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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 1 SUMÁRIO GEOPOLÍTICA: CONCEITOS, DEFINIÇÕES E IMPLICAÇÕES .............................................................................. 2 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 GEOPOLÍTICA: CONCEITOS, DEFINIÇÕES E IMPLICAÇÕES O cenário é o do final da Primeira Guerra Mundial, conflito que durou de 1914 até 1918. A difícil decisão dos países que se sagraram como vencedores era o seguinte: o que fazer para evitar um novo conflito, resolvendo as situações que motivaram tal guerra? Um questionamento um tanto quanto complexo para ser resolvido, diante de tantas nuances. A dificuldade de resolver essa equação repleta de variáveis, se dava principalmente por levar em consideração a quantidade e complexidade das situações que se interrelacionaram e causaram o conflito, quais sejam, o nacionalismo, o imperialismo e o militarismo. Essas situações não se desenvolveram no calor da guerra, surgiram muito tempo antes, ainda em meados do século XIX. Pois de certo, para se resolver estes problemas e liquidar as possibilidades de um novo conflito, França, Inglaterra e Estados Unidos decidiram por um Tratado, o qual impôs delicadas decisões para o principal país causador do conflito, a Alemanha. Sabemos que, historicamente, o Tratado de Versalhes serviu para causar um novo conflito – a Segunda Guerra Mundial. O que entra em questão neste contexto da primeira metade do século XX é que, nos diferentes países que se envolveram no conflito, surgiram pensadores que, objetivamente, passaram a estudar o fenômeno “guerras mundiais”, não apenas do ponto de vista militar, mas de uma forma ainda mais completa – e complexa – fundiram e interrelacionaram a nobre área da geografia com diferentes áreas do conhecimento, sendo a política, a economia, a cultura, a filosofia, a sociologia, o direito e uma polissêmica quantidade de áreas, as quais poderiam proporcionar o conhecimento e a sabedoria, não apenas para lidar com as diferentes situações decorrentes das relações internacionais, mas também, compreender, nesse novo estágio do complexo desenvolvimento da história da humanidade, como as relações de poder vinculadas aos Estados-nações poderiam provocar/remediar/solucionar as situações advindas das interdependências históricas e suas vinculações. A geopolítica como área do conhecimento, surgiu para compreender todas as diferentes nuances, dentro do “tabuleiro” chamado mapa-mundi. Sua base, sem dúvida é a Geografia, tanto em seus aspectos físicos (que incluem os conhecimentos relacionados à hidrografia, topografia, clima, latitude, longitude, vegetação, ou seja, todas as áreas que fazem parte da Geografia Física) bem como as características da Geografia Humana. (Fonte: https://animamundi2019.com.br/mapa-mundi/) https://www.alfaconcursos.com.br/ https://animamundi2019.com.br/mapa-mundi/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 Parece que quase não há relação qualquer entre os aspectos naturais que compõe um território com a economia, a política, a cultura e suas interrelações, porém, acaba sendo justamente isso que compõe um país. Além disso, a geopolítica também está vinculada aos aspectos históricos, os quais possuem conexão direta com a realidade geográfica. É como analisar uma determinada situação, mas não com um posicionamento monocromático, ou seja, só por uma via. A Geopolítica percorre todos os “cantos” ou melhor dizendo, ela procura estabelecer as relações que as diferentes áreas que perfazem os territórios acabam se inserindo, juntamente com a influência acerca das relações de poder. Uma forma de entender o que é a Geopolítica se relaciona ao seu conceito, qual seja ele: a Geopolítica é o estudo e a prática da política do poder internacional definida no espaço geográfico. É um campo do pensamento e da análise estratégica. A Geopolítica se dá essencialmente na confluência entre espaço (“geo”) e poder (“politica”). Isso nos leva de volta ao início deste material, quando começamos falando sobre o final da Grande Guerra e de suas consequências, principalmente acerca das decisões que deveriam ser tomadas para que não apenas os vencedores se sagrassem, bem como, os perdedores fossem anulados de maneira militar. Como nós sabemos, conflitos entre nações, de proporções consideravelmente grandes, foram percebidos ao longo do século XX, e não falamos aqui apenas das duas Grandes Guerras (Primeira e Segunda) Mundiais, mas, uma série de situações que, desencadeadas por específicas situações, acabaram criando não apenas uma relação de animosidade, bem como do envolvimento e da implicação de várias outras nações, quando não muito, abalando as estruturas econômicas de alguns territórios. Ainda antes destas situações, como sabemos, a partir do momento em que o ser humano passou a estabelecer alianças – de todas as formas e objetivos possíveis – mas, principalmente, as que possuíam objetivos relacionados ao poder, já se pode analisar tais conflitos sob o prisma da Geopolítica. Usando como exemplo, o expansionismo de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, que no século IV a.C. estabeleceu um domínio territorial sobre a Europa, a Ásia e a África. Ou sobre o expansionismo de Carlos Magno, rei dos Francos, o qual foi coroado imperador do Sacro Império Romano Germânico no natal de 800 d.C., bem como, outro exemplo interessante foi a União das Coroas Ibéricas em 1580. Os três acontecimentos se envolvem, cada qual respectivamente à sua época, a contextos que não se referem apenas ao poderio político ou militar, mas também à fatores geográficos e históricos, capazes de serem explicados pela Geopolítica. Contudo, a tarefa árdua da Geopolítica não é só a de explicar os acontecimentos históricos, mas sim, tentar estabelecer uma linha de raciocínio capaz de esclarecer quais podem ser os próximos passos de uma determinada situação. Embora a sua definição estabeleça a relação entre Geografia e Política, sua origem está relacionada ao contexto em que outras Ciências Humanas surgem, dentro do contexto do imbricamento de várias questões e do aumento da complexidade das relações entre países no século XIX. Desta forma, o que se percebe é que em algumas situações existe uma comparação entre a Geografia Política e a Geopolítica. Muitas vezes não é apenas comparação, mas sim uma maneira de tentar delimitar a área de atuação de cada disciplina. Por isso, dificilmente poderemos falar em uma autêntica geografia política internacionalista, até mesmo quando ela estiver envolvida em problemas internacionais. Também a discussão sobre as eventuais e complicadas distinções entre a geografia política e a geopolítica fica acentuadamente marcada por essas contradições, a tal ponto que não são poucos os autores que preferem passar ao largo dela, portanto, sendo tal discussão estéril ou até mesmo inútil. O problema crucial nesse caso é que esses rótulos têm servido perfeitamente à tática da camuflagem, à arte da dissimulação e mesmo às artimanhas da tática. É preciso reconhecer, entretanto, que parte da contradição nesse setor identifica como geografia política o conjunto de estudos sistemáticos mais afetos à geografia e restritos às relações entre o espaço e o Estado, questões relacionadas à posição, situação, características https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 das fronteiras, entre outros, enquanto à geopolítica caberia a formulação das teorias e projetos de ação voltados às relações de poder entre os Estados e às estratégias de caráter geral para os territórios nacionais e estrangeiros, de modo que estaria mais próxima das ciências políticas aplicadas, sendo assim mais interdisciplinar e utilitarista que a primeira. A partir do momento em que é preciso cumprir uma formalidade, isto é, adiantar definições, o que foi dito acima pode satisfazer os menos exigentes. Ocorre, porém, que, como definições estanques,mais encobrem que explicam a real natureza do que está envolvido. Basta citar um único e cabal exemplo: a obra que funda a geografia política, escrita por Friederich Ratzel em 1897, chama-se justamente Geografia Política. O problema é que todos os autores mais importantes da geopolítica também a consideram como a obra que funda a geopolítica, apesar de o rótulo ter sido cunhado anos mais tarde pelo sueco Rudolf Kjéllen. Talvez o melhor caminho a seguir, caso se pretenda estabelecer distinções entre ambas, seja o de tentar utilizar o critério do nível de engajamento do estudo aos objetivos estratégicos nacionais-estatais. Mesmo assim, devemos reforçar que a Geopolítica como o estudo e a prática da política do poder internacional, definida no espaço geográfico, envolve a interdisciplinaridade que é abarcada pela variada relação entre os elementos que compõe o espaço (geo), bem como os elementos que fazem parte do âmbito político. Se pararmos para pensar, a Geopolítica, sendo um compartimento da Ciência Política, também estuda as ações dos Estados na aplicação do poder nacional em todas as suas expressões. Desta forma, seus objetivos estabelecem relações pragmáticas com a práxis, ou seja, as suas ações práticas estão delineadas com as suas definições e implicações. E não foi a partir do século XIX que a Geopolítica esteve presente na história. Por toda a história humana, estadistas, diplomatas, militares, filósofos, historiadores e geógrafos do mundo todo têm constantemente buscado interpretar as características e os fenômenos do que o espaço geográfico em suas amplas características oferece, justamente para formular soluções de caráter político para alcançar interesses específicos dos Estados-Nações. Acerca do objetivo da Geopolítica, o qual está relacionado à interação poder-espaço na esfera internacional, podemos levar em consideração a existência de duas expressões práticas que se mostram centrais para a análise geopolítica, nessa relação simbiótica. A primeira está relacionada à configuração do poder internacional juntamente com os padrões da competição entre as potências, os quais estruturam a morfologia tática do espaço geográfico regional e mundial; a segunda expressão se trata da posição geográfica do Estado na região e no mundo, base incontornável da ação geoestratégica de sua política externa. Junto a tudo isso, acerca das implicações da Geopolítica, com a evolução tecno-científica mais recentes e o aumento da complexidade das diversas variáveis que passaram a influenciar na aplicação do poder, alguns elementos básicos se tornaram importantes para a análise geopolítica dos Estados, revelando a tendência de suas decisões. Como elementos basilares da geopolítica, devemos considerar: A tendência dos Estados em face das condições geográficas; A forma e posição dos territórios dos Estados; A linha periférica do território dos Estados. Cada um desses elementos básicos possuem uma série de subdivisões que se correlacionam muito bem com o que muitos dos importantes teóricos clássicos da Geopolítica, como Mahan, Mackinder e Spykman definiram como subsídios importantes para se analisar e compreender de que forma tais elementos se vinculam com sua relação histórica e política. Certos disso, cada um com sua Teoria Geopolítica, acabou contribuindo para uma análise que aliou à geografia e à política, as implicações históricas e antropológicas que o mundo perpassava às suas respectivas épocas, fornecendo em cada contexto uma análise importante para se compreender os efeitos de conflitos e a forma como os Estados-nações iriam lidar com https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 5 tais situações. Devemos aqui lembrar que esta aula serve de esboço para a complexa e completa relação que existe dentro desta vasta área chamada de Geopolítica. Para um maior entendimento, haja visto que existe muito ainda a ser explicado, se tornará assunto para outros encontros. Enquanto isso, meu aluno e minha aluna, espero que isso lhe ajude imensamente, levando você rumo à tão sonhada aprovação, e mais do que isso, para que aumento e engrandeça o seu conhecimento. https://www.alfaconcursos.com.br/
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