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Pâncreas Endócrino - Resumo part 1

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Fisiologia II - Aula 3
Pâncreas
Glândula Mista em - Endócrino e Exócrino
Anatomia Funcional
Encontra-se em íntimo contato com o
duodeno, enquanto a cauda faz contato com
o hilo esplênico e flexura cólica esquerda. O
corpo e a cauda do pâncreas se estendem
pelo retroperitônio em direção ao baço.
Digestão
Enzimas digestivas secretadas na luz do
duodeno.
Homeostasia da Glicose
Secreção de hormônios
Ilhotas de Langerhans
São pequenos agrupamentos de células
endócrinas situadas no interior do pâncreas.
São facilmente reconhecidas, mesmo em
aumentos pequenos, por que sua coloração
é menos intensa que a coloração das células
exócrinas do pâncreas, chamadas células
acinosas do pâncreas.
Hormônios Pancreáticos
Insulina
A insulina é um hormônio anabólico, sendo o
principal regulador do metabolismo da
glicose. Sua molécula é constituída por duas
cadeias de polipeptídeos, denominadas A e
B, unidas por duas pontes dissulfeto, com
peso molecular de aproximadamente 5800
daltons, é produzida pelas células β
pancreáticas e sua síntese é estimulada por
nutrientes, tais como glicose, aminoácidos e
lipídeos. Seus receptores estão presentes
em diversos tecidos, incluindo hepático,
adiposo e muscular, o que reflete a variedade
de funções da insulina.
Síntese da Insulina
A principal função da célula β é produzir,
estocar e secretar insulina. Sob condições
normais, a célula β está em constante
reposição do estoque de insulina, de modo
que, em situações agudas como sobrecarga
de glicose, há disponibilidade imediata do
hormônio. A pré-pró-insulina é uma molécula
de alto peso molecular, constituída por quatro
domínios diferentes: peptídeo C, cadeias A e
B (insulina) e um peptídeo sinalizador, sendo
este último responsável pela sua rápida
penetração no retículo endoplasmático.
Secreção da Insulina
A insulina persiste armazenada até que
algum estímulo promova sua exocitose,
sendo o principal a concentração de glicose
no interstício. O processo de secreção da
insulina é complexo, envolvendo vários
mecanismos, muitos deles ainda não muito
bem esclarecidos. Na célula β, a glicose
atravessa a membrana plasmática por
difusão facilitada, através de seus
transportadores GLUT-1 e 2, os quais
possuem baixa afinidade pela mesma, uma
vez dentro da célula, a glicose é fosforilada
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Fisiologia II - Aula 3
em glicose-6-fosfato, via ação enzimática da
glucoquinase. Essa enzima, pertencente à
família das hexoquinases, possui baixa
afinidade pela glicose (Km 6-10mM), mas
alta capacidade enzimática. Assim, ele
regula a secreção de insulina de acordo com
a concentração de glicose do meio,
funcionando como um sensor de glicose da
célula β.
Os transportadores de Glicose
A glicose necessita de transportadores
específicos, uma vez que é uma molécula
hidrofílica, não sendo capaz de atravessar a
membrana. Seu transporte é feito a favor de
um gradiente de concentração, ou seja, não
requer energia. Pelo menos seis
transportadores de glicose (GLUTs) já foram
identificados. O GLUT 1 está amplamente
distribuído nos tecidos e está mais
relacionado ao transporte de glicose basal e
não mediada pela insulina. O GLUT 2
permite o influxo de glicose na célula β, onde
sua concentração intracelular aumenta
proporcionalmente aos níveis extracelulares.
Juntamente com a enzima glucoquinase,
funciona com um sensor de glicose para a
célula β. O GLUT 3 está presente no sistema
nervoso central e, juntamente com o GLUT 1,
permite o fluxo de glicose cerebral. O GLUT4
é expresso em tecidos sensíveis à insulina,
principalmente no músculo esquelético e
adiposo. É responsável pela captação
periférica de glicose nesses tecidos. Ao
contrário dos outros GLUTs, está localizado
em vesículas, no citoplasma. O GLUT4 é um
transportador de glicose intracelular próximo
à membrana plasmática. A insulina aumenta
a exocitose de vesículas contendo o GLUT 4
e, no estado basal, há uma contínua
reciclagem do transportador entre a
membrana celular e estruturas intracelulares.
Efeitos da Insulina - ativa reações de
síntese e inibe reações de degradação
No geral, a ação resultante de todos os
efeitos da insulina no organismo é a redução
do nível de glicose sanguíneo, sendo
considerado um hormônio hipoglicemiante.
Isso ocorre devido à inibição da produção e
liberação de glicose no fígado através do
bloqueio da gliconeogênese e da
glicogenólise. A insulina estimula o acúmulo
de glicogênio através do aumento do
transporte de glicose no músculo e síntese
de glicogênio em fígado e músculo, através
da desfosforilação da enzima glicogênio
sintetase.
- Ativa reações de síntese
- Inibe reações de degradação
.Lipólise
.Glicogenólise
.Gliconeogênese
- Hepático;
- Muscular;
- Tecido adiposo;
- Renal.
- Metformina, como mecanismo de
ação.
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Metabolismo de Carboidratos no Fígado
Insulina
Estimula
- Fosforilação da glicose
- Síntese de glicogênio
Inibe
- Glicogenólise
- Gliconeogênese
. Redução da Glicemia
Diabete Mellitus
- Disturbio metabólico crônico
caracterizado por elevação da
concentração de glicose no sangue
Hiperglicemia.
Ocorre devido a diminuição (ausência) da
liberação de insulina ou resistência a seu
efeito.
Diabete Mellitus tipo 1
Redução ou ausência da secreção de
insulina.
- Insulino dependente
Diabete Mellitus tipo 2
Resistência ao efeito da insulina
- Insulino não dependente
Agentes Hipoglicemiantes
Derivado da Guanidina
- Metformina
Derivado da sulfonamida
- Sulfonilureias
Inibidores da α glicosidase intestinal
- Acarbose
Fármacos que mimetizam ou
potencializam os efeitos das incretinas
- Exenatida
- Gliptinas
Metformina
Mecanismo de ação
- Estimulação da glicólise nos tecidos,
com aumento da remoção de glicose
do sangue.
- Redução da gliconeogênese
hepática.
- Redução da absorção de glicose pelo
trato gastrintestinal.
- Redução dos níveis plasmáticos de
glucagon.
. Não estimulam a secreção da insulina- não
necessitam de células beta funcionantes.
Sulfonilureias
Eficazes somente em células beta
funcionantes.
Hormônio Glucagon
Hormônio polipeptídico que desempenha
papel na regulação da homeostasia da
glicose por efeitos antagônicos à insulina.
- Contra regulador da insulina;
- Liberado no estado de jejum,
mantendo a glicemia.
Síntese do Glucagon
É sintetizado nas células α do pâncreas,
enquanto a insulina é sintetizada pelas
células β. As células α estão localizadas nas
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ilhotas de Langerhans, na porção endócrina
do pâncreas. Sua secreção é aumentada
quando os níveis de glicose no sangue estão
baixos, fazendo com que estes níveis
aumentem, voltando ao valor normal. É
controlado fisiologicamente pelo organismo
através da hipoglicemia, baixos níveis de
ácidos graxos, hiperaminoacidemia, estímulo
vagal e estímulos do sistema adrenal, como
estresse ou exercício.
Após ser produzido, o glucagon pode ficar
estocado em vesículas secretórias das
células α ou ser diretamente secretado. O
glucagon possui um metabolismo pulsátil de
secreção, pois desta forma ele é mais ativo.
Esses pulsos são regulados pela ação do
sistema nervoso nas ilhotas de Langerhans.
Regulação da Secreção de Glucagon
Metabólicos
+ Hipoglicemia
+ Aminoácidos (Alanina, Arginina)
- Triglicerídeos e ácidos graxo
Humorais
- Insulina
- Somatostatina
- GABA (célula β)
+ L-Glutamato
+ Hormônio do TGl
+ Grelina
Neurais
+ Receptores ɑ2 adrenérgicos
+ vagal (acetilcolina)
Mecanismo de ação do Glucagon
Estimula a glicogenólise, a transformação do
glicogênio em glicose e sua liberação na
corrente sanguínea. O glucagon atua
principalmente no fígado, pois a ação da
insulina após as refeições promove a síntese
de glicogênio a partir da glicose que entra no
fígado.
Metabolismo de Carboidratos no Fígado
Glucagon
Estimula
- Glicogenólise
- Gliconeogênese- Formação de corpos cetônicos
Inibe
- Síntese de glicogênio
- Glicólise
. Aumento da glicemia
Glucagon X Insulina
https://www.biologianet.com/biologia-celular/glicogenio.htm
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