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Metodologia do Ensino da Geografia

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Metodologia do Ensino da Geografia
Metodologia é uma palavra composta por três vocábulos gregos: metà (“para além de”), odòs (“caminho”) e logos (“estudo”)  “caminho ou via para realização de algo.”.
Você, como futuro docente, deverá sempre se perguntar qual ou quais encaminhamentos metodológicos devem ser os mais interessantes para que o aluno possa se apropriar de conceitos e saberes fazendo com que o aprendizado seja mais significativo.
O papel do professor como mediador do conhecimento é muito importante nesse contexto. Em nossos encontros, iremos abordar as especificidades, objetivos e finalidades da geografia escolar, da geografia escolar no Brasil, das diversas alternativas metodológicas – que são o cerne de nossa discussão, da produção de materiais didáticos e do processo de alfabetização cartográfica, com o fim de que suas aulas se tornam cada vez mais interessantes e atraentes para os alunos.
Tema 01: Algumas especificidades da Geografia escolar
A Geografia escolar apresenta muitas especificidades que devem ser analisadas de forma aprofundada. Entre tais especificidades destacam-se o papel da instituição escolar, a importância do conteúdo na formação do aluno e a responsabilidade que a disciplina de Geografia tem neste contexto.
É importante lembrar que muitos conteúdos da Geografia são integrantes do currículo de outras disciplinas, como as ciências e a história. O que vai diferir entre as diferentes áreas é a abordagem que cada uma realizará, tendo como base sua especificidade. Contudo, para que a Geografia cumpra com seus objetivos e finalidades, é fundamental que, em nosso trabalho docente cotidiano, realizemos a transposição didática, ou seja, que efetuemos a viabilização metodológica escolar do conhecimento científico, para que não incorramos em erros como apenas resumir os conteúdos para os alunos.
Tema 02: Objetivos e finalidades da Geografia Escolar
Quais são os objetivos e finalidades da Geografia nos ensinos fundamental e médio? O que a Geografia estuda? Quais são as categorias da Geografia?
Essa são indagações muito relevantes a esta área do conhecimento. Como já vimos, muitos de seus conteúdos são comuns a outras áreas do conhecimento. A finalidade da Geografia, portanto, é a compreensão da espacialidade dos fenômenos levando ao encontro da necessidade de se tratar geograficamente os conteúdos ou lhes dar um formato geográfico.
Essa espacialidade dos fenômenos é analisada por meio das categorias da geografia: lugar, paisagem, região, território e espaço geográfico, sendo este último o objeto de estudo da disciplina.
A Geografia estuda o espaço geográfico e a questão espacial como um todo.
Categorias da Geografia:
· Lugar;
· Espaço de vivência
· Vínculo afetivo
· Significados particulares e relações humanas
· Escola e moradia (No caso do estudante)
· Espaço geográfico; (Principal foco da Geografia)
· Objeto de estudo da Geografia
· Aparência e essência (tudo o que é visual e o que também não é)
· Natural e social (mostrar ao aluno o que a natureza produziu e o que o homem produziu)
· Local e global
· Paisagem;
· Segundo Milton Santos, é “tudo que nós vemos, o que nossa visão alcança” – é a partir da visão de cada um e é distinta.
· Elementos naturais
· Elementos culturais
· Região;
· Porção superficial designada a partir de uma característica que lhe é marcante ou que é escolhida por aquele que concebe a região em questão. (Dividir uma área em partes menores)
· Regionalização no Brasil – 3 expoentes: IBGE, Pedro Geiger (século passado) e de Milton Santos e Maria Laura Silveira.
· Existem regiões naturais, regiões econômicas, regiões políticas, entre muitos outros tipos.
· Território.
· É comumente entendido como uma área delimitada por fronteiras.
· Está relacionado a uma configuração de poder.
 Todo o conteúdo da Geografia é permeado por 5 grandes categorias.
Tema 03: Geografia escolar e o desenvolvimento de habilidades
Quais são as habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos com base no ensino da Geografia nos ensinos fundamental e médio?
Para que estas possam ser desenvolvidas é imprescindível que a Geografia contribua para a formação de três dimensões do desenvolvimento humano: intelectual, atitudinal e psicomotora. No desenvolvimento intelectual o ensino de geografia desenvolve as habilidades de observação, análise, comparação, interpretação, síntese e avaliação.
Paulo Freire: “Não existe prática sem teoria, nem teoria sem prática”.
Pensar em três espaços de aprendizagem: 1- Sala de aulas, 2 – espaço virtual e 3 – Campo. (O professor precisa pensar nas situações problemas apresentadas aos estudantes para que o aprendizado seja significativo).
Três dimensões do desenvolvimento humano:
· Intelectual;
· Observação – Observação espacial. Comparar a observações com o mundo real.
· Análise – Por meio de gêneros (mapa, gráfico, imagens de satélite, imagens e textos virtuais)
· Comparação – Comparar as análises e observações com o mundo real.
· Interpretação
· Síntese
· Avaliação – Carneiro (1993)
· Atitudinal;
· Sensibilização, conscientização e entendimento dos grandes temas da Geografia, seja pela temática ambiental, social ou física.
· Sensibilidade aos problemas ambientais.
· Conscientização em relação às desigualdades sociais. A Geografia faz bastante uso do Índice de Desenvolvimento Humano (saúde, renda e educação)
· Percepção estética. – Perceber as mudanças que o espaço geográfico teve ao longo do tempo.
· Psicomotora – Carneiro (1993)
· Habilidades técnicas – Construção e elaboração de materiais.
· Leitura técnico-interpretativa de mapas, cartas, plantas, globos, gráficos, fotografias aéreas.
Todo esse processo tem que ser prazeroso para o estudante.
Educação dialógica – traz para a sala de aula a discussão, o debate, o conhecimento, a opinião. Verificar se o estudante é um cidadão consciente no mundo. Como cidadão, o estudante precisa resolver problemas.
Tema 04: Dimensão atitudinal do desenvolvimento humano
No desenvolvimento atitudinal deve ocorrer a incorporação de atitudes com posicionamentos valorativos a muitos aspectos da vida em sociedade, como sensibilidade quanto aos problemas ambientais, conscientização em relação às desigualdades sociais, percepção estética, consideração com a paisagem natural e respeito às diversidades étnica, cultural e religiosa.
Essas e outras atitudes que poderíamos acrescentar vão ao encontro de um dos objetivos principais da escola: formar cidadãos conscientes, responsáveis e participativos em seus espaços de vivência.
Tema 05: Desenvolvimento psicomotor do desenvolvimento humano
No desenvolvimento psicomotor ocorre a constituição de habilidades técnicas obtidas principalmente pela construção e elaboração de materiais (maquetes, croquis, perfis etc.) e pela leitura técnico-interpretativa de mapas, cartas, plantas, globos, fotografias aéreas, gráficos, tabelas etc.
O desenvolvimento dessas habilidades desencadeia um processo de pensamento aplicado por parte dos alunos, os quais, diante de determinadas problemáticas de caráter espacial, utilizarão os instrumentos mais pertinentes em sua interpretação e compreensão.
Não existe uma receita de bolo para a metodologia em sala de aula, o que existe é uma constante reformulação das práticas docentes para alcançar os objetivos propostos.
AULA 02 – GEOGRAFIA ESCOLAR: ABORDAGEM HISTÓRICA
	
Iremos analisar a trajetória histórica da Geografia escolar no Brasil e as mudanças que ocorreram no seu processo ao longo dos tempos, por meio três grandes períodos: Geografia Clássica, Moderna e Crítica. Destacaremos, também, em cada período da Geografia escolar seus objetivos, principais materiais, recursos didáticos utilizados e seus procedimentos metodológicos vislumbrando a ruptura de paradigmas que nortearam cada momento e suas repercussões no processo ensino-aprendizagem.
· Trajetória histórica da Geografia Escolar no Brasil (Do século XVI até os dias atuais - Geografia Clássica, Moderna e Crítica).
· Mudanças
· Três grandes períodos
· Grandes destaques de cada período
Tema 01: A geografiaescolar e sua periodização
O que é a Geografia e quais os seus métodos na contemporaneidade? É possível constatar que tivemos avanços significativos e cada vez mais distancia-se da realidade evocada por questionamentos como nome de capitais e afluentes de rios apesar de que ainda persistem algumas práticas pedagógicas pautadas nesse tipo de encaminhamento metodológico, ou seja, na simples memorização. Essas práticas ainda permanecem porque muitos professores não conhecem a trajetória da Geografia na história da educação brasileira e, por isso, veem esse tipo de metodologia como algo natural e/ou difícil de ser rompido, provocando uma série de equívocos nas práticas escolares e a continuidade desse tipo de concepção sobre a disciplina.
A Geografia escolar é o ensino da Geografia utilizando métodos que façam que o estudante aprenda de maneira significativa.
Contudo as práticas, métodos e objetivos da Geografia mudam de acordo com o período em que ela esta sendo ensinada.
Enfoques da Geografia: 
· Geografia Clássica: enfoque filosófico e sociológico
· Geografia Moderna: espaço e conhecimento geográficos
· Geografia crítica: enfoque no debate e na discussão.
Precisamos pensar que há sempre um dilema geracional na sala de aula (professores de uma geração e alunos de outra). Como lidar com essa condição?
1º Os métodos têm sempre de serem revistos
2º O professor é quem se adapta ao aluno e nunca o contrário
3º Hoje, a tecnologia deve estar presente na sala de aula.
Tema 02: Geografia escolar clássica
É importante destacar que durante a maior parte do período abrangido pela Geografia Clássica, que perdurou dos séculos XVI a XX, a Geografia não se configurou como uma disciplina autônoma, mas os conhecimentos relacionados a ela estavam presentes no contexto escolar, inseridos em outras disciplinas. Esse período teve como característica marcante a tentativa de difusão dos conhecimentos elaborados a partir da Antiguidade Clássica e organizados antes da sistematização da Geografia enquanto ciência.
· Séculos XVI a XX
· Difusão dos conhecimentos elaborados a partir da Antiguidade Clássica
· Geografia não era uma disciplina autônoma (era baseada na filosofia e sociologia) – (a História era determinante)
Tinha um viés astronômico, movimentos da Terra, planetas, eclipses e fases da Lua.
Com o tempo as escolas jesuíticas começam a discutir metodologia geográficas.
Método mnemônico – decorar.
· 1827 – Lei referente ao ensino elementar (o estudante deveria conseguir fazer uma leitura do espaço geográficos)
· 1832 – Geografia introduzida como disciplina
É na Geografia Clássica que os métodos e processos começam a ser pensados e questionados.
· 1837 – Geografia passa a compor o currículo escolar brasileiro
· Importância dos livros didáticos – durante muito tempo o enfoque foi europeu e dos Estados Unidos, a inserção do cenário brasileiro e importância do Brasil nos livros didáticos foi aos poucos. O livro didático é um meio de ensinar, mas não é fim – não pode ser o único meio.
· Método dialogístico
· Método mnemônico
Tema 03: Geografia moderna
A Geografia Moderna que teve início em 1920 e durou até 1970 teve como principal característica a introdução das concepções da geografia moderna na prática escolar como o estudo da perspectiva regional e a introdução de conteúdos programáticos de geografia em estabelecimentos de ensino secundário em todo o Brasil, conforme as valiosas contribuições de Carlos Miguel Delgado de Carvalho.
· 1920 a 1970
· Introdução das concepções da Geografia Moderna na prática escolar – saída do método mnemônico para o estabelecimentos de algumas relações, ocorre uma mudança significativa na prática pedagógica do docente, o aluno passa a ser visto como importante no processo educativo e seu conhecimento prévio passa a ser levado em conta.
· Contribuições de Carlos Miguel Delgado de Carvalho – não era geógrafo, mas tinha experiência em Letras, economia e política. -> Trouxe essas tendencias da Europa para o Brasil. Autor de livros didáticos. Obs. Todo autor coloca nos livros a sua visão de mundo.
· Concepções da Escola Nova
· Livro Geografia do Brasil – Tomo I (1913)
· Rompimento com os estudos por estados, adotando-se a análise regional do Brasil. Primeiro processo regional no Brasil acontece pelo IBGE, na década de 1940.
· Novo currículo escolar
· Livro Methodologia do Ensino Geográphico (1925)
· Iniciar com temas mais próximos da realidade do aluno
· Conhecimento prévio
· 1934 – Criação do 1º curso de Geografia (USP) – A Geografia foi repensada
· Professores da Escola Francesa (Lablacheana) – Não fazia muito sentido pra realidade regional brasileira
· Produções de Aroldo de Azevedo – Desenvolvimento intenso de material didático levando em conta a realidade do espaço geográfico brasileiro
· Estudo geográfico da região:
· Descrição física
· Povoamento
· Divisão político-administrativa
· Economia
· Circulação
· Processo compartimentado
Nesse período houve uma “briga” no âmbito docente entre as abordagens inovadoras e as abordagens conservadoras.
Educação bancária – depositando o conhecimento para o aluno, educação muito fragmentada, sem relação entre os elementos.
Tema 04: Geografia escolar crítica
A década de 1970 é considerada por Albuquerque (2011), com base nos estudos de Rocha (1996), o marco para o início da terceira fase da Geografia escolar, a denominada crítica, a qual perdura até os dias atuais. Como veremos, muitas das características dos anos de 1970 não indicam uma mudança em relação aos encaminhamentos metodológicos ou à concepção que se tinha dessa disciplina, mas sua importância decorre do fato de que vários acontecimentos que ocorreram ao longo na referida década foram relevantes para o início do questionamento e do enfrentamento da situação existente, os quais foram mais intensos nas décadas que se seguiram.
· 1970 até os dias atuais
· Regime militar – censura (foi idealizada nesse período e amplamente censurada)
· Substituição da Geografia pela “matéria” de Estudos Sociais (matéria enciclopédica – vários elementos sem estabelecimento de relações entre eles)
· LDB – 5.692/71
· Resolução nº 8 – 1971
· Ausência da discussão sobre o entendimento dos problemas territoriais e regionais.
· Geografia Escolar Conservadora (Tecnicista) – Muita técnica e pouca discussão
· Aceitação de livros que se adequavam às imposições normativas do momento (a revisão dos livros se daria em 1985, após a retomada da democracia).
O professor passa de transmissor de conhecimento para mediador de conhecimento. Contudo, para que o aluno possa ser mediado é preciso desenvolver algumas metodologias ativas no estudante (busca do conhecimento e identificação da importância do conhecimento prévio).
“Ajustamento crescente do educando ao meio, cada vez mais amplo e complexo, em que deve não apenas viver como conviver, (...) dando-se ênfase ao conhecimento do Brasil na perspectiva atual do seu desenvolvimento” (Brasil, 1971)
Os meios virtuais encurtam distancias no ensino da Geografia.
Tema 05: Geografia escolar crítica 2
Em relação à Geografia escolar, a década de 1980 foi bastante relevante para a alteração nos conteúdos e encaminhamentos metodológicos adotados nessa disciplina. Conforme Albuquerque (2011), nessa década, aumentaram-se consideravelmente a quantidade e a diversidade de publicações didáticas que se diferenciavam das produções elaboradas até então no que se refere às abordagens teóricas, seleção de conteúdos, materiais, iconografia e propostas pedagógicas. Essas novas propostas, de perspectiva crítica, buscavam apontar meios para diminuir a fragmentação dos conteúdos escolares e a distância entre o ensino de Geografia e a realidade social, política e econômica do País.
· Importância da AGN (Associação dos Geógrafos Brasileiros), ANPUH (Associação Nacional dos Professores Universitários de História) e SBPC (Sociedade Brasileira de Pesquisa e Ciências)
· MEC – Avaliação dos cursos das áreas (1981) – Mostrar indicadores satisfatórios ou não para qualificar os cursos.
· Substituição dos EstudosSociais por Geografia e História. – As licenciaturas curtas são substituídas pelas Licenciaturas Plenas.
· Ampliação da carga horária das referidas disciplinas (Discussão sobre a carga horária das disciplinas na escola – (por que português e matemática tem 5 aulas e Geografia e História 2 ou 3)
· Extinção da licenciatura cura. Ano da extinção: SP – 1983 e PR – 1987.
· José Willian Vesentini – Primeiro geógrafo que desenvolveu material didático com a concepção crítica.
· PNLD – Os livros precisão ter concepções metodológicas, posicionamento e são avaliados pelo MEC. A Geografia enquanto ciência e método tem que ser prazerosa para o estudante.
AULA 03 – RECURSOS DIDÁTICOS E O ENSINO DE GEOGRAFIA
Neste encontro iremos discorrer sobre a importância dos recursos audiovisuais (filmes, documentários e músicas) e os textos escritos (jornais de notícias e literatura) que dão subsídios para o aluno desenvolver a leitura de mundo de uma forma mais contundente, e que contribua para o desenvolvimento do seu raciocínio espacial.
É importante ressaltar que o uso do livro didático, em parceria com os recursos citados é de suma importância para a ampliação do conhecimento e, também, para contextualizar a discussão em sala de aula.
Tema 01: Necessidade de diferentes encaminhamentos metodológicos
Verificamos que durante muito tempo a Geografia escolar se caracterizou como uma disciplina que tinha a mnemônica como um de seus principais encaminhamentos metodológicos.
Os professores, de modo geral, apresentavam aos alunos uma lista infindável de nomenclaturas e definições que deveriam ser memorizadas para que se obtivesse êxito nas avaliações. Muitas vezes, isso ocorria em forma de questionários, prática que permaneceu ao longo das décadas.
Nessa perspectiva, a discussão de diferentes encaminhamentos metodológicos é de suma importância para que tenhamos aulas que satisfaçam a necessidade de um aprendizado mais significativo para o aluno.
A prática pedagógica se faz com o uso dos diversos meios didáticos e não podemos e forma alguma utilizar apenas um meio.
· Livro didático como um meio de ensinar e NUNCA como um fim. (Os livros contemplam uma ótica geral e não a realidade individual do aluno).
· Vínculo com a realidade do aluno (leitura de mundo que o estudante faz)
· Recursos como alternativas metodológicas
· Aprendizagem significativa
“[...] aos objetivos propostos, aos conceitos e conteúdos trabalhados, ao encaminhamento do trabalho desenvolvido pelo professor (...) em sala de aula e às características da turma, do ponto de vista das representações que trazem para o interior da sala de aula”. – O conhecimento prévio do aluno deve sempre ser levado em consideração.
Recursos didáticos:
· Livros didáticos e paradidáticos, mapas, fotografias aéreas, imagens de satélite, literatura, músicas, poemas, fotografias, filmes, videoclipes, jogos, jornais e revistas.
Tema 02: Vídeos: filmes cinematográficos
O cinema, como fonte de cultura e informação, pode ser aproveitado em sala de aula para mostrar aspectos da realidade e, ao mesmo tempo, se devidamente utilizado, evidenciar como esse produto traz subjacente uma série de ideias, posições e ideologias divulgadas mundialmente nas grandes produções comerciais.
Os filmes apresentam inúmeras potencialidades para enriquecer o processo de ensino-aprendizagem em Geografia, pois têm a vantagem de acrescentar o lúdico ao trabalho do professor e promover fortes impressões sobre a realidade. Aliado a isso, está o fato de sempre estabelecerem a noção de espaço, pois qualquer história representada sempre se passa em algum lugar, ainda que tais espaços venham a ser ficcionais.
Mas o que é o cinema?
· Arte ou técnica?
· Obra ou mercadoria?
· Conjunto de tudo?
Pensar sempre em qual finalidade ele foi desenvolvido e pra qual tipo de público ele foi criado.
“[...] o cinema exprime, direta ou indiretamente, os valores do autor do roteiro, do diretor, da sociedade e do momento histórico no qual foi realizado” (CAMPOS, 2006).
Pensar no que foi proposto pelos envolvidos no desenvolvimento do filme, a realidade do aluno e também seu ponto de vista.
· Inúmeras potencialidades
· Inserção do lúdico no trabalho docente
· Promoção de fortes impressões sobre a realidade
· Estabelecimento da noção de espaço
Podem servir “[...] de mediação para o desenvolvimento das noções de tempo e de espaço (...) na abordagem dos problemas sociais, econômicos e políticos” Pontuschka, Paganelli e Cacete (2007, p.280).
Por vezes as ferramentas tecnológicas irão auxiliar o docente a utilizar os filmes em sala de aula, visto que o tempo pode ser um agravante, há inúmeras ferramentas para editar vídeos e selecionar apenas trechos para levar aos estudantes. 
· Leitura das imagens cinematográficas em uma perspectiva geográfica: 
· Autenticidade das paisagens observadas
· Etnocentrismo e os arquétipos de figuração (visão de mundo peculiar a sua nação – por exemplo: filmes hollywoodianos que mostram o mundo a partir da visão dos estados unidense) essas visões precisam ser trabalhadas para serem desconstruídas.
· Subjetividade do autor na narração e na escolha dos enquadramentos do espaço representado
· Qual é o papel do filme no ambiente escolar?
· Planejamento:
· Objetivos claros e definidos
· Trabalho de reflexão a ser realizado
· Tempo a ser utilizado
· Atividades correlatas
· Encaminhamentos
· Avaliação
Tema 03: Músicas
A utilização da música como um recurso didático nas escolas vem se ampliando ao longo dos últimos anos. Esse crescimento decorre das potencialidades de sua utilização e pela possibilidade de trabalho em e entre disciplinas distintas, como em projetos de interdisciplinaridade.
A música pode tratar tanto temas contemporâneos quanto históricos.
A letra da música tem que fazer pensar nos conteúdos da Geografia e não privilegiar o gosto musical do aluno sem objetivo claro para o aprendizado.
· Potencialidades de utilização – ligado à letra da música (por exemplo: temáticas ambientais)
· Possibilidades em projetos interdisciplinares
· Letras de música para exemplificar contextos geográficos.
· Linguagem musical como potencial na formação de conceitos
· Utilizadas na problematização de questões cotidianas. música (por exemplo: música sobradinho, que fala sobre a construção de uma usina hidroelétrica – expondo questões ambientais e sociais)
· Formação do cidadão
· Aproximação dos alunos com os temas
· Muitos temas de Geografia retratados em letras de músicas
· Seleção criteriosa das canções
· Interpretação da letra
· Professor como mediador no processo ensino-aprendizagem
Tema 04: Jornais impressos
Mesmo em um contexto de grandes avanços tecnológicos, no qual o computador e a internet destacam-se cada vez mais como meios principais de informação para parte da população, considera-se que o jornal impresso tem um importante papel para o ensino nas mais diversas disciplinas do currículo da educação básica, haja vista suas inúmeras potencialidades de uso na disciplina de Geografia.
É importante ressaltar inicialmente três aspectos básicos e inerentes a esse recurso didático no ensino dessa disciplina: (1) sua relação com o desenvolvimento da leitura e da interpretação; (2) a demonstração da cotidianidade do espaço geográfico; e (3) a perspectiva de análise em várias escalas.
· Relação com o desenvolvimento da leitura e da interpretação. (por ser físico, palpável) – Estabelecer uma relação direta entre o jornal impresso e o conteúdo. – O jornal oferece vários tipos de textos (tirinha, escrita, imagens)
· Demonstração da cotidianidade do espaço geográfico
· Perspectiva de análise em várias escalas. (espaço local, regional, municipal, estadual, nacional, escala global)
· Podem ser utilizados desde os anos iniciais do fundamental até o ensino médio
· Facilidade de obtenção
· Presença de diversos gêneros textuais. (Chamado de gênero dentro do gênero)
· Possibilidade de encaminhamentos metodológicos:
· Apresentação ao aluno
· Destaque às manchetes
· Conhecimento prévio
· Seleção dos fatos
Tema05: Literatura
Nos últimos anos, a quantidade de publicações que buscam aproximar a Geografia de outras áreas do conhecimento tem se ampliado, como é o caso da literatura, que traz considerações sobre como a espacialidade está presente em várias obras literárias produzidas no Brasil.
Embora não se configurem como livros destinados especificamente ao ensino de Geografia, eles nos fazem refletir sobre a busca de novos encaminhamentos metodológicos e nos fornecem ideias de como a literatura pode ser um importante recurso didático nesta disciplina e em trabalhos interdisciplinares.
· Desenvolvimento de habilidades
· Espacialidade representada
· Descrição da paisagem
· Relação sociedade e natureza
· Análise do espaço geográfico e suas representações
· Construção das relações de vizinhança, noção escalar e espaço vivido (educação infantil)
· Recurso de mediação na compreensão dos processos de produção e organização espacial
· Conceitos
· Problematização
AULA 04 - RECURSOS DIDÁTICOS E AULA DE CAMPO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Dando continuidade à abordagem da utilização de diferentes gêneros como alternativa metodológica importante no ensino de Geografia, trazemos os quadrinhos (charges, tirinhas, cartuns e histórias em quadrinhos), a leitura de imagens (fotografias, fotografias aéreas, imagens de satélite) e as aulas de campo, pensando em suas potencialidades, possibilidades e apropriações e os relacionando aos conteúdos de Geografia, ou seja, listando-os como importantes ferramentas mediadoras dos conteúdos da geografia escolar com o cotidiano e a realidade dos alunos.
Tema 01: Muitas alternativas metodológicas no ensino de Geografia
O papel do professor é levar o aluno a desenvolver os raciocínios espacial e escalar, objetivo maior da Geografia escolar, e obter as habilidades inerentes à formação propiciada por essa disciplina.
Para isso é importante diversificar metodologias que busquem romper com um ensino ainda ligado à memorização de informações e desvinculado da realidade.
· Raciocínio espacial e escalar
· Memorização de informações e desvinculação da realidade
· Utilização de variados recursos
A geografia quer um estudante ativo no processo de ensino/aprendizagem.
Tema 02: Charges e cartuns
As charges e os cartuns se configuram como recursos didáticos relevantes para o ensino de Geografia em todas as séries da educação básica. A facilidade com que esses recursos didáticos chamam a atenção pode ser aproveitada, transformando-os em instrumentos mediadores dos conteúdos da disciplina com o cotidiano e a realidade dos alunos.
Além disso, é importante se destacar a facilidade com que esses materiais são obtidos, podendo ser encontrados em jornais, revistas e internet, esta última uma das fontes de busca de maior representatividade.
· Crítica:
· Aos personagens retratados (caricaturas)
· Fatos ou acontecimentos políticos, culturais ou sociais (espaço físico, meio ambiente, entre outras situações)
· Publicação em vários jornais.
· Limitação temporal
Charges (Do francês carga - carga ilustrativa)
· Transmissão de humor
· Utilização de metáfora, icônica e visual
· Exigência de referencial sócio-histórico para a constituição do sentido
· Expressa a opinião e o posicionamento do veículo em que é publicada
Trabalhar o posicionamento do aluno sobre a problemática expressa na charge. (Juri simulado é uma ótima forma de se trabalhar as charges)
Cartuns
· Humor como crítica às questões sociais, culturais, ambientais e políticas
· Não utilizam caricatura de personagens conhecidos
· Considerados atemporais e universais
Tema 03: Histórias em quadrinhos e tirinhas
A linguagem presente nos quadrinhos e tirinhas auxilia na construção dos conceitos geográficos e da referência espacial. Os lugares em que ocorrem as histórias podem ser explorados do ponto de vista da organização e representação espacial, dos elementos presentes (naturais e construídos), da localização, da relação do ser humano com o meio etc.
Esse tipo de abordagem favorece inclusive o tratamento e a análise integrada dos aspectos físicos e humanos, tratados não raras vezes isoladamente em sala de aula.
Quadrinhos
· Auxílio na construção de conceitos geográficos e de referência espacial
· Exploração do ponto de vista da organização e representação espacial
· Elementos de paisagem
· Relação sociedade e natureza
Diferentes gêneros
· Ampliação da visão de mundo
· Desenvolvimento do senso crítico
· Apelo visual
· Decodificação e interpretação de várias escalas
· Utilizados para iniciar ou introduzir um tema
· Aprofundar determinados conceitos
· Concluir uma etapa de estudo
· Confrontar ideias e posicionamentos (do autor, dos alunos e do professor)
· Auxílio com o livro didático
· Instrumentos de problematização para pesquisas ou debates
· Podem ser produzidos pelos alunos
· Critérios de escolha
Tema 04: Imagens
Observamos que a imagem passa a ter cada vez mais importância para a veiculação de ideias, valores, comportamentos e representações de mundo. Diante desse contexto, em que a imagem assume preponderância, é necessário que a transformemos em um recurso didático a ser utilizado no ensino da Geografia escolar.
Nesta disciplina, as imagens podem se configurar como um importante instrumento para a leitura, análise e compreensão do mundo, na medida em que podem revelar aspectos pertinentes do espaço geográfico e da espacialidade dos fenômenos analisados.
· Importantes como recursos didáticos
· Leitura, análise e compreensão do mundo
· Fotografia, fotografia aérea, imagens de satélite
Milton Santos :”Paisagem é tudo aquilo que os olhos veem”. (paisagem é uma importante categoria da Geografia)
Paisagem
· O que a fotografia está mostrando?
· Que lugar está sendo representado? (Lugar é outra categoria da Geografia)
· De que época é a paisagem retratada? 
· Que elementos constituem a paisagem? (Em alguns casos o aluno pode destacar os elementos que gostaria de ter na sua realidade ou as que são frequentes na sua realidade, levar em conta o próprio referencial do estudante – para isso o estudante deve justificar a sua escolha)
· Dentre os elementos, quais mais se destacam?
A verdade absoluta não existe mais na geografia.
Fotografias aéreas
· Favorecimento do conhecimento sobre o espaço geográfico
· Proporcionam noções cartográficas
· Discussão sobre a organização espacial (e suas transformações)
· Elaboração de croqui
· Transformação do espaço
Tema 05: Estudos do meio e aulas de campo
Qual a importância das aulas de campo no ensino de Geografia? Quando e como devem ser utilizadas? Com que objetivos? São questionamentos que o professor deve fazer em suas práticas pedagógicas.
Conforme Pontuschka, Paganelli e Cacete (2007, p. 173), “o estudo do meio é uma metodologia de ensino interdisciplinar que pretende desvendar a complexidade de um espaço determinado [...], cuja totalidade dificilmente uma disciplina escolar isolada pode dar conta de compreender”.
Fica evidente que o estudo do meio é uma importante ferramenta para o ensino de Geografia, afinal, conforme Malysz (2011), o meio é um rico laboratório geográfico que pode ser utilizado como um recurso didático significativo de aprendizagem, estando disponível para alunos e professores de todos os níveis de ensino.
· Contato com a realidade no processo de aprendizagem
· Maior recorrência possível
· Finalidade didático-pedagógica
“O estudo do meio é uma metodologia de ensino interdisciplinar que pretende desvendar a complexidade de um espaço determinado, (...) cuja totalidade dificilmente uma disciplina escolar isolada pode dar conta de compreender” (Pontuschka, Paganelli e Cacete, 2007, p.173)
AULA 05 – CONSTRUÇÃO DE MAQUETES E ENSINO DE GEOGRAFIA
Em que momentos a confecção de materiais didáticos pelos professores e alunos contribui para um conhecimento mais significativo do conteúdo em questão?
Entre as várias possibilidades destacaremos a elaboração de maquetes, pluviômetros, perfis de solo e materiais táteis, pois tornam o conhecimento abstrato em concreto, favorecendo desta maneira a construção doconhecimento por meio da prática, além de estabelecer a relação entre o conteúdo abordado e a vivência no ambiente escolar, além de permitir ao aluno maior envolvimento e interesse na execução das propostas didáticas.
Tema 01: Relevância e necessidade do concreto
A produção de materiais didáticos se configura como uma prática relevante em sala de aula, na medida em que, por intermédio do concreto, procura auxiliar na compreensão de temas e na construção e entendimento de conceitos abstratos para alunos de determinadas faixas etárias ou que apresentam deficiência visual e que, por esta razão, demandam alternativas metodológicas distintas.
· Prática representativa para o processo de aprendizagem
· Favorecimento da construção do conhecimento
· Necessidade do concreto (aliada ao livro didático)
· Relação entre conteúdo trabalhado e vivência
· Exemplos: maquetes, globos, bússolas, relógios de sol, pluviômetros
· Produção de materiais didáticos em todas as séries da educação básica
· Envolvimento dos alunos e inexistência de restrições para sua realização
· Finalidade (tem que ser clara)
· Objetivos para uma aprendizagem significativa
· Como desenvolver?
· Como as tarefas devem ser distribuídas?
· Qual é o tempo necessário?
· Como avaliar? (e o que avaliar?)
Tema 02: Maquetes
Na Geografia escolar a confecção de maquetes é uma atividade que, além de empolgar os alunos em sua execução, permite uma apreensão mais concreta do espaço geográfico.
Nas séries iniciais do ensino fundamental, a maquete pode servir para explorar a projeção dos elementos do espaço vivido para o espaço representado, assim como para a exploração das relações espaciais topológicas dos objetos representados em função de um ponto de referência, entre os objetos entre si ou, ainda, destes em relação ao aluno.
· Explorar a projeção dos elementos do espaço vivido para o espaço representado; e as relações espaciais topológicas dos objetos representados (...) em função de um ponto de referência, ou entre os objetos entre si, ou, ainda, destes em relação aos alunos.
Tema 03: Materiais táteis
A criação de materiais táteis voltados ao ensino da Geografia escolar decorre da necessidade advinda de ter determinados tipos de recursos didáticos que permitam aos alunos com deficiência visual compreender conceitos que seriam mais difíceis sem este esse tipo de material.
É importante ressaltar que o uso dos mapas táteis auxilia crianças cegas a seguir um trajeto ou até a resolver problemas simples de mudança de direção em seu cotidiano. Dessa forma, a disseminação da cartografia tátil contribui para a integração da pessoa com deficiência não somente na escola, mas também no trabalho e na vida cotidiana.
· Alunos com deficiência visual
· Relação com maquetes
· Estruturação dos mapas mentais (os alunos com deficiência visual constroem seus mapas mentais através de sons, cheiros e percepções)
· Contribuição para o trabalho e a vida cotidiana
· Linguagem tátil (tocar e reconhecer os elementos)
· Cores fortes e letras ampliadas.
· Representatividade do relevo
· Formas devem ser percebidas e distinguidas
· Etapas:
· Aquisição das informações
· Processamento de dados
· Construção do mapa tátil (diferenciar elementos através do toque)
Tema 04: Perfis de solos (pedologia – características do solo)
Tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio, o conteúdo sobre solos está presente de diversas maneiras, como acerca de seus processos de formação, horizontes, tipos, processos de degradação etc.
Para que o conteúdo seja compreendido de uma forma mais eficaz, propõe-se a construção de perfis de solos para a utilização em sala de aula. Esse tipo de prática didática permite aos alunos verificarem as características do solo, bem como constatarem as diferenças entre os diversos grupos estabelecendo a relação dos conteúdos trabalhados na escola com o observado no cotidiano.
· Formação, horizontes, tipos e degradação (o solo bem formado apresenta 5 horizontes – o R, mais profundo, C, B, A e O, onde há a cobertura vegetal)
· Imagens no material didático
· Relação conteúdo x realidade do aluno
· Elaboração de perfil de solos 
Tema 05: Pluviômetros
O estudo da climatologia é um dos grandes temas da geografia física. Neste sentido, a construção de pluviômetros e a sua posterior utilização pelos alunos pode fornecer uma experiência bastante interessante para aprendizagem.
Ela tem relevância para que os alunos compreendam a dinâmica da coleta de dados pluviométricos, a qual permite o entendimento da distribuição espacial da pluviosidade em determinadas regiões.
· Climatologia (estudo do clima)
· Coleta de dados pluviométricos
· Podem ser utilizados em casa
· Construção de climogramas (gráfico utilizado para se analisar a distribuição da chuva, sua concentração e o comportamento do clima num espaço de tempo – geralmente um ano)
· Participação efetiva do aluno
AULA 06 – ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA
A alfabetização cartográfica é um dos elementos mais importantes no processo de mapeamento espacial por parte da criança. Deve ser desenvolvida nos anos iniciais do Ensino Fundamental I para que a criança passe a ser um mapeador consciente e que consiga fazer a leitura do espaço que a cerca. Portanto alfabetização cartográfica é essencial na educação básica, na medida em que favorece o desenvolvimento da habilidade de leitura e interpretação de mapas e do raciocínio espacial. Além de questões teóricas e encaminhamentos metodológicos relacionados à temática apresentada.
· Importância da alfabetização cartográfica
· Leitor do espaço
· Cartografia como linguagem, meio de comunicação e metodologia
Tema 01: Alfabetização cartográfica (1)
O quão importante é a leitura cartográfica? Da mesma maneira que o aluno desenvolve a leitura de textos, o deve fazer com os mapas, sempre observando que o produto cartográfico possui uma simbologia própria (convenção cartográfica internacional) que passa a ter significados à medida que o leitor a relaciona com o espaço representado.
· Leitura de mapas = leitura de textos
· Codificar e decodificar símbolos, extrair informações e interpretar a espacialidade dos elementos representados
Tema 02: Alfabetização cartográfica (2)
A alfabetização cartográfica é de fundamental importância para explicar o processo de aprendizagem da cartografia como linguagem, por isso é imprescindível que seja desenvolvida na educação básica. Nesse contexto, refere-se ao processo pelo qual há a aquisição de habilidades que permitem ao sujeito ler o espaço, representá-lo e tornar-se um leitor eficiente de diferentes tipos de representações cartográficas. Como metodologia, a alfabetização cartográfica pressupõe o entendimento dos encaminhamentos metodológicos necessários para o desenvolvimento das habilidades de elaborar e ler mapas, tais como codificar e decodificar símbolos, extrair informações e interpretar a espacialidade dos elementos representados.
· Relações importantes:
· Topológicas – relações que se estabelecem no espaço próximo, usando referenciais elementares, como: dentro, fora, ao lado, na frente, perto, longe. Essas relações começam a ser estabelecidas pela criança desde o nascimento e são a base para a gênese posterior das relações espaciais mais complexas. 
· No plano perceptivo, as relações espaciais processam-se na seguinte ordem:
· Vizinhança (o que está ao lado)
· Separação (fronteira)
· Ordem (o que vem antes e depois)
· Envolvimento (o espaço que está em torno)
· Projetivas – 
· 5 a 8 anos: usa seu ponto de vista para dar a posição de um objeto
· 8 a 11 anos: a partir do ponto de vista do outro.
· 12 anos: dá a posição do objeto relacionando-o com outro objeto.
· Euclidianas – Tem noção de distância e permite situar os objetos uns em relação aos outros.
Tema 03: O alfabeto cartográfico
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), para que o aluno possa ser alfabetizado cartograficamente, deverá ter cognições mínimas para isso. Nesse contexto, é importante compreender os tipos de visão (vertical e oblíqua), os tipos de imagens (bidimensionale tridimensional), ter noções de direções cardeais e lateralidade, noções de proporção e compreensão do alfabeto cartográfico composto por linha, ponto e área para que o significante passe a ter significado para o aluno.

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