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Sondagem Nasogástrica a.1) Quais as indicações? - Administrar medicamentos ou alimentos(por alguma razão, não consiga ingerir alimentos); - descomprimir o estômago para a remoção de líquidos; - avaliar a motilidade intestinal; - tratar sangramentos e obstruções; - coletar conteúdo gástrico para a análise; - remover toxinas ingeridas; - administrar antídotos. a.2) Quais as contraindicações? Contraindicações à entubação nasogástrica incluem: - Obstrução nasofaríngea ou esofágica - Trauma maxilofacial grave - Distúrbios de coagulação não tratados As varizes esofágicas eram anteriormente consideradas contraindicações, mas faltam evidências de efeitos adversos. b) Complicações - Complicações respiratórias(morte devido à inserção incorreta da sonda nos vias aéreas e pulmões; pneumotórax, seguido de derrame pleural e broncoaspiração relacionados à nutrição enteral) - Obstrução da sonda - Perfuração intestinal - Perfuração intracraniana(maioria envolveu vítimas de acidentes com fratura da base do crânio. Devido à ruptura da placa cribriforme, a SNG penetrou na região intracraniana) - Remoção acidental da sonda c) Se necessário uso prolongado, com que frequência trocar? As sondas devem ser trocadas sempre que houver algum problema, como rachadura, obstrução ou maus posicionamento e funcionamento. Caso contrário, um paciente pode permanecer com a mesma sonda por até 5 meses. d) Diferenças para sondagem nasoenteral (SNE) A sonda nasoenteral é colocada da narina até o sentido pré-pilórico (no estômago) ou pós-pilórico (no intestino — duodeno ou jejuno). Possui calibre fino, fio-guia maleável no seu interior, tarja radiopaca que permite controle radiológico e sistema de fechamento exclusivo. Para esse tipo de sonda, é necessário fazer um exame de raio X para verificação do posicionamento correto. A sonda nasoenteral tem como única função a alimentação, ou seja, auxilia os procedimentos da nutrição enteral. No entanto, em alguns hospitais, também é utilizada para fazer drenagem. Ja a sonda nasogástrica, é fabricada em material de PVC, totalmente maleável, transparente e atóxica. Diferentemente da sonda nasoenteral, não possui fio-guia e não requer exame de raio X para verificar sua localização. Nesse procedimento, o tubo é introduzido pela narina e posicionado no estômago. É utilizada, geralmente, para lavagem gástrica. Por exemplo: preparação do aparelho digestivo para exames ou cirurgias, estancamento de hemorragias gástricas ou esofágicas e drenagem de conteúdo gástrico excessivo. Também podem ser utilizadas para alimentação. Júlio César Paixão Ribeiro Filho https://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3o_enteral Sondagem Nasogástrica e) Técnica 1. Usar avental, luvas e protetor facial. 2. Verificar a permeabilidade de cada narina mantendo uma fechada e pedindo ao paciente que respire pela outra. Perguntar ao paciente qual fornece o melhor fluxo de ar. 3. Examinar dentro do nariz a procura de quaisquer obstruções óbvias. 4. Colocar toalha ou pano azul sobre o peito do paciente para mantê-lo limpo. 5. Escolher o lado para a inserção da sonda e borrifar o anestésico tópico nessa narina e faringe pelo menos 5 minutos antes da inserção da sonda. Se houver tempo, administrar 4 mL de lidocaína a 10% por meio de nebulizador ou inserir 5 mL de lidocaína em gel a 2% nas narinas. 6. Se disponível, borrifar um vasoconstritor como fenilefrina ou oximetazolina na narina, tentando alcançar toda a superfície nasal, incluindo os aspectos superior e posterior; mas pode-se omitir essa etapa. 7. Estimar a profundidade de inserção adequada —aproximadamente a distância ao lóbulo da orelha ou ângulo da mandíbula e então ao processo xifoide, mais 15 cm; observar qual das marcas pretas na sonda corresponde a essa distância. 8. Lubrificar a extremidade da sonda nasogástrica. 9. Inserir delicadamente a ponta da sonda no nariz e deslizar ao longo do assoalho da cavidade nasal. Apontar para trás, então para baixo de modo a permanecer abaixo do corneto nasal. 10. Esperar sentir resistência leve à medida que o tubo passa pela nasofaringe posterior. 11. Pedir que o paciente tome goles de água com um canudo e avance o tubo durante as deglutições. O paciente irá engolir a sonda, facilitando a passagem para o esôfago. Continuar avançando a sonda durante as deglutições até a profundidade predeterminada usando as marcas negras na sonda como referência. 12. Avaliar a colocação adequada da sonda pedindo que o paciente fale. Se o paciente não consegue falar, tem voz rouca, engasga violentamente ou apresenta dificuldade respiratória, a sonda provavelmente está na traqueia e deve ser removida imediatamente. 13. Injetar 20 a 30 mL de ar e auscultar a passagem de ar com o estetoscópio abaixo da região subcostal esquerda. O som de uma corrente de ar ajuda a confirmar a localização da sonda no estômago. 14. Aspirar o conteúdo gástrico para confirmar novamente a inserção no estômago (às vezes, não há retorno de conteúdo gástrico, mesmo quando a sonda está corretamente posicionada no estômago). 15. Às vezes, é necessária radiografia de tórax para confirmar definitivamente a localização da sonda no estômago. Se a sonda for usada para infundir quaisquer substâncias, como contraste radiopaco ou alimentação líquida, é recomendado radiografia de tórax. 16. Prenda a sonda ao nariz do paciente. Aplicar benzoína à pele, se disponível. Usar um pedaço de fita adesiva de 10 a 15 cm que é dividido verticalmente em duas partes na metade do seu comprimento, conectando a metade larga ao nariz do paciente. Em seguida, envolver as extremidades da fita em direções opostas ao redor da sonda. 17. Anexar a sonda nasogástrica à sucção e ajustá-la para baixa sucção (sucção intermitente, se possível). Júlio César Paixão Ribeiro Filho Sondagem Nasogástrica REFERENCIAS: - Metheny NA, Krieger MM, Healey F, Meert KL. A review of guidelines to distinguish between gastric and pulmonary placement of nasogastric tubes. Heart Lung. 2019;48(3):226-35. doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.hrtlng.2019.01.003 - NHS Improvement. Never events list 2018. [Internet]. London: NHS Improvement; 2018 [cited May 24, 2019]. - World Health Organization. Conceptual framework for the international classification for patient safety. [Internet]. Geneva: WHO; 2009 [cited May 24, 2019]. - Fan L, Liu Q, Gui L. Efficacy of non-swallow nasogastric tube intubation: a randomized controlled trial. J Clin Nurs. 2017;25(21-22):3326-32. doi: https://doi.org/10.1111/ jocn.13398 - Brooks M. Pneumothorax events linked to placement of enteral feeding tube. [Internet]. New York: Medscape; 2018 [cited May 24, 2019]. Júlio César Paixão Ribeiro Filho
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