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♥ ODONTOGENÉTICA ♥ TED - Manipulação e da análise do DNA 1. Descreve detalhadamente: a) Técnica do DNA recombinante para clonagem genética; A tecnologia do DNA recombinante, ou também chamada de engenharia genética, desenvolvida na década de 1970, é um conjunto de técnicas que permite a manipulação do material genético, por meio de cortes e recombinação de moléculas de DNA de diferentes origens. Nessa técnica, inclui também processos que realizam a duplicação desse material em grande quantidade, fazendo assim a clonagem gênica. Etapas que ocorrem na tecnologia do DNA recombinante: 1° - Corte do DNA que se deseja utilizar (chamado de exógeno ou de inserto) do organismo doador, utilizando nucleases de restrição apropriadas para a sequência- alvo a ser clonada. 2° - Fragmentos obtidos devem ser inseridos em um vetor (um fragmento de DNA aberto) pela enzima DNA ligase, gerando o DNA recombinante. 3° - Vetor recombinado deve ser então inserido em uma célula de microrganismo, por meio de mecanismos de transformação gênica. 4° - Célula transformada é colocada em condições adequadas de crescimento e assim é clonada, passando a expressar a proteína heteróloga. Obs.: Tanto o vetor quanto o DNA exógeno devem ser tratados com a mesma enzima de restrição para que possam ser recombinados pela DNA ligase. A DNA ligase somente reconhece extremidades coesivas, e não extremidades cegas b)Técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). A Reação em Cadeia da Polimerase, polymerase chain reaction, (PCR) é uma técnica capaz de gerar milhões ou bilhões de cópias de uma determinada sequência de DNA. Essa técnica foi desenvolvida por Saiki e colaborador, surgiu na década de 1980, e permitiu aos geneticistas obter milhões de cópias de DNA com maior rapidez e precisão a partir de uma quantidade muito pequena de amostra biológica. A evolução da técnica de PCR permitiu, ainda, realizar exames de diagnóstico de infecções por parasitas, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV). A técnica de PCR permite mimetizar a duplicação do DNA em tubos de ensaio, contendo diversos elementos, em banho maria com temperaturas controladas. Um dos elementos imprecindíiveis para reação é a enzima DNA polimerase, originada da bactéria Thermus aquaticus (Taq polimerase), que possibilitou a polimerização das novas cadeias de DNA, por se manter estável em temperaturas elevadas, necessárias durante a reação. A PCR ocorre em termocicladores e consiste em 30 a 40 ciclos, cada ciclo dividido em três etapas diferentes de temperaturas. - Para gerar uma nova cópia a partir da amostra de DNA utilizada, primeiro a fita dupla deve ser aberta a uma temperatura em torno dos 94°C (temperatura de desnaturação). A exposição das bases nitrogenadas permite que as fitas simples sirvam de molde para sintetizar novas moléculas. - Em seguida, os oligonucleotídeos iniciadores (primers) se hibridizam de maneira específica e complementar aos moldes na temperatura de hibridização (em torno de 50 60°C), a qual é variável por depender de características específicas do par de primers utilizado em cada reação. - Na terceira e última etapa de cada ciclo da PCR, ocorre a polimerização (extensão) da nova fita de DNA, quando a Taq polimerase reconhece e se associa ao primer hibridizado e à fita molde e realiza a adição dos nucleotídeos artificiais (desoxirribonucleotídeos – dNTPs) complementares, a uma temperatura de 72°C. - Após o término da polimerização, um novo ciclo é iniciado, sempre nas mesmas condições de temperatura e tempo, até completar o número de ciclos programados no termociclador. Ao final de cada ciclo, como resultado, cada DNA molde formará uma nova fita dupla, a qual servirá como molde no ciclo seguinte, amplificando a reação em escala exponencial.
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