Fisiologia do sistema digestório

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Fisiologia do sistema 
digestório
Fisiologia dos animais 
domésticos 2
Prof. Juliana Mendonça
Sumário
1. Motilidade gastrointestinal
2. Atividades secretórias do tubo gastrointestinal
3. Digestão e absorção: processo não fermentativo
4. Digestão: processo fermentativo
5. Digestão das aves
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1. Motilidade Gastrointestinal
Introdução
• Funções do sistema digestório
• Digerir e absorver os nutrientes da dieta necessários para sustentar o
restante do corpo
• Identificar e impedir a entrada de patógenos através de sua barreira
epitelial (intestino)
• Eliminação dos produtos residuais
• Material não digerido
• Produtos tóxicos do sangue (fígado)
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Tipos de sistemas digestórios
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1. Estômago simples 2. Fermentadores pré-gástricos
3. Fermentadores pós-gástricos 4. Aves
Cavidade oral
• Estruturas necessárias para:
• Preensão do alimento
• Mastigação
• Deglutição
• Diferenças entre as espécies:
• Preensão dos alimentos (lábios e língua)
• Deglutição (alimentos e água)
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Cavidade oral
• Língua
• Preensão do alimento
• Sensação de paladar
• Papilas
• Propulsão de alimentos
• Limpeza (gatos)
• Botões gustativos
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Cavidade oral
• Mastigação
• Digestibilidade do alimento ingerido
• Dentes
• Incisivos: corte do alimento até tamanho
compatível com a cavidade oral
• Pré-molares e molares: redução do
tamanho das partículas de alimento →
facilita a ação das enzimas digestivas
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Secreções salivares
• Saliva é acrescentada durante a mastigação
• Produzida por glândulas acinosas
• Composições variáveis
• Secreções serosas
• Secreções mucoides
• Toda saliva é hipotônica
• Ajuda a reduzir a concentração osmótica da ingesta
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Secreções salivares
• Secreções serosas (glând. parótidas e submandibulares)
1. Amilase: início da digestão de amido
2. Tampões: controle do pH da ingesta
3. Lipase: início da digestão de gordura
4. Lisozima e IgA: controle bacteriano na cavidade oral
• Secreções mucosas (glând. sublinguais e submandibulares)
1. Mucina: lubrificação do bolo alimentar
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Secreções salivares
• Controle parassimpático
• Nervo glossofaríngeo (glândulas parótidas)
• Nervo facial (glândulas submandibulares e sublinguais)
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Deglutição
• Reflexo que transfere a ingesta ou líquidos para o esôfago,
enquanto mantém esse material fora do trato respiratório
• Duas etapas
1. Voluntária: o animal utiliza neurônios motores para impelir o bolo
alimentar para parte posterior da língua
2. Involuntária: controle do bulbo cerebral, reflexos respiratórios inibidos
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Deglutição
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Elevação da parte dorsal da 
língua e do assoalho da boca 
Elevação do palato mole
Epiglote cobre a glote
Relaxamento do esfíncter 
esofágico superior
Condução do bolo alimentar 
até a parte caudal da faringe
Fechamento da nasofaringe →
impede a saída do alimento pelo nariz
Impede entrada do alimento 
na traqueia
Entrada do bolo 
alimentar no esôfago
Deglutição
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Deglutição
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Inervação do sistema gastrointestinal
• Sistema nervoso entérico
• Funciona do esôfago ao ânus
• Controla de forma autônoma (e bem localizada) diversas funções do
trato digestivo
• É coordenado pelo SNA e por hormônios
• Duas camadas de corpos celulares
• Plexo submucoso (Plexo de Meissner): submucosa
• Plexo miontérico (Plexo de Auerbach): entre as camadas musculares lisas circular
interna e longitudinal externa
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Inervação do sistema gastrointestinal
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Inervação do sistema gastrointestinal
• Neurônios sensitivos dos plexos → detectam várias alterações
no intestino
• Distensão (receptores de estiramento)
• pH do conteúdo luminal
• Osmolaridade
• Presença de toxinas
• Interagem com neurônios efetores do SNC, que secretam
neurotransmissores → respostas variadas
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Inervação do sistema gastrointestinal
• Parassimpático
• Principal sistema de controle
• Motilidade
• Secreção
• Digestão
• Ação direta ou indireta (SNE)
• Simpático
• Ação mínima sobre a maioria
das funções gastrintestinais
• Exceção: efeito sobre os vasos
sanguíneos gastrintestinais
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Sistema Nervoso Autônomo
Inervação do sistema gastrointestinal
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Inervação do sistema gastrointestinal
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Musculatura do sistema gastrointestinal
• Musculatura lisa
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Musculatura do sistema gastrointestinal
• Muscular da serosa
• Movimento das vilosidades intestinais (encurtamento/alongamento)
• Músculos lisos circular e longitudinal
• Responsáveis por dois movimentos:
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1. Contrações segmentares
• Compressão do bolo alimentar
• Facilita contato entre ingesta e enzimas
digestivas
• Movimenta o material contra as células da
superfície mucosa, que absorvem os nutrientes
2. Peristaltismo
• Propulsão aboral do bolo alimentar
Movimento do bolo alimentar
• Esôfago
• Músculo cricofaríngeo: mantido fechado
• Impede refluxo do conteúdo esofágico para a faringe
• Presença do bolo alimentar no esôfago → contrações peristálticas
• Esfíncter esofágico inferior: mantido fechado
• Impede entrada de conteúdo estomacal e ácidos no esôfago
• Fechamento: ação da gastrina
• Abertura: ação do VIP (secretado pelo SNE em resposta à distensão do esôfago
pelo bolo alimentar)
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Movimento do bolo alimentar
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Movimento do bolo alimentar
• Estômago
• Distensão do fundo gástrico→ estimula a contração estomacal
• Contrações peristálticas
• Mistura do quimo com ácido gástrico e enzimas proteolíticas
• Emulsificação da gordura
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Movimento do bolo alimentar
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Movimento do bolo alimentar
• Motilidade estomacal
• Aumentada
• Gastrina: secretada em resposta à distensão estomacal
• Estimulação parassimpática (visão, sabor ou odor do alimento)
• Diminuída
• Entrada do quimo no duodeno (distensão)
• Aumento da osmolaridade dos líquidos no duodeno
• Ação hormonal
• Colecistocinina (CCK)
• Secretina
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Movimento do bolo alimentar
• Esfíncter pilórico
• Contração/relaxamento: determinam a velocidade de esvaziamento do
estômago
• Evita a entrada de conteúdo duodenal no estômago
• Relaxa: estimulação vagal (parassimpática)
• Contrai: ação de CCK e secretina
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Eructação
• Eliminação dos gases ingeridos durante refeições ou
produzidos pela ação dos ácidos estomacais → “arroto”
• Distensão estomacal é dolorosa
• O reflexo em ruminantes é diferente
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Vômito
• Objetivo: remover materiais tóxicos do estômago
• Reflexo complexo• Controlado pelo centro do vômito→ bulbo
• Algumas espécies não vomitam:
• Ratos
• Coelhos
• Suínos
• Equinos
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Vômito
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Zona de gatilho quimiorreceptor
Centro do vômito
SNE
Núcleos 
somatomotores
NC VII, IX
NC motores 
V, VII, IX
Apomorfina, xilazina, agentes quimioterápicos, odores (pensamentos)
Substância irritante da 
mucosa, dor visceral
Aferentes vagais 
e esplâncnicos
Alterações na 
motilidade do 
estômago e 
intestino delgado
Sudorese 
e palidez
Abdominis
e faríngeos
Salivação
Lambida e 
mastigação
Náuseas
Vago X
Vômito
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Movimento do bolo alimentar
• Intestino delgado
• Digestão enzimática
• Principal estímulo: distensão
• Tipos de contrações:
• Segmentares: mistura do quimo
• Peristálticas: propulsão do quimo
• Hormônios que afetam a motilidade intestinal
• Contração: gastrina e CCK
• Relaxamento: secretina
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Movimento do bolo alimentar
• Contrações segmentares do intestino delgado
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Movimento do bolo alimentar
• Contrações peristálticas do intestino delgado
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Movimento do bolo alimentar
• Peristaltismo intestinal
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Movimento do bolo alimentar
• Intestino grosso
• Absorção de água e eletrólitos
• Relaxamento da papila ileal (passagem
do quimo ao cólon ou ao ceco)
• Distensão do íleo
• Gastrina
• Contrações
• Segmentares
• Peristálticas
• Anterógradas
• Retrógradas
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Movimento do bolo alimentar
• Ceco e cólon do equino
• Equino → fermentador pós-gástrico
• Ceco e cólon ascendente: fermentação de
celulose e hemicelulose vegetais
• Outros animais: coelhos, coalas, chinchilas,
elefantes, rinocerontes
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Defecação
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Propulsão do material fecal para o reto
Contato com o esfíncter interno do ânus
Relaxamento do esfíncter interno do ânus
Contato com o esfíncter externo do ânus
Relaxamento consciente do 
esfíncter externo do ânus
Contração consciente do 
esfíncter externo do ânus
Defecação
Adiamento da 
defecação
Através das peristálticas, controladas 
por fibras parassimpáticas eferentes e 
fibras sensitivas aferentes 
Fibras sensitivas aferentes
Fibras parassimpáticas sacrais
Músculo estriado. Informação 
conduzida ao cérebro por 
fibras sensitivas aferentes
2. Atividades secretórias do 
tubo gastrointestinal
Saliva
• Funções
• Umidificar e lubrificar a ingesta
• Diluir a osmolaridade do material ingerido
• Neutralização de ácidos (alcalinidade)
• Possui enzimas
• -amilase: cliva ligações nas moléculas de glicose
• Lipase
• Substâncias antibacterianas
• Lisozima
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Secreções gástricas
• Divisão fisiológica do estômago/abomaso
1. Estômago esofágico
2. Estômago cardíaco
3. Estômago fúndico
4. Estômago pilórico
• Nem todas as espécies apresentam os 4 componentes
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Secreções gástricas
1. Estômago esofágico
• Não glandular → não produz muco, enzimas ou ácidos
• Grande em equinos
• Pequeno em cães, suínos e bovinos
2. Estômago cardíaco
• Glandular
• Produção de muco espesso e tampão → protegem o epitélio de enzimas
proteolíticas e dos ácidos produzidos
• Grande em suínos e pequeno em cães
• Equinos e bovinos não possuem essa divisão
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Secreções gástricas
3. Estômago fúndico
• Glândular
• “Estômago próprio”
• Produção de ácido, enzimas proteolíticas, hormônios e muco
• Todos os mamíferos possuem
• Maior compartimento
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Secreções gástricas
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FOVÉOLA GÁSTRICA
Lâmina 
própria
GLÂNDULAS 
GÁSTRICAS
Musculaturas 
mucosa e 
submucosa
CÉLULAS DA SUPERFÍCIE MUCOSA
Secretam muco
CÉLULA PARIETAL
Secreta ácido clorídrico e fator 
intrínseco (transporte de Vit B12)
CÉLULAS DO COLO MUCOSO
Secretam muco
CÉLULA PRINCIPAL
Secreta pepsinogênio/pepsina e 
renina
CÉLULA ENTEROENDÓCRINA
Secretam histamina
Secreções do 
estômago fúndico
Secreções gástricas
4. Estômago pilórico
• Glandular
• Produção de muco e tampão
• Possui células enteroendócrinas
• Produção de gastrina
• Em resposta à distensão do estômago ou elevação do pH
• Todos os mamíferos possuem
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Secreções gástricas
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Secreções gástricas
• Controle das secreções de ácido
1. Secreção de histamina
• Produzida por células enteroendócrinas
• Secretada em resposta ao aumento do pH das glândulas gástricas
2. Secreção de gastrina
• Produzida no estômago pilórico
• Secretado em resposta à distensão do piloro ou à elevação do pH no estômago pilórico
• Age nas células parietais e também nas células enteroendócrinas produtoras de histamina
(aumentam a produção)
3. Estimulação vagal
• Estimulação de eferentes parassimpáticos em resposta à distensão estomacal ou aumento da
osmolaridade do conteúdo gástrico
• Liberação de Ach → receptores muscarínicos → aumento da secreção gástrica
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Secreções gástricas
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Fígado
• Órgão acessório do tubo digestório
• Secreção de bile → digestão de
gorduras
• Recebe todo o sangue das vísceras
pela veia porta
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Fígado
• Veia porta
• Transporta produtos finais da digestão de carboidratos e proteínas para
processamento no fígado
• Local de armazenamento de lipídeos e vitaminas lipossolúveis
• Desintoxicação do organismo
• Venenos e subprodutos tóxicos do metabolismo
• Eliminação nas fezes ou bile
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Histologia hepática
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Vênula porta
Arteríola porta
Ducto biliar
Tríade portal
Veia central
Capilares 
sinusoides
Hepatócitos
Histologia hepática
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Vênula porta
Arteríola porta
Ducto biliar
Tríade portal
Veia central
Histologia hepática
• Arteríola hepática
• Sangue oxigenado
• Quilomicrons (lipídeos)
• Vênula porta
• Sangue pouco oxigenado
• Açúcares, ácidos graxos e aminoácidos
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Secreção biliar
• Bile
• Secretada pelos hepatócitos para os
canalículos, que se conectam aos
ductos biliares
• Composta por fosfolipídeos,
colesterol, ácidos biliares e
pigmentos
• Digestão e absorção de gorduras
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Secreção biliar
• Ácidos biliares
• Emulsificam lipídeos da dieta
• Solubilizam produtos da digestão de gorduras
• Pigmentos biliares
• Bilirrubina: produzida durante o processo normal de renovação dos
eritrócitos
• Cor esverdeada
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Secreção biliar
• Bile é estocada na vesícula biliar entre as
refeições
• Esfíncter de Oddi fechado
• Espécies que não possuem vesícula biliar
• Cavalos e ratos
• Esfíncter de Oddi aparentemente afuncional
• Bile secretada continuamente
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Secreção biliar
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Alimento no duodeno
Secreção de colecistocininaEsfíncter de Oddi Vesícula biliar
Secreção biliar
Digestão e absorção de gorduras Absorção de ác. biliares no íleo
Veia porta
Fígado
Síntese de bile
Células endócrinas GI
Relaxamento
Feedback positivo
C
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ro
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e
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á
tic
a
Contração
Secreção biliar
Circulação êntero-hepática
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Pâncreas
• Glândula endócrina e exócrina
• Endócrina: Ilhotas de Langerhans
• Exócrina: glândulas 
tubuloalveolares
• Ácinos e ductos
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Pâncreas
• Células acinares
• Produzem as enzimas pancreáticas
• Digestão de amidos, proteínas e triglicerídeos
• CCK: estimula a produção e secreção das enzimas pancreáticas
• Produzido quando há gorduras e aminoácidos no duodeno
• Secreção prematura das enzimas pancreáticas→ pancreatite
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Pâncreas
• Suco pancreático
• Ligeiramente alcalino (pH = 7,8)
• Importante para neutralizar conteúdos ácidos vindos do estômago
• Proteção da mucosa intestinal
• Otimização da atividade enzimática (pH ótimo)
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Intestino delgado
• Duodeno, jejuno e íleo
• Túnica mucosa do ID
• Vilosidades e microvilosidades:
aumento da área de superfície →
digestão e absorção de nutrientes
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Intestino delgado
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Intestino delgado
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Epitélio intestinal
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Célula-tronco intestinal
Célula de Paneth
Célula M 
Célula caliciforme
Célula enteroendócrina
Enterócito
Células das criptas intestinais
1. Células-tronco das criptas
• Dão origem às demais células do epitélio do ID
• Divisão celular constante
2. Enterócitos das criptas
• Maioria das células
• Microvilosidades em sua superfície apical
• Secreção de cloreto, sódio e água no lúmen da cripta
• Facilitar a absorção de nutrientes
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Células das criptas intestinais
3. Células caliciformes
• Secreção de muco
4. Células enteroendócrinas
• Monitoram pH, osmolaridade e composição da ingesta no lúmen
intestinal
• Secreção de vários hormônios com ações parácrinas e endócrinas
• Secretina e colecistocinina (CCK)
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Células das criptas intestinais
5. Células de Paneth
• Produção de substâncias antibacterianas: lisozima, fosfolipasses e
defensinas
• Cão, gato e porco não possuem
6. Células M ou células em cúpula
• Capturam antígenos bacterianos e virais e os transferem para células
do sistema imune
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Células das vilosidades intestinais
1. Enterócitos
• Secreção de enzimas → importantes para a fase final de digestão
• Expressão de proteínas de transporte → absorção de nutrientes
2. Células caliciformes
• Secreção de muco
3. Células M ou células em cúpula
• Capturam antígenos bacterianos e virais e os transferem para células
do sistema imune
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Epitélio intestinal
• Células adjacentes → zônulas de oclusão
• Vedação entre as células
• Relativa impermeabilidade a bactérias, vírus e grandes moléculas
• Passagem de água por canais específicos
• Diferença de osmolaridade
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Fluxo sanguíneo na vilosidade
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Intestino grosso
• Mucosa do ceco e colon é semelhante
• Possuem criptas (sem vilosidades)
• Células caliciformes→ produção de muco
• Células absortivas → eletrólitos e água
• Células-tronco (poucas)
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Intestino grosso
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3. Digestão e absorção: 
processo não fermentativo
Digestão x Absorção
• Digestão: quebra de nutrientes em moléculas
simples
• Absorção: transporte das moléculas através do
epitélio intestinal
• Processos codependentes
• Necessários para assimilação de nutrientes no
organismo
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Digestão
• Quebra física e química das partículas de alimento
• Inicia-se com a mastigação
• Finaliza-se com a saída do conteúdo do estômago
• Aumenta superfície de contato para ação enzimática
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Digestão química
• Hidrólise
• Ação enzimática
• Enzimas que atuam no lúmen do
TGI → glândulas GI
• Enzimas membranosas
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Digestão química
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Macromolécula Componentes
Proteína Aminoácidos
Polissacarídeos
Dissacarídeos Monossacarídeos
Gordura Glicerol
Ácidos 
graxos
Proteases/ 
peptidases
Amilases
Enzimas 
digestoras de 
gordura
Digestão química
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Digestão de carboidratos
• Originam-se principalmente de plantas
• Fibras
• Açúcares
• Amidos
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Amidos Dissacarídeos, trissacarídeos e 
oligossacarídeos
α-amilase
Fase luminal Fase membranosa
Fase membranosa da digestão de carboidratos
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Glicocálice
Fase membranosa da digestão de carboidratos
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Fase membranosa da digestão de carboidratos
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Digestão de proteínas
• Proteínas → fontes de aminoácidos (aa)
• Fontes animais e vegetais
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Proteína
Fase luminal Fase membranosa
Cadeias 
peptídicas
Aminoácidos
Endopeptidases Exopeptidases
Estômago e intestino delgado Intestino delgado - glicocálice
Digestão de proteínas
• Várias enzimas envolvidas
• Combinação de 20 tipos de aminoácidos distintos
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Ligação peptídica
Aminoácido
Digestão de proteínas
• Enzimas proteolíticas
• Secretadas na forma de zimogênio (inativas)
• Impede digestão das células que as sintetizaram
• Ativação luminal
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Digestão de proteínas
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Digestão de proteínas
• Início da fase luminal: estômago
• Ação da pepsina
• Ação do HCl
• Estômago não é essencial para digestão de proteínas!!!
• Animais sem esse órgão conseguem digerir proteínas
• Pâncreas funcional
• Refeições pequenas
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Fase membranosa da digestão de proteínas
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Absorção intestinal
Movimento dos produtos da digestão através da mucosa 
intestinal e para dentro do sistema vascular para sua distribuição
• Mecanismos de transporte especializados
• Transporte passivo (difusão)
• Transporte ativo primário
• Transporte ativo secundário (simporte e antiporte)
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Absorção de produtos da fase membranosa da 
digestão
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Absorção de água e eletrólitos
• Principais mecanismos
de absorção de sódio
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Absorção de água e eletrólitos
• Principais mecanismos
de absorção de cloreto
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Digestão e absorção de gorduras
• Lipídeos → necessária ação
detergente/emulsificante• Ação das enzimas hidrossolúveis
no intestino
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Digestão e absorção de gorduras
• Assimilação lipídica
1. Emulsificação
2. Hidrólise
3. Formação de micelas
4. Absorção
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Digestão e absorção de gorduras
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Glóbulo de gordura
Hidrofóbico Hidrofílico
Ácidos biliares
Gotículas de 
gordura 
emulsionadas
Digestão e absorção de gorduras
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Digestão e absorção de gorduras
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4. Digestão: o processo
fermentativo
Digestão fermentativa
• Hidrólise enzimática da ingesta → ação de microrganismos
• Enzimas de origem microbiana
• Ocorre em compartimentos especializados
• Antes ou após o estômago e ID
Fisiologia do Sistema Digestivo – Prof. Juliana Mendonça 103
Pré-estômagos Intestino grosso
- Rúmen
- Retículo
- Omaso
- Ceco 
- Cólon
Digestão fermentativa
• Pré-estômagos e intestino grosso
• Condições de pH, umidade, força iônica e oxirredução compatíveis com
o crescimento dos microrganismos
• Fluxo lento da ingesta
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 104
Ecossistema microbiano da digestão fermentativa
• Rúmen
• Bactérias, fungos e protozoários
• Várias espécies
• Grande quantidade (1010 a 1011 células/g de ingesta)
• Anaeróbios restritos ou facultativos
• Inter-relação entre as espécies microbianas
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Digestão fermentativa de carboidratos
• Forragens → fonte de nutrientes para animais herbívoros
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 106
- Celulose
- Hemicelulose
- Pectina
- Lignina
- Celulose
- Hemicelulose
- Pectina
- Lignina
Digestão fermentativa de carboidratos
• Carboidratos da parede celular vegetal não são digeridos por
enzimas hidrolíticas dos mamíferos
• Enzimas microbianas → celulases
• Quase toda a proteína e carboidrato da dieta estão sujeitos à
digestão fermentativa
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 107
Digestão fermentativa de carboidratos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 108
Ácidos graxos voláteis
• Produtos finais do metabolismo microbiano
• Principais combustíveis energéticos para ruminantes e grandes
herbívoros
• Glicose para onívoros monogástricos
• Absorvidos pelo epitélio dos pré-estômagos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 109
Acetato Propionato Butirato
Ácidos graxos voláteis
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 110
Digestão fermentativa de proteínas
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 111
Ação de proteases extracelulares 
microbianas
Formação de peptídeos de cadeia 
curta
Absorção dos peptídeos pelos 
microrganismos
Formação das proteínas microbianas 
ou fonte de energia (AGV)
Digestão fermentativa de proteínas
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 112
Proteína microbiana
• Proteína da dieta → fermentada → proteína microbiana
• Animais ruminantes → necessitam das proteínas microbianas
para suplementar necessidade nutricional
• Microrganismos digeridos no abomaso e ID
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 113
Glicose + peptídeo = microrganismos + AGV + NH3 + CH4 + CO2
CHO’s PTN’s
Proteína microbiana
• Pode ser sintetizada a partir de fontes não proteicas de N
• Ureia
• Amônia
• Nitratos
• Redução de custos com alimentação
• Reciclagem da ureia endógena
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 114
Proteína microbiana
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 115
Motilidade ruminorreticular
• Condições básicas para fermentação
1. Disponibilidade de substrato
2. Temperatura próxima a 37°C
3. Osmolalilade = 300mOsm
4. Potencial de oxirredução = -250 a -450 mV
5. Excreção de materiais que não podem ser digeridos
6. Taxa de remoção de microrganismos compatível
7. Remoção ou tamponamento dos AGV’s
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 116
→ Ingestão de alimento
Mecanismos 
homeostáticos 
do hospedeiro
Motilidade ruminorreticular
• Fermentação ruminal
• Retenção seletiva do material a ser fermentado
• Liberação de resíduos não fermentáveis para o TGI inferior
• Passagem do alimento pelo rúmen
• Redução no tamanho de partícula
• Perda de porções fermentáveis da planta
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 117
Motilidade ruminorreticular
Padrões de motilidade:
• Contrações primárias
• Mistura da ingesta → fermentação
• Contrações secundárias
• Eructação
• Forçam o gás na direção da porção cranial do rúmen → evitam
distensão ruminal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 118
Motilidade ruminorreticular
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 119
1-2 cm
1-2 cm
2-3 mm
Ruminação
Ato remastigar a ingesta do rúmen
• Ocorre quando o animal não está se alimentando ativamente
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 120
Regurgitação
Cárdia
Esôfago
Boca (remastigação)
Ruminação
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 121
Motilidade ruminorreticular
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 122
Controle da atividade ruminorreticular
• Motilidade ruminorreticular
• Controlada pelo SNC (núcleo dorsal do nervo vago do tronco cerebral)
• Influenciada pelas condições intraluminais
• Ação do SNE
• Nervo vago
• Coordenação dos padrões normais de motilidade
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 123
Controle da atividade ruminorreticular
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 124
Núcleo dorsal do vago
Sinais aferentes:
- Distensão
- Consistência da ingesta
- pH
- Concentração de AGV
- Força iônica
Sinais eferentes:
- Alteração da motilidade 
ruminorreticular
Controle da atividade ruminorreticular
Distensão: Consistência da ingesta:
• Depende da composição da dieta
• Dietas mais pastosas → menor força
de contração
• Dietas mais fibrosas → maior força de
contração → aumento da motilidade
ruminorreticular
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 125
↑ volume do rúmen
↑ motilidade ruminorreticular
↑ taxa de quebra de partículas
↑ taxa de passagem
Receptores de estiramento
Controle da atividade ruminorreticular
pH e [AGV]: Osmolaridade:
• Motilidade é menos sensível a
alterações osmóticas
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 126
↑ [AGV] ↓ pH
Inibição da motilidade 
ruminal
< 5,0
↑ fermentação
↑ ácidos orgânicos
↑ osmolaridade
↓ motilidade
Função omasal
• Ingesta entra no omaso durante
contrações reticulares
• Formado por um corpo e um canal
• Corpo → preenchido por pregas
musculares (folhas)
• Canal → conecta o retículo ao
abomaso
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 127
Função omasal
• Estrutura do omaso
• Sugere função absortiva
• Não está muito bem esclarecido
• Possibilidade importante
• Remoção dos AGV e bicarbonato residuais da ingesta antes que alcancem o
abomaso
• AGV no abomaso → causam reações desfavoráveis
• Bicarbonato no abomaso → neutralização do HCl → sobrecarga das gl.
abomasais para manter pH adequado
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 128
Absorção de ácidos graxos voláteis
• AGV → produtos da excreção das bactérias
• Em excesso → suprimem o processo fermentativo
• São substratos energéticos importantes para os ruminantes (60
a 80% da necessidade)
• Maioria dos AGV é absorvida pelo epitélio dos pré-estômagos
• Manutenção do pH ruminal
• Bicarbonato
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 129
Absorção de ácidos graxos voláteis
• Epitélio absortivo AGV →
estruturalmente diferente dosoutros epitélios absortivos do TGI
• Epitélio escamoso estratificado
• Células dispostas em camadas em
vários estágios de maturação
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 130
Absorção de ácidos graxos voláteis
• Processo ainda não muito bem esclarecido
• Sugere-se que:
• AGV’s, água e eletrólitos → absorvidos pelo estrato córneo →
transporte célula a célula→ estrato basal → capilares
• Alterações de pH próximo à superfície absortiva → mudanças no estado
de dissociação das moléculas de AGV
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 131
Absorção de ácidos graxos voláteis
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 132
Absorção de ácidos graxos voláteis
• Epitélio ruminal → papilas (visíveis a olho nu)
• Tamanho e forma das papilas → depende da composição da
dieta
• Crescimento das papilas → estimulado pelos AGV
• Propionato e butirato
• Dietas de alta digestibilidade → ↑ [AGV] no rúmen → papilas mais
longas
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 133
Absorção de ácidos graxos voláteis
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 134
Digestão fermentativa em equinos
Ceco e cólon
• Função geral
• Recuperação de água e eletrólitos
• Herbívoros não ruminantes
• Digestão fermentativa
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 135
Digestão fermentativa em equinos
• Principais substratos
• Carboidratos
• Proteínas
• Depende da ação gástrica prévia (estômago e ID)
• Não há recuperação eficiente de proteína microbiana
• Maioria eliminada nas fezes
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 136
Digestão fermentativa em equinos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 137
Digestão fermentativa em equinos
• Ceco
• Mistura da ingesta
• Facilita a ação dos
microrganismos fermentativos
• Cólon
• Fermentação da ingesta
• Absorção de AGV
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 138
Digestão fermentativa em equinos
• Tamponamento
• Líquido rico em bicarbonato e eletrólitos provenientes do íleo
• Secreção em resposta às altas concentrações de AGV
• Mecanismos de absorção dos AGV
• Semelhantes aos que ocorrem no rúmen
• Cólon menor
• Reabsorção de água, eletrólitos e AGV (não absorvidos pelo cólon
maior)
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 139
5. Digestão
das aves
Tubo digestório
• Adaptações para redução do peso corporal das aves que voam
• Diferenças em relação ao dos mamíferos
• Intestinos mais curtos
• Não possuem dentes
• Estômago bem desenvolvido em duas câmaras)
• Ceco duplo
• Reto curto → interliga o íleo à cloaca
Fisiologia do Sistema Digestivo – Prof. Juliana Mendonça 141
Orofaringe
• Boca + faringe
• Se estende do bico ao esôfago
• Não possuem epiglote para proteger
a glote
• Possuem papilas gustativas e
glândulas salivares
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 142
Orofaringe
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 143
Bico
Orofaringe
Língua
Laringe
Traqueia
Esôfago
Orofaringe
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 144
Palato duro
Fissura palatina 
(coana)
Língua
Glote
Faringe
Esôfago
Esôfago e papo
Esôfago
• Dois segmentos
• Cervical
• Torácico
• Dilatável → acomoda alimentos volumosos não digeridos
• Glândulas mucosas abundantes → lubrificação
Papo
• Dilatação (entrada do esôfago no tórax)
• Função: armazenamento de alimento
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 145
Esôfago e papo
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 146
Faringe
Esôfago
Intestino
Papo
Proventrículo
Moela
Pâncreas
Cecos
Cloaca
Papo
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 147
Estômago
• Composto por duas câmaras
• Proventrículo
• Ventrículo (moela)
• Superfície mucosa do ventrículo
• Revestida por uma cutícula espessa → coilina
• Complexo de carboidratos e proteínas
• Protege o ventrículo contra a ação dos ácidos e enzimas proteolíticas do
proventrículo
• Grãos de areia→ trituração dos alimentos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 148
Estômago glandular
Estômago muscular
Estômago
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 149
Intestinos
• Intestino delgado
• Não possui divisões bem demarcadas
• Divertículo de Merkel (vestígio do saco vitelino)→ transição entre jejuno
e íleo
• Intestino grosso
• Cecos e reto
• Decomposição bacteriana ocorre nos cecos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 150
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 151
1. Esôfago pré-ingluvial
2. Papo
3. Esôfago pós-ingluvial
4. Estômago glandular 
(proventrículo)
5. Ístimo
6 – 9. Estômago muscular (moela)
10. Duodeno proximal
11. Pâncreas
12. Duodeno distal
13. Fígado
14. Vesícula biliar
15. Jejuno
16. Divertículo de Meckel
17. Junção ileocecocólica
18. Ceco
19. Cólon
20. Bursa de Fabricius
21. Cloaca
22. Ânus
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
18
22
20
21
18
19
17
15
13 1416
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 152
Reto e cloaca
• Reto → liga o íleo à cloaca
• Cloaca → composta por 3 regiões
• Copródio
• Uródio
• Proctódio
• Bursa de Fabricius
• Função imune
• Localizada na cloaca
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 153
Ductos urinário e reprodutivo
Ânus
Cloaca
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 154
Colo
Copródio
UródioProctódio
Cloaca
Bursa cloacal
Bursa do oviduto
Orifício uretérico
Cloaca
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 155
Fígado e pâncreas
• Órgãos acessórios
• Fígado
• Dois lobos
• Vesícula biliar (galinhas, patos, gansos e perus)
• Pâncreas
• Localizado na alça duodenal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 156
Preensão e deglutição
• Preensão: bico
• Entrada na boca: movimentos repetidos da cabeça
• Deglutição (3 fases)
• Oral → movimentos rostrocaudais da língua
• Faríngea → fechamento da glote e das fendas coanal e infundibular.
Movimentos de cabeça e língua
• Esofágica →movimentos peristálticos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 157
Preensão e deglutição
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 158
Preensão e deglutição
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 159
Preensão e deglutição
• Ventrículo vazio
• O alimento deglutido passa do esôfago para o ventrículo
• Ventrículo cheio
• Os músculos esofágicos relaxam e o alimento permanece em seu
interior
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 160
Motilidade gastroduodenal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 161
Contração dos músculos ventriculares finos
Ondas peristálticas no duodeno (2-3)
Contração dos músculos ventriculares 
grossos
Onda peristáltica no duodeno
Avanço aboral do alimento em 
direção ao duodeno
Avanço oral do alimento em 
direção ao proventrículo →
mistura com as secreções
Motilidade gastroduodenal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 162
Motilidade gastroduodenal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 163
Motilidade gastroduodenal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 164
Motilidade ileal, cólica e cecal
• Íleo
• Contrações segmentares e peristálticas
• Cólon
• Liga o íleo ao compartimento coprodial da cloaca
• Movimentos antiperistálticos
• Movimentar a urina da cloaca para o colo e ceco para que a água seja reabsorvida
• Preencher os cecos
• Antiperistalse → cessa pouco antes da evacuação
• Contração de todo o cólon para eliminação das fezes
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 165
Motilidade ileal, cólica e cecal
• Ceco
• Contrações principais e secundárias
• Contrações principais
• Associadas às contrações peristálticas do cólon
• Evacuaçãocecal
• Contrações secundárias
• Mistura do bolo alimentar
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 166
Motilidade ileal, cólica e cecal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 167
Motilidade ileal, cólica e cecal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 168
Evacuação
• Evacuação cecal
• Coloração marrom achocolatada e
textura homogênea
• 1-2/dia
• Evacuação intestinal
• Coloração esverdeada e textura
granulosa
• 20-25/dia
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 169
Secreções salivares, ingluviais e esofágicas
• Glândulas salivares
• Secretam principalmente muco → lubrificação
• Mucosa esofágica
• Secreção de muco para lubrificação
• Papo
• Secreção de muco
• Digestão de carboidratos→ ação bacteriana
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 170
Secreções gástricas
Glândulas do proventrículo
1. Glândulas mucosas simples
• Secreção de muco
2. Glândulas mucosas complexas
• Secreção de muco, HCl e
pepsinogênio
• Funcionalmente semelhantes às
células parietais e principais do
estômago de mamíferos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 171
Secreções gástricas
Ventrículo (moela)
• Ação trituradora → redução das
dimensões das partículas de
alimento
• Mistura os líquidos digestivos com a
ingesta
• Trituração facilitada pela presença
de grãos
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 172
Secreções intestinais, pancreáticas e biliares
• Intestino delgado → principal região de digestão química
• Enzimas pancreáticas
• Microbiota
• Secreções intestinais
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 173
Secreções intestinais, pancreáticas e biliares
• Pâncreas exócrino
• Lipase → lipídeos
• Amilase → amido (CHO)
• Tripsinogênio→ proteína
• Quimotripsinogênio A, B e C → proteína
• Procarboxipeptidades A e B
• Fígado
• Bile → emulsificação de gorduras
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 174
Fatores que afetam a secreção
Secreção pancreática
• Controlada por fatores neurais e hormonais
• Neurais → nervo vago → visão do alimento
• Hormonais
• CCK
• VIP
• Gastrina
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 175
Função cecal
• Pouca ou nenhuma digestão ocorrem no IG
• Funções dos cecos:
• Reabsorção de água da urina refluída
• Digestão microbiana de celulose
• Cecos → preenchidos por atividades antiperistálticas do cólon
• Ácido úrico (componente nitrogenado da urina)
• Decomposto para utilização de N pela microbiota
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 176
Absorção
• Carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos
• Duodeno e jejuno proximal
• Glicose
• Duodeno→ transporte passivo
• Íleo→ transporte ativo (bomba de Na/K)
• Ceco proximal
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 177
Absorção
• Aminoácidos e peptídeos
• Duodeno e jejuno→ cotransportadores dependentes da bomba de Na/K
• Ácidos graxos
• Metade distal do jejuno e íleo (menor grau)
• Ácidos graxos voláteis
• Decomposição microbiana do ácido úrico nos cecos
• Íleo e ceco→ transporte passivo
Fisiologia do Sistema Digestório – Prof. Juliana Mendonça 178