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Mariane Costa Anatomia do Esôfago ▪ Faz parte do trato gastrointestinal (TGI). ▪ Tubo muscular (colabado) de 25 com de comprimento e 2 cm de diâmetro. ▪ Localiza-se na parte mediana da caixa torácica ▪ Conduz alimento da faringe ao estômago ▪ Atravessa três regiões: cervical, tórax e abdome ▪ Órgão tubular Refluxo Gastresofágico APG 01 Mariane Costa ➢ Possui três constrições: • Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago), • Constrição broncoaórtica (torácica) • Constrição diafragmática (hiato esofágico do diafragma) MUSCULATURA • Cervical - (Músculo estriado esquelético), com peristaltismo voluntario • Torácica - (Músculos estriado e Músculo liso), (mista), peristaltismo involuntário • Abdominal - (Músculo liso), peristaltismo involuntário. HISTOLOGIA - 04 CAMADAS ▪ Túnica mucosa (epitélio), submucosa (tec. Conjuntivo – aporte vascular), muscular* e adventícia. ▪ Camada muscular de divide em duas: camada circular e longitudinal – ajuda a impulsionar o alimento (contração em dois sentidos) RELAÇÕES ANATÔMICAS ➢ Anterior – Traqueia, brônquios, pericárdio, arco aórtico e diafragma. ➢ Lateral – Porção posterior da tireoide, artéria carótida, veia jugular , ducto torácico (lado esquerdo) ➢ Superior – Laringofaringe ➢ Posterior – Músculos longo do pescoço, vertebras cervicais. ➢ Inferior – (abdominal) coberto por peritônio, relação com fígado e união ao estomago (altura da vértebra T11) – (Linha Z, transição no tipo de epitélio) VASCULARIZAÇÃO ❖ Arterial: Artérias tireoidianas inferiores, Aorta torácica -> artérias esofágicas, artéria frênica inferior e artéria gástrica esquerda. ❖ Venoso: Veias tireóideas inferiores, Veias esofágicas -> sistema ázigo e veia gástrica esquerda -> veia porta ❖ Linfático: linfonodos paratraqueais, cervicais profundos, mediastinais, traqueobronquiais, gástricos esquerdo e pré- aórticos -> cisterna do quilo INERVAÇÃO • A musculatura lisa é inervada tanto por fibras simpáticas (Tronco Simpático) quanto por fibras Parassimpáticas (Nervo Vago) (controle do esfíncter esofágico inferior EEI). *FISIOLOGIA* ▪ Deglutição: Fase oral. Fase faríngea e fase esofágica* ▪ Fase Esofagica – involuntária ▪ Movimentos peristálticos (onda primaria e secundaria) - Esfincter esofágico Superior (EES) – previne entrada de ar na inspiração e protege vias aéreas - Esfincter Esofagico Inferior (EEI) Previne o refluxo gás Mariane Costa Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) EPIDEMIOLOGIA Definição: deslocamento do conteúdo gástrico do estomago para o esôfago (fisiológico), com manifestação de sintomas(patológico). ▪ Elevada prevalência de evolução crônica ▪ 15 q 44% dos adultos norte-americanos tem esses sintomas ao menos uma vez por mês e 14 a 17%, diariamente. ▪ Brasil – 14.000 pessoas em 22 cidades (12% da população urbana) ▪ A DRGE afeta todos os grupos etários, mas os idosos procuram mais o tratamento. ▪ Hábitos de vida são fatores que explicam as grandes diferenças da prevalência da doença entre os países e continentes ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Multifatorial Sintomas e lesão são causados pelo contado da mucosa com o conteúdo gástrico Fatores de risco: como obesidade, uso de medicamentos, envelhecimento, prevalência da infecção pelo Helicobacter pylori, mal funcionamento do EEI, tabagismo. Obesidade e gravidez (aumento da pressão intra-abdominal). *** Barreira Antirreflexo • É a principal proteção contra o RGE • Composição: (EIE) esfíncter inferior do esôfago ou esfíncter interno e o esfíncter externo (diafragma) • EIE se matem fechado no repouso e se abre com a deglutição. • O relaxamento não relacionado com a deglutição é a principal causa da DRGE (63 – 74%) • Afetam esse relaxamento: colecistocinina (CCK) gordura. • Presença de hernia hiatal (dissociação do esfíncter interno e externo) • Distensão gástrica, após as refeições • Retardo do esvaziamento gástrico • Hipersecreção gástrica *** Mecanismo de depuração intralumial • (neutralização do ácido HCl) • Mecanico - (peristalse e gravidade) – posição supina • Quimico – (saliva) diminuição do fluxo salivar *** Resistencia intiseca do Epitelio • Barreira físico-quimica: bicarbonato, muco, água, junções intercelulares firmes, epitélio estratificado pavimentoso e suprimento sanguíneo. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (SINTOMAS) ▪ Pirose (sensação de queimação retroesternal) pós refeição ▪ Reguergitação (conteúdo gástrico retorna para faringe) ▪ Dor torácica, indistinguível da cardíaca, pois compartilham a mesma inervação. ▪ Manifestações pulmonares: tosse crônica, asma, bronquite, pneumonia aspirativa) ▪ Rouquidão e pigarro ▪ sangramento gastrointestinal ▪ Erosoes dentarias, aftas ▪ sialorreia pode ser um reflexo da presença de conteúdo ácido na boca do paciente. ▪ Odinofagia – dor ao engolir ▪ Disfagia – dificuldade de engolir COMPLICAÇÕES Esofagite erosiva - há a formação de lesões no esôfago devido ao refluxo gástrico crônico. Estenose péptica - resultado da cicatrização de úlceras esofágicas. Há estreitamento segmentar da junção esofagogástrica. Esôfago de Barrett - doença pré-cancerosa, em que o epitélio convencional é substituído pelo colunar. DIAGNÓSTICO ➢ pHmetria ➢ Endoscopia digestiva alta ➢ Exame radiológico Mariane Costa Síndrome Dispéptica Conceito: A dispepsia é uma dor epigástrica predominante com duração de pelo menos 1 mês, que pode estar associada a qualquer outro sintoma do trato gastrointestinal superior. • Dispepsia Orgânica – Úlcera, refluxo, intolerância alimentar, cólica biliar e pancreatite. • Dispepsia Funcional - Plenitude pós-prandial, saciedade precoce, dor epigástrica e azia; que são inexplicáveis após uma avaliação clínica de rotina. Tratamento Farmacológico ➢ O tratamento farmacológico pode ser realizado basicamente por meio de duas grandes classes de medicamentos: antissecretores e antibióticos. Antissecretores ➢ A grande função dos fármacos desse grupo é reduzir a acidez gástrica. Inibidores de Bomba de Prótons (IBPs) Os IBPs, representados pelas drogas terminadas em -prazol (Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol, entre outros), são os medicamentos de primeira escolha quando se deseja reduzir a acidez estomacal. Farmacodinâmica - atuam se ligando à bomba H+/K+ ATPase (bomba de prótons) da célula parietal e, daí, impedem o seu funcionamento. Os IBPs vão interromper a última etapa para produção de HCl, que é a liberação de íons H+ no lúmen da glândula. Efeitos adversos: • Demência: reduz a absorção de vitamina B12. (terapia por mais de 2 anos) • Absorção incompleta do carbonato de cálcio: prejudicada pelo pH elevado, aí pode ser necessário repor cálcio. Bloqueadores de H2 Representados pelos fármacos terminados em -tidina (Cimetidina, Nizatidina, Ranitidina, Famotidina), essa classe se caracteriza por bloquear competitivamente e seletivamente os receptores H2, de modo que eles não recebem o estímulo da histmina, que atua na promoção da secreção de ácido clorídrico. São efeitos adversos do uso de Bloqueadores de H2: • Cefaleia e Tonturas; • Diarreia; • Dores musculares; • Confusão e Alucinação. Antiácidos ➢ Os antiácidos são bases fracas que reagem com o ácido clorídrico do estômago e o neutralizam, de modo a promover um alívio rápido dos sintomas, mas que também se mantém por pouco tempo: Os principais exemplos de antiácidos são: Hidróxido de Alumínio, Hidróxido de Magnésio e Bicarbonato de Sódio. Os principais efeitos adversos do seu uso são: • Constipação, causada principalmente quando a droga de escolha éo Hidróxido de Alumínio. • Diarreia, causada principalmente quando a droga de escolha é o Hidróxido de Magnésio; • Comprometimento renal. Procinéticos São fármacos que atuam de modo a aumentar a pressão do esfíncter esofágico inferior (EEI), diminuir a regurgitação e acelerar o esvaziamento gástrico. O estímulo da motilidade do aparelho digestivo, ocorre através da ação direta sobre o músculo liso entérico ou através da interação com os neurônios do sistema nervoso entérico. Benzamidas ▪ Metoclopramida e a bromoprida. Atuam no esôfago, estômago e intestino delgado proximal. São antagonistas dos receptores D2 da dopamina, bloqueando e tendo efeito procinético secundário. Como resultado, se observa o aumento da motilidade e esvaziamento gástrico. Benzimidazólicos ▪ Pertence a este grupo a domperidona, um antagonista periférico do receptor D2 da dopamina. Tem aplicação no controle das regurgitações e vômitos. Motilina e análogos ▪ O principal exemplo desta classe terapêutica é a eritromicina, um antibiótico macrolídeo com atividade procinética. A motilina é um hormônio que atua estimulando a motilidade do trato gastrintestinal superior. Tem ação no antro gástrico e no duodeno. Mariane Costa Agonistas colinérgicos de ação direta ▪ Ésteres da colina, como o betanecol. O betanecol é um colinomimético muscarínico, atuando de modo seletivo sobre os receptores colinérgicos presentes nas células efetoras autônomas do músculo liso da bexiga urinária e do trato gastrintestinal. Assim, estimula a motilidade gástrica e intestinal, aumentando a pressão no esfíncter esofágico inferior. Efeitos adversos: sedação, sensação de boca seca e cefaleia. Antibióticos Amoxicilina ❖ A amoxicilina é uma penicilina e, portanto, ela age sobre bactérias, interferindo na última etapa do processo de síntese da sua parede. uma droga de espectro estendido. (atua contra os grm-positivos e gram-negativos) Os principais efeitos adversos do seu uso são: • Hipersensibilidade; • Diarreia; • Nefrite; • Toxicidade neurológica e hematológica. Metronidazol e Tinidazol ❖ Seu mecanismo de ação envolve o armazenamento de elétrons, de modo a formar compostos citotóxicos que se ligam às proteínas e ao DNA, levando à morte celular. Os principais efeitos adversos do seu uso são: • Náusea; • Desconforto epigástrico; • Cólica abdominal; • Propensão à infecção fúngica na boca. Tetraciclina ❖ As tetraciclinas não medicamentos que penetram no citoplasma bacteriano e inibem a síntese proteica por impedir a conexão entre o RNAt e o RNAm, o que acaba levando à morte. E elas também agem sobre microrganismos tanto gram-positivos quanto gram- negativos. Os principais efeitos adversos do seu uso são: • Desconforto gastrointestinal; • Deposição de cálcio; • Hepatotoxicidade; • Fototoxicidade; • Problemas vestibulares. Levofloxacino ❖ O levofloxacino é uma fluoroquinolona que atua entrando no citoplasma bacterianoe inibindo a replicação do DNA ao interferir na ação de duas enzimas: topoisomerase II e IV. Os principais efeitos adversos do seu uso são: • Náusea e diarreia; • Cefaleia; • Vertigem e tontura; • Fototoxicidade.
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