Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS Fundação Educacional Lucas Machado RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (TH2) Camila Augusta dos Santos Professora: Treinamento de Habilidades 2 Disciplina: segunda-feira (08h55 às 11h40) Dia da semana e horário: João Vitor Carmo de Novaes Aluno: SONDAGEM NASO E OROGÁSTRICA Tema da aula: OBJETIVO DO APRENDIZADO 1. Compreender de maneira correta a realização da técnica de sondagem nasogástrica (SNG) e orogástrica (SOG) e as suas fixações. INDICAÇÃO DA TÉCNICA 2. A técnica de sondagem gástrica é indicada para a realização de descompressão gástrica, para se tratar a atonia gástrica, para se coletar suco gástrico, além de ser útil para se remover toxinas ingeridas – principalmente, após tentativas de autoextermínio por causa da ingestão de algum fármaco, por exemplo – ou, em último caso, para administração de dieta e de medicação. CONTRAINDICAÇÃO DA TÉCNICA 3. As contraindicações da técnica de sondagem gástrica envolvem obstrução nasofaríngea ou esofágica, trauma maxilofacial grave, distúrbios de coagulação não tratados, obstrução intestinal completa, sangramento digestivo superior e alguns casos de síndromes disabsortivas, além de alertar-se sempre à possibilidade da existência de um Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), sendo, assim, impossibilitada a realização de uma SNG. PARÂMETROS CLÍNICOS UTILIZADOS PARA INDICAR ESSA TÉCNICA 4. CASO CLÍNICO 01: Parâmetros clínicos utilizados para a indicação da técnica de Sondagem Orogástrica (SOG): - Uso abusivo de medicamentos para depressão, tendo afirmado que algumas horas antes do atendimento, o paciente fez uso de um número maior de comprimidos de Clonazepan. - A partir do exame físico, o médico avalia lesões em nariz e narinas decorrentes de episódios de automutilação. CASO CLÍNICO 02: Parâmetros clínicos utilizados para a indicação da técnica de Sondagem Nasogástrica (SNG): - Dificuldade para se alimentar e para deglutir, além de vômito frequente. MATERIAIS NECESSÁRIOS 5. Sondagem gástrica: - Sonda gástrica, (a escolha do tamanho da sonda se da de acordo conforme observações). - Anestésico tópico 2% sem vasoconstritor ou SF 0,9%. - Luvas de procedimentos. - Gazes. - Fita hipoalergênica (micropore) e Esparadrapo. - Seringa de 20ml. - Estetoscópio. - Máscara cirúrgica. - Óculos de proteção. Fixação de Sonda gástrica: - Esparadrapo e fita hipoalergênica. - Gaze. - Luva de procedimento. - Luvas de procedimentos. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 6. Reunir o material necessário e levá-lo ao leito do paciente. 1. Higienizar as mãos. 2. Explicar o procedimento ao paciente/familiares e pedir colaboração. 3. Conferir o nome do paciente pela pulseira de identificação. 4. Calçar luvas de procedimento, colocar a máscara facial e os óculos de proteção. 5. Posicionar o paciente em posição de Fowler (cabeceira entre 30 e 45º, se não houver contra 6. indicação). Preparar a fixação da sonda. 7. Cortar o esparadrapo para marcar a sonda e deixá-lo na lateral da bandeja. 8. Reservar porção de xilocaína gel sobre gaze simples. 9. Realizar limpeza do local da fixação (lateral da face) com soro fisiológico e gazes. 10. Abrir o invólucro da sonda gástrica. 11. Medir a sonda: Distância do lóbulo da orelha a ponta do nariz e deste ao apêndice xifoide (SNG) 12. ou do lóbulo da orelha à comissura labial e deste ao apêndice xifoide (SOG), mantendo a técnica limpa. Marcar este ponto com um pequeno pedaço de esparadrapo. 13. Lubrificar com o anestésico a ponta distal da sonda gástrica ou se preferir, lubrificá-la com SF 14. 0,9%. Fletir a cabeça do paciente suavemente em direção ao tórax. 15. Segurar o cateter com a extremidade apontada para baixo, curvá-lo se necessário e com 16. cuidado, inseri-lo na narina ou pela boca conforme a solicitação de inserção. Introduzir a sonda aproximadamente 15cm (medida do lóbulo da orelha à ponta do nariz) 17. através de uma das narinas ou através da cavidade oral caso haja dificuldade ou contra indicação para sondagem nasogástrica. Solicitar ao paciente para deglutir (se possível) e progredir a sonda através do esôfago até o 18. ponto pré-determinado. Observar drenagem de conteúdo gástrico imediato. Caso não haja drenagem espontânea do 19. conteúdo gástrico, realizar a checagem do posicionamento correto da sonda através da ausculta epigástrica: Injetar ar rapidamente com a seringa (20 ml em adultos, 05 ml em crianças e 1 a 2 ml em neonato). Conectar a sonda ao coletor sistema aberto, e fixar o coletor abaixo da inserção da sonda, pois a 20. drenagem se dará pela gravidade. Fixar a sonda no nariz ou face: 21. Limpar a pele do paciente (local da fixação) com compressa de gaze umedecida em SF 09%. Fixar 02 cm de esparadrapo micropore no nariz ou face do paciente (fixação será no nariz no caso de sonda gástrica e na face no caso de sonda orogástrica), (Figura A e B). Fazer fixação na sonda, sobre a marca de posicionamento, com esparadrapo micropore e fios de gaze compridos e reforçados. Proceder à fixação dos fios de gaze sobre o esparadrapo micropore pré-fixado na narina ou face, cobrindo-os com outra tira de esparadrapo micropore de mesmo tamanho. Realizar troca da fixação sem tracionar a sonda, respeitando a marca de posicionamento. Confirmar fixação. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem. 22. Desprezar as luvas de procedimento. 23. Higienizar as mãos. 24. Registrar o procedimento no prontuário do paciente. 25. OBSERVAÇÕES: Cheque o padrão respiratório, presença de cianose ou tosse durante e após a passagem da sonda. Caso verifique alguns destes sinais, retire imediatamente a sonda. A sondagem gástrica também poderá ser usada para administração de medicação ou alimentação. Quando usada para estes fins, a sonda deverá ser clampada imediatamente após a administração, permanecendo assim por 1 hora para que não haja retorno da medicação ou alimento pela sonda. A sondagem gástrica tem por finalidade oferecer conforto ao paciente, principalmente aos que apresentam vômitos intermitentes. Caso o paciente apresente vômito mesmo estando com a sonda, algo pode estar errado. Neste caso verifique o posicionamento correto da sonda e se ela não está obstruída. Se observar resistência na introdução do cateter, retirá-lo e reintroduzir delicadamente. Se ao realizar os testes de localização do cateter, não refluir conteúdo gástrico e ruídos estiverem ausentes, retirar o cateter e reiniciar o procedimento respeitando as etapas acima. Em casos de paciente com suspeita de trauma de base de crânio fazer a cateterização via oral. Trocar a fixação da sonda a cada 24 horas, ou antes, se solto, observando a presença de lesões traumáticas ou alérgicas na pele adjacente ao local de inserção e de fixação da sonda. O tamanho da sonda: 04 a 10: crianças /12 a 14: alimentação/16 a 18: lavagem gástrica- drenagem. RELATO DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA 7. Confesso que, ao entrar na sala e ver tantos materiais que seriam utilizados durante a demonstração e a prática da técnica de Sondagem Gástrica, achei que essa seria uma habilidade médica de grande complexidade e de difícil entendimento. Depois da explicação da professora, chegou a minha hora de realizar esse procedimento no boneco. No início, tive dificuldade em inserir a sonda da maneira correta, uma vez que havia passado pouco lubrificante. Porém, com a ajuda da professora Camila e seus ensinamentos tão valiosos, consegui entender muito bem os detalhes e os passos de execução da técnica com a eficiência prevista e necessária. REFERÊNCIAS 8. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, cap.34. Referência complementar. GOTFRIED, J. Colocação de sonda nasogástrica ou intestinal. Manual MSD- versão para profissionaisde saúde, 2018. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/distúrbios- gastrointestinais/procedimentos-diagnósticos-eterapêuticos-gastrointestinais/colocação-de-sonda- nasogástrica-ou-intestinal. Acesso em: 14, dez. 2020. Silva AST, Pinto RLG, Rocha LR. Prevenção de eventos adversos relacionados à sonda nasogástrica e nasoenteral: uma revisão integrativa. J. nurs. health. 2020. MERIGHI, Miriam Aparecida Barbosa; SOLER, Zaida Aurora Sperli Gerades. CONSIDERAÇÕES SOBRE A SONDAGEM GÁSTRICA NO RECÉM-NASCIDO. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 22, n. 3, p. 289- 297, Dec. 1988 .
Compartilhar