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Atividade avaliativa 1 - ND1


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ATIVIDADE AVALIATIVA 1 - MICRONUTRIENTES 
 
1. ÁCIDO PANTOTÊNICO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Pantotenato 
CoA ou fosfopanteteína 
 
— Forma biológica ativa: 
Coenzima A (CoA). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Carne bovina (especialmente fígado), carne de frango, gema do ovo, cereais integrais, 
tomate, brócolis, batata, abacate. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Transportador multivitamínico ativo sódio dependente. 
Efluxo- Não encontrado. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumenta- Não encontrado. 
Diminuem- Ingestão de 10 vezes a mais do que a recomendada de ácido pantotênico em forma 
de pílula. O alcoolismo, cirurgia, ou doença gastrintestinal, diarreia, vômitos 
 
— Transporte plasmático: 
Transporte ativo saturável e dependente de sódio. Também é transportada em forma de ácido 
livre no plasma. 
 
— Funções corporais: 
Síntese da coenzima A (CoA) e da proteína transportadora de acila. A coenzima A é essencial 
para a síntese e degradação de ácidos graxos, transferência de grupos acetil e acil e outros 
processos metabólicos. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
A excreção ocorre principalmente pela via urinária, com apenas pequenas quantidades 
excretadas nas fezes. A quantidade excretada de ácido pantotênico varia dependendo da 
ingestão alimentar. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Avaliação de radioimunoensaio ou análise microbiológica de Lactobacillus plantarum. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Transportador multivitamínico ativo sódio dependente. 
Efluxo- Não encontrado. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência – Síndrome dos pés queimando que causa dormência nos dedões e sensação de 
queimação dos pés. Outros sintomas são vômitos, fadiga, irritabilidade, inquietação, sono 
perturbado e distúrbios gastrointestinais. 
Excesso – Não existem relatos de toxicidade, porém doses maiores de 15g a 20g podem levar 
o indivíduo à desconforto intestinal, diarreia e náuseas. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Altas doses de ácido pantotênico tem o efeito de competir com a biotina pela captação 
intestinal e celular pelo transportador multivitamínico dependente de sódio humano. 
 
 
 
2. BIOTINA 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Ligada covalentemente à proteína ou como biocitina. 
 
— Forma biológica ativa: 
Biocitina (ligada a um resíduo de lisina). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Fígado, gema de ovo e amêndoas, os peixes, os laticínios e alguns vegetais como a cenoura, 
os brócolis e a alcachofra. 
 
—Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Transportador multivitamínico dependente de sódio. 
Efluxo- Carregador-mediado, mas não dependente de sódio. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Inibição da via mediada pela proteína quinase C (PKC) intracelular. 
Diminuem- Avidina da clara de ovo crua que se liga irreversivelmente a biotina, e o que álcool 
inibe o transporte de biotina. 
 
— Transporte plasmático: 
É transportada no sangue do seu local de absorção no intestino para os tecidos periféricos e 
para o fígado. 
 
— Funções corporais: 
Coenzima que carrega dióxido de carbono ativado. Além de ter papel na gliconeogênese, 
síntese de ácidos graxos e a decomposição de alguns ácidos graxos e aminoácidos. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
 Excreção principalmente via urina. O hábito de fumar pode acelerar a degradação de biotina 
em mulheres. A biotina que não for absorvida pelo intestino será excretada nas fezes. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Exame de sangue e Concentrações urinárias reduzidas e elevadas. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Em doses farmacológicas de biotina, ocorre por difusão passiva. Em ingesta de doses 
fisiológicas, ocorre através da borda estriada do intestino delgado e pelos colonócitos é 
mediada por carregador dependente de sódio. 
Efluxo- transporte por meio da membrana basolateral, mediado por um transportador não 
dependente de sódio. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Letargia, depressão, alucinações, dores musculares, parestesias nas 
extremidades, anorexia, náuseas, alopecia e dermatite escamosa. 
Excesso- Não foi relatada alguma toxicidade em nenhuma das referências utilizadas. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Altas doses de ácido pantotênico tem o potencial de competir com a Biotina pela captação 
intestinal e celular pelo transportador multivitamínico dependente de sódio humano. 
 
 
3. CÁLCIO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Cálcio iônico (Ca2+), oxalato de cálcio e carbonato de cálcio. 
 
— Forma biológica ativa: 
Cálcio ionizado. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Animal- Leite e derivados, salmão, sardinha, molusco, ostras. 
Vegetal- Folha de mostarda, brócolis, couve-flor, repolho e leguminosas. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Baixa ingestão: transporte ativo (transcelular) dependente de 1,25(OH)2 D3 e do 
receptor de vitamina D (VDR); alta ingestão: a difusão passiva (paracelular) ao longo de todo 
o intestino delgado, por meio das tight junctions localizadas entre as células epiteliais. 
Efluxo- Canal de cálcio TRPV6. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- A vitamina D, ingerir alimentos e lactose junto com o cálcio, açúcares do álcool e 
proteínas também melhoram a absorção. 
Diminuem- Redução da produção renal de Calcitriol devido a idade mais avançada; E a 
deficiência de estrógeno na menopausa também diminui a absorção de cálcio mediada pela 
vitamina D; Consumo excessivo de gordura. 
 
— Transporte plasmático: 
Pode ocorrer de três formas- 40% são ligados a proteínas como albumina e pré-albumina; 10% 
são ligados a um complexo de sulfato, fosfato ou citrato; 50% são encontrados livres 
(ionizados) no sangue. 
 
— Funções corporais: 
Mineralização dos ossos, regulação das contrações musculares, coagulação sanguínea, 
transmissão de impulsos nervosos, secreção de hormônios e ativação de algumas reações 
enzimáticas. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Via urina e fezes, embora alguns níveis são perdidos pelo suor. A presença de outros 
nutrientes como fósforo, potássio, magnésio e boro diminuem a secreção de cálcio pela urina. 
Já o sódio faz com que o a excreção de cálcio aumente. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
 Exame de sangue ou urina para verificar os níveis desse mineral no organismo; já a 
densitometria óssea avaliaria a condição desse mineral nos ossos. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Proteína transportadora de cálcio 1 (CAT 1), ou transporte vesicular. 
Efluxo- Microtúbulos ou lisossomos. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Causa raquitismo em crianças, tetania e osteoporose. 
Excesso- Síndrome do leite alcalino, hipercalcemia, deposição de cálcio em tecidos moles e 
cálculo renal. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
O consumo baixo de cálcio e elevado de fósforo pode levar ao quadro de hiperparatirioidismo 
secundário brando. 
A absorção de chumbo é inversamente relacionada ao consumo de cálcio, ou seja, se pouco 
cálcio for consumido poderá se acumular chumbo no sangue e nos órgãos. 
 
 
4. CLORETOS 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Cloreto de sódio. 
 
— Forma biológica ativa: 
Cl-. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Sal de cozinha, molho de soja, carnes, leite, ovos, alimentos processados. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Segue o Na+ absorvido ativamente de forma passiva 
Efluxo- Cotransporte de Na+/K+/2Cl-.— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- A hipercloremia associada a um aumento proporcional de sódio; Acidose 
metabólica. 
Diminuem- Fibrose cística. 
 
— Transporte plasmático: 
Parte do cloreto sanguíneo é utilizada para a formação de ácido clorídrico nas glândulas 
gástricas, sendo secretado no estômago, no qual atua com as enzimas digestivas, sendo 
depois reabsorvido na corrente sanguínea com outros nutrientes. 
 
— Funções corporais: 
Mantém o equilíbrio hidroeletrolítico, faz parte do ácido clorídrico que mantem a acidez no 
estômago, e ativa as enzimas durante o processo digestivo. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Principalmente pelos rins, mas pode ocorrer pelo suor e pela urina. Aumentam a excreção de 
cloretos o suor excessivo, a diarreia crônica e o vomito. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Potenciometria de eletrodos sensíveis a íons, e titulação coulométrica com íons de prata. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Cotransporte de Na+/K+/Cl-. 
Efluxo- Pelos canais de potássio da membrana basolateral. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Convulsões. 
Excesso- Desidratação decorrente da deficiência de água. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
O sódio, o potássio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados no organismo. Esses são 
componentes essenciais de fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a regular a 
distribuição de água ao longo do organismo além de desempenhar um papel importante no 
equilíbrio ácido básico. 
 
 
 
5. COBRE 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Cu2+ (cúprico). 
 
— Forma biológica ativa: 
Cu2+ (cúprico) e Cu+ (cuproso). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Vísceras, mexilhões, ostras, cereais integrais, nozes, cacau, castanha de caju. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Transportador de cobre 1 (CTRI ou pelo transportador de metal divalente 1 (DMT-1). 
Efluxo- Transporte ativo através da membrana basolateral mediado pela proteína ATP7A. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Histidina, metionina, cisteína, carbonato, sulfato, acetato, ácido cítrico e lático, e 
pH ácido. 
Diminuem- alta ingestão de zinco e ferro, ácido ascórbico, frutose, sacarose. 
 
— Transporte plasmático: 
O cobre é convertido de Cu2+ a Cu+ e é ligado à albumina. É considerada o maior pool 
intercambiável de cobre. É distribuído no sangue portal para o fígado. 
 
— Funções corporais: 
Atua no metabolismo do ferro e produção de hemoglobina, no sistema imunológico, síntese 
de catecolaminas, funcionamento do cérebro e sistema nervoso, desenvolvimento fetal, 
constituinte de enzimas/catalisador em processos bioquímicos e formação de tecido 
conjuntivo. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
A bile é a maior e primeira via de excreção, porém também pela pele através do suor, que é 
em quantidades menores. Quando a excreção é reduzida, elas são reabsorvidas. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Determinação da atividade de cuproenzimas no sangue. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Proteínas ATP71. 
Efluxo- Proteínas ATP7B. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Transtornos gastrointestinais, doenças de má absorção e síndrome nefrótica 
persistente. 
Excesso: Danos hepáticos efeitos adversos principalmente em crianças e neonatos. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Zinco, ferro, molibdênio e cádmio influenciam de forma negativa no processo absortivo de 
cobre, principalmente o zinco, que compete por carreadores celulares. 
 
 
6. CROMO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Cromo trivalente (Cr3+). 
 
— Forma biológica ativa: 
Ainda não identificada (ROSS, 2016). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Carne, peixes, aves e vísceras, grãos integrais, queijo, chocolate amargo, cogumelos, 
pimentão, vagem e espinafre. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Transferrina responsável pelo transporte auxiliado pela insulina. Pode ser transportado 
também pela albumina, globulinas e lipoproteínas. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Aminoácidos como fenilalanina, metionina e histidina; O picolinato; Vitamina C. 
Diminuem- Ambiente neutro ou alcalino; Antiácidos; Fitatos. 
 
— Transporte plasmático: 
No sangue, o Cr3+ inorgânico liga-se competitivamente a transferrina, e é transportado 
juntamente com o ferro ligado a ela. 
 
— Funções corporais: 
Atua no metabolismo da glicose, dos lipídios e do colesterol, além de ser cofator para 
proteínas de baixo peso molecular. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
A maior parte é excreta nas fezes sem ser absorvida. A parte de cromo absorvida rapidamente 
é excretada na urina, e em pequenas quantidades nos cabelos, na bile, nas fezes e no suor. 
A excreção aumenta com alimentação rica em açúcares simples. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
As dosagens de cromo são realizadas por espectrometria de absorção atômica no sangue, na 
urina e nos cabelos, mas estas podem não refletir de forma segura os níveis no nutriente. 
A mensuração do cromo no sangue é considerada difícil pelas concentrações extremamente 
baixas. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- transferrina e seu receptor. 
Efluxo: é transferida para a cromodulina como receptor de insulina. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Similar a diabetes, concentrações elevadas de glicose sanguínea circulante de 
colesterol e trigliceróis; Diminuição de massa magra. 
Excesso- Depende do estado de oxidação, O cromo hexavalente e seus compostos podem 
causar vários efeitos tóxicos por meio da inalação, como fibrose pulmonar, bronquite crônica 
e câncer de pulmão. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Competição com ferro pela ligação com a transferrina. A absorção é aumentada quando 
administrada ao mesmo tempo que a vitamina C. 
 
 
 
7. FERRO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Ferro heme e ferro não heme. 
 
— Forma biológica ativa: 
Fe3+ 
 
— Principais alimentos fontes: 
Animal- Ferro heme: Carne, peixe e aves. 
Vegetal- Ferro não heme: Nozes, frutas, grãos e tofu. 
O ferro também é enriquecido em farinhas, logo seus derivados têm números significativos 
de ferro. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Ferro heme: Proteína transportadora de heme 1 (HCP1); Ferro não heme: Cátion 
divalente transportador 1 (DMT1). 
Efluxo- Ferro heme: O receptor do vírus da leucemia felina C (FLVCR) e o transportador ABC 
chamado ABCG2; Ferro não heme: a proteína ligadora de poli(rC)-1 (PCBP1). 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- O ácido ascórbico favorece a absorção intestinal do ferro; Acidez; Presença de 
açúcares. 
Diminuem- Síndrome da má absorção, aquilia, alcalinização excessiva. Estudos indicam que 
cálcio, manganês e fósforo quando consumidos também reduzem a absorção do ferro. 
 
— Transporte plasmático: 
No sangue o ferro oxidado férrico é transportado pela proteína transferrina, onde é enviado 
para todo corpo para uso e armazenamento. 
 
— Funções corporais: 
Transporte de oxigênio através da hemoglobina e mioglobina; Ativador de oxigênio molecular 
através do citocromo oxidase, peroxidase, catalase, citocromo e P450s; E transportador de 
elétrons através de citocromos. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Trato gastrointestinal, pele e rins. Úlceras gastrintestinais, parasitas intestinais ou 
hemorragias induzidas por cirurgias ou traumas. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Examede sangue para quantificar hemoglobinas e hematócritos. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Mobilferrina e Cátion divalente transportador 1 (DMT1). 
Efluxo- Ferroportina 1 (FPN1). 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Anemia ferropriva. Fadiga, palidez na pele, revestimento da língua e olhos. 
Apetite por substâncias inadequadas como barro, gelo, sabonete e etc. 
Excesso- Hemocromatose. Apatia, letargia, fadiga. 
Altas doses de ferro suplementar podem causar incomodo gastrointestinal, constipação, 
náuseas, vômitos e diarreia. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Zinco e ferro afetam negativamente a absorção um do outro por competir pelo mesmo 
transportador; 
A deficiência de cobre resulta em um acúmulo de ferro no intestino e no fígado, além de 
comprometer o transporte de ferro aos tecidos porque as proteínas hefaestina e 
ceruloplasmina contém cobre com atividade de ferroxidase; 
Baixos níveis de vitamina A causa acúmulo de ferro no baço e fígado; 
Baixos níveis de selênio também estão relacionadas a deficiência de ferro. 
 
 
8. FOLATO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
5-metiltetra-hidrofolato e fomiltetrahidrofolato. 
 
— Forma biológica ativa: 
Ácido tetra-hidrofólico (THF). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Cogumelos, vegetais e folhosos verdes como espinafre, couve de Bruxelas, brócolis, aspargos, 
broto de rabanete, quiabo, além de farinhas e seus derivados que são enriquecidos com ácido 
fólico. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Transportador de folato acoplado a próton (PCFT). 
Efluxo- Não encontrado. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Estado nutricional do indivíduo relativo à vitamina ou aos outros nutrientes 
específicos. 
Diminuem- A deficiência de zinco; A ingestão crônica de álcool; A perda da função de PCFT. 
 
— Transporte plasmático: 
O folato, ligado a proteína é transportado no sangue até as células da medula óssea, 
reticulócitos e outros. 
 
— Funções corporais: 
O folato tem importante papel na metilação do DNA; o folato é importante no metabolismo, 
reprodução, desenvolvimento e manutenção da integridade genômica. Folato também é 
responsável por síntese de purinas e pirimidinas. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Comumente pela urina e fezes. Mas o excesso também pode ser excretado pelo fígado através 
da bile, onde é transportado para a vesícula biliar, que depois volta ao trato gastrointestinal 
para ser absorvido novamente. O abuso de álcool faz com que o folato não seja reabsorvido. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
O folato pode ser avaliado pela medida direta de sua concentração no plasma ou no soro e 
nos eritrócitos e pela determinação de biomarcadores funcionais. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Transportador de folato reduzido. 
Efluxo- Não encontrado. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Falha na formação do tubo neural e da espinha bífida do feto. Em adultos causa 
anemia megaloblástica, fragilidade do trato gastrointestinal, língua vermelha e lisa, confusão 
mental, fraqueza e dor de cabeça. 
Excesso- O ácido fólico não é toxico, mas oculta os sintomas da deficiência de vitamina B12. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
A deficiência de Zinco diminui a digestão e absorção de folato; Relação sinérgica com a 
vitamina B12. 
 
 
9. FÓSFORO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Fósforo inorgânico e orgânico. 
 
— Forma biológica ativa: 
Fosfato (PO43- ). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Leite, carne bovina, aves, peixes, ovos, laticínios, oleaginosas, leguminosas, grãos de cereais e 
refrigerante do tipo cola. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Cotransportador sódio-fósforo do tipo Na-Pi (NPT2B) e PiTi. 
Efluxo- Dependente de 1,25-di-hidroxivitamina D. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Calcitriol, ingestão de fósforo e cálcio, fósforo derivados de fontes animais e 
fósforo inorgânico. 
Diminuem- Antiácidos à base de alumínio. 
 
— Transporte plasmático: 
Quando está no plasma ou fluido celular, tem três destinos: transporte para células, deposição 
nos ossos e tecidos moles ou eliminação pelos rins, em alguns casos é eliminado pelas fezes. 
 
— Funções corporais: 
Constitui estrutura do DNA e RNA; Formação da estrutura óssea; compõe o ATP; Componente 
essencial dos fosfolipídios; O fosfato celular é o principal tampão intracelular e, portanto, é 
essencial à regulação do pH do corpo humano; muitos processos sinalizadores intracelulares 
dependem de compostos que contêm fósforo. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
É principalmente feita de forma inorgânica na urina conforme a ação reguladora dos 
hormônios endócrinos, e outra parte é excretada nas fezes. Se a concentração de fósforo no 
plasma estiver baixa, então ele será reabsorvido para manter os níveis de fósforo no sangue. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Dosagem de fósforo inorgânico sérico, equilíbrio do fosforo e crescimento do corpo como um 
todo. A concentração urinária de fosfato é usada para avaliar as ingestões dietéticas de fósforo 
sob condições fisiológicas normais. Também pode ser feita pelos níveis sanguíneos. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Difusão facilitada dependente de concentração. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Raquitismo hipofosfatêmico hereditário com hipercalciuria na infância, e em 
adultos fraquezas musculares e dores nos ossos. 
Excesso- Calcificação dos tecidos não-esqueléticos, particularmente os rins. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Absorção pode ser afetada pelo magnésio, alumínio e cálcio. 
 
 
 
10. MAGNÉSIO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Mg2+ 
 
— Forma biológica ativa: 
Na forma de sal: Cloreto (MgCL2), óxido (MgO), citrato. Quelado: Malato (Ácido málico + 
magnésio), glicina. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Cereais integrais, vegetais folhosos verdes, espinafre, nozes, frutas, legumes e tubérculos. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
TRPM7 que é encontrado no organismo e controla a homeostase do mineral em células 
individuais. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- teor elevado de sódio, cálcio, cafeína e álcool aumentam a excreção renal de Mg; 
Lactose e inulina. 
Diminuem: proteínas (quando a ingestão é inferior a 30g/dia); Fitato (quelam o Mg, 
diminuindo a disponibilidade); Fibras alimentares. 
 
— Transporte plasmático: 
Aproximadamente metade do magnésico no plasma encontra-se livre, aproximadamente 1/3 
está ligado á albumina, e o restante está complexado com citrato, fosfato ou outros ânions. 
Nas células o magnésio se liga principalmente às proteínas e aos fosfatos ricos em energia. 
 
— Funções corporais: 
Cofator de diversas reações metabólicas; Ações do metabolismo energético e proteico, 
glicólise e síntese de adenosina trifosfato, atua na estabilidade da membrana neuromuscular 
e cardiovascular e como regulador fisiológico da função hormonal e imunológica; Cofator da 
fosforilação oxidativa, influencia a integridade e o transporte da membrana celular; Ação 
regulatória do sistema imunológico. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
A excreção é feita pelos rins. Fatores que influenciam são concentrações plasmáticas de 
magnésio e de cálcio, volume líquido extracelular, taxa de filtração glomerular, ação de 
hormônios. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
A espectrofotometria de absorção atômica (AAS), O magnésio total sérico, espectroscopia por 
ressonância magnética nuclear e indicadoresfluorescentes. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Em condições de baixa ingestão o transporte é feito por um subgrupo de transportadores 
denominados de receptores de potencial transitório do tipo melastina. 
Os canais iônicos da família alfa-quinase estão envolvidos no fluxo do magnésio para as 
células. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Hipomagnesemia. Causa hipocalemia, baixas concentrações de potássio sérico, 
retenção de sódio, baixa concentração de PTH circulante, sintomas neurológicos e 
musculares, perda de apetite, náusea, vomito, e mudança de personalidade. 
Excesso: Hipermagnesemia. Causa letargia, confusão e deterioração na função renal, pode 
ocorrer taquicardia (provavelmente posterior à hipotensão) ou braquicardia, podem gerar 
sinais de fraqueza muscular e hiporreflexia. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Uma alimentação rica em cálcio e sódio pode aumentar a excreção urinária de magnésio, pois 
esses minerais competem pelos mesmos sítios de reabsorção. 
 
 
 
11. NIACINA 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Nicotinamida, ácido nicotínico e triptofano. 
 
— Forma biológica ativa: 
NAD e NADP. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Carne, fígado, legumes, leite, ovos, grãos de cereais, leveduras, peixes e milho. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
A niacina e a nicotinamida são absorvidas por difusão simples na mucosa intestinal. Em baixas 
concentrações, a absorção ocorre por difusão facilitada dependente de sódio e, em altas 
concentrações, as duas formas são absorvidas por difusão passiva. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Absorção no intestino delgado ao invés de no estômago. 
Diminuem- Na forma de coenzima NAD e NADP não é absorvida como tal e precisa sofrer 
hidrólise para nicotinamida livre. 
— Transporte plasmático: 
As duas principais formas de transporte no plasma são: ácido nicotínico e a nicotinamida. 
 
— Funções corporais: 
Precursora de coenzimas ou carreadora de NAD e NADP. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Via urina. Com ingestão de quantidades de niacina normais a baixas a maior parte da excreção 
urinária é de metabolitos de nicotinamida. 
Ácido nicotínico é eficientemente convertido em nucleotídeos metabolicamente ativos. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Quantificação dos principais metabólitos na urina. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Conexina-43, componentes das junções celulares, funciona como transportador de NAD entre 
as células. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Pelagra. Dermatite, diarreia e demência. 
Excesso- rubor, brotoeja e irritação hepática. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
A niacina aumenta a absorção do cromo. Se houver excesso de leucina na alimentação, ocorre 
a competição pelo triptonado, afetando a síntese de niacina. 
 
 
 
12. PIRIDOXINA 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
piridoxina-5’-beta-D-glicosídio 
 
— Forma biológica ativa: 
piridoxal 5’fosfato (PLP) e piridoxamina 5’fosfato (PMP). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Carnes, nozes, banana, brócolis, couve-flor, suco de tomate, espinafre, suco de laranja e 
cenoura. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
A conversão de piridoxal-fosfato e piridoxamina-fosfato cria gradiente de concentração na 
borda em escova, fazendo com que entrem de modo direto nos enterócitos por difusão 
passiva. Para serem liberados na circulação portal perdem novamente o grupo fosfato, 
permitindo passagem pela membrana basolateral. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Diminuem- consumo de medicamentos que aumentam pH estomacal, fibras alimentares. 
Ingestão alta. 
Aumentam- Ingestão de quantidades adequadas faz com que a absorção seja mais rápida. 
 
— Transporte plasmático: 
Albumina é responsável pelo transporte da vitamina B6 no plasma. 
 
— Funções corporais: 
Coenzima em relações enzimáticas, síntese, catabolismo e interconversão de aminoácidos, 
função imune, metabolismo de aminoácidos, carboidratos e de lipídios. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Via urina e pequena fração nas fezes. Alguns medicamentos como a isoniazida, penicilina e 
ciclosporina podem aumentar a excreção dessa vitamina. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) ou métodos enzimáticos. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
A piridoxina se dissocia da proteína transportadora e ao entrar ela é fosforilada pela piridoxal 
quinase. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Dermatite seborreica, anemia microcítica (em razão da síntese diminuída de 
hemoglobina), convulsões, depressão e confusão. 
Excesso- Mesmo possuindo baixa toxicidade, doses de 200g/dia podem provocar intoxicações 
neurológicas, desencadeando sintomas como formigamentos nas mãos e diminuição da 
audição. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
A alta ingestão proteica pode levar ao decréscimo nas concentrações de vitamina B6. A inter 
conversão e o metabolismo da vitamina B6 dependem de riboflavina. 
 
 
13. POTÁSSIO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
K+ 
— Forma biológica ativa: 
K+ 
 
— Principais alimentos fontes: 
Banana, melão, manga, mamão, abacate, abóbora, hortaliças folhosas e batata doce. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Transporte passivo durante todo o intestino. 
Efluxo- Proteína de troca Cl-/HCO3- (transporte acoplado Cl- - K+). 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Não encontrado. 
Diminuem- Não encontrado. 
 
— Transporte plasmático: 
Se difunde pela membrana basolateral. 
 
— Funções corporais: 
Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e na integridade das células. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
A maior parte de potássio do corpo são excretados pelos rins, e apenas uma pequena 
quantidade é excretada nas fezes. Medicamentos para hipertensão elevam a excreção de 
potássio pela urina. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Determinação plasmática e água corporal: Bioimpedância, osmolaridade plasmática. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Transporte ativo; 
Efluxo- Co-transportador Na+/K-/2Cl- (membrana basolateral) e bombas de sódio e potássio. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Hipocalemia: causa fraqueza muscular, paralisia e confusão mental; 
Excesso- Hipercalemia: Causa arritmia cardíaca severa e em casos mais graves até parada 
cardíaca. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Diminui a excreção do cálcio. 
Aumenta a excreção de sódio. 
 
 
 
14. RIBOFLAVINA 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Coenzima flavina mononucleotídeo (FMN) e coenzima flavina adenina dinucleotídeo (FAD). 
 
— Forma biológica ativa: 
Flavina mononucleotídeo (FMN) e flavina adenina dinucleotídeo (FAD). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Ovos, laticínios, carnes, peixes e vegetais de cor escura. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- transportador de riboflavina-1 (RFT-1), transportador de riboflavina-2 (RFT-2). 
Efluxo- mecanismo eletroneutro dependente de transportador. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Diminuem- lumiflavina, lumicromo, amilorida, clorpromazina. 
Aumentam- amamentação. 
 
— Transporte plasmático: 
Entra na corrente sanguínea como riboflavina fosfato e se liga de forma inespecífica a 
proteínas plasmáticas, principalmente a albumina. 
 
— Funções corporais: 
Formação de eritrócitos para a gliconeogênese e para a regulação das enzimastireoidianas. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
É excretada pela urina. Qualquer ingestão maior de riboflavina é excretada rapidamente. A 
diabetes mellitus, traumatismos, estresse e uso de anticoncepcional oral podem acentuar a 
excreção de riboflavina. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) por método fluormétrico. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Mecanismo específico mediado por transportador que é positivamente regulado na 
deficiência de riboflavina e controlado por vias regulatórias intracelulares específicas. 
No fígado, é mediado por transportador que é regulado pelos níveis extracelulares de 
riboflavina e por uma via regulatória intracelular específica. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- lesões na parte externa dos lábios e no canto da boca, inflamação na língua, 
dermatite seborreica. 
Excesso- Não tem toxicidade por via oral significativa. Em doses muito altas pode haver 
cristalização da riboflavina nos rins. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Interfere no metabolismo de folato, cobalamina (B12), piridoxina (B6), niacina e ferro. 
 
 
 
15. SELÊNIO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Selenito, selenato, selenometionina, selenocistina e seleno-homocisteína. 
 
— Forma biológica ativa: 
Selenocisteína. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Cereais, cogumelos, crucíferas, castanhas-do-pará, grãos, frutos do mar, carnes orgânicas, 
aves e laticínios. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Conjunto de transportadores de aminoácidos intestinais. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- vitamina A, C, E e proteínas. 
Diminuem- Ferro, cobre e mercúrio. 
 
— Transporte plasmático: 
Após ser absorvido e reduzido a H2Se, o selênio é transportado no sangue em direção ao 
fígado. Acredita-se que a incorporação do selênio de origem alimentar pela glutationa 
peroxidase extracelular (GPx3) seja uma via de transporte até o fígado, no qual ocorre a 
incorporação em selenoproteína P (SePP). 
 
— Funções corporais: 
Função antioxidante; integra o sítio ativo de enzimas, redução dos peróxidos orgânicos e 
inorgânicos; ação anticancerígena; potencialização do sistema imunológico; participação na 
conversão de T4 em T3. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Via de excreção fisiológica é via urina, nas formas de trimetilselenônio, selenito e selenato. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Concentrações plasmáticas e séricas de selênio. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Dependem de um gradiente de Na+K+ e ATPAse. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Pode levar a Doença de Keshan e Kashin-Beck. 
Excesso- Toxicidade crônica do selênio pode ocorrer com doses de selênio por longos 
períodos. Os sintomas apresentados com mais frequencia são fragilidade e perda de cabelo e 
unhas. Outros sintomas são distúrbios gastrointestinais, erupções cutâneas, hálito de alho, 
fadiga, irritabilidade e distúrbios neurológicos. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Metionina, vitaminas E, A e C em altas doses e outros antioxidantes. 
 
 
16. SÓDIO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Cloreto de sódio; 
 
— Forma biológica ativa: 
Na+ 
 
— Principais alimentos fontes: 
Sal de cozinha, carne enlatada, sopas, condimentos, alimentos conservados e petiscos. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Co-transportador de Na+ 
Efluxo- Não encontrado. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- deficiência de potássio. 
Diminuem- Consumo elevado de potássio. 
 
— Transporte plasmático: 
O sódio é transportado livremente no sangue. 
 
— Funções corporais: 
É importante para a manutenção do equilíbrio de fluidos, na condução de 
transmissão/impulsos nervosos e na contração muscular. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Essencialmente pelos rins, mas pode ocorrer pelo suor. Terapias diuréticas, deficiência em 
aldesterona e alívio de obstrução urinária. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Potenciometria. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo e efluxo- Bomba de Na+/K+–ATPase. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- É rara, mas se acontecer os sintomas são câimbras musculares, náuseas, vômitos, 
tontura, choque e coma. 
Excesso- Edema e hipertensão aguda. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Afeta a excreção urinária de cálcio. 
 
 
 
17. TIAMINA 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Tiamina trifosfato (TTP), tiamina difosfato, tiamina pirofosfato (TDP) e tiamina monofosfato 
(TMP). 
 
— Forma biológica ativa: 
Tiamina trifosfato (TTP) 
 
— Principais alimentos fontes: 
Cerais integrais, feijão, lentilha, nozes, sementes, carne de porco e vegetais. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Em doses baixas ou fisiológicas a tiamina na forma livre é absorvida por transporte ativo 
saturável e dependente de adenosina trifosfatase. Em concentrações mais elevadas ocorre 
por difusão passiva. O efluxo é feito pela ATPase dependente de sódio e potássio. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Gravidez e lactação, atividade física intensa, doenças como câncer, febre, 
hipertireoidismo e dieta rica em carboidratos. 
Diminuem- Consumo de álcool, cirurgia ou doença gastrointestinal, diarreia e vomito. 
 
— Transporte plasmático: 
Circula principalmente na forma de TPP, unida aos eritrócitos, ou na forma livre unida a 
albumina. A captação pelos tecidos periféricos se dá por transporte ativo ou por difusão 
passiva. 
 
— Funções corporais: 
Metabolismo de carboidratos participa nas reações na via das pentoses fosfatos e 
transmissões de impulsos nervosos. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
A tiamina é excretada pela urina, proporcionalmente à quantidade ingerida. Quando aumenta 
o fluxo urinário, os diuréticos podem prevenir a reabsorção de tiamina nos rins e aumentar 
sua excreção na urina. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Cromatografia liquida de alta eficiência (HPLC). 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Transportadores ThTr1 e ThTr2. Quando em concentrações mais elevadas, o transporte é feito 
por difusão passiva e é de menor contribuição. 
Efluxo- ocorre através da membrana basolateral, dependente do sódio e inibida por análogos 
estruturais da tiamina. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Beribéri, comprometendo funções sensitivas, motoras e reflexas, edema, 
taquicardia, cardiomegalia e insuficiência cardíaca congestiva. 
Em bebês: além dos sintomas comuns da doença, vomito, choro agudo, taquicardia e 
convulsões e a encefalopatia de Wernicke, que tem os sintomas: paralisia ocular, nistagmo, 
ataxia de marcha e distúrbio da atividade mental. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Ácido acetilsalicílico (AAS) produz depleção das reservas orgânicas de vitamina K e aumenta a 
excreção renal de tiamina e ácido fólico. 
 
 
18. VITAMINA B12 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Adenosil e hidroxocobalamina. 
 
— Forma biológica ativa: 
5’-deoxiadenosilcobalamina e metilcobalamina. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Carnes e seus derivados, aves, peixes, frutos do mar (especialmente mariscos e ostras) e ovo. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Fator intrínseco ou difusão passiva. 
Efluxo- Transcobalamina 1. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Não encontrado. 
Diminuem- Insuficiência pancreática; Síndrome Zollinger-Ellisone síndrome de má absorção; 
Idade avançada. 
 
— Transporte plasmático: 
A transcobalamina 2 faz o transporte por todo o sangue. 
 
— Funções corporais: 
Mantem o invulcro que envolve e protege as fibras nervosas e promove o crescimento normal; 
ajuda na atividade celular e metabolismo dos ossos; Conversão de homocisteína em metionina 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Principalmente pela bile, mas pode ocorrer em pequenas quantidades na urina e suor. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Concentração sorológica; Teste de supressão de deoxiuridina; Teste de excreção urinária. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Endocitose mediada por receptor ou difusão passiva, dependendo do tipo de vitamina 
B12 ingerida. 
Efluxo- Transcobalamina 3. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Anemia macrocítica megaloblástica e neuropatia. 
Excesso- Nenhum relato de toxicidade. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Relação sinérgica com o folato, onde há uma armadilha metilfolato. 
 
 
19. VITAMINA A 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Ésteres de retinil e Betacaroteno. 
 
— Forma biológica ativa: 
Retinol, retinal e ácido retinóico. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Fígado, óleo de fígado de peixe, leite e derivados, manteiga e ovos. Já o percursor da vitamina 
A são encontrados em hortaliças e frutas de coloração laranja e amarela como a cenoura e 
abóbora. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Transportadores de carotenoides por difusão passiva. 
Efluxo- quilomícrons. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- óleo puro ou suplemento aquoso de dispersão. 
Diminuem- Ingesta de fibras e pectina. 
 
— Transporte plasmático: 
É levado ao sangue por quilomícrons e encontra-se na forma de retinol. 
 
— Funções corporais: 
Auxílio a visão; Participação na síntese de proteína e na diferenciação celular (manutenção da 
saúde da pele e dos tecidos epiteliais); Auxílio na reprodução e no crescimento. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Em condições de ingestão normal o retinol é excretado na urina e na bile. A excreção feita 
pelos rins é de cerca de 60% do total, 40% pelas fezes, e uma pequena quantidade é expirada 
pelos pulmões. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
O teste de Dose-resposta relativa (RDR) que estima as reservas hepáticas de vitamina A; O 
teste de resposta a uma dose de retinol modificada (MRDR); Dose de retinol sérico de 30 dias 
(S30DR) é o mais utilizado; diluição isotópica mede as reservas corporais globais; Sinais clínicos 
de deficiência em vitamina A, que incluem mancha de Bitot, xerose e ulceração da córnea e 
ceratomalácia, podem ser utilizados para identificar a deficiência em vitamina A. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Quilomícrons. 
Efluxo- Lipoproteína de densidade muito baixa. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Doenças infecciosas como sarampo, cegueira noturna, cegueira total 
(Xeroftalmia), queratinização, manchas de Bitot e esteatórreia. 
Excesso- Defeitos nos ossos (contribui com a osteoporose), defeitos congênitos e 
amarelamento da pele. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
O excesso de vitamina A na alimentação interfere na absorção de vitamina K. Ingestão elevada 
de beta-caroteno pode diminuir as concentrações plasmáticas da vitamina E. A deficiência de 
vitamina A pode estar associada a anemia microcítica por deficiência de ferro. 
 
 
 
20. VITAMINA C 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Ácido ascórbico. 
 
— Forma biológica ativa: 
Ascorbato. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Acerola, pimentão, brócolis, couve de Bruxelas, laranja, limão, aspargo, mamão, caju, kiwi, 
morango. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo- Co-transportadores dependentes de sódio 1 e 2 (SVCT 1 e 2). 
Efluxo- Aumento da osmolaridade das células que ativam canais aniônicos sensíveis ao volume 
(VSAC): processo passivo. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Baixas concentrações da vitamina. 
Diminuem- Alta glicose celular e altas concentrações de ácido ascórbico no corpo. 
 
— Transporte plasmático: 
É levado no plasma na forma livre como um ânion de ácido ascórbico. 
 
— Funções corporais: 
Antioxidante; Cofator da hidroxilação das enzimas envolvidas na síntese do colágeno e 
carnitina; Síntese de neurotransmissores; Auxilia a absorção de ferro; Fortalece a resistência 
contra infecções. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Via urina. Baixa excreção está relacionada ao baixo consumo da vitamina C. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Medição da excreção urinária da vitamina, e medir a concentração plasmática dessa vitamina. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Canais de ânions. 
Efluxo- Difusão facilitada. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Escorbuto; Fadiga; Cicatrização lenta; Sangramento gengival; Fragilidade nos 
ossos; Infecções frequentes; Dentes moles. 
Excesso- Dores abdominais, diarreia, dores de cabeça, fadiga, insônia, ondas de calor, 
erupções e problemas no trato urinário. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Potencializa a absorção intestinal do ferro não heme; diminui a absorção intestinal do cobre. 
 
 
 
 
21. VITAMINA D 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Colecalciferol 
 
— Forma biológica ativa: 
Calcitriol. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Fígado, Carne bovina, ovos, leite, queijo, manteiga, arenque, salmão, atum e sardinha. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo - Proteína ligadora de vitamina alfa-2-globulina (transcalciferrina) e quilomícrons. 
Efluxo- Quilomícrons. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- Ácidos graxos monoinsaturados. 
Diminuem- Ácidos graxos poli insaturados. 
 
— Transporte plasmático: 
Quilomícrons. 
 
— Funções corporais: 
Manutenção das concentrações normais de Cálcio e Fósforo no soro. Aumentando a absorção 
intestinal e reduzindo a excreção de Ca pelo aumento da reabsorção nos túbulos distais dos 
rins e pela mobilização dos minerais dos ossos, 
Esse hormônio estimula a diferenciação e inibe a proliferação celular no cérebro, rins, 
próstata, mamas, cólon, coração, pâncreas, células mononucleares, linfócitos ativados e pele. 
28 Além disso, a forma ativa da vitamina D é conhecida por modular o sistema imune. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Preferencialmente pela bile, mas pode ser reabsorvida, embora acredite-se que este não seja 
um mecanismo importante para sua conservação no organismo. Metabólitos mais solúveis de 
vitamina D, como o ácido calcitroico, são excretados pela via renal. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Concentração plasmática. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- Proteína ligadora de vitamina alfa-2-globulina (transcalciferrina). 
Efluxo- Não encontrado. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência – Raquitismo, Osteomalácia, Osteoporose. 
Excesso – Cálculos urinários e hipercalcemia. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Promove uma rápida absorção de Cálcio e Fósforo no intestino delgado 
 
 
22. VITAMINA E 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Tocoferois e tocotrienois. 
 
— Forma biológica ativa: 
Alfatocoferol. 
 
— Principais alimentos fontes: 
Amêndoas, sementes de girassol e óleos vegetais. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
Influxo e efluxo: Quilomícrons e HDL (lipoproteína de alta densidade) 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal(aumentam e diminuem): 
Aumentam- Maiores ingestões de gordura. 
Diminuem- Função pancreática inadequada, e baixa secreção de bile, mutações ou 
polimorfismos em genes envolvidos no metabolismo da vitamina E que interfiram na 
biodisponibilidade do nutriente. 
 
— Transporte plasmático: 
A vitamina E é transportada não especificamente pelas lipoproteínas contidas no plasma como 
VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade) e da HDL. 
 
— Funções corporais: 
Manutenção da integridade da membrana; protege as membranas da destruição por meio de 
sua capacidade de prevenir a oxidação de ácidos graxos não saturados contidos nos 
fosfolipídios das membranas; Antioxidante. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Principalmente pela urina, mas também pela bile, fezes e glândulas sebáceas. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Medições das concentrações de vitamina E no plasma; Medições das concentrações de 
vitamina E no tecido adiposo. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo e efluxo- Transportador cassete adenosina trifosfato ligante (ABC) A1. 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência - Fibrose cística, hemólise de eritrócitos, disfunção neuro vascular envolvendo a 
medula espinhal e a retina. 
Excesso – Hemorragia. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Altas concentrações de selênio reduzem os efeitos das baixas concentrações de vitamina E. 
 
 
 
23. VITAMINA K 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Filoquinona (origem vegetal) e menaquinona (origem animal). 
 
— Forma biológica ativa: 
Vitamina K1 (Filoquinona) e a vitamina K2 (menaquinona). 
 
— Principais alimentos fontes: 
Vegetais com folhas verdes e alguns óleos vegetais (soja, caroço de algodão, canola e oliva). 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
A Filoquinona (vitamina K1) é absorvida com os lipídios no intestino delgado (jejuno e íleo) 
por um processo ativo. 
A vitamina K2 e K3 são absorvidas por difusão do intestino delgado e cólon. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- fonte de gordura. 
Diminuem- insuficiência biliar ou síndrome de má absorção. 
 
— Transporte plasmático: 
Distribuída aos tecidos por meio de VLDL e quilomícrons, não existe proteína ligadora 
específica da vitamina no plasma. 
 
— Funções corporais: 
Cofator para carboxilação de proteínas, homeostase, metabolismo ósseo e crescimento 
celular. 
 
— Excreção e fatores que afetam a excreção: 
Entre 40 e 50% da vitamina K é excretada pelas fezes via sais biliares e 20% são excretados 
pela urina, em três dias. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Baseados em testes funcionais como tempo de protrombina (TP). 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Principal via de entrada de Filoquinona é por meio da depuração dos remanescentes de 
quilomícrons pelos receptores de Apolipoproteína E (ApoE). 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- efeitos de coagulação, doenças hepáticas, problemas gastrointestinais, câncer, 
alcoolismo, medicamentos, alterações na absorção intestinal, cirurgias, altas doses de 
vitaminas A e E. 
Excesso- não há casos conhecidos de toxicidades relacionados a vitamina K. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
Doses elevadas de vitamina E e vitamina A poderiam antagonizar a ação da vitamina K. 
 
 
 
24. ZINCO 
— Forma bioquímica encontrada nos alimentos: 
Associado a moléculas orgânicas ou na forma de sais inorgânicos. 
 
— Forma biológica ativa: 
Forma iônica Zn2+ 
 
— Principais alimentos fontes: 
Frutos do mar e pescados, carnes, ovos, cerais e leguminosas (e seus derivados), nozes e 
sementes. 
 
— Transportadores intestinais (influxo e efluxo): 
O transportador ZnT-2 é responsável pela captação do zinco no intestino, rins e testículos. 
ZnT-6 e ZnT-7 estão nas células do intestino delgado. 
 
— Fatores que alteram a absorção intestinal (aumentam e diminuem): 
Aumentam- vitamina A, histidina e metionina. 
Diminuem- caseína, fitato e excesso de ferro. 
 
— Transporte plasmático: 
Depois do processo de absorção, o zinco liberado dos enterócitos passa pelos capilares 
mesentéricos e pelo sangue portal e é captado pelo fígado e distribuído ao plasma e aos sítios 
celulares para desempenhar funções específicas. 
No plasma, cerca de 90% do zinco é carreado ligado a albumina, e 10% estão ligados a alfa-2-
macroglobulina e aos aminoácidos. 
 
— Funções corporais: 
Funções catalíticas, estruturais e regulatórias. Participação no metabolismo de carboidratos, 
proteínas, lipídios e ácidos nucleicos; Integridade de membranas, defesa antioxidante, 
manutenção do apetite e da cicatrização, visão noturna. 
Excreção e fatores que afetam a excreção: Excreção do zinco ocorre pelo intestino, rins e pele, 
sendo que a principal forma de eliminação de zinco corporal é pelas fezes. A inanição e o 
catabolismo muscular aumentam as perdas de zinco na urina e nas fezes. 
 
— Exames/testes para avaliação do estado corporal do nutriente: 
Concentrações de zinco plasmáticos, eritrocitário e urinário e análise da atividade de 
metaloenzimas. 
 
— Transportadores celulares (influxo e efluxo): 
Influxo- 14 transportadores ZIP (ZIPI a ZIP14). 
Efluxo- 10 ZnT (ZnTI a ZnTIO) 
 
— Deficiência e excesso (sinais e sintomas / doenças): 
Deficiência- Retardo do crescimento, atraso da puberdade, disfunção erétil, diarreia, alopecia, 
glossites, destruição das unhas, hipogonadismo em homens, comprometimento do sistema 
imune. Doença de Crohn, doença celíaca, alcoolismo crônico, anemia falciforme, cirrose, 
acrodermatite enteropatica. 
Excesso- Comprometimento do sistema imune, alterações do metabolismo lipoproteico por 
reduzir as concentrações de HDL-colesterol, favorece a manifestação da anemia ferropriva e 
da deficiência em cobre. Os efeitos adversos mais comuns de uma toxicidade aguda por 
ingestão de zinco incluem paladar metálico, náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia. 
 
— Interações com outros nutrientes: 
O alto consumo de fitato é responsável pela menor eficiência de absorção do zinco.

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