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TICs_Semana 1_Helicobacter pylori

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TIC's Semana 01 
 
Helicobacter pylori 
 
 Envie aqui uma resenha sobre as diretrizes atuais referentes ao tratamento 
da Infecção pelo Helicobacter pylori (HP). 
Coelho (2018), no IVth Brazilian Consensus Conference on Helicobacter pylori 
(HP) infection afirma que apesar dos níveis de resistência crescentes à Claritromicina 
e às Fluoroquinolonas no Brasil, o seu uso ainda é recomendado no tratamento do 
HP. Apesar da alta resistência in vitro aos nitroimidazólicos, estas drogas podem ser 
prescritas em situações, doses e períodos específicos. A duração da terapia de 
erradicação do HP deve ser de 14 dias, especialmente para a terapia tripla padrão, 
afim de alcançar uma alta taxa de erradicação. Para o tratamento de primeira linha, 
deve-se utilizar terapia tripla consistindo na combinação de Inibidor de Bomba de 
Protons (IBP), Amoxicilina e Claritromicina por 14 dias. Alternativas incluem terapia 
quádrupla com Bismuto por 10 a 14 dias e terapia concomitante por 14 dias. 
Quádruplos de bismuto (IBPs, bismuto, tetraciclina e metronidazol) por 10-14 dias ou 
concomitantemente (IBP, amoxicilina, claritromicina e metronidazol ou tinidazol) por 
14 dias (Tabela 01). O uso de metronidazol em ambos os regimes pode ser 
problemático devido aos altos níveis de resistência do HP a esse medicamento. 
Contudo, o aumento da duração do tratamento e o aumento da dosagem do imidazol 
pode superar a resistência detectada in vitro. Em casos de falha à terapia tripla com 
Claritromicina ou à terapia quádrupla concomitante, as estratégias recomendadas são 
terapia tripla com Levofloxacina ou terapia quádrupla com Bismuto, ambas por 10 a 
14 dias. Em caso de falha de um dos dois regimes de segunda linha recomendados, 
o outro regime de tratamento deve ser usado como terapia de terceira linha. 
Tabela 01 
 
Fonte: Coelho (2018) 
 
 Para CROWE (2019) as diretrizes da American College of Gastroenterology 
(ACG) apoiam o uso de qualquer um dos os sete regimes antimicrobianos listados na 
Tabela 2 como tratamento de primeira linha da H. pylori. As diretrizes recomendam 
que as decisões sobre a terapia rotineiramente levam em consideração se o paciente 
teve qualquer exposição anterior a antibióticos macrolídeos (por exemplo, 
claritromicina, azitromicina e eritromicina) e se o paciente tem alergia à penicilina. 
Como a maioria dos pacientes com autodescrição “alergia” a beta-lactâmicos, não têm 
uma alergia verdadeira, 14 testes cutâneos devem ser realizados para que regimes 
contendo amoxicilina possam ser uma opção de tratamento se o teste for negativo. 
Outros fatores na tomada de decisão incluem outras alergias, reações adversas 
potenciais (por exemplo, sintomas intestinais e também tendinite com 
fluoroquinolonas, que é uma preocupação particular em homens mais velhos), custos, 
cobertura de seguro e disponibilidade. O tratamento com claritromicina combinado 
com amoxicilina e um IBP estão listados em primeiro lugar entre as recomendações 
do ACG para pacientes sem histórico do tratamento antibiótico para a infecção. Este 
regime também é recomendado pelo Maastricht Consenso V – Florença, assumindo 
que o nível de resistência à claritromicina quando um paciente vive (ou viveu) é inferior 
a 15%. Diretrizes recomendam o uso de terapia quádrupla com bismuto por 10 a 14 
dias devido à resistência a claritromicina que aumentou em muitas partes do mundo. 
Pacientes que apresentam alergia a macrolídeos e penicilina, passam a utilizar o 
regime à base de bismuto sendo este essencialmente a única opção. Se os dois 
primeiros regimes falharem, testes de resistência antimicrobiana podem ser 
considerado ou um dos outros cinco regimes de tratamento recomendados poderia 
ser usado (Tabela 2). 
 
Tabela 02 
 
Fonte: CROWE,(2019) 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
COELHO, Luiz Gonzaga Vaz et al. IVth Brazilian Consensus Conference on 
Helicobacter pylori infection. Files of Gastroenterology, v. 55, n. 2, p. 97-121, 2018. 
 
CROWE, Sheila E. Helicobacter pylori infection. New England Journal of Medicine, v. 
380, n. 12, p. 1158-1165, 2019.

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