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4ª Aula 30/06/2022 Princípios que devem ser observados em uma gestão estratégica de custos: Quanto aos custos: • Custos relevantes devem ser apropriados, preferencialmente, diretamente aos objetivos que se pretende custear; • Devem ser identificadas bases de alocação que reflitam, adequadamente, as relações de causa e efeito entre os recursos consumidos e as atividades, e entre estas os objetos que se pretende custear; • O custo real deve ser confrontado com o custo-meta ou Custo alvo, quanto aplicável; • Devem ser estabelecidos centros de custos com base em grupos homogêneos de atividades; • A utilização do custeio baseado em atividades deverá melhorar o processo de apropriação; Princípios que devem ser observados em uma gestão estratégica de custos: Quanto a mensuração de desempenho: • Devem ser estabelecidas mensurações de desempenho para as atividades relevantes; • Essas mensurações de desempenho devem ser de natureza financeira e não financeira (produtividade por hora trabalhada, por quilo consumido, vendas por funcionário, satisfação dos adquirentes dos serviços, etc. • As mensurações de desempenho devem ser consistentes com os objetivos da empresa; • As mensurações de desempenho devem melhorar a visibilidade dos direcionadores de custos, quando utilizados; Princípios que devem ser observados em uma gestão estratégica de custos: Quanto a gestão de investimentos: • A gestão de investimentos deve ser mais que um processo de orçamento de capital, deve ser consistente com os objetivos da empresa; • As decisões de investimentos devem ser tomadas com suporte de múltiplos critérios; • A gestão de investimentos deve dar suporte ao processo de redução ou eliminação de atividade que não adicionam valor; • A gestão de investimentos deve dar suporte para atingimento do Custo-meta ou Custo-alvo, quando aplicável; • A gestão de investimentos deve considerar os impactos na cadeia de valor em que a empresa atua; • Todos os investimentos devem ter efetivo acompanhamento posterior para que seu desempenho possa ser comparado com o que fora originalmente previsto; Gestão de custos nas empresas comerciais Para se fazer gestão de custos em qualquer atividade, se faz necessário aprofundar em sua estrutura de custo, entender as suas particularidades voltadas para o segmento e seus processos operacionais. Este mapeamento nas empresas comerciais, em regra, são menos complexos quando comparados as empresas industriais e de serviços. Gestão de Custos nas empresas comerciais As empresas Comerciais normalmente tem fácil identificação e alocação dos seus custos, com menor número de variáveis, para vinculação aos custos diretos e indiretos, onde os custos diretos se vinculados ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), e os custos indiretos pelos demais custos. Considerando que a execução da atividade é medida por direcionadores de atividade, para entender o comportamento dos custos no comércio, precisamos determinar as atividades e os direcionadores associados que medem a capacidade e a execução da atividade comercial. Exemplo do Sistema ABC na atividade Comercial Vamos considerar um comércio varejista, onde o foco é a lucratividade. Os custos diretos são representados pelo Custo das Mercadoria Vendidas (CMV). A loja possui um sistema de custeio com uma única categoria de custo direto (mercadorias compradas para a venda) e uma única categoria de custo indireto (suporte a loja). Os custos de suporte foram alocados aos produtos a uma taxa de 30% dos custos das mercadorias vendidas. Por exemplo, a um produto que custou $8,80, foi alocado uma quantia de custo indireto no valor de 2,64 (8,80 x 30%), conforme relatório de lucratividade abaixo: Para melhor análise, foi implantado um sistema de custeio por linha de produtos. Esse modelo demonstra a apropriação dos custos diretos e indiretos por linha de produtos, conforme o critério de alocação dos custos indiretos. Na metodologia de rateio onde foi estipulado 30% dos custos diretos, as linhas de produtos ficaram distribuídos em Carnes, Frutas e Grãos, conforme quadro abaixo: Este critério arbitrário de rateio de 30%, apesar de comum no dia a dia das empresas, são aleatórios e normalmente podem distorcer os resultados de lucratividade. Assim vamos analisar este exemplo na metodologia ABC, e para que isso tenha efeito será necessário detalhar o centro de custo indireto, que possui apenas o grupo de suporte á loja. Ele será dividido em quatro áreas identificáveis de atividades: a) Pedido b) Entrega c) Estoque d) Atendimento ao cliente Direcionadores de cada atividade: a) Pedido – vinculado à atividade relacionada as compras de mercadoria para revenda. O direcionador de custo é o número de ordens de compra no período; b) Entrega – esta associado à entrega física das mercadoria. O direcionador de custo é o número de entregas; c) Estocagem – são os estoque de mercadoria nas prateleiras e daquelas que foram retornadas ao estoque, como devolução ou qualquer outra movimentação da mercadoria que incorra custos. O direcionador de custo é horas de estocagem. d) Atendimento ao cliente - é a assistência fornecida aos clientes. O direcionador de custo é o número de itens vendidos. Com os direcionadores apresentados, foi projetado a lucratividade baseado no custeio ABC para cada linha de produto: Comparativo: No primeiro quadro, apesar de ter demonstrado a lucratividade correto do negócio, mas o entendimento de lucratividade de cada grupo de produto fica prejudicada pelo rateio em razão dos custos diretos. Como a empresa possui custos indiretos relevantes, quando são vinculados a direcionadores adequados, é possível visualizar corretamente os mais rentáveis e onde os custos indiretos de fato são mais impactantes. Exemplo do Sistema ABC na atividade industrial O exemplo consiste em uma empresa de confecções que produz 3 tipos de produtos: • Camisetas; • Vestidos; • Calças; O tempo utilizado por produto nestes departamentos, bem como os custos diretos por unidade, estão demonstrados ao lado: A empresa possui dois departamentos de produção: • Corte e Costura; • Acabamento; Para atribuir os Custos Indiretos de produção aos produtos, utilizaremos como base de rateio a mão de obra direta total utilizada por produto, como demonstrado a seguir: Quadro Resumo: Demonstração de Resultados, levando em consideração que toda a produção do mês tenha sido vendida: Mapa de Rateio dos Custos Indiretos Com o custo por hora de cada departamento de produção, podemos apurar o CIP em cada unidade de produto com base nas informações de tempo de produção: Quadro resumo dos produtos nas duas metodologias: Demonstração de resultado As atividades relevantes e seus custos: Direcionadores escolhidos: Quadro com a quantidade de direcionadores para cada produto: Custo unitário de cada produto e quadro resumo: Demonstração de Resultados Comparativo Conceito mais amplo de Custeio Baseado em Atividade • Incluir no custo dos produtos, atividades das áreas de vendas e de administração, por meio de direcionadores rastreáveis; • Custear os principais processos; Abaixo, atividades consideradas relevantes: Direcionadores utilizados e o seu consumo: Custo unitário de cada produto: Quadro Resumo dos produtos: Gráfico que demonstra a mudança na ordem de lucratividade dos produtos: A mudança nos métodos de custeio altera não só o custo dos produto como também a ordem de lucratividade. Uma análise mais detalhada das causas destas alterações pode ser efetuada, tanto com base no custo dos processos ou mesmo das atividades. A análise dos dados fornecidos pelo Abc permite a ligação entre estes e a reengenharia da empresa. Demonstração de Resultado Todos os custos e despesas estão classificados por atividade. Nota-se que a demonstração não contém separação em despesas de vendas e administrativas. Além disso, o resultado final é o lucro antes do IR, ou seja, pode-seagora alocar o IR e chegar ao discutido conceito de lucro líquido por produto. Qual a importância e finalidade do processo de reengenharia dentro de uma empresa? Atividade avaliativa – Aula 04
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