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DOENÇAS METABÓLICAS EM VACAS

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DOENÇAS METABÓLICAS EM VACAS
O período de transição, geralmente definido como o espaço de tempo entre as 3 semanas pré-parto e as 3 semanas pós-parto, é uma fase crítica e determinante para a saúde da vaca e seu retorno econômico durante toda a lactação. A capacidade da vaca em consumir energia suficiente durante esse período é um dos mais importantes contribuintes para o sucesso ou falha da lactação. A adaptação da vaca ao balanço energético negativo durante o início da lactação proporciona saúde e produtividade, enquanto que uma baixa adaptação pode ter como consequência múltiplos problemas, incluindo os clínicos e a diminuição da produção leiteira.
Entre os principais distúrbios metabólicos que ocorrem neste período estão a cetose clínica e subclínica, hipocalcemia e hipomagnesemia. As doenças reprodutivas mais comuns são as metrites, endometrites e os cistos ovarianos.
A alta incidência dessas doenças, bem como seus custos as tornam uma questão de grande relevância dentro de um sistema de produção de leite. 
Você sabe qual a real incidência e os custos dessas doenças?
1) Hipocalcemia clínica (febre do leite)
Tem uma incidência de 3,5% a 7%, de acordo com estudos conduzidos na Australásia, Estados Unidos e Europa.
Em termos de custos, custos para a cadeia produtiva, estudos apontam para um valor de US$ 300,00 por caso.
2) Hipocalcemia subclínica
A hipocalcemia subclínica tem uma incidência bem mais elevada, sendo de 25% em vacas de primeira lactação a 50% em animais que têm duas ou mais lactações.
Os custos para a cadeia produtiva são de US$ 125,00 por caso. Apesar do custo da hipocalcemia clínica ser bem maior, sua incidência é bem menor do que a da hipocalcemia subclínica. Dessa forma, o impacto da doença subclínica é muito mais negativo do que o da doença clínica, até porque, muitas vezes, como não é possível ver os malefícios causados pela doença subclínica, esses acabam sendo ignorados.
3) Hipomagnesemia
É difícil estimar o impacto da hipomagnesemia independente da hipocalcemia. O impacto geralmente é baixo, pois a incidência é, geralmente, baixa. A importância está relacionada ao seu papel predisponente para o desenvolvimento da hipocalcemia, além da ocorrência de morte súbita em animais que não são tratados rapidamente.
 
A hipomagnesemia é mais frequente em rebanhos criados a pasto, expostos a pastagem nova, rica em potássio. Não é uma doença prevalente em rebanhos que fazem alimentação com concentrado ou que tomam ações para prevenir o problema.
4) Cetose
A cetose também pode ser clínica ou subclínica, sendo essa a forma mais importante de ocorrência. A cetose subclínica é caracterizada por um nível de beta-hidroxibutirato (BHBA) acima de 1,2 mmol/L. Sua incidência média é de 43% nas duas primeiras semanas pós-parto, com um mínimo de 15%:
O custo da cetose varia de US$ 117,00 a US$ 286,00 por caso.
5) Metrite
A incidência é de 10% a 36%. Já o custo foi estimado em US$ 358 por caso, muito relacionado a perdas reprodutivas, descarte precoce e tratamento.
6) Endometrite clínica e subclínica
A incidência de endometrite clínica é de 10 a 20% e da subclínica é de 30% a 60%. Lembrando que a endometrite é uma das principais causas de infertilidade em rebanhos leiteiros, reduzindo prenhez por inseminação, aumentando a perda de prenhez, aumentando o intervalo entre partos e a chance de descarte.
7) Cistos ovarianos
Cistos ovarianos são muito comuns em vacas leiteiras e em lactação e muito dependentes do manejo. A incidência é de 10 a 12%, mas pode variar de 3% a 32%. O custo é de US$ 137,00 por caso, maioria relacionado com perda de desempenho reprodutivo.
O impacto destes problemas na atividade leiteira é bastante significativo e, indústria e pesquisadores do mundo todo, tem concentrado seus esforços em definir as melhores medidas para mitigar estas ocorrências.
Fonte consultada:
Perfil metabólico em vacas leiteiras no período de transição (https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/perfil-metabolico-em-vacas-leiteiras-no-periodo-de-transicao-58340n.aspx)

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