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PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE A “pneumonia” é uma infecção aguda, do parênquima pulmonar decorrente por algum microorganismo (bactéria, vírus, fungos). A pneumonia adquirida na comunidade (PAC), é aquela que foi adquirida fora do ambiente hospitalar. Considera –se pneumonia hospitalar com as seguintes características: Internação por 2 ou mais dias nos últimos 90 dias, provenientes de asilo ou de casas de saúde, receberam antibióticos por via endovenosa ou tratamento de escara nos últimos 30 dias e em tratamento em clinica de diálise. Para o manejo adequado da PAC é importante: Que tenha um diagnóstico correto, reconhecer fatores de risco (asilo? Uso de ATB recente?), avaliar gravidade da pneumonia, escolher o antibiótico e decidir o local de tratamento . Sinais e sintomas Tosse + um ou mais dos sintomas abaixo: - Calafrios, expectoração, falta de ar, dor torácica; - Manifestações sistêmicas como: confusão, cefaleia, sudorese, mialgias, temperatura corporal > 37,8; - Achados focais no exame físico do tórax: FTV aumentado, macicez ou submacicez e crepitações Achados no RX de tórax: Lembrar de pedir sempre PA e perfil!!! Observar opacidade nova, que é bem vista no RX de tórax; Diagnóstico Radiografia de tórax Recomendado para todos os pacientes admitidos em hospital, para avaliar extensão de lesões, procurar complicações e ajudar em diagnóstico diferencial. Pacientes tratados em ambulatório devem realizar apenas o RX de tórax. O sinal do derrame pleural, o que está sinalizado, é chamado de sinal do menisco, se houver derrame significativos com 5,0 cm ou mais, devem ser puncionados! Ultrassonografia do tórax Apresenta maior sensibilidade e maior acurácia do que RX do tórax; Principais achados são: consolidações, padrão intersticial focal, lesões subpleurais e anormalidades na linha pleural. Apresenta alto rendimento na detecção de complicações como derrame pleural, além de permitir visualização de loculações na cavidade. TC de Tórax É mais utilizado em imunossuprimidos, para diagnósticos diferenciais, e em pacientes obesos, Avaliação da troca gasosa A saturação periférica de O2 (SpO2) deve ser observada de rotina, antes do uso eventual de oxigênio. A presença de hipoxemia indica o uso de O2 suplementar e admissão hospitalar. Diagnóstico microbiológico Não é necessário para pacientes com PAC não grave de tratamento ambulatorial. Etiologia somente para pacientes com PAC grave ou que não respondam a terapia empírica inicial, e também os internados em UTI. Exames: exame direto e cultura de escarro, hemocultura, testes para detecção de antígenos urinários para S. pneumoniae e Legionella sp., testes sorológicos e eventual cultura para germes atípicos; - Culturas especiais e testes de galactomanana (suspeita de aspergilose) e 1-3-beta-glucana para fungos É importante analisar história clínica detalhada do paciente! Scores de gravidade É de suma importância a avaliação de gravidade ao diagnóstico da PAC, pois ajuda no prognóstico e decisão de tratamento. CURB – 65 e CRB – 65 Para ambulatórios, onde não há laboratório disponível para avaliar ureia, utiliza o CRB -65; A cada fator, é dado 1 ponto! ATS São classificados como critérios maiors e menores: - 1 critério maior: UTI - 3 ou mais critérios menores: UTI Biomarcadores Mais utilizados: PCR (proteína C reativa) e procalcitonina - Proteína C reativa: eleva –se em qualquer processo inflamatório e infeccioso, seno inespecífico. PCRt < 100 mg/L: associada a menor risco de pneumonia complicada, ventilação mecânica e mortalidade • OBS: quando a proteína C reativa não cai 50% do seu nível no terceiro dia de tratamento e permanece acima de 75 mg/l, há maior risco de morte em 30 dias. - Procalcitonina: mais específica do que PCR para infecção bacteriana, não se elevando na vital Valor prognóstico -> se persistirem altos, é associado a maior mortalidade, indicado rever terapêutica e diagnóstico Retirada de antibióticos -> valores persistirem baixos Tratamento A escolha empírica depende de: - Patógeno mais provável: S. pneumoniae, H. influenzae, germes atípicos: legionella, mycoplasma, chlamydia pneumoniae, e vírus. ( e pode haver coinfecção, então associar antibióticos pensando nisso) - Fatores de riscos individuais - Presença de doenças associadas - Fatores epidemiológicos - relação custo eficácia O tratamento de pacientes ambulatoriais é em monoterapia com B lactâmico ou macrolídeos, que não possuem comorbidades, sem uso recente de antibióticos, sem fatores de riscos, sem contraindicação ou alergia. Para pacientes com fatores de risco, doença mais grave, uso recente de antibióticos: associar macrolídeos a um b lactâmico ou realizar monoterapia com uma fluorquinolona respiratória por pelo menos 5 dias O tratamento de pacientes internados em enfermarias é monoterapia com uso de uma fluorquinolona respiratória isolada (levofloxacino, moxifloxacino ou gemifloxacino) ou associação de um B lactâmico a um macrolídeo, tratamento injetável; O tratamento de pacientes internados em UTI é terapia combinada, deve ser administrado mais precoce possível e deve ter macrolídeo e um b lactâmico por via endovenosa Terapia alvo especifica : as pneumonias por patógenos multirresistentes dependem principalmente da epidemiologia local. Enterobacterias produtoras de betalactamase: Fatores de risco: residentes em asilos, antibiótico endovenoso, IRC dialitica e podem ser tratados com ertapenem em regime ambulatorial. Pseudomonas: Fatores de risco: doença pulmonar estrutural, uso de corticoides (prednisona > 10mg/dia), ATB de largo espectro (> 7dias nos últimos 30 dias), desnutrição A duração da antibioticoterapia de baixa gravidade e ambulatorial seja feito por 5 dias, e de moderada a alta gravidade deve ser discutidos por 7 a 10 dias. Troca para terapia oral, se: - houver melhora clínica com T< 37,8; FC<100/MIN, FR 90mmhg e saturação de O2 maior que 90 ; - 48 a 72 horas afebril - capaz de ingerir medicação - TGI funcionante
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