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Intoxicação por Fipronil, Amitraz e Piretróides - Toxicologia Veterinária

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Bianca Porto Zaupa, Raquel Fontoura Bianchim.
Intoxicação por Fipronil,
Amitraz e Piretróides em
Cães e Gatos
Disciplina de Toxicologia Veterinária - UFSM
FIPRONIL
Inseticida e Ectoparasitário
Amplo espectro.
Grupo dos Fenilpirazóis.
Pode ser utilizado em carnívoros com 8 semanas de idade, 
gestantes e lactantes.
Exposição oral, dérmica e inalatória. 
INTOXICAÇÃO POR FIPRONIL
Pipeta, spray, coleira.
Metabolização
Amplamente distribuido na circulação sanguínea,
particularmente em tecidos gordurosos.
Recirculação Êntero-hepática. 
Metabólito fipronil-27-sulfona - reação de oxidação
catalizada pelo CYP.
Afinidade pela gordura presente na superfície da pele e
nos folículos pilosos - constante eliminação junto a
secreção sebácea sobre a pele e pelo dos animais.
Metabólito fipronil-dissulfinil - fotodegradação (luz).
Baixa solubilidade a água.
Mecanismo de Ação
Inibição não competitiva do Canal de Cloreto ligado ao
GABA (ácido gama aminobutírico ).
GABA - Neurotransmissor responsável por efeitos
inibitórios no SNC.
Fixa-se no receptor no interior do canal de cloro, inibe o
fluxo celular dos íons cloro, anulando o efeito
neurorregulador do GABA - aumento da atividade neural -
paralisia e morte do organismo exposto.
100x mais afinidade para receptores GABA de insetos.
O GABA possui um receptor acoplado ao canal iônico dependente de cloreto (Cl-)
Membrana externa é positiva e de dentro negativa. 
Ligação do GABA - abertura dos canais de Cl-.
Entrada de Cl-, ativa e meio interno fica mais negativo, hiperpolarizando a membrana,
tornando mais difícil a sua despolarização e por isso reduz a excitabilidade neuronal.
Inibe esse fluxo de Cl-
GABA não vai exercer efeito inibitório.
Aumento da atividade neural.
FIPRONIL
Tremores, convulsões, ataxia - regulação do
tônus muscular. 
GABA
Hiperexcitação e paralisia.
Insetos:
Sinais
Clínicos Vômitos, Diarreia - nocivo.
Hipersalivação - lamber o produto.
Reação cutânea - descamação, alopecia,
prurido e eritema.
Sinais de neurotoxicidade -
hiperexcitabilidade.
Perda de apetite e letargia.
Dor abdominal, postura curvada.
Parada respiratória.
Diagnóstico
Anamnese e exame físico.
Distúrbios hidroeletrolíticos.
Diagnóstico diferencial: intoxicações por
organoclorados, organofosforados, carbamatos,
metaldeído, estricnina, nicotina ou enfermidades do
SNC, como meningite. 
Contato: banho com água corrente e sabão abundante
- eliminação dos resíduos.
Benzodiazepínicos (ex: diazepam).
Ingestão: Lavagem gástrica, Carvão
ativado, Catárticos (laxante).
Tratamento
Terapia de Suporte.
Benzodiazepínicos: aumento da sensibilidade dos receptores de GABA.
Ligação do GABA é potencializada pelo benzodiazepínico.
Maior entrada dos íons cloreto. 
PIRETROIDES
Inseticidas e Ectoparasitários
Chrysanthemum cineraiaefolium 
Derivados sintéticos das Piretrinas.
Obtidos através do Crisântemo. 
Ácaros, carrapatos, moscas, pulgas e piolhos.
Compostos Ésteres.
Amplo espectro de ação.
Administração Pour on, Spray, Sabonetes, Xampoos.
Ação rápida, Alta eficiência. 
Ingestão acidental - inseticidas, banhos.
Erros de administração - dose tóxica. 
Contaminação tópica, oral ou respiratória. 
INTOXICAÇÃO POR PIRETROIDES
Não contém componente Alfa-ciano.
Aletrina, Tetrametrina, Permetrina,
Resmetrina e Fenotrina .
Síndrome T - tremores.
Contém componente Alfa-ciano.
Cialotrina, Deltametrina, Flumetrina,
Cifenotrina, Fenvalerato e Cipermetrina.
Classificação
Piretróides do Tipo I: Piretróides do Tipo II:
Tipo de síndrome neurotróxica.
Diferenças estruturais. 
Diferentes ações neurofisiológicas e toxicológicas.{
Síndrome CS - coreoatetose e salivação.
(movimentos involuntários e incontroláveis)
Piretróides do Tipo I: Piretróides do Tipo II:
Flumetrina:Tetrametrina: Permetrina: 
Fenotrina: 
Deltametrina: 
Prolongamento do influxo dos íons
nos canais de sódio da membrana das
células nervosas.
Ligam-se aos receptores do GABA
bloqueando os canais de cloro e sua
ativação. 
Mecanismos
Piretróides do Tipo I: Piretróides do Tipo II:
Prolongada despolarização e inibição.
Coeficiente temperatura positivo.
Coeficiente temperatura negativo.
Estimulação do SNC.
Hiperexcitabilidade do SNC.
Mais potentes.
Sensação irritante na pele - grupo
ciano.
Reduzem a susceptibilidade da molécula ao metabolismo hidrolítico e oxidativo; 
Grupo Alfa-ciano
Metabolização
Metabólitos - Conjugação - ácido glicurônico. *Gatos*
Excreção - urina e parte inalterada nas fezes.
Sistema microssomal hepático.
Grupo ciano é convertido ao aldeído (com liberação
do íon cianeto), oxidação a ácido carboxílico.
Fígado: hidrólise da ligação éster - metabólitos inativos.
Potencializados por organofosforados e carbamatos.
Cipermetrina (piretroide do tipo II)
Durrina (glicosídeo cianogênico)
Citocromo oxidase;
Processo oxidativo e cadeia respiratória;
Cianometahemoglobina;
Em humanos, é relatada cianose
pela ingestão de compostos piretróides.
Mecanismo de Ação
Altamente Lipofílicos.
Inibição GABA.
Fechamento lento dos canais de sódio na
membrana neuronal.
Excitação repetitiva das terminações sensoriais nervosas.
Hiperexcitação de todo o sistema nervoso. 
Mantém uma entrada permanente de Na+ na célula deixando-a sempre excitada, não
entrando em repouso. 
Canais de sódio: 
Salivação intensa. 
Parada cardiorrespiratória e morte.
Vômitos e Diarreia.
Hiperexcitabilidade, tremores e convulsões.
Dispneia.
Prostação e fraqueza.
Ataxia.
Midríase.
Espasmos abdominais.
Hipertermia, Taquicardia.
Inflamação e descamação cutânea - contato.
Sinais
Clínicos 
Hiperatividade.
Incoordenação.
Dificuldade de movimentos.
hipersecreção.
Tremores, convulsão.
Efeito knockdown (queda).
Insetos:
Curso de 24h -72h.
Diagnóstico
Valores hematológicos e bioquímicos normais.
Diagnóstico diferencial: intoxicações por
organoclorados, organofosforados, carbamatos,
metaldeído, estricnina, nicotina ou enfermidades do
SNC, como meningite. 
Respostas generalizadas ao estresse (linfocitose e
neutrofilia, hiperglicemia).
Tratamento
Terapia de Suporte.
Contato: banho com água corrente e sabão abundante
- eliminação dos resíduos.
Benzodiazepínicos (ex: diazepam).
Ingestão: Lavagem gástrica, Carvão
ativado, Catárticos (laxantes).
Ectoparasiticida do grupo das Formamidinas.
Indicado para pulverização e banhos.
Utilizado para pequenos e grandes animais - gatos e equinos*
Contraindicado para cães com menos de 4 meses de idade.
Contraindicado para animais diabéticos e cardiopatas.
Misturar com óleos vegetais - acelera a quebra em subprodutos tóxicos.
AMITRAZ
Inseticida e Ectoparasitário
Exposição cutânea - banhos.
Ingestão do produto ou de coleiras.
Gatos são mais sensíveis:
INTOXICAÇÃO POR AMITRAZ
Doses terapêuticas: relatado hipotermia, 
hipotensão, salivação, vômito e midríase.
Metabolização
Base fraca, estável em pH alcalino - em meio ácido maior
dissociação - forma ionizada, polar, menos lipossolúvel.
Armazenar ao abrigo de luz.
Sensível aos ácidos, à luminosidade e temperatura elevada.
Altamente lipossolúvel.
Após banho, secar naturalmente na sombra.
Absorção: pele íntegra e mucosas - inflamação/ lesões*
Calor aumenta a permeabilidade vascular - absorção.
FACILITADA
Metabolização
Via oral: hidrólise ácida no estômago.
Excreção renal e biliar (fezes).
Metabolização hepática.
Metabólitos são excretados pela urina após 3-4 dias -
efeitos acumulativos. 
Metabólito ativo: N-3,5-dimetilfenil--N-metilformamida.
Mecanismo de Ação
Inibição da atividade da enzima monoaminoxidase
(MAO) - aumento dos níveis de catecolaminas e
neurotransmissores como a serotonina.
MAO - catalisa a desaminação oxidativa das monoaminas
endógenas, ou seja, inativa por metabolização substratos
como a noradrenalina, adrenalina, dopamina e serotonina.
Metabólito - excreção
Aumento de catecolaminas
Mecanismo de Ação
SNC: estimulação adrenérgica pós-sináptica - menor
atividade simpática periférica.
 inibição da liberaçãode acetilcolina.
Diminuição da sensibilidade da placa motora à
acetilcolina.
Inibição da secreção de insulina - hiperglicemia.
Efeito agonista alfa2-adrenérgico - SNA.
Na intoxicação, atua principalmente como agonista α2-
adrenérgico, com baixa ação inibitória da MAO.
Perifericamente - Receptores α1 adrenérgicos -
vasoconstrição - hipertensão inicial transitória.
Efeito agonista alfa-2
Catecolaminas
Acoplado a proteína Gi
Vômito, Diarreia ou hipomotilidade intestinal.
Nas teleóginas (carrapatos
fêmeas ingurgitadas), inibe a
liberação dos ovos, impedindo
a contração da musculatura
genital.
Inibe receptor de octopamina - 
neurotransmissor,
neuromodulador,
neurohormônio.
Insetos:
Sinais
Clínicos 
Curso agudo - 2h.
Anorexia, letargia.
Bradicardia, dispneia e bradipneia.
Hipertensão inicial, Hipotensão, hipotermia.
Sonolência, depressão, sedação.
Hiperglicemia, glicosúria, poliúria. 
Agitação, tremores, convulsões, ataxia.
Midríase.
Colapso cardiovascular, coma, morte. 
Equinos*
Fase transitoria de excitação*
Diagnóstico
Anamnese e exame físico.
Exames laboratoriais: 
- Hemograma; plaquetas
- Glicemia; hiperglicemia
- Eletrólitos;
- Gasometria;
- pH;
- Função hepática, renal e ECG.
Tratamento
Descontaminação dérmica e gastrintestinal, terapia de
suporte farmacológica.
Contaminação dérmica - banho com água morna e sabão.
Lavagem gástrica. 
Fluidoterapia para manter a hidratação e 
débito urinário.
Tratamento
Acidificação da urina com cloreto de amônio ou
vitamina C (ácido ascórbico) - aumenta a eliminação do
agente.
Cloridrato de ioimbina (antagonista alfa-2 adrenérgico).
Atropina contraindicada - potencializa efeitos do amitraz.
Anticonvulsivos (benzodiazepínicos).
Vinagre
Referências
MARTINS, A. P. Efeitos neurocomportamentais do fipronil
administrado em dose única em ratos. São Paulo, 2009.
TAVARES, M. A. Mecanismos de toxicidade dos metabólitos do
fipronil, dessulfinil e sulfona, em mitocôndrias isoladas de fígado
de rato. Universidade Estadual Paulista, 2015.
MELO, M, M. Intoxicações causadas por pesticidas em cães e
gatos. UFMG, 2002.
CHAGURI, J. L. Efeitos da exposição ao pesticida fipronil nas
alterações pressóricas em ratos acordados. Botucatu, 2016.
ALVES, T, C, A. alfa2-Agonistas em Anestesiologia: Aspectos
Clínicos e Farmacológicos. Revista Brasileira de Anestesiologia
Vol. 50, Nº 5, Setembro - Outubro, 2000.
OLIVEIRA, M, C, A. INTOXICAÇÃO POR INGESTÃO DE COLEIRA
ANTIPARASITÁRIA EM CÃO: RELATO DE CASO. Goiânia, 2019.
FERNANDES, D, R. Intoxicações em animais de companhia por
inseticidas e rodenticidas. Covilhã, 2014.
RODRIGUES, B. INTOXICAÇÃO POR PERMETRINA NO CÃO E
GATO. Clinica Veterinária de Mangualde.
Spinosa, HDS, Górniak, SL, & Palermo-Neto, J. (2020).
Toxicologia aplicada à medicina veterinária 2a. (2ª edição).
Editora Manole.

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