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DPOC

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Yasmin Pacini
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
DPOC é uma doença comum, prevenível e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios
persistentes e limitação ao fluxo aéreo, que é devido às alterações nas vias aéreas e nos
alvéolos causadas por exposição significativa a partículas e gases nocivos.
- a limitação do fluxo aéreo é diagnosticada pelo exame de espirometria
- O principal agente causador é o cigarro
Enfisematoso: destruição dos sacos alveolares, mais ar dentro do tórax, dispinéico, tórax em
tonel.
Bronquítico: inflamação no brônquio, tosse crônica, expectoração abundante.
- posso ter um paciente enfisematoso com bronquite crônica
Fatores de risco
TABAGISMO - 85% dos casos do mundo
- A fumaça do cigarro atrai células inflamatórias que causam inflamação na via aérea
podendo levar a destruição dos tecidos.
- com a fumaça do cigarro há liberação de elastase que é uma proteína que degrada a
elastina contribuindo para a destruição da via aérea
- A fumaça inativa a alfa1 antitripsina, contribuindo para a liberação da elastase.
Pode haver susceptibilidade genética à doença. - por isso algumas pessoas fumam “menos”
que outras e desenvolvem um quadro pior em menos tempo.
Outras causas: Carvoaria, fogão a lenha, deficiência de alfa1 antitripsina ( mutação genética
hereditária que causa enfisema em jovens e não fumantes com associação de lesão hepática)
Yasmin Pacini
Sintomas
- dispneia: progressiva, persistente e piora com esforço
- tosse crônica: pode ser intermitente e seca
- catarro
Geralmente os sintomas pioram pela manhã
Exame físico
Pode ser normal, depende do estágio.
Sibilos e roncos - presentes nas exacerbações
Tórax em tonel
Hipertimpanismo à percussão Em quadros avançados
Expansibilidade reduzida
Estertores ausentes - se o pct tem dpoc e está com estertor presente pode ser sinal de uma ic,
doença intersticial ou pneumonia.
Rx de tórax na dpoc
Não serve para diagnóstico
O normal não exclui presença de doença
Serve para excluir outras doenças - neoplasia, pneumonia, derrame pleural
Hiperinsuflação só em doença avançada
Diagnóstico
Sinais/sintomas + História de exposição a fatores de risco
Dispneia
Tosse crônica
Expectoração Crônica
Idade avançada (>40)
Tabagismo
Exposição ocupacional a poeiras/quimicos
É necessário o exame de ESPIROMETRIA com VEF1/CVF pós broncodilatador < 0,70
- VEF1: volume expirado forçado no 1º segundo. - quanto menor, maior o risco de exacerbar
- CVF: Capacidade vital forçada
Yasmin Pacini
mMRC - se tem dispneia aos esforços. ( B e D)
Tratamento
Grupo A - um broncodilatador (LAMA, LABA ou SABA)
Grupo B - Um broncodilatador de longa ação (LABA ou LAMA)
Grupo C - LAMA - antimuscarínico/anticolinérgico pra prevenir crise
Grupo D - LAMA ou LAMA+LABA ou ICS+LABA (associo pra quem tem mais sintomas)
- só uso corticóide inalatório em pct que tem eosinófilo >300 para não aumentar o risco de
pneumonia
O tratamento é feito para melhorar a qualidade de vida do doente, não reduz mortalidade.
Principais medicações usadas em DPOC
- LABA (beta 2 agonista de longa ação): formoterol e salmeterol. - efeito colateral:
tremor e taquicardia
- LAMA (anticolinérgico/antagonista muscarínicos de longa): tiotrópio - efeito colateral:
retenção de urina e glaucoma agudo.
- Corticoide inalatório: budesonida, mometasona e fluticasona - aumenta o risco de
pneumonia em dpoc
Yasmin Pacini
Medidas não farmacológicas
Cessar tabagismo - reduz mortalidade
Atividade física
Vacinas - Gripe, Covid, Pneumocócica
Reabilitação pulmonar - grupos B, C, D
Indicação de oxigenoterapia
Se o pct apresenta PaO² < 55mmHg ou SatO² <88% com ou sem hipercapnia.
ou
PaO²: 55 e 60mmHg, SatO² de 88% a 90%, Hipertensão pulmonar, edema periférico ou
policetemia (Ht > 55%) - sinais de insuficiência cardíaca direita.
O paciente deve usar o O² > 15 horas por dia - melhora sobrevida,
Exacerbação na DPOC
Diagnóstico clínico baseado em aumento da dispneia, aumento da expectoração e aumento
da purulência do catarro (ATB!) - 2 de 3.
Evento caracterizado pelo agravamento dos sintomas respiratórios. ( além das variações normais
do dia a dia).
FEBRE NÃO É CRITÉRIO DE EXACERBAÇÃO
Bactérias - Hemófilos, pneumococo, moraxella. (infecção hospitalar lembrar de pseudomonas)
Pensar em pseudomonas se: VEF1 < 50%, hospitalização por mais de 2 dias nos últimos 3
meses, infecção prévia, bronquiectasias
Tratamento da Exacerbação
ABCO - Antibiótico, Broncodilatador, Corticoide e Oxigênio.
Se SatO2 < 90% - oxigênio/ VNI se preciso
Broncodilatadores: Beta2 Agonista de CURTA ação e/ou anticolinérgico = fenoterol e ipratrópio
Corticóide sistêmico: Prednisona 40mg 5 -7 dias - Melhora função pulmonar e reduz tempo de
recuperação.
Yasmin Pacini
Antibióticos: amox+clavu ou Azitromicina ou Cefuroxima. Se risco de pseudomonas +
quinolonas.
Indicações de VNI: dispneia moderada à grave (uso de musc acessória, mov paradoxal abd), pH
< 7,5 e/ou PaCo² > 45 mmHg (acidose) ou FR > 25 irpm
Diagnósticos diferenciais
Asma
TEP
Bronquiectasias
TB
IC

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