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das vênulas portais, com manifestações de HP. HP Idiopática: Apresenta as mesmas características da HP por esquistossomose. Hipertensão Portal Pós-sinusoidal Doença Hepática Venooclusiva: Observa-se deposição de uma matriz rica em fibronectina em torno das veias centrais dos lóbulos. Hipertensão Portal Pré-Hepática: Neste grupo incluímos as causas de aumento de pressão na veia porta não associada a desordens de estruturas localizadas no interior do parênquima do fígado. Trombose da veia porta: Principal causa de HP pré-hepática Fistula Arteriovenosa Esplâcnica Trombose de Veia Esplênica Causa a chamada HP Segmentar. A principal causa desta condição é representada pelas doenças do pâncreas. Hipertensão Portal Pós-Hepática: Estes distúrbios determinam um aumento da pressão porta como um reflexo de elevações de pressões em sistemas venosos localizados acima do fígado, principalmente a veia cava inferior. Qualquer doença que eleve as pressões em câmaras cardíacas direitas também pode estar envolvida. Uma vez que a circulação hepática na contem valvas, qualquer obstrução ou aumento da pressão de outra etiologia, distal aos sinusóides, resulta em hipertensão sinusoidal, fluxo retrógrado na veia porta e colateral. Síndrome de Budd-Chiari: Trata-se de uma importante síndrome da medicina. Surge devido à trombose das veias hepáticas, levando a um mecanismo de HP pós-sinusóidal e franca ascite e hepatomegalia. Está muito associada à síndrome trombofílica, como as neoplasias. Obstrução da Veia Cava Inferior: Doenças Cardíacas: Qualquer aumento de pressão em cavidades direitas do coração, transmite-se para a cava inferior, daí para veia hepática, sinusóides e finalmente, veia porta. IV – Diagnóstico Devemos suspeitar de hipertensão porta em todo paciente que apresente uma combinação dos seguintes achados: ascite, esplenomegalia, encefalopatia ou varizes esofagogástricas. Os exames laboratoriais iniciais nos ajudam a identificar a existência ou não de disfunção hepatocelular associada e incluem a dosagem sérica de albumina, o hemograma completo, as provas de função hepática e a determinação do TAP. 1- Ultra-sonagrafia- Doppler: É o método de escolha para acessar o sistema porta em pacientes com suspeita de HP. Este exame possui uma elevada acurácia em distinguir entre uma veia porta trombosada de uma patente. O calibre da veia porta, em casos de hipertensão, acha-se em torno de 15mm, entretanto um valor normal (até 12mm) não afasta esta condição. O uso concomitante da fluxometria pelo Doppler permite uma estimativa do fluxo da porta. Um sentido hepatopetal é observado em indivíduos normais, já o fluxo hepatofugal nos revela a existência de hipertensão porta. 2- Endoscopia Digestiva Alta Está sempre indicada na suspeita ou após diagnostico de HP. A presença de varizes esofagogástricas sela o diagnóstico de HP!! 3- Angio- TC e RM São métodos não invasivos capazes de delinear o sistema porta. Diagnosticam com elevada acurácia a trombose de veia porta, além de determinar patência de derivações cirúrgicas. 4- Angiografia. Este método radiológico invasivo é útil para delinear a anatomia das colaterais do sistema porta, a patência dos vasos, a presença de aneurismas, fístulas e lesões vasculares intra- hepaticas. 5- Medidas Hemodinâmicas. A cateterização da veia hepática e a medida do gradiente de pressão da veia hepática são um método empregado em casos duvidosos, em que a US não firmou o diagnostico de HP. Em indivíduos normais este gradiente gira em torno de 3-5mmHg, acima de 10mmHg temos HP. V – Complicações e seu Manuseio As conseqüências clínicas mais importantes da HP estão direta ou indiretamente associadas à formação de colaterais porto-sistemicas. 1- Varizes Esofagogástricas A prevalência de varizes esofagianas em pacientes recém-diagnosticados com cirrose hepática encontra-se em torno de 50%, sendo 40% nos pacientes Child A e 85% nos Child C. CLASSIFICAÇÃO CHILD-PUGH As varizes esofagianas evoluem para sangramento em pelo menos 30-40% dos casos e são a causa mais comum de hemorragia digestiva alta em pacientes com HP Classificação das varizes esofagianas: F1-(pequeno calibre): varizes minimamente elevadas, sem tortuosidades (< 5mm de diâmetro) F2-(médio calibre): varizes elevadas, tortuosas, ocupando menos de 1/3 do lúmen (entre 5- 20mm) F3-(grosso calibre): varizes elevadas, ocupando mais de 1/3 do lúmen (>20mm de diâmetro). 2- Varizes Gástricas e Gastropatia HP. As varizes gástricas podem ser isoladas ou associadas às esofágicas, sendo mais freqüente na hipertensão porta pré-hepática. São responsáveis por até 10% de todos os episódios de hemorragia digestiva alta no paciente cirrótico. 3- Gastropatia Hipertensiva Portal É caracterizada por alterações na mucosa do estômago relacionadas à HP. Histologicamente, observam-se dilatações dos capilares e vênulas da mucosa. O sangramento da GHP é difuso por toda a mucosa gástrica, sendo conhecido como sangramento “em lençol”; o sangramento pode ser crônico e insidioso, sendo uma causa de anemia ferropriva em pacientes cirróticos, ou agudo, apresentando-se com melena. 2- Conduta no sangramento: Controle respiratório e hemodinâmico: A estabilização da pressão arterial é a primeira medida em qualquer hemorragia digestiva. A reposição com solução cristalóide e mesmo sangue é recomendada. Em pacientes Child C ou que desenvolvem instabilidade hemodinâmica, a melhor conduta é a admissão em unidade te terapia intensiva. Os pacientes que se apresentem confusos ou com rebaixamento do nível de consciência merecem ser intubados, até mesmo para proteger a via aérea durante a realização de EDA. Terapia Endoscópica: Uma ves estabilizada a hemodinâmica, o estomago deve ser lavado vigorosamente: e uma EDA, realizada. Este procedimento permite uma localização adequada do sitio de sangramento, confirmando ou afastando o sangramento por varizes esofagogástricas rotas. A terapia endoscópica é o procedimento de escolha para hemorragia digestiva alta decorrente de sangramento de varizes esofagianas, mas não as gástricas. Os procedimentos empregados durante a endoscopia podem ser a escleroterapia (que tem como principio a injeção de substâncias esclerosantes, que provocam irritação na parede vascular e subseqüente trombose) ou a ligadura elástica, que tem sido o procedimento de escolha pelo menor risco de complicações. Terapia farmacológica: É realizada com vasoconstritores esplâncnicos intravenosos, que reduzem o fluxo sanguíneo porta e, portanto, a pressão portal. A terapia com estas medicações deve ser iniciadas de imediato, uma vez diagnosticado o sangramento por varizes, sendo considerada adjuvante à terapia endoscópica ou terapia isolada nas varizes gástricas e na gastropatia hipertensiva portal sangrante. A terapia farmacológica é a conduta de primeira linha para a hemorragia das varizes gástricas ou da gastropatia hipertensiva portal. As doses dos principais esquemas utilizados: - Terlipressina 250-500mcg/h - Octreotídeo 50mcg em bolo e 50 mcg/h Balão de Sengstaken-Blackmore: Na ausência de procedimentos endoscópicos de urgência ou nos pacientes que permanecem sangrando a despeito da terapia endoscópica e farmacologia, podemos empregar o tamponamento com balão de sengstaken-Blackmore. TIPS O TIPS (transjugular intrahepatic porto-systemic shunt) é um dispositivo colocado por via percutânea por um radiologista intervencionista, fazendo criar uma conexão intra-hepatica entre a via hepática e a veia porta, descomprimindo subitamente o sistema e aliviando de imediato a hipertensão portal. O TIPS é eficaz em prevenir o sangramento