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Estomias A estomia é um procedimento cirúrgico que consiste na exteriorização de parte do sistema respiratório, digestório e/ou urinário, criando uma abertura artificial (orifício), entre órgãos internos e o meio externo; Há vários tipos de Estomias, entre eles: 1. Respiratórias 2. Alimentação 3. Eliminação 4. Outros tipos As estomias mais comuns são as de eliminação, podendo ser de origem intestinal ou urinária, decorrentes de câncer, má formação congênita ou traumatismos. As estomias intestinais ou urinárias, por suas características, não permitem que você tenha controle sobre suas eliminações (fezes/gases ou urina). Por essa razão é necessário utilizar uma bolsa coletora para armazenamento e posterior eliminação das fezes/gases ou da urina. Colostomia A colostomia é a exteriorização no abdome de uma parte do intestino grosso, o cólon, para eliminação de fezes/gases. A colostomia é realizada quando a pessoa apresenta qualquer problema que o impeça de evacuar pelo ânus. Neste caso, as fezes e gases são eliminados pela estomia, localizada na superfície do abdômen, e coletadas em equipamentos coletores adaptados à pele. As colostomias podem se apresentar em três tipos, de acordo com a parte do intestino grosso que é exteriorizada: 1. Colostomia ascendente: É realizada na parte ascendente do cólon (lado direito do intestino grosso). 2. Colostomia transversa: É localizada na parte transversa do cólon (porção entre o cólon ascendente e descendente). 3. Colostomia descendente: É realizada na parte descendente do cólon (lado esquerdo do intestino grosso). Temos ainda a colostomia úmida, que é a adaptação de uma alça intestinal para permitir a eliminação de urina e fezes/gases pela mesma estomia. É uma alternativa para pessoas que necessitam de dupla derivação (fezes e urina). Estomias temporárias ou definitivas O tempo de permanência das estomias de eliminação pode variar e, geralmente são temporárias, quando a reconstrução do fluxo intestinal ou urinário for possível, ou como definitiva, quando a reconstrução não for possível. As estomias temporárias são aquelas realizadas por qualquer problema transitório no trato intestinal ou urinário. No caso das estomias intestinais (ileostomias) geralmente são realizadas para desviar o caminho nas fezes e evitar que elas passem pelo local operado antes da cicatrização completa. Já as estomias definitivas são realizadas quando não é possível manter a função normal da evacuação. Indicações A colostomia é indicada pelo médico quando são identificadas alterações no intestino grosso de forma que as fezes não conseguem ser eliminadas corretamente pelo ânus. Assim, a colostomia é indicada após de realização de cirurgias para câncer de intestino, diverticulite ou doença de Crohn. Complicações Entre as complicações, podemos destacar: Dermatite Estoma plano Hérnia periostomal Retração Abcessos Estenose Foliculite Hemorragia Necrose Prolapso Aspecto das eliminações intestinais Imediatamente após a cirurgia, o funcionamento da estomia intestinal é irregular podendo eliminar fezes várias vezes ao dia, em diferentes momentos. Na medida em que o tempo passa, a estomia funciona de forma mais regular, no entanto, não é possível controlar a saída das fezes e dos gases. A característica do efluente (fezes) depende do local onde a estomia é realizada: 1. Colostomia ascendente. Fezes semilíquidas nos primeiros dias após a cirurgia e pastosas após a readaptação intestinal; 2. Colostomia transversa. Fezes semilíquidas a pastosas; 3. Colostomia descendente. Fezes pastosas a sólidas (semelhante às fezes eliminadas pelo ânus). Cuidados com a Bolsa de Colostomia Para trocar a bolsa da colostomia é recomendado: 1. Retirar a bolsa, descolando lentamente para não magoar a pele. Uma boa dica consiste em colocar um pouco de água morna na região para ajudar a descolar mais facilmente; 2. Limpar o estoma e a pele em volta com um pano macio limpo umedecido em água morna. Não é necessário utilizar sabão mas, caso se prefira, pode-se utilizar um sabão neutro, que deve ser bem retirado com água limpa antes de colocar a nova bolsa; 3. Secar bem a pele em volta da colostomia para permitir que a nova bolsa fique colada na pele. Não é recomendado utilizar qualquer creme ou produto na pele sem indicação do médico; 4. Cortar um pequeno buraco na bolsa nova, do mesmo tamanho da colostomia; 5. Colar a bolsa nova de volta no local correto. O conteúdo da bolsa suja deve ser colocado no vaso sanitário e depois a bolsa deve ser jogada no lixo, pois não deve ser reutilizada devido ao risco de desenvolver infecções. Porém, se a bolsa for reutilizável, deve-se seguir as instruções do fabricante para fazer uma lavagem correta e garantir que fica desinfectada. Além disso, A quantidade de vezes que a bolsa deve ser substituída varia de acordo com o próprio funcionamento do intestino, mas o ideal é que se faça a troca sempre que a bolsa estiver 2/3 completa. Cuidados com a pele em volta da Colostomia A melhor forma de evitar irritações na pele em volta da colostomia é cortar a abertura da bolsa no tamanho certo, pois isso evita que as fezes entrem em contato direto com a pele. Porém, outros cuidados que também se deve ter são lavar bem a pele após tirar a bolsa e verificar, com a ajuda de um espelho, se ficou alguma lixeira na parte inferior da colostomia. Caso a pele fique muito irritada ao longo do tempo, é recomendado consultar um dermatologista ou falar com o médico responsável para utilizar um creme de barreira próprio que não impede a bolsa de colar na pele. Assistência de Enfermagem A assistência de Enfermagem deve se pautar nos cuidados com a pele e a bolsa, bem como com a alimentação, pois alguns alimentos são mais propensos a produzir gases e outros a provocar constipação. Além disso, é necessário que o paciente tenha apoio psicológico e social e também sua família.
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