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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO DE NOTA - WAGNER TEODORO

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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO DE NOTA – CSJAM
WAGNER TEODORO – 107366
	O Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no sudoeste do estado do Piauí, possui uma inestimável riqueza em termos de flora, itens de valores históricos na forma fósseis, pinturas rupestres, esqueletos datados de 50 mil anos e, especialmente, a fauna da região, havendo espécies de animais singularmente encontrados na região. A diversidade na fauna do local é tamanha, que é capaz de serem encontradas até 27 espécies diferentes de lagarto, o que é um número altíssimo, além de ser encontrado o lagarto das costas vermelhas, único lugar do mundo onde pode ser visto o animal.
O Parque, que é reconhecido pela UNESCO como um Patrimônio Mundial, é um exemplo do que é – ou deveria ser – um modelo de desenvolvimento sustentável microrregional, pois há pessoas que dedicam suas vidas a conservação e estudo do local, de forma onde se mantenha intacto por muitos anos.
Entretanto, a implantação de um desenvolvimento sustentável microrregional esbarra em cinco obstáculos, sendo eles:
1. Falta de incentivo financeiro público e privado:
Para que se mantenha o Parque ativo, com as pessoas que cuidam do lugar, que estudam suas peculiaridades e que promovem o desenvolvimento da reserva, é preciso recursos financeiros. Ano após ano, com os cortes no orçamento da União refletindo mais diretamente no Ministério do Meio Ambiente, tornou-se mais escasso o envio de recursos a localidade. E os cortes de orçamento destinados a causa não partem apenas do governo, mas inclusive das empresas privadas que enviam recursos ao Parque como forma de compensação pelo dano ambiental causado pelas suas atividades, a exemplo, citado no vídeo, da Petrobrás.
2. Centralização dos recursos governamentais:
Um dos problemas que levam ainda mais a escassez dos recursos governamentais, é a centralização destes em Brasília. Desde a criação do Fundo da Compensação Ambiental, os valores destinados diretamente as organizações que cuidam desses tipos de Parques iam todos para Brasília para ser feita de lá a distribuição. O problema desta forma de distribuição é que os valores estão sujeitos a desvio ou distribuição tendenciosa por parte de quem faz, além de tornar o processo mais moroso.
3. Localização geográfica:
Estar localizado em um lugar remoto no nordeste brasileiro é um entrave muito grande ao desenvolvimento microrregional sustentável do Parque da Serra da Capivara. Isto se dá pois o difícil acesso da localização não favorece o turismo e a popularização do lugar. Não havendo turismo, não há atividade de comércio locais, o que resulta numa impossibilidade de desenvolvimento econômico sustentável na região.
4. Falta de responsabilidade do governo e da população local:
Com o passar dos anos, e com o próprio descaso da população e do governo local, que constantemente jogaram lixo nos rios e lagos da região, bem como plantaram árvores exóticas para secar as fontes da região, o local que era seco mas ainda possuía algumas lagoas e rios, tornou-se mais árido e, consequentemente, com menos incidência de chuvas. Ainda que haja o recebimento de recursos, o descaso das pessoas que ali habitam, não dando importância pro valor da preservação do Parque, ajuda a inviabilizar o desenvolvimento do mesmo.
5. Evasão da população local:
Com a falta de água e de oportunidades na região, as pessoas que ali habitam enfrentam duras condições para (sobre)viver na região. Em razão disso, muitos dos moradores da localidade se veem forçados a buscar por novas oportunidades em outras partes do estado ou do país. Nesse sentido, a falta de pessoas com viabilidade de residirem no local mostram como é inviável a forma de desenvolver a região de forma sustentável.
Ao passo em que são encontradas cinco barreiras para o desenvolvimento sustentável microrregional da localidade, é possível apontar três formas de solucionar estes problemas:
1. Criação de incentivos para a preservação e desenvolvimento do local:
Uma alternativa para a falta de oportunidades e escassez de recursos para a preservação da região é a criação de incentivos financeiros para os projetos locais. Envio de verbas para as organizações bem como a criação de bolsas para pessoas que se prontifiquem a trabalhar na preservação do Parque é uma alternativa viável para o saneamento deste problema.
2. Simplificação do envio de recursos privados.
Desburocratizar o envio dos recursos privados as organizações de preservação ajudam a tornar prático e maximizar os cuidados a região. Ao invés de centralizar os fundos em Brasília para posterior distribuição, é mais viável que seja atribuída as empresas a escolha dos fins destes fundos através de estudos de viabilidade de aplicação, com posterior fiscalização por parte do governo sobre a real destinação destes fundos.
3. A criação de meios logísticos para a exploração turística
Para a solução do problema geográfico no qual está inserido o Parque, é necessário que se criem meios logístico para que turistas consigam mais facilmente ter acesso a região. A criação de um aeroporto próximo a localidade bem como a pavimentação do caminho até o Parque deixariam mais livres e oportunas as rotas até a região, fazendo com que turistas cheguem de forma menos íngreme até o local.

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