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Renata Ferreira 3º semestre - Medicina Faculdade Santa Marcelina Raciocínio clínico É traçado a partir da história do paciente (anamnese) e da observação e averiguação de sinais físicos (exame físico). Possui uma função essencial na atividade médica, pois a partir desse raciocínio são tomadas as decisões. Pontos importantes: ● ouvir com atenção a história do paciente e concomitantemente avaliar sinais que o paciente possa apresentar durante a fala, levar em consideração: idade, sexo, postura, expressões faciais. ○ É a partir dessa história que se encontra o guia para encontrar a solução. ● Conhecimento: livros, internet, artigo, teoria e conhecimento adquirido durante a formação do médico, expertise e sua prática diária; ● Habilidade: treinamento do raciocínio e a acurácia diagnóstica estão intimamente relacionados ao estágio de aprendizagem teórico-prática em que se encontra o médico dando a habilidade de raciocínio; ● Competência: determinante da qualidade da prática médica e está intimamente relacionada à aquisição de conhecimentos teóricos e práticos pelo profissional e à forma como esses conhecimentos estão organizados na sua memória; Hipótese diagnóstica (HDX): declaração sobre o possível estado do paciente que pode ser falsa ou verdadeira. ● Antes de chegar na hipótese diagnóstica é necessário passar pelas seguintes etapas: problema, anamnese, exame físico, exames laboratoriais e, por fim, hipótese diagnóstica. Para chegar a uma decisão diagnóstica é possível tomar dois caminhos: centrado no dado (interpretar sintomas, sinais e exames laboratoriais de forma individual para cada paciente e avaliar os resultados junto com as manifestações) e centrado na doença (identificar as características típicas de uma doença). Processo diagnóstico: seguir o sintoma guia e a partir dele realizar um interrogatório detalhada, utilizar de dados epidemiológicos (como doenças mais prevalentes em determinada região ou determinada idade). Outro fator importante é saber classificar a queixa como: aguda, crônica, cirúrgica ou clínica. Mecanismos específicos para desenvolver o raciocínio clínico: 1. O raciocínio analítico: baseado na fisiopatologia, gerando hipóteses que posteriormente serão testadas, utiliza-se o conhecimento fisiológico. 2. raciocínio não analítico: arquivos mentais, ou um roteiro de como determinadas doenças se comportam, esse método é denominado de Heurística (atalho) há 3 tipos: ● Heurística de ancoragem: o processo de anamnese é dirigido, praticado por profissionais experientes guiando suas perguntas, com base em uma suspeita diagnóstica inicial que será sua âncora. Quando o paciente possui uma história atrás que nos direciona para um diagnóstico; ○ ex: paciente 65 anos, com hipertensão, dislipidêmico, gerando hipótese de infarto agudo do miocárdio. ● Heurística de representatividade: processo de comparar a descrição da queixa do paciente com as manifestações apresentadas (não é muito eficiente pois eventualmente não é possível descartar algumas patologias); ○ ex: paiente 65 anos, com hipertensão, dislipidêmico obeso, com dor pericordial tipo queimação, com irradiação para mandíbula e náuseas. O médico compara os dados clínicos com história natural. ● Heurística de disponibilidade: Utiliza-se os dados epidemiológicos obtidos pelo médico, como quadros clínicos encontrados em outros pacientes com histórias semelhantes. Esses métodos, para solucionar casos rotineiros, são bem eficientes, porém ao se tratar de quadros mais complexos é necessário uma análise mais detalhada do que se denomina-se diagnósticos diferenciais (trata-se de um leque de possíveis patologias que tem como manifestação o quadro clínico apresentado pelo paciente). Método hipotético-dedutivo: o médico tira a história e exame físico, lança as hipóteses (diagnósticos diferenciais) e após isso começa a eliminar de acordo com o resultado de exames laboratoriais. Diagnóstico sindrômico: diagnóstico realizado pelo médico acerca de doenças, a partir de um conjunto de sinais e sintomas, podendo englobar uma ou mais doenças, geralmente pertencem ao mesmo grupo ou possui causa comum. Diagnóstico topográfico: refere-se onde está o problema, ou seja, qual a estrutura e função/anatomia e fisiologia. Diagnóstico etiológico: depende do tempo de evolução e refere-se ao diagnóstico realizado por médico a respeito de uma determinada doença, a partir da comprovação de sua causa, seja por meio de método clínico ou por exames laboratoriais, de imagem.
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