidade e má adaptação e não por causa de doenças crônicas.
Nível Antropométrico
Peso, Estatura e Índice de Massa Corporal:
- Com o processo de envelhecimento, existem mudanças principalmente na estatura, no peso e na composição corporal. 
Apesar do alto componente genético no peso e na estatura dos indivíduos, outros fatores, como a dieta, a atividade física, fatores psico-sociais e doenças, dentre outros, estão envolvidos nas alterações desses dois componentes, durante o envelhecimento. 
Existe uma diminuição da estatura, com o passar dos anos, por causa da compressão vertebral, o estreitamento dos discos e a cifose. Esse processo parece ser mais rápido nas mulheres do que nos homens, devido especialmente, a maior prevalência de osteoporose após a menopausa.
 Peso corporal ocorre alteração da estrutura corporal, geralmente começa em torno dos 45 a 50 anos, estabilizando-se aos 70 anos, quando começa a declinar até os 80.
 A perda de peso é um fenômeno multifatorial que envolve mudanças nos neurotransmissores e fatores hormonais que controlam a fome e a saciedade, a dependência funcional nas atividades da vida diária, relacionadas à nutrição, o uso excessivo de medicamentos, depressão e o isolamento, estresse financeiro, alterações na dentição, alcoolismo, sedentarismo extremo, atrofia muscular e catabolismo associado à doenças agudas e certas doenças crônicas. 
Com essas mudanças no peso e na estatura, o índice de massa corporal (IMC) também se modifica, com o transcorrer dos anos. De acordo com dados os homens atingem seu máximo valor de IMC entre os 45 e 49 anos, apresentando em seguida um ligeiro declínio. 
Por outro lado, as mulheres somente atingem o pico entre os 60 e 70 anos, o que significa que elas continuam aumentando seu peso em relação à estatura, por 20 anos mais, depois dos homens terem estabilizado o seu valor. 
A importância do IMC no processo de envelhecimento deve-se a que valores acima da normalidade (26-27) estão relacionados com incremento da mortalidade, por doenças cardiovasculares e diabetes, enquanto que índices abaixo desses valores, com aumento da mortalidade por câncer, doenças respiratórias e infecciosas.
HUANG et. al., em 1997, verificaram também maior prevalência de doenças cardiovasculares em 3.741 homens, de 71 a 93 anos de idade, com valores altos de IMC, relação cintura/quadril e circunferência da cintura, independentemente do nível de atividade física, hábito de fumo e nível de glicose sanguíneo.
STEVENS et. al.,1998 estudaram, durante 12 anos, a mortalidade entre 62.116 homens e 262.019 mulheres (não-fumantes e sem história de doenças cardiovasculares e câncer, na primeira avaliação) e relacionaram com o índice de massa corporal (IMC), encontrando que altos valores de IMC foram associados a maior mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares em homens e mulheres acima de 75 anos de idade. 
Composição Corporal:
Talvez um dos fenômenos da dimensão corporal mais estudados, associados ao aumento da idade cronológica, sejam as alterações na composição corporal, especialmente a diminuição na massa livre de gordura, o incremento da gordura corporal e a diminuição da densidade óssea. 
A taxa metabólica de repouso diminua aproximadamente 10% por década, essas alterações metabólicas, per si, não explicam o aumento da gordura com a idade.
Aumento da gordura, pode estar sugerindo uma substituição da gordura subcutânea pela gordura visceral e uma maior sobrevivência dos mais magros, nos idosos mais velhos.
 A distribuição da gordura ocorre uma redistribuição da gordura corporal dos membros para o tronco, com o avanço da idade, ou seja, parece tornar-se mais centralizada. 
Além deste fenômeno, existe um aumento de gordura na região superior do corpo, em relação à inferior, quando determinado pelas circunferências da cintura e do quadril, embora estas sejam medidas limitadas e indiretas da distribuição da gordura, na parte superior do corpo.
As análises das tomografias computadorizadas revelam um aumento da gordura visceral, na região abdominal, com o envelhecimento. 
 Os homens têm o padrão andróide devido à gordura ser estocada primariamenteno tronco, tórax, costas e abdômen, enquanto as mulheres apresentam o padrão gineoide, caracterizado pelo depósito de gordura no quadril e nas pernas. 
Esse padrão de distribuição de gordura se mantém com o envelhecimento, mas com diferentes características.
 No sexo masculino, a gordura subcutânea diminui na periferia mas aumenta centralmente (tronco) e internamente (vísceras), sendo que 40% do aumento da gordura intra-abdominal acontece na quinta década da vida. 
No sexo feminino, a gordura subcutânea pode permanecer estável até os 45 anos, sendo que o aumento na gordura corporal total acontece, preferencialmente, por acúmulo de gordura corporal interna e intramuscular. 
A perda da massa mineral óssea:
Essa perda começa no homem por volta dos 50-60 anos, a uma taxa de 0,3% ao ano e na mulher mais precocemente a uma taxa de 1% ao ano dos 45 aos 75 anos. 
Uma mulher aparentemente saudável experimenta, por volta dos 70 anos, uma diminuição de 20% na densidade mineral óssea vertebral e de 25-40% no colo do fêmur e região trocantérica, enquanto que o homem na mesma idade diminui em 3% a densidade óssea vertebral e em 20-30% a densidade do fêmur. 
Entretanto, essa perda está relacionada não somente ao o envelhecimento mas também à genética, estado hormonal, nutricional e nível de atividade física do indivíduo.
Nível Neuromuscular
 
Massa Muscular Esquelética:
Entre os 25 e 65 anos de idade, há uma diminuição substancial da massa magra ou massa livre de gordura de 10 a 16%, por conta das perdas na massa óssea, no músculo esquelético e na água corporal total, que acontecem com o envelhecimento.
A excreção de potássio tem sido uma das formas de analisar a perda da massa livre de gordura, pois grande parte dele está presente no tecido muscular. 
Por esta razão, grande parte da excreção de potássio, com a idade, indica perda do músculo, especialmente no homem. 
Alterações na água corporal total e na água intracelular, com o processo de envelhecimento. 
A perda é de 23%, 14% e 20%, nas mulheres e nos homens, este decréscimo é de 10%, 12% e 13%, respetivamente, sendo que o maior decréscimo ocorre da faixa dos 70-79 anos de idade aos 80-89 anos, período em que as perdas chegam a 20% (água), 28% (proteína) e 17% (mineral).
Embora a massa magra inclua água, vísceras, osso, tecido conectivo e músculo, é este último que sofre a maior perda com o processo de envelhecimento (aproximadamente 40%). 
Apesar da dificuldade em medir adequadamente a massa muscular, em seres humanos, estimativas usando a excreção urinária de creatinina indicam perdas dramáticas de quase 50%, entre os 20 e 90 anos. 
Da mesma forma, análises com potássio corporal relatam perdas em homens e mulheres de 3-6% por década ou praticamente, 3kg de massa livre de gordura por década, sendo que essa perda é maior (1,5 vezes) no sexo masculino do que no feminino.
As principais causas apontadas como responsáveis por essa perda seletiva da massa muscular são a diminuição nos níveis do hormônio de crescimento, que acontece com o envelhecimento e a diminuição no nível de atividade física do indivíduo. 
Não podemos esquecer contudo, que outros fatores nutricionais, hormonais, endócrinos e neurológicos estão também envolvidos na perda da força muscular, que acontece com a idade.
A perda gradativa da massa do músculo esquelético e da força, que ocorre com o avanço da idade, também conhecida como sarcopenia. 
Tem sido definida, por alguns autores, como a perda de massa muscular correspondente a mais de dois desvios-padrão abaixo da média da massa esperada para o sexo, na idade jovem, ou para outros, com o mesmo critério em termos de desvio-padrão mas utilizando a massa esquelética apendicular (massa em quilogramas, dividida pelo quadrado da estatura).
Estudo clássico de LEXELL que, em 1988 , publicou um dos primeiros trabalhos feitos com músculos de cadáveres, para tentar explicar a causa da atrofia muscular causada pelo envelhecimento. 
Naquele estudo, analisando o músculo vastus lateralis de homens de 15 a 83 anos de idade, os autores evidenciaram vários fatos que trouxeram informações relevantes para a nossa área, tais como:
a-) diminuição na área de seção transversa das fibras musculares dos indivíduos maiores de 70 anos assim, como alterações na forma das fibras;
b-) diminuição da área muscular de 40% (dos 20 aos 80 anos);
c-) diminuição no número total de fibras musculares de 39%; 
d-) diminuição seletiva no tamanho das fibras muscular do tipo II (contração rápida) de 26%; 
e-) diferença na composição da área muscular do jovem e do idoso: 70%, do músculo, no jovem, é composto por fibras musculares, contra 50% do idoso. 
Embora a natureza transversal do estudo e a análise de um único tipo de músculo do corpo, os dados mostram claramente como a atrofia muscular do idoso, que começa já a partir dos 25 anos, é causada tanto pela perda do número de fibras como pela diminuição no tamanho das fibras musculares (especialmente as do tipo II).
As conclusões são bem consistentes: o tamanho da fibra do tipo II é reduzido com o incremento da idade, enquanto que o tamanho da fibra do tipo I (fibra de contração lenta) permanece muito menos afetada.
 A atrofia preferencial das fibras do tipo II é a possível explicação. 
Ocorrer maior risco de fratura traumática do quadril, já que as pessoas que habitualmente caem têm significativamente menor velocidade no andar.
A área das fibras do tipo II tem sido encontrada significativamente menor nos membros inferiores do que nos superiores, particularmente nas mulheres, o que indicaria diferenças no processo de envelhecimento e/ou diferenças no padrão de atividade dos membros.
A atrofia muscular acontece em duas fases: 
a) dos 24 aos 50 anos é perdida 10% da área total transversa do músculo;
b) dos 50 aos 80 anos outros 30% da área original são perdidos. 
Parte dessa atrofia muscular acontece, pela perda das fibras musculares que parece não ser significante (5%) dos 24 aos 52 anos, e torna-se dramática, (35%) dos 52 aos 77 anos.
HIPÓTESES 
A redução no número de fibras musculares pode ser causada por um dano irreparável das fibras musculares ou uma perda do contato permanente dos nervos com as fibras musculares. 
As alterações neurológicas descritas têm sido a diminuição no número de unidades motoras funcionantes (com um aumento concomitante no tamanho das unidades de baixo limiar restantes) e uma perda no número de neurônios motores alfa da medula espinal de indivíduos idosos, com a subsequente degeneração dos seus axônios. 
Uma evidência indireta desse processo neuropatológico é o incremento no agrupamento de tipos de fibras encontrados nos músculos de indivíduos idosos, explicado pelos diferentes ciclos de denervação, seguidos por reinervação, que acontecem com as fibras musculares.
 Essas alterações no processo neurogênico, que geralmente começam por volta dos 50 anos de idade, explicam por que, quando a capacidade de renervação está tão diminuída as fibras ficam totalmente denervadas são substituídas por gordura e tecido fibroso.
Após os 60 anos, o músculo passa por um processo contínuo de denervação e reinervação, por uma redução acelerada, no funcionamento das unidades motoras, devido a perda das unidades motoras da medula espinal e nas fibras das raízes ventrais mielinizadas. 
Apesar de que inicialmente a reinervação possa compensar a denervação, na medida em que o processo neurogênico continua, mais e mais fibras musculares ficam permanentemente denervadas e, subsequentemente, substituídas por gordura e tecido fibroso, como citado anteriormente. 
Essa alteração na estrutura do músculo poderia explicar por que a redução no tecido muscular contrátil pode ser maior que a redução real do volume muscular e da área muscular transversa.Os mecanismos, envolvidos na alteração da capacidade funcional dos motoneurônios com a idade envolvem a capacidade bionergética do neurônio e a influência dos fatores neurotróficos.
 A alteração da função da mitocôndria (possivelmente por mutações do DNA mitocondrial e dano oxidativo) e a diminuição de algum dos fatores neurotróficos, derivados do cérebro, como a neurotrofina-3 (NT3), NT4/5 e LIF tem um efeito deletéreo na função do motoneurônio. 
 
O incremento da idade está associado a uma redução de aproximadamente 25% da capacidade muscular oxidativa e do fluxo sanguíneo, durante a atividade contrátil, na concentração muscular de glicogênio em repouso, assim como uma diminuição na atividade da ATPase miofibrilar, diminuição dos enzimas glicolíticos e oxidativos, diminuição dos estoques de ATP, CP, glicogênio e proteína mitocondrial. 
A diminuição da atividade fagocitária, que acontece com o envelhecimento, pode levar a um decréscimo na eficácia de reparação do tecido lesado ou com alterações funcionais. 
Algumas formas de exercício, em particular os excêntricos, podem resultar em rotura da estrutura miofibrilar, especialmente das bandas-Z, e também, em dano da membrana. 
O músculo do idoso é menos eficiente na formação de novo músculo, embora ainda mantenha uma boa capacidade de proliferação e fusão de mioblastos. 
Da mesma forma, além dos fatores extrínsecos envolvidos no processo, os fatores intrínsecos do músculo esquelético, como alterações da matriz extracelular, vascularização, expressão dos fatores de crescimento e em especial, os receptores pelas células satélite, podem contribuir também para a regeneração menos eficiente observada em idosos.
 Sistema Nervoso.
 Sabemos que ele é responsável pelas sensações, movimentos, funções biológicas e funções psíquicas, entre outros. 
 O sistema nervoso acaba sendo um dos mais afetados pelo envelhecimento, isso principalmente devido ao desuso.
 As células velhas e que não são estimuladas sofrem apoptose (morte celular programada), comprometendo, assim, a sinalização e o comando de todos os outros sistemas.
O sistema nervoso é de extrema preocupação porque ele possui capacidade maior dificuldade de regeneração, sendo, portanto, um processo quase que irreversível. 
Este sistema pode ser afetado por fatores intrínsecos como: genética, circulação, metabolismo, radicais livres e/ou por fatores extrínsecos como: ambiente, sedentarismo, tabagismo, drogas, radiações. Com tudo isso é importante buscar meios e estratégias para reduzir o máximo possível a exposição estes fatores. 
Sistema Musculoesquelético 
 A força é um fator importante para a manutenção das capacidades funcionais, o pico de força ocorre entre os 25 e os 30 anos, diminuindo principalmente depois dos 40 anos. 
A estimativa é de que ocorra uma redução de aproximadamente: 
-10% na massa muscular entre os 25 e os 50 anos e uma redução de 
-40% entre os 50 e 80 anos; o principal fator associado a esta redução são as alterações hormonais e metabólicas. 
A redução na massa muscular, conhecido como processo de sarcopenia, ocorre devido à diminuição no tamanho e no número de fibras musculares.
As principais fibras musculares atingidas são as do tipo II:
- Redução aproximada de 60% das fibras tipo II;
- Redução aproximada de 25% das fibras tipo I. 
 “Levando à lentificação dos movimentos” 
O tipo de fibra mais acometido pela sarcopenia é o II, sobretudo, as fibras do tipo IIx (CLARKE, 2004), o que gera diminuição da força máxima e rápida. 
Assim, o idoso encontra dificuldades para a realização de tarefas que exigem movimentos rápidos como correr para atravessar a rua, levantar de uma cadeira, entre outros (GUEDES JR., et al., 2008).
A partir dos 70 anos de idade este processo é potencializado, principalmente em membros inferiores (devido à redução da estimulação), assim, há uma redução do nível de atividade física total diária e um aumento da incidência de lesões por queda. 
Diversos mecanismos estão associados à redução da força e potência muscular com a idade, entre eles: 
- Acúmulo de doenças crônicas. 
- Alterações musculoesqueléticas.
- Uso de medicamentos. 
- Alterações no sistema nervoso, redução da excitabilidade do músculo e junção mioneural. 
- Redução das secreções hormonais. 
- Desnutrição. 
- Atrofia muscular. 
- Reduzido número de unidades motoras. 
- Alterações da contratilidade muscular. 
- Redução de atividades enzimáticas. 
- Diminuição da atividade física. 
Degeneração da bainha de mielina¹. 
 Fonte da imagem: http://www2.uol.com.br/vivermente/ artigos/a_doenca_do_imprevisto_imprimir.html 
A redução da força também ocorre por causa da perda de unidades motoras.
Esse processo está relacionado com as adaptações neurais do envelhecimento; uma das principais chama-se desenervação e consiste no processo induzido pela queda na duração e amplitude do potencial de ação, diminuição da velocidade de condução e desmielinazação ¹. 
¹ Qualquer doença/disfunção do sistema nervoso na qual a bainha de mielina dos neurônios é danificada. Isso prejudica a condução de sinais nos nervos afetados, causando prejuízos na sensação, movimento, cognição e outras funções. 
 A perda de motoneurônios grandes é maior que de motoneurônios pequenos. 
Isto está relacionado ao fato das fibras tipo II sofrerem mais desnervação, consequentemente, as unidades motoras lentas (I) promovem reinervação¹ das fibras desnervadas; o motivo disso acontecer ainda não está completamente entendido. 
¹ Ocorre quando os axônios vizinhos normais pertencentes a uma unidade motora, brotam para reinervar os miócitos desnervados e incorporá-los a unidade motora sadia.
Devido a essas alterações os idosos apresentam movimentos mais lentos, e menos fadigáveis. 
Esta lentidão é um dos principais fatores relacionados ao aumento da incidência de queda em idosos. 
Desenervação e reinervação neuronal 
 Força Muscular e Desempenho Neuromotor no Idoso
 Existem algumas características especiais da força muscular que são mantidas, e outras que sofrem maior declínio, com o processo de envelhecimento. 
De acordo com SPIRDUSO, as variáveis que tendem a apresentar padrões mais estáveis são:
a-) força dos músculos envolvidos nas atividades diárias; 
b-) a força isométrica; 
c-) as contrações excêntricas; 
d-) as contrações de velocidade lenta;
e-) as contrações repetidas de baixa intensidade; 
f-) a força de articulação de pequenos ângulos; 
g-) a força muscular no sexo masculino. 
No outro lado, sofrem maior declínio com a idade: 
a-) a força muscular dos músculos de atividades especializadas; 
b-) a força dinâmica;
c-) as contrações concêntricas; 
d-) as contrações de velocidade rápida;
e-) a produção de potência;
f-) a força de articulação de grandes ângulos; 
g-) a força muscular, no sexo feminino.
 A perda de força muscular acontece por vários mecanismos, que poderíamos dividir em três grandes grupos:
1-Musculares: como a atrofia muscular, alteração da contractilidade muscular ou do nível enzimático; 
2-Neurológicos: como a diminuição do número de unidades motoras, mudanças no sistema nervoso ou alterações endócrinas;
3-Ambientais: como o nível de atividade física, má nutrição ou doenças.
A consequente diminuição da força muscular estão associadas:
 À diminuição da força muscular e óssea, alteração da potência aeróbica máxima, intolerância à glicose, resistência à insulina, menor taxa metabólica de repouso e energética, disfunção imunológica, desordens do equilíbrio e do andar, fraturas por osteoporose, velocidade lenta de andar e dependência funcional, em idosos.
Podemos concluir que a perda de fibras musculares, moto-neurônios, unidades motoras,massa muscular e força muscular começa entre os 50 e 60 anos, sendo que, por volta dos 80 anos idade, essa perda alcançaria 50% desses componentes.
Parece que os dois maiores responsáveis por este efeito do envelhecimento são o progressivo processo neurogênico e a diminuição na carga muscular, o que poderia levar a hipotetizar que essa atrofia muscular não seria necessariamente uma consequência inevitável do incremento da idade.
Nível Cardiovascular e Respiratório
 
Idade Cronológica e Consumo Máximo de Oxigênio:
Um dos primeiros e mais clássicos estudos que verificaram o impacto da idade na potência aeróbica foi o desenvolvido por ROBINSON em 1930. 
Naquele estudo, o autor analisou dados transversais da potência aeróbica de homens ativos, de 25 a 75 anos de idade, encontrando um declínio dessa variável de 10% por década (1% por ano), que são valores similares aos encontrados, mais recentemente, de 0,8% a 1,1% por ano. 
Posteriormente, DRINKWATER et. al. em 1975, avaliaram 109 mulheres de 10 a 68 anos, nas variáveis cardiovasculares e respiratórias, evidenciando que até os 50 anos, as diferenças entre os grupos etários foram mínimas. 
O volume de ventilação máxima (VE máx), o débito de oxigênio, o lactato sanguíneo pós-exercício, a capacidade vital e a capacidade máxima respiratória diminuíram com o incremento da idade nas mulheres de menor nível de condicionamento físico
 Os efeitos do envelhecimento foram claramente independentes do nível de condicionamento: as mulheres de 50 a 59 anos apresentaram valores significativamente menores de VE máx e da potência aeróbica (VO2 máx.) do que as mulheres mais jovens, tanto quando foi expressa em l/min, em ml/kg-1.min-1 , ou ainda, em ml/ kg (massa magra).min-1. 
 Esse decréscimo que, segundo os dados apresentados, acontece especialmente a partir dos 50 anos, poderia ser explicado pelas alterações nos níveis circulantes de estrógenos, progesterona, aldosterona e hormônios gonadotrópicos, que podem ter efeitos metabólicos que afetam a potência aeróbica e também pelas alterações a nível celular da própria idade. 
Os grupos de mulheres de 40 a 49 e 20 a 39 tiveram valores de VO2 máx. (ml/kg-1.min-1) significativamente menores do que os grupos mais jovens.
Os dados evidenciaram um “plateau” para a maioria das variáveis analisadas dos 20 aos 49 anos com um decréscimo a partir dos 50. 
No entanto, as mulheres mais idosas, com nível de condicionamento aeróbico acima da média, tiveram valores de potência aeróbica similares aos das mulheres sedentárias de 20 anos de idade, sugerindo que as diferenças no VO2 máx. são mais relacionadas ao nível habitual de atividade física do que à idade.
Para examinar também as alterações nos parâmetros da função aeróbica (VO2 máx. e limiar ventilatório), relacionadas à idade, PATERSON et. al. (2000)) analisaram 289 homens e mulheres de 55 a 86 anos de idade, que viviam independentemente, na comunidade. 
O declínio no VO2 máx. relativo ao peso corporal foi similar em homens (0,31 ml.kg-1.min-1.ano-1) e mulheres (0,25 ml.kg-1.min-1.ano- 1 ). 
De acordo com as análises feitas pelos autores, a idade explicou somente 8 a 37% da variação destes parâmetros fisiológicos.
Parece que nos indivíduos que mantêm a função diária normal e hábitos ambulatórios, a idade per si não é o único fator importante que determina o VO2 máx., mesmo, nos indivíduos de 80 a 85 anos. 
Neste caso, variáveis como a gordura corporal, o nível de atividade física e as doenças podem ser fatores determinantes importantes independentemente do processo do envelhecimento.
Essas análises das perdas da potência aeróbica com o decorrer da idade cronológica, são relevantes, na medida em que é requerido um mínimo dessa variável de 15 ml/kg- 1 .min-1 para manter as demandas fisiológicas necessárias para viver funcionalmente independente. 
PATERSON et. al. (2000) que, da mesma forma, calcularam o valor mínimo do VO2 máx. compatível com uma vida independente, aos 85 anos, para os homens (18 ml.kg-1.min-1) e as mulheres (15 ml.kg-1.min-1). 
De acordo com os dados do estudo de JACKSON et. al. (1995), se o nível de atividade física e a composição corporal se mantivessem constantes, ao longo do tempo, a taxa esperada de declínio no VO2 máx. seria de 0,25 ml/kg-1.min-1 por ano.
Dessa forma, o envelhecimento “per si” não causaria incapacidade funcional, se o indivíduo mantivesse um estilo de vida ativo e um nível adequado de composição corporal.
Alterações Respiratórias
Algumas das alterações respiratórias, descritas na literatura, que também podem afetar o condicionamento físico são: diminuição da capacidade vital (sem alteração na capacidade pulmonar total), diminuição do volume expiratório forçado, aumento no volume residual, aumento do espaço morto anatômico, aumento da ventilação, durante o exercício, menor mobilidade da parede torácica, diminuição da capacidade de difusão pulmonar, perda de elasticidade do tecido pulmonar e decréscimo da ventilação expiratória máxima 
.
 
 Dentre os principais efeitos da prática regular de atividade física no processo de envelhecimento, Matsudo (2009) destaca os seguintes benefícios: 
Efeitos morfológicos
 
Controle e/ou diminuição da gordura corporal; 
Manutenção ou incremento de massa muscular; 
Fortalecimento do tecido conetivo; 
Melhora da flexibilidade; 
 Efeitos metabólicos
 
Aumento da eficiência do metabolismo; 
Aumento do volume de sangue circulante, da ventilação pulmonar e da potência aeróbia; 
Diminuição da frequência cardíaca de repouso e em trabalho submáximo; 
Diminuição da pressão arterial; 
Melhora nos níveis de HDL e diminuição nos níveis de triglicerídeos, colesterol total e LDL; 
Diminuição do risco de doença cardiovascular, acidente vascular cerebral tromboembólico, hipertensão, diabetes tipo 2, osteoporose, obesidade, câncer de cólon e câncer de útero; 
 
Efeitos cognitivos e psicossociais
 
Melhora do auto-conceito, auto-estima, imagem corporal, estado de humor, tensão muscular e insônia; 
Prevenção do retardo do declínio das funções cognitivas; 
Diminuição do risco de depressão; 
Diminuição do estresse, ansiedade, depressão e consumo de medicamentos; 
Aumento da socialização; 
Outros efeitos
 
Aumento da força e potência muscular; 
Redução dos riscos de quedas e lesões por queda; 
Melhoria no tempo de reação, sinergia motora das reações posturais, velocidade de andar, mobilidade e flexibilidade; Aumento da independência e autonomia; 
Melhora na qualidade de vida; 
O que vou fazer? 
Pergunte para eles? 
ASPECTOS MOTIVACIONAIS QUE INFLUENCIAM A ADESÃO E MANUTENÇÃO DE IDOSOS A PROGRAMAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS
Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano ISSN 1980-0037
120 sujeitos idosos avaliados.
Os resultados apontaram os motivos mais importantes para adesão: 
- melhorar a saúde (84,2%); 
-melhorar o desempenho físico (70,8%);
- adotar estilo de vida saudável (62,5%);
- reduzir o estresse (60,8%);
- acatar prescrição médica (56,7%);
- auxiliar na recuperação de lesões (55%);
- melhorar a auto-imagem (50,8%);
- melhorar a auto-estima;
- relaxar (47,5%). 
 Elencam-se os motivos mais importantes para a permanência: 
-melhorar a postura (75%);
- promover o bem-estar (74,2%);
- manter-se em forma (70,8%);
- sentir prazer (66,7%);
- ficar mais forte;
- receber incentivos do professor (62,5%);
- sentir bem-estar provocado pelo ambiente (60%);
- sentir-se realizado;
-receber atenção do professor (57,5%). 
Força muscular pode ser definida como a quantidade máxima de força que um músculo ou grupo muscular pode gerar em um padrão específico de movimento realizado em dada velocidade (FLECK e KRAEMER, 1999). 
Nas últimas décadas, a força passou a serconsiderada componente fundamental da aptidão física relacionada à saúde, e o seu treinamento integra a maioria dos programas de treinamento físico com vistas à saúde, se não todos (HUNTER et al., 2004; HAGERMAN et al., 2000).
 Por volta da sétima e oitava décadas de vida, a força na contração muscular voluntária máxima diminui, em média, 20-40% para homens e mulheres nos músculos proximais e distais.
    Embora a idade esteja associada à diminuição da força por unidade de massa muscular, ou a qualidade do músculo, a maior parte da perda de força pode ser explicada pela diminuição da massa muscular (DOHERTY, 2003).
   
O músculo esquelético do idoso sofre adaptações similares às dos adultos, mediante o treinamento de força, principalmente no que diz respeito à proliferação de células satélites. 
Os estudos, demonstram que 12 semanas de treinamento de força aumentam significativamente a proliferação de células satélites, e portanto permite que ocorra hipertrofia muscular, melhorando a força e a capacidade funcional dessa população. 
Será mesmo?
 Qual é o motivo para isto? Pensou em hipertrofia?
O que muitos não associam, é que no nosso processo de formação de tecidos. Também sofremos a perda dos mesmos. Ou seja síntese e degradação de proteínas são vivenciadas nas relações fisiológicas.
Neste ponto, o treinamento de força tem a capacidade de ativar enzimas como: Mtor, hormônio IGF-1 e estimular a produção de insulina. Para através destas vias de sinalização inibir a transcrição de genes à ATROFIA/HIPOTROFIA
Isto mesmo!
Proteínas como actina e miosina, são diretamente afetadas neste processo de degenerativo (ubiquitinação) ocasionando a ATROFIA.
O que fazer?
Treinamento de força, para assim promover ao invés do processo degenerativo no caminho da atrofia. O caminho do aumento da síntese proteica, e consequentemente ganhos de força, qualidade muscular e de vida. 
 Prescrição de atividade física para idosos
High-Intensity Strength Training in Nonagenarians: Effects on Skeletal Muscle, Fiatarone et al. publicado no tradicional JAMA de 35.0 de fator impacto. 
O artigo de 26 anos para alguns é antigo ou melhor para alguns velhinho. 
No entanto, aponta sobre a importância do treinamento de força em idosos muito frágeis, sendo uma das maiores fontes de referência no treinamento de força para IDOSOS com fragilidade (física, cognitiva, social, emocional e funcional).
Artigo é umas das primeiras referências com evidência científica para idosos no treinamento da força (2383 citações):
-análise dos efeitos do treinamento de força em idosos acima de 90 anos em situação de fragilidade.
-8 semanas,10 idosos entre 86 a 96 anos. 
Resultados demonstraram aumento de força em extensores de joelho variando de 61% a 348%. 
-aumento de 48% da velocidade de marcha.
-aumento da área de secção transversa da coxa (aumentou de10%).
Controle dos efeitos do treinamento resistido para idosos 
Na população idosa os efeitos como a perda de massa muscular e o aumento da gordura corporal decorridos do processo de envelhecimento podem contribuir com o aumento do número de quedas, com a perda da autonomia funcional e a morbidez, além de agravarem o quadro de doenças crônicas degenerativas.
O treinamento de força tem sido amplamente utilizado para combater esses sintomas associados ao envelhecimento, por aumentar a ativação das unidades motoras (UM), aumentar a AST da musculatura, a massa magra e a força muscular (Messier et al., 2013; Wallerstein et al., 2012).
Peterson et al. (2010), em uma meta-análise sobre a intensidade para otimização da melhora da força, 47 estudos diferentes envolvidos e 1079 participantes aplicados à população idosa.
 
Apesar da grande variação na intensidade de treinamento entre tais estudos, os pesquisadores utilizaram uma técnica estatística que demonstrava que, "quanto maior a intensidade relativa maior o ganho na força muscular", sendo que os estudos reunidos tiveram intensidades relativas entre 50–80% de 1RM e maior volume total de trabalho. 
EQUAÇÃO DE ESTIMATIVA DA MASSA MUSCULAR (Lee et al., 2000):
EMM= estatura (cm) x (0,00744 x CMB² + 0,00088 X CMC² + 0,00441 x CMP²) + 2,4 X SEXO – 0,048 x IDADE + RAÇA + 7,8
• CMB*: perimetria de braço dominante (cm) – (dobra cutânea de braço x 3,14)
• CMC: perimetria de coxa dominante (cm) – (dobra cutânea de coxa x 3,14)
• CMP: perimetria da panturrilha dominante (cm) – (dobra cutânea de pantu. x 3,14)
*CM=Circunferência muscular.
Lee, R.C. et al. Total-body skeletal muscle mass: developmente and cross-validation of anthropometric prediction models. Am.J>Clin.Nutr.,n.72,p.796-803,2000. 
Ciccolo JT et al. (2016) veio em confronto com a importância da musculação para idosos no sentido de mortalidade. 
Mortalidade? 
Sim. Afinal, que todos iremos morrer isto é fato. 
Mas a questão é quando irei e como estarei daqui 30, 40, 50 anos. 
Sei que deve estar pensando que saber da data da nossa morte é impossível e como estarei fisicamente também é inviável argumento. 
Entendo sua justificativa! Mas não posso concordar. As nossas escolhas no hoje certamente serão refletidas no amanhã. 
Mas já sou idoso? Também é verdadeiro isto. 
Sim! 
O estudo foi justamente atender as diretrizes do treinamento de força (TF) na relação da mortalidade em idosos. 
Peculariades do estudo:
- 2 X por semana; 
- A variável dependente foi todas as causas de mortalidades. 
- 9,6% dos adultos com 65 anos ou mais (n = 30.162 idosos) relataram seguir as orientação para a prática do TF e 31,6% morreram no decorrer.
- Dos 9,6% idosos que relataram seguiram todas as orientação para a prática da musculação, tiveram 46% dos menos chances de mortalidade por todas as causas na comparação dos idosos que não seguiam as recomendações.
- 15 anos de estudo de corte.
 Novos caminhos da Força: Kaatsu Training
O princípio do tamanho e padrão de recrutamento: 
“As unidades motoras de baixo limiar são recrutadas primeiro e conforme a intensidade é aumentada progressivamente são ativadas mais unidades motoras de limiar mais alto. Seguindo a ordem da tipologia de fibras tipo I em primeiro, e IIA e IIX, para assim ocorrer maior produção de força e eficiência motora” 
Alguns apontamentos são relevantes e bem construídos no âmbito científico para ocorrência deste episódio hipertrófico, no aumento da força: 
- Um destes é o ambiente de estresse muscular na relação com a fadiga. Conforme a fadiga é potencializada pela intensidade irá ocorrer o aumento do Lactato e consequentemente o acúmulo de hidrogênio e Fosfato Inorgânico ( H+ e Pi).Com este aumento do H+ e Pi irá ocorrer menor sensibilidade da troponina C pelo cálcio, assim como menor captação de cálcio e liberação do mesmo pelo retículo sarcoplasmático. 
- A hipóxia muscular, diminuição da oferta de oxigênio tem sido relevante para este processo ocorrendo o aumento da síntese proteica e reduziu marcadores do catabolismo (D'Hulst et al., 2013). 
- Melhoria a sensibilidade a insulina, aumento da lipólise, emagrecimento, aumento da expressão de GH e IGF-1, aumento na formação de ossos, melhoria da função endotelial, entre outros. Fugita et al., 2007.
- O aumento da sinalização molecular para hipertrofia, segundo Fugita et al.,2007, apontaram que aumento expressivo na proteína S6 kinase como efeito agudo após um treinamento a 20% 1RM com oclusão vascular, indicando um aumento síntese proteica (Fugita et al., 2007).
- Aumento na atividade de outras proteínas que participam diretamente na sinalização para hipertrofia como o complexo Akt/Mtor, proteínas de choque térmico, oxido nítrico sintetase, activina IIB e a miostatina, entre outras. (Loenneke et al., 2010).
 Resumidamente
Para pessoas que não suportam altas cargas de treinamentos, lesões musculares, melhor idade, perdas significativas musculares ocorridas por danos medulares (SNC) e estratégias de variações de estímulos de cargas de treinamentos para a hipertrofia muscular.
Este procedimento tem demonstrado grande êxito para a melhora da força e aumento de massa muscular. O que prova que o estresse metabólico aumenta o recrutamento das UNIDADES MOTORAS DE ALTO LIMIAR MESMO EM CONDIÇÕES DE BAIXA CARGA APLICADAS. 
Referências
Burgomaster KA, Moore DR, Schofield LM, Phillips SM, Sale DG, Gibala MJ. Resistance training with vascular occlusion: metabolic adaptations in human muscle. Med Sci Sports Exerc. 2003 Jul; 35(7):1203-8.
D'Hulst G, Jamart C, Van Thienen R, Hespel P, Francaux M, Deldicque L. Effect of acute environmental hypoxia on protein metabolism in human skeletal muscle. Acta Physiol (Oxf). 2013; 208(3): 251-264.
Loenneke JP, Wilson GJ, Wilson JM. A mechanistic approach to blood flow occlusion. Int J Sports Med. 2010 Jan; 31(1):1-4. doi: 10.1055/s-0029-1239499. Epub 2009 Nov 2.
Moore DR, Burgomaster KA, Schofield LM, Gibala MJ, Sale DG, Phillips SM. Neuromuscular adaptations in human muscle following low intensity resistance training with vascular occlusion. European Journal Apply Physiology 2004; 92(4): 399-406
Kon, M, Ikeda, T, Homma, T, and Suzuki, Y. Effects of lowintensity resistance exercise under acute systemic hypoxia on hormonal responses. J Strength Cond Res 26(3): 611–617, 2012 
Shoenfeld BJ. Potencial Mechanics for a role of metabolics stress in hypertrophic adaptations to resistence training. Sport Med.2013; 43(3),179-94 
doi:10.1007/400279-013-0017-1. 
Yasuda T, Brechue WF, Fujita T, Sato Y, Abe T. Muscle activation during low-intensity muscle contractions with varying levels of external limb compression. Journal of Sports Science and Medicine 2007; 7: 467-74.
Evidências recentes de estudos longitudinais indicam que o declínio da força muscular relacionado à idade não está proporcionalmente relacionado à perda de massa muscular (Biol Sci Med Sci. 2008; 63 (8): 829-34)
.
Estudo publicado agora em 2018 na conceituada revista “MEDICINE & SCIENCE IN SPORTS & EXERCISE” incluiu arquivos de 4449 participantes com 50 anos ou mais (Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição de 1999 a 2002). Esses arquivos forneceram dados de mortalidade desde a data da inscrição até 31 de dezembro de 2011. 
A mortalidade e a causa da morte, foram determinadas usando atestados de óbito.
A prevalência de baixa massa muscular foi de 23,1%, para massa magra apendicuar e 17,0%, para massa magra apendicular/IMC; a prevalência de baixa força muscular foi de 19,4%. A prevalência de baixa massa muscular (apendicular) foi significativamente menor entre homens do que entre mulheres (11,1% vs 33,1%),
.
 Curiosamente, os resultados revelam que a baixa força muscular esteve fortemente associada à mortalidade por todas as causas (OR, 2,34; IC95%, 1,71-3,20).
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 Porém, o fato de ter pouca massa muscular, não foi significativamente associada ao aumento do risco de mortalidade por todas as causas (OR, 1,40; IC95%, 0,91-2,14), a menos que a massa muscular baixa seja ajustada pelo IMC (OR, 1,47; IC 95%, 1,08-2,00). 
A incidência de mortalidade por todas as causas foi significativamente maior entre participantes com pouca força muscular, mesmo com massa muscular dentro dos padrões de normalidade (OR, 2,03; IC95%,) e entre aqueles com pouca força muscular e pouca massa muscular (OR, 2,66; IC95%,).
.
 O estudo conclui que a força muscular parece ser mais importante do que a massa muscular, na redução da taxa de mortalidade, pois a força muscular pode ser melhorada (MESMO SEM AUMENTAR A MASSA MUSCULAR) através do treinamento de força em idosos.
. 
Uma das adaptações com o treinamento mais importantes para a manutenção das atividades de vida diária em idosos é a qualidade muscular.
A qualidade muscular é a relação entre a força e o volume muscular. Assim, uma maior força desenvovida por cada centímetro quadrado de músculo, representa uma melhor qualidade muscular.
O estudo dos responders e non-responders pode esclarecer a relação do tecido adiposo com a adaptação de força e hipertrofia.
A respeito disso, Marcus et al (2013) mostraram que um maior volume de gordura intramuscular, verificada por ressonâcia, se correlacionava a uma maior dificuldade de aumento da qualidade muscular após 12 semanas de treinamento.
Vários fatores estão por trás desses resultados, principalmente os relacionados a adipocinas inflamatórias (secreções dos adipócitos), como TNF alfa, que dificulta o ganho de força muscular.
Porque isso é importante?
Esse achado explica em parte a questão da dificuldade de adaptação individual ao treinamento de força com o aumento da gordura intramuscular.
Marcus RL, Addison O, LaStayo PC. Intramuscular adipose tissue attenuates gains in muscle quality in older adults at high risk for falling. A brief report. J Nutr Health Aging. 17(3):215-8, 2013.
Um trabalho publicado no New England Journal of Medicine em maio de 2017, investigou qual seria a melhor modalidade de exercício para otimização da função e composição corporal em idosos.
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Foram randomizados 4 grupos de 40 idosos para receber uma intervenção de atividade física durante 6 meses, a saber:
1)Controle 
2) Aeróbio
(40 min de esteira, 3x/semana)
3) Musculação
(40 min de musculação, 3x/semana)
4) Combinado
(40 + 40 min de cada, 3x/semana)
.
 Foi avaliado o escore funcional, pico de consumo de O2, perda de peso, gordura e massa muscular no período avaliado.
O que foi encontrado?
1) Os três grupos que realizaram exercício obtiveram perda de peso e gordura significante, sem diferença entre eles.
2) O escore funcional aumentou significativamente mais no grupo combinado do que nos grupos aeróbico ou musculação isolados.
3) A força muscular apresentou aumento significativo apenas nos grupos musculação (TF) e combinado. 
4) O pico de consumo de O2 aumentou significativamente mais nos grupos Aeróbio e combinado.
5) A perda de massa muscular e densidade mineral óssea sofreu atenuação significativa nos grupos musculação (TF) e combinado.
6) As taxas de abandono não tiveram diferenças entre os grupo, inclusive controle.
Conclusão:
Aeróbio (endurance) e Musculação (TF) devem ser aliados para otimizar função e composição corporal em idosos.
Cada um apresenta seu benefício específico, podendo ser associados para uma melhora global pronunciada.
O tempo de atividade prescrita não impediu uma alta adesão ao programa nem aumentou a taxa de abandono associando as duas modalidades.
No reino da ciência séria, a Educação Física ainda continua andando para frente.
Aerobic or Resistance Exercise, or Both, in Dieting Obese Older Adults.Villareal DT et al. N Engl J Med. 2017.
O tratamento inicial da Osteoporose inclui terapia com bifosfonados (Alendronato, Risedronato, etc) + suplementação de Cálcio e Vitamina D, se necessários.
Outro ponto fundamental desse tratamento inclui a prática de exercícios físicos e aqui cabe uma ressalva: é necessário a sobrecarga ou impacto para que haja um estímulo à mineralização óssea. Apenas caminhar ou exercícios dentro da água não serão suficientes para esses pacientes.
O Treinamento de Força então é pedra

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