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Tutoria 2 - Módulo 1 - 3 Período

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Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
 
 
 Entender o aleitamento materno, seus tipos, 
benefícios e contraindicações 
Tipos de aleitamento materno 
 Exclusivo: 
 Quando o bebê recebe apenas leite 
materno e mais nada; 
 O recomendado é que seja até 6 meses de 
vida do lactente; 
 Predominante: 
 Bebê recebe além do leite materno quando 
o bebê recebe, água, chá ou sucos; 
 Complementado: 
 Bebê recebe além do leite materno 
alimentos sólidos, como papa de frutas ou 
papas salgados; 
 Dos 6 meses até 2 anos, por que até os 
dois anos ainda se tem os benefícios 
nutricionais e de prevenção das infecções 
por meio do leite materno; 
 Misto/Parcial: 
 Além do leite materno o bebê recebe outro 
tipo de leite, seja ele fórmula ou leite de vaca 
integral; 
Benefícios do aleitamento para o bebê 
 Evita mortes infantis: 
 Por que ele protege contra infecções; 
 O aleitamento isolado evita 13% das mortes 
no mundo em menores de 5 anos, isso por 
que ele evita diarreias, tanto é que os bebês 
que mama possuem diarreias menos graves; 
 Evita diarreia: 
 Quanto mais novo é o bebê mais protegido 
contra os problemas de diarreia ele está, se 
ele mamar exclusivamente no peito; 
 Evita infecções respiratórias: 
 É constante nos dois primeiros anos de vida; 
 Evita: 
o Pneumonia; 
o Otite; 
o Bronquiolite; 
 Diminui risco de alergia: 
 A fórmula infantil é leite de vaca; 
 Exposição precoce a leite de vaca aumenta 
o risco de APLV; 
 Diminui risco de HAS, dislipidemia e diabetes; 
 
 
 
 
 
 Reduz risco de obesidade: 
 Por que o bebê que foi amamentado ele 
tem uma melhor programação metabólica e 
um melhor auto regulação na ingestão de 
alimentos; 
 Melhor nutrição: 
 O aleitamento materno é nutricionalmente 
completo nos primeiros seis meses de vida; 
 Efeito positivo na inteligência; 
 Melhor desenvolvimento da cavidade bucal: 
 Devido ao exercício de mamar que propicia 
uma melhor conformação do palato e com 
isso se tem um melhor alinhamento dos 
dentes; 
Benefícios do aleitamento para a mãe 
 Proteção contra câncer de mama: 
 O risco de câncer de mama cai 4,3% a cada 
12 meses de amamentação somado; 
 . Essa proteção independe de idade, etnia, 
paridade e presença ou não de menopausa; 
 Evita nova gravidez: 
 Eficácia de 98%, porém apenas durante os 
primeiros 6 meses de vida da criança, desde 
que a mãe esteja amamentando exclusiva 
ou predominantemente e se a mulher ainda 
estiver em amenorreia; 
 Estudos comprovam que a ovulação nos 
primeiros seis meses após o parto está 
relacionada com o número de mamadas; 
assim, as mulheres que ovulam antes do 
sexto mês após o parto em geral 
amamentam menos vezes por dia que as 
demais; 
 Reduz o peso mais rapidamente após o parto; 
 Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, 
diminuindo risco de hemorragia e de anemia 
após o parto; 
 Reduz o risco de diabetes: 
 Um trabalho norte-americano mostrou que 
mulheres que amamentam têm 15% menos 
incidência de desenvolver diabetes tipo 2 
para cada ano de lactação, independente de 
outros fatores de risco para a doença; 
 Remineralização óssea: 
 Promove melhora da remineralização óssea 
pós-parto, com redução de fraturas do colo 
de fêmur no período pós-menopausa; 
 
Tutoria 2 – Módulo 1 
 
Alimentação e Imunização da criança 
 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
 Melhor qualidade de vida: 
 Bebê fica menos doente; 
 Promoção do vínculo afetivo mãe e filho: 
 Acredita-se que a amamentação traga 
benefícios psicológicos para a criança e para 
a mãe. Uma amamentação prazerosa, os 
olhos nos olhos e o contato contínuo entre 
mãe e filho certamente fortalecem os laços 
afetivos entre eles, oportunizando 
intimidade, troca de afeto e sentimentos de 
segurança e de proteção na criança e de 
autoconfiança e de realização na mulher. 
Amamentação é uma forma muito especial 
de comunicação entre a mãe e o bebê e 
uma oportunidade de a criança aprender 
muito cedo a se comunicar com afeto e 
confiança; 
 Menor custo financeiro: 
 Mamadeira; 
 Esterelização; 
 Fórmula; 
 
Contraindicações do aleitamento 
 Mães infectada pelo HIV, HTLV1 e HTLV2; 
 Uso materno de medicamentos: antineoplásicos 
e radiofármacos; 
 Recém-nascido com galactosemia: 
 A deficiência de GALT é a mais frequente 
e cursa com acúmulo de galactose no 
sangue e tecidos; 
 As principais manifestações clínicas são: 
baixo ganho ponderal, icterícia colestática, 
hepatomegalia com evolução para cirrose 
hepática, retardo mental, catarata e 
aumento da susceptibilidade a infecções 
principalmente sepse por E. coli; 
 A criança está impossibilitada de receber 
leite materno, de vaca e de cabra; 
 Apenas o leite de soja pode ser usado - 
Qualquer leite cuja fonte de carboidrato seja 
a lactose não poderá ser usado, pois a 
doença é caracterizada por uma deficiência 
em desdobrar a galactose, e 
consequentemente a lactose (= 1 molécula 
de galactose + 1 molécula de glicose); 
 É a única doença da criança que contraindica 
completamente o aleitamento materno; nos 
outros erros inatos do metabolismo, tem-se 
permitido a amamentação, sob rígido 
controle clínico e laboratorial; 
 Temporárias: 
 Citomegalia: 
o CMV passa através do leite materno e 
pode infectar o lactente em 2/3 dos 
casos; 
o Entretanto, como a infecção é 
assintomática e não deixa sequelas em 
RN a termo, não há contraindicação ao 
aleitamento materno para recém-
nascidos a termo saudáveis; 
o Para RN < 32 semanas, que podem 
adquirir a doença citomegálica grave 
pelo leite materno, deve-se proceder ao 
congelamento a – 20ºC do leite 
materno para redução da carga viral, 
seguido de pasteurização (submissão a 
62,5ºC por 30 minutos) para que as 
partículas virais remanescentes sejam 
inativadas; 
 Tuberculose pulmonar: 
o O aleitamento materno é liberado, uma 
vez que o bacilo de Koch não é 
excretado no leite materno; 
o No caso de tuberculose pulmonar em 
atividade (mães não tratadas, ou em 
tratamento adequado por um período 
inferior a três semanas), a mãe bacilífera 
deve amamentar com a utilização de 
máscara em ambiente arejado. Deve ser 
administrada medicação profilática e não 
realizar a vacinação com BCG; 
o Com três meses de vida, realiza-se o 
teste tuberculínico, para avaliar a 
possibilidade de infecção e adoecimento. 
Se o PPD for não reator, o lactente não 
foi infectado, logo se interrompe o uso 
de isoniazida e vacina-se a criança com 
BCG. Se o PPD for reator (> 5 mm), 
deve-se procurar por sinais de 
adoecimento, pois a criança, muito 
provavelmente, foi infectada. Se 
assintomática, o uso de isoniazida deve 
continuar por mais três meses e ser 
suspenso com seis meses de vida. Não 
é necessário vacinar com BCG após 
esse período. Se sintomática, iniciar 
tratamento. Nas mães não bacilíferas, a 
amamentação prossegue sem 
alterações, e a vacinação BCG deve ser 
administrada ao bebê. A tuberculose 
extrapulmonar não contraindica o 
aleitamento 
 Infecção herpética nas mamas; 
 Varicela materna de 5 dias antes do parto 
até 2 dias após; 
 Doença de chagas aguda ou se tiver 
sangramento: 
o O aleitamento será suspenso apenas na 
fase aguda da doença (alta parasitemia) 
OU se houver lesões sangrantes na pele 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
do mamilo. Leptospirose, listeriose e 
brucelose; 
o As lactantes na fase aguda da doença 
poderão transmitir estes agentes 
bacterianos à criança, e, portanto, 
recomenda-se que neste período o leite 
seja ordenhado e pasteurizado; 
 Abscesso mamário; 
 Uso de drogas de abuso; 
 Falsas contra-indicações: 
 Tuberculose; 
 Hanseníase: 
o Apenas em uma situação o aleitamento 
materno deve ser adiado 
temporariamente: mães com 
hanseníase virchowiana (em que a 
transmissãodo bacilo também pode 
acontecer pelo leite materno) não 
tratadas, ou tratadas com tempo inferior 
a três meses com sulfona (ex.: dapsona 
ou clofazimina) ou três semanas com 
rifampicina não devem amamentar seus 
bebês até que o tratamento tenha 
completado o período mínimo 
necessário para controle da infecção. De 
qualquer forma, lesões em atividade na 
mama e hanseníase virchowiana são 
situações em que se deve ponderar 
com a família o risco/ benefício de 
manter o aleitamento, pois existe o risco 
teórico de transmissão da bactéria pelo 
leite materno; 
 Hepatite A: 
o Só deve ser preocupante se a mãe 
estiver na fase aguda; a criança deve 
ser amamentada, mas deve receber 
imunoglobulina humana padrão (0,02 a 
0,04 ml/kg IM); 
 Hepatite B: 
o Fazer profilaxia do recém nascido; 
o Aleitamento materno não é 
contraindicado se a mãe é HbsAg 
positiva, uma vez que o maior risco de 
transmissão é intraparto. A conduta será 
o banho imediato do recém-nascido 
para retirada de secreções, vacinação 
anti-hepatite B e aplicação de 
imunoglobulina específica nas primeiras 
12 horas.; 
 Hepatite C – pode amamentar se tiver sem 
sangramento; 
 Dengue; 
 Tabagismo; 
 Consumo de álcool – esperar uma hora para 
amamentação; 
Curiosidade: Produção do leite materno 
 Lactogênese: 
 Fase 1: durante a gravidez 
o Estrogênio: ramificação ductos 
lactíferos; 
o Progestogênio: formação dos lóbulos; 
o Lactogênio placentário: inibe secreção 
de leite; 
 Fase II: após o parto – “descida do leite” 
o Descida do leite acontece entre o 
terceiro e quarto dia de vida do bebê, e 
é independente de sucção, ela 
acontece por fatores hormonais; 
o Quando o bebê nasce sai a placenta, 
com a saída da placenta a quantidade de 
progestorona cai e com isso tem o 
estímulo da produção de prolactina pela 
hipófise anterior e da ocitocina pela 
hipófise posterior, e ela atua nas células 
mioepitelias que ficam em volta dos 
alvéolos mamários e apertam eles; 
o Prolactina: secreção leite; 
o Ocitocina: expulsão do leite; 
 Fase III: galactopoiese 
o Prolactina; 
o Ocitocina; 
o Sucção do bebê; 
o Esvaziamento da mama; 
Composição do leite materno 
 É semelhante em todas as mulheres, a não ser 
que a mulher tenha uma desnutrição grave e no 
seu leite não tenha a quantidade de gorduras 
ideal 
 
Nutriente 
Colostro Leite maduro 
A termo Pré-termo A termo Pré-termo 
Calorias 
(kcal/dL) 
48 58 62 70 
Lipídios 
(g/dL) 
1,8 3,0 3,0 4,1 
Proteínas 
(g/dL) 
1,9 2,1 1,3 1,4 
 
 Leite anterior x Leite posterior 
 O leite do fim da mamada tem mais gordura 
e por isso mata a fome do bebê e faz com 
que ele ganhe mais peso; 
 Fatores imunológicos: 
 IgA secretora – anticorpo que atua contra 
microrganismo em superfícies mucosas, o 
qual é reflexo das infecções entéricas 
(gastrointestinais e respiratórias). Diminui 
depois do primeiro mês de aleitamento 
materno; 
 Anticorpos IgM e IgG; 
 Lactoferrina; 
 Lisozima; 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
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 Fator bífido – favorece o crescimento dos 
lactobacilos bífidos, a qual é uma bactéria que 
acidifica as fezes e dificulta a presença de 
bactérias gastrointestinais que dão diarreia 
grave; 
 Compreender as dificuldades da amamentação e 
suas orientações 
Dificuldades da amamentação 
 Rachaduras no bico do seio: 
 As rachaduras aparecem quando a criança 
não está pegando bem no peito da mãe; 
 Se a pega do bebê não estiver correta, 
procure corrigi-la; 
 Se o peito estiver muito cheio, tornando a 
mamada difícil, retire um pouco do leite 
antes, para ajudar o bebê a mamar; 
 Se não houver melhora, procure ajuda num 
serviço de saúde; 
 Seios empedrados: 
 Quando isso acontece, é preciso esvaziar 
bem os seios; 
 Não deixe de amamentar, ao contrário, 
amamente com frequência, sem horários 
fixos, inclusive à noite; 
 Retire um pouco de leite antes de dar de 
mamar, para amolecer a mama e facilitar 
para o bebê pegar o peito; 
 Se houver piora, procure ajuda num serviço 
de saúde; 
 Pouco leite: 
 Para manter sempre uma boa quantidade de 
leite, amamente com frequência, deixando o 
bebê esvaziar bem o peito na mamada. 
Quanto mais o bebê suga, mais leite a mãe 
produz; 
 Não precisa oferecer outro alimento (água, 
chá, suco ou leite); 
 Se o bebê dorme bem e está ganhando 
peso, o leite não está sendo pouco; 
 Leite fraco: 
 Não existe leite fraco! Todo leite materno é 
forte e bom. A cor do leite pode variar, mas 
ele nunca é fraco; 
 Nem todo choro do bebê é de fome. A 
criança chora quando quer aconchego, 
quando tem cólicas ou sente algum 
desconforto; 
 Sabendo disso, não deixe que ideias falsas 
atrapalhem a amamentação; 
Orientações da amamentação 
 Sucção é um ato reflexo, mas é necessário 
ensinar o bebê a mamar de maneira mais 
eficiente e que não machuque os mamilos; 
 Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o 
que deve ser respeitado. Deixe-o mamar até que 
fique satisfeito. Espere que ele esvazie bem a 
mama e então ofereça a outra, se ele quiser; 
 O leite do fim da mamada tem mais gordura e 
por isso mata a fome do bebê e faz com que 
ele ganhe mais peso; 
 Na primeira mama, o bebê suga com mais força 
porque está com mais fome e assim esvazia 
melhor essa mama. Por isso, sempre comece 
com aquela que terminou a última mamada, para 
que o bebê tenha a oportunidade de esvaziar 
bem as duas mamas, o que é importante para a 
mãe ter bastante leite; 
 Quando o bebê, após mamar, não solta o bico 
do peito, você pode ajudar, colocando o dedo 
mínimo no canto da boca, entre as gengivas, 
para que ele solte o mamilo sem machucá-lo; 
 Depois da mamada, coloque o bebê em pé, 
encostado no seu ombro para que ele possa 
arrotar; 
 Sugar o peito é um excelente exercício para o 
desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter 
dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma 
boa respiração; 
 Frequência: 
 O esvaziamento gástrico do RN varia de 1-4 
horas ao longo do dia. Portanto, as 
necessidades de mamadas variam também 
na mesma proporção, obedecendo a este 
tempo de esvaziamento gástrico. Por isso, o 
leite materno deve ser oferecido em livre 
demanda, ou seja, quando ele quiser. O 
estabelecimento de horários para o 
aleitamento só gera ansiedade para a mãe; 
 O recém-nascido deve sugar a mama até 
esvaziá-la. O leite materno posterior, fruto da 
ejeção láctea, é duas a três vezes mais rico 
em lipídios que o primeiro leite (anterior), isto 
permite que o lactente fique mais nutrido, 
ganhe mais peso e aumente o intervalo das 
mamadas, chorando menos (mais saciado) e 
tranquilizando a nutriz; 
 Nos primeiros dias de vida, o colostro não 
sacia o recém-nascido como o leite maduro, 
logo mamadas frequentes e de curta 
duração são ideais, o que evita a sucção 
ineficaz. Com o crescimento da criança, o 
intervalo das mamadas aumenta. Ao final da 
primeira semana, RN saudáveis estarão 
tomando um volume de leite de 60-90 
ml/mamada e terão uma frequência média 
de 8-12 mamadas/dia; 
 Um bom parâmetro para avaliar uma 
progressão de mamadas é a baixa perda de 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
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peso ao final da primeira semana e ganho de 
peso ao final da 2ª semana. Outras 
informações importantes além do ganho de 
peso, que traduzem boa amamentação são 
o período de sono de 2 a 4 horas entre as 
mamadas e a troca frequente de fraldas. O 
choro intenso não deve ser usado como 
indício indireto de lactação insuficiente, pois 
há outras de causas de desconforto para o 
bebê além da fome, como por exemplo, as 
cólicas e as fraldas sujas.; 
 
 Posição adequada: 
 É importante que a mãe esteja confortável, 
bem apoiada e não curvada para não sentir 
dor, por que se sentir dor diminui a 
quantidade de leite produzida; 
 O corpo do bebê deve estar voltado para o 
corpo da mãe (barriga do bebê – barriga da 
mãe); 
 O corpo e acabeça do bebê precisam estar 
alinhados, por que se estiver torcido dificulta 
a deglutição; 
 A mãe deve apoiar bem o corpo do bebê 
independentemente da posição que ela 
escolher; 
 A mãe não deve ofertar a mama em forma 
de tesoura por que isso bloqueia os ductos 
lactíferos, então deve ofertar em forma de 
C; 
 
 Pega adequada: 
 O bebê precisa abrir bem a boca para 
abocanhar parte da auréola; 
 O lábio inferior deve ficar virado para fora, o 
queixo tocando parte da mama e o nariz 
livre para respirar; 
 Dentro da boquinha a língua fica sobre a 
gengiva inferior fazendo os movimentos de 
conseguir sugar e a mandíbula se 
movimentando; 
 
 Sinais de técnica inadequada: 
 Bochechas encovadas a cada sucção, pois 
está fazendo uma força muito grande para 
sugar; 
 Ruídos de língua; 
 Mama esticada ou deformada na mamada; 
 Dor na amamentação; 
 Mamilos com estrias vermelhas ou áreas 
esbranquiçadas quando o bebê solta; 
 Técnica de amamentação: 
 Aleitamento materno em livre demanda: 
 Não existe “leite fraco”; 
 Esvaziar a mama; 
 Não ofertar água ou chá; 
 Não utilizar mamadeira/chupeta; 
 Lactante tem fome e sede: 
o Consumo extra de 500 cal/dia; 
o Dieta variada; 
o Consumir pelo menos 3 porções de 
leite/dia; 
o Moderação no café; 
 Retorno ao trabalho: 
o Ordenhar e armazenar leite 15 dias 
antes; 
o Amamentar enquanto em casa; 
o Evitar mamadeiras, usar colher ou 
copinho; 
o Durante o trabalho: esvaziar as mamas; 
 Compreender os malefícios do leite de vaca 
introduzido na alimentação precocemente 
 Leite de vaca não é recomendado antes de um 
ano de idade; 
 A especificidade do leite entre as espécies de 
mamíferos faz com que a substituição do leite 
materno por um leite de qualquer outro animal 
ou mesmo por compostos modificados para se 
aproximar ao máximo do LH, não atende 
plenamente as limitações fisiológicas dos 
primeiros meses de vida; 
 Já foi evidenciado que a introdução precoce de 
leite de vaca é associada à baixa escolaridade 
materna e ao baixo nível socioeconômico da 
família; 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
 Os resultados desse estudo confirmam a 
evidência, pois o leite de vaca é frequentemente 
mais consumido pelas crianças maiores de doze 
meses, residentes nas regiões Norte e Nordeste. 
A insegurança alimentar e nutricional é 
comumente decorrente da escassez de 
recursos financeiros para a aquisição de 
alimentos, que no país tem seus maiores índices, 
também, nas regiões Norte e Nordeste. Assim, 
em situação de insegurança alimentar, em que 
existe a restrição quantitativa de alimentos 
disponíveis no domicílio, o leite materno deve ser 
priorizado, pois evitará um gasto desnecessário 
com a compra daqueles artificiais; 
 Além das questões sociais, outros fatores, como 
a presença das avós maternas, a ausência de 
apoio do companheiro e a mãe ser adolescente, 
fazer menos do que seis consultas de pré-natal 
e usar bicos/chupetas também contribuem para 
a não continuidade do aleitamento materno e, 
consequentemente, a introdução de outros 
alimentos; 
 Estudo realizado no estado de Pernambuco já 
havia evidenciado que o alimento consumido pela 
maioria das crianças menores de seis meses era 
o leite de vaca (69,3%), seguido do leite materno 
(60%) e do açúcar17 (52,9%). Outro estudo 
mostrou que 50,3% das crianças menores de 
seis meses, residentes em Curitiba, São Paulo e 
Recife, não estavam mais em aleitamento 
materno, e apenas 12% dessas utilizavam 
fórmulas infantis em substituição ao leite 
materno. Além da baixa frequência de uso 
dessas fórmulas, apenas 23,8% receberam as 
mesmas diluídas adequadamente, o que se 
configura em risco para a saúde das crianças; 
 O Ministério da Saúde, de acordo com o Guia 
Alimentar para crianças menores de 2 anos de 
2019, indica: na impossibilidade de aleitamento 
materno, utilizar fórmula infantil e a partir de 9 
meses de idade, utilização do leite de vaca. Para 
lactentes até 4 meses de idade, nas 
impossibilidades de aleitamento materno e de 
condição financeira para aquisição de fórmula 
infantil, uso do leite de vaca diluído; 
Malefícios do leite de vaca 
 De acordo com a Sociedade Brasileira de 
Pediatria, o leite de vaca não é um alimento 
recomendado para crianças menores de um ano. 
Este apresenta elevada quantidade de proteínas, 
inadequada relação entre a caseína e as 
proteínas do soro, elevados teores de sódio, de 
cloretos, de potássio e de fósforo, e quantidades 
insuficientes de carboidratos, de ácidos graxos 
essenciais, de vitaminas e de minerais para essa 
faixa etária. Além de não ser nutricionalmente 
adequado, o leite de vaca é um alimento muito 
alergênico para crianças, e seu consumo tem 
sido associado ao desenvolvimento de atopia 
(tendência hereditária a desenvolver 
manifestações alérgicas); 
 O consumo de leite de vaca em idades precoces 
e durante a infância aumenta o risco de as 
crianças desenvolverem anemia; 
 A introdução precoce de leite de vaca causa 
impacto negativo nos estoques de ferro das 
crianças por causa da baixa quantidade e da 
biodisponibilidade do ferro presentes nesse 
alimento, além de provocar microenterorragias 
devido à imaturidade do trato gastrintestinal, 
provocando perdas sanguíneas; 
 O leite de vaca contém alto teor de ácidos 
graxos saturados e baixo em monoinsaturados; 
alto conteúdo de proteína, sódio, cálcio e fósforo 
e baixo em lactose. Apresenta relação proteínas 
do soro:caseína muito menor do que a do leite 
humano, 19:81 versus 65:35, comprometendo a 
digestibilidade e absorção de nutrientes. Baixos 
níveis de vitaminas A e C; 
 Por causa da diferença no conteúdo de 
nutrientes, o lactente alimentado com LV tem 
que lidar com maior carga de soluto renal. 
Embora não haja evidência para sugerir sequela 
clínica adversa associada com o aumento da 
carga de soluto renal em lactentes saudáveis, o 
consumo de LV diminuiria a margem de 
segurança em situações (vômitos, diarreia, alta 
temperatura do ambiente) que podem levar à 
desidratação, uma vez que o LV não fornece 
água livre. Além disso, alto consumo de proteína 
pode causar hipercalciúria; 
 O leite de vaca possuir baixa biodisponibilidade de 
ferro, sendo de 19% versus 50% do LH; ser rico 
em cálcio, 190mg/100kcal versus 44mg/100kcal 
do LH, que é um dos fatores inibidores da 
absorção do ferro; 
 Em outro estudo, o consumo do LV também foi 
associado à alta prevalência de depleção de 
ferro (baixos valores de ferritina) e não à anemia 
por deficiência de ferro; 
 Entender a introdução alimentar 
 O Ministério da Saúde, no Brasil, recomenda que 
as crianças sejam amamentadas de forma 
exclusiva até o sexto mês de vida, e que a 
introdução dos alimentos complementares seja 
feita a partir dessa idade, mantendo o leite 
materno até os dois anos de idade, ou mais; 
 De acordo com última pesquisa nacional sobre 
aleitamento materno no Brasil, 41% das crianças 
menores de seis meses residentes nas capitais 
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do país e no Distrito Federalestavam em 
aleitamento materno exclusivo, e 58,7% das 
crianças de nove a 12 meses eram 
amamentadas; 
 Evidenciou-se o consumo precoce de alimentos 
e outros líquidos, além do leite materno, antes 
de as crianças terem completado seis meses de 
vida em todas as capitais do país; 
 Aproximadamente 50% das crianças brasileiras 
residentes nas capitais recebiam outro leite que 
não o materno na idade quatro a seis meses. O 
leite artificial foi o alimento consumido em maior 
frequência nas capitais das regiões Nordeste e 
Sudeste, mas, no entanto, o tipo de leite 
ofertado não foi especificado; 
 Segundo o pediatra, o ideal é oferecer ao bebê 
uma alimentação variada e rica em nutrientes, 
tanto macro (proteínas, carboidratos e gorduras) 
quanto micro (ferro, zinco e vitaminas). Para 
tanto, é precisounir representantes dos quatro 
grupos alimentares principais: hortaliças e frutas, 
carnes e ovos, cereais e tubérculos e grãos. “A 
composição de todos esses grupos é que vai 
permitir que a criança tenha energia, proteínas, 
sais minerais e as vitaminas necessárias para um 
crescimento adequado”, explica o dr. Rubens. Ele 
também alerta que até o oitavo mês é preciso 
introduzir alimentos como ovos, peixes e glúten 
para criar tolerância e evitar possíveis alergias; 
 Esquema alimentar: 
 Até o 6º mês: aleitamento materno 
exclusivo; 
 6º mês: aleitamento materno + papa de 
frutas (inicialmente 1x/dia e depois 2x/dia); 
 6º ao 7º mês: aleitamento materno + papa/ 
suco de frutas (2x/dia) + uma papa 
salgada/dia (final da manhã); 
 7º ao 8º mês: aleitamento materno + papa/ 
suco de frutas (2x/dia) + duas papas 
salgadas/dia (uma no final da manhã e outra 
no final da tarde); 
 9º ao 11º mês: manter o esquema anterior, 
tornando a alimentação complementar mais 
próxima dos hábitos da família; 
 Os primeiros alimentos a serem introduzidos 
são as frutas, na forma de papas ou sucos. 
Nenhuma fruta é contraindicada, a menos 
que a criança desenvolva algum tipo de 
alergia; 
 Não se deve oferecer um volume de suco 
de frutas maior que 240 ml/dia para que a 
ingestão de alimentos mais calóricos não 
seja prejudicada; 
 As dietas do desmame devem ser 
constituídas de um alimento básico e um ou 
mais alimentos do grupo complementar; 
 São considerados alimentos básicos os 
tubérculos e os cereais, sendo os demais 
grupos de alimentos; 
 Dez passos para uma alimentação saudável para 
crianças menores de 2 anos, de acordo com o 
Ministério da Saúde: 
 PASSO 1 – Dar somente leite materno até 
os 6 meses, sem oferecer água, chás ou 
quaisquer outros alimentos; 
 PASSO 2 – A partir dos 6 meses, oferecer, 
de forma lenta e gradual, outros alimentos, 
mantendo o leite materno até os 2 anos de 
idade ou mais; 
 PASSO 3 – A partir dos 6 meses, dar 
alimentos complementares (cereais, 
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e 
legumes) no mínimo três vezes ao dia; 
 PASSO 4 – A alimentação complementar 
deve ser oferecida de acordo com os 
horários de refeição da família, em intervalos 
regulares e de forma a respeitar o apetite 
da criança; 
 PASSO 5 – A alimentação complementar 
deve ser espessa desde o início e oferecida 
de colher; começar com consistência 
pastosa (papas /purês) e, gradativamente, 
aumentar a sua consistência até chegar à 
alimentação da família; 
 PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes 
alimentos ao dia. Uma alimentação variada é 
uma alimentação colorida; 
 PASSO 7 – Estimular o consumo diário de 
frutas, verduras e legumes nas refeições; 
 PASSO 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, 
frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e 
outras guloseimas nos primeiros anos de 
vida. Usar sal com moderação; 
 PASSO 9 – Cuidar da higiene no preparo e 
manuseio dos alimentos; garantir 
armazenamento e conservação adequados; 
 PASSO 10 – Estimular a criança doente e 
convalescente a se alimentar, oferecendo 
sua alimentação habitual e seus alimentos 
preferidos, respeitando a sua aceitação; 
 Não há restrições à introdução 
concomitante de alimentos diferentes, mas a 
refeição deve conter pelo menos um 
alimento de cada um dos seguintes grupos: 
o Cereais ou tubérculos; 
o Leguminosas; 
o Carne (vaca, ave, suína, peixe ou 
vísceras, em especial o fígado) ou ovo; 
o Hortaliças (verduras e legumes); 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
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 Alimentos industrializados (ex.: refrigerantes, 
chás, alimentos embutidos e congelados), 
aqueles que oferecem risco de 
broncoaspiração (ex.: pipoca, amendoim, 
milho cozido), os mais implicados no 
desenvolvimento de alergias (ex.: frutos do 
mar) e mel (pela presença de esporos de 
Clostridium. botulinum) devem ser evitados 
no primeiro ano; 
 O ovo cozido pode ser introduzido após o 
sexto mês; 
 É necessário lembrar que a introdução da 
alimentação complementar deve ser gradual 
(com todos os nutrientes), sob a forma de 
papas (alimentação de transição), oferecida 
com a colher. A colher deverá ter o tamanho 
adequado ao diâmetro da boca do lactente 
e ser preferencialmente de plástico ou de 
metal forrado com Teflon ou emborrachado 
para evitar o contato metálico direto com a 
língua; 
 A composição da dieta deve ser equilibrada 
e variada, fornecendo todos os tipos de 
nutrientes, desde a primeira papa. A oferta 
excessiva de carboidratos (especialmente os 
simples) e de lipídeos predispõe a doenças 
crônicas como obesidade e diabetes tipo 2.; 
 É importante oferecer água potável a partir 
da introdução da alimentação complementar 
porque os alimentos dados ao lactente 
apresentam maior quantidade de proteínas 
por grama e maior quantidade de sais, o que 
causa sobrecarga de solutos para os rins, 
que deve ser compensada pela maior oferta 
de água. De acordo com a DRI, dos 0 a 6 
meses a quantidade de água recomendada 
deve ser de 700mL e dos 7 a 12 meses de 
800 mL (incluindo leite materno, fórmula e 
alimentação complementar); 
 A recomendação pela OMS a respeito do 
período ideal de aleitamento materno exclusivo 
é de seis meses à livre demanda, uma vez que 
o leite materno de mães bem nutridas e 
saudáveis é capaz de satisfazer as necessidades 
nutricionais do bebê durante esse período inicial, 
isentando a necessidade da oferta de outros 
alimentos e bebidas. Ainda, a OMS orienta que 
qualquer outro alimento ou bebida ofertado 
nesse período é considerado como alimento 
complementar, ainda que seja leite de origem 
animal (OMS, 2004). O desmame precoce, 
termo esse incentivado pela OMS a ser 
substituído pelo termo "alimentação 
complementar" pode ocorrer por falta de 
informação ou desconhecimento da mãe. Muitas 
vezes as informações são repassadas de 
geração para geração, dentro das famílias, 
perpetuando hábitos nocivos, como se fossem 
saudáveis (Oliveira et al., 2005; OMS, 2004). 
Algumas mães e profissionais de saúde 
consideram o leite materno “fraco, seco ou 
insuficiente”. Também, o retorno das mães ao 
mercado de trabalho, oferta de bicos ou 
chupetas às crianças, atendimento puerperal 
efetuado no serviço privado, primiparidade, 
intercorrências/ dificuldades da amamentação e 
desinteresse materno pela continuidade da 
prática do aleitamento exclusivo são 
evidenciados como motivos para o desmame 
precoce (Salustiano et al, 2012; Azeredo et al; 
2008). Os principais motivos que levam à 
complementação alimentar precoce (antes dos 
seis primeiros meses) são relacionados a fatores 
econômicos e culturais, associados à baixa idade 
materna, uso de fórmula infantil e fumo materno 
(Fewtrell et al., 2007). É comum a introdução 
alimentar precoce de inúmeros tipos de 
alimentos, variando desde água e chá, sendo 
esses os alimentos ofertados em maior 
proporção, até a oferta de frutas, leite não 
materno, açúcar, mel, espessantes, 
achocolatados, iogurtes, 11 cereais e tubérculos, 
carne bovina, frango ou peixe, ovos, hortaliça e 
feijão. Alimentos ultraprocessados também são 
introduzidos precocemente na dieta dos bebês, 
pois alguns são culturalmente associados à 
infância, como achocolatados, farinhas e 
derivados lácteos (Simon et al., 2009); 
 Apesar do reconhecimento a respeito da 
importância do aleitamento materno exclusivo 
até os seis meses vários estudos mostram que 
o momento e a quantidade de alimentos 
introduzidos durante a infância também tem sido 
considerados como aspectos relevante na 
atenção à saúde da criança, produzindo 
consequências que podem se perpetuar por 
toda a vida, como aumento do risco de 
desenvolver obesidade precocemente e 
comorbidades a elas associadas (Arenz e Kries, 
2009). Também, risco aumentado de 
pneumonia, diarreia, carências nutricionais, 
diabetes, alergias problemas renais (Contarato et 
al., 2016; Simon et al., 2009; Tarini et al., 2006; 
Oliveira et al., 2005; Vieiraet al., 2004); 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Conhecer o calendário vacinal infantil da PNI, sua importância e efeitos adversos da vacinação 
Calendário vacinal infantil da PNI 
 
Idade Vacina Dose Doenças evitadas 
 
Ao 
nascer 
Vacina BCG Dose única Formas graves da tuberculose (miliar e 
meníngea) 
Vacina hepatite B (recombinante) Dose ao nascer Hepatite B 
 
 
 
2 meses 
Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, 
hepatite B (recombinante) e Haemophilus 
influenzae b (conjugada) - (Penta) 
 
1ª dose 
Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e 
infecções causadas pelo Haemophilus 
influenzae b 
Vacina poliomielite 1,2 e 3 (inativada) - VIP 1ª dose Poliomielite 
Vacina pneumocócia 10 –valente 
(conjugada) – (Pneumo 10) 
1ª dose Infecções invasivas (como meningite e 
pneumonia) e otite média aguda, causadas 
pelos 10 sorotipos de Streptococus 
pneumoniae 
Vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) 
– (VRH) 
1ª dose Diarreia por rota virus (Gastroenterites) 
3 meses Vacina meningocócica C (conjugada) – 
(Meningo C) 
1ª dose Doença invasiva causada pela NEisseria 
meningitidis do sorogrupo C 
 
 
 
 
4 meses 
Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, 
hepatite B (recombinante) e Haemophilus 
influenzae b (conjugada) - (Penta) 
2ª dose Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e 
infecções causadas pelo Haemophilus 
influenzae b 
Vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) 2ª dose Poliomielite 
Vacina pneumocócica 10-valente 
(Conjugada) - (Pneumo 10) 
2ª dose Infecções invasivas (como meningite e 
pneumonia) e otite média aguda, causadas 
pelos 10 sorotipos de Streptococus 
pneumoniae 
Vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) 
- (VRH) 
2ª dose Diarreia por rota virus (Gastroenterites) 
5 meses Vacina meningocócica C (conjugada) - 
(Meningo C) 
2 ª dose Doença invasiva causada pela NEisseria 
meningitidis do sorogrupo C 
6 meses Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, 
hepatite B (recombinante) e Haemophilus 
influenzae b (conjugada) - (Penta) 
3ª dose Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e 
infecções causadas pelo Haemophilus 
influenzae b 
Vacina poliomielite 1,2 e 3 (inativada) - VIP 3ª dose Poliomielite 
Vacina influenza 1 ou 2 doses (anual) Infecções pelo vírus influenza 
9 meses Vacina febre amarela (atenuada) – (FA) Dose única Febre amarela 
 
 
 
12 meses 
Vacina pneumocócica 10-valente 
(Conjugada) - (Pneumo 10) 
 
Reforço 
Infecções invasivas (como meningite e 
pneumonia) e otite média aguda, causadas 
pelos 10 sorotipos de Streptococus 
pneumoniae 
Vacina meningocócica C (conjugada) - 
(Meningo C) 
Reforço Doença invasiva causada pela NEisseria 
meningitidis do sorogrupo C 
Vacina sarampo, caxumba, rubéola (Tríplice 
viral) 
1ª dose Sarampo, caxumba e rubéola 
15 meses Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis 
(DTP) 
1º reforço Difteria, tétano e coqueluche 
Vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) -(VOPb) 1º reforço Poliomielite 
Vacina adsorvida hepatite A4 (inativada) 1ª dose Hepatite A 
Vacina sarampo, caxumba, rubéola e 
varicela (Atenuada) - (Tetra viral) 
1ª dose Sarampo, caxumba, rubéola e varicela 
Anna Déborah Martins – FITS - 3º Período - Medicina 
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4 anos Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis 
(DTP) 
2º reforço Difteria, tétano e coqueluche 
4 anos Vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) -(VOPb) 2º reforço Poliomielite 
Vacina varicela (monovalente) - (Varicela) 1ª dose Varicela 
5 anos Vacina pneumocócica 23-valente -
(Pneumo 23) 
1ª dose Para a proteção contra infecções invasivas 
pelo pneumococo na população indígena 
 
Importância da vacinação 
 O Programa Nacional de Imunizações tem avançado ano a ano para proporcionar melhor qualidade de vida à 
população com a prevenção de doenças. Tal como ocorre nos países desenvolvidos, o Calendário Nacional de 
Vacinação do Brasil contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos 
indígenas. Ao todo, são disponibilizadas na rotina de imunização 19 vacinas, cuja proteção inicia nos recém-nascidos, 
podendo se estender por toda a vida; 
 As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis. 
Quando adotada como estratégia de saúde pública, elas são consideradas um dos melhores investimentos em 
saúde, considerando o custo-benefício; 
 O Programa Nacional de Imunizações do Brasil é um dos maiores do mundo, ofertando 45 diferentes 
imunobiológicos para toda a população. Há vacinas destinadas a todas as faixas etárias e campanhas anuais para 
atualização da caderneta de vacinação; 
 Ao longo do tempo, a atuação do PNI alcançou consideráveis avanços ao consolidar a estratégia de vacinação 
nacional. As metas mais recentes contemplam a eliminação do sarampo e do tétano neonatal. A essas, se soma 
o controle de outras doenças imunopreveníveis como Difteria, Coqueluche e Tétano acidental, Hepatite B, 
Meningites, Febre Amarela, formas graves da Tuberculose, Rubéola e Caxumba em alguns Estados, bem como, 
a manutenção da erradicação da Poliomielite; 
 O PNI adquire, distribui e normatiza também o uso dos imunobiológicos especiais, indicados para situações e grupos 
populacionais específicos que serão atendidos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). 
É também de responsabilidade desta coordenação a implantação do Sistema de Informação e a consolidação 
dos dados de cobertura vacinal em todo o país; 
 Destacamos que o objetivo principal do Programa é de oferecer todas as vacinas com qualidade a todas as 
crianças que nascem anualmente em nosso país, tentando alcançar coberturas vacinais de 100% de forma 
homogênea em todos os municípios e em todos os bairros; 
 O PNI é, hoje, parte integrante do Programa da Organização Mundial da Saúde, com o apoio técnico, operacional 
e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o 
Desenvolvimento (PNUD); 
 A vacinação sensibiliza o sistema imunológico do organismo, fazendo com que ele crie defesas, anticorpos 
especiais contra uma série de doenças que quando ocorrem, podem acarretar a morte ou deixar graves sequelas 
na pessoa acometida; 
 A importância da vacinação não está somente na proteção individual, mas porque ela evita a propagação em 
massa de doenças que podem levar à morte ou a sequelas graves, comprometendo a qualidade de vida e saúde 
das pessoas vitimizadas; 
Efeitos adversos da vacinação 
 Bcg: um nódulo avermelhado poderá surgir e poderá se tornar uma ferida, que logo será coberta por uma 
casquinha seca e se tornará uma cicatriz. Se isso acontecer é um bom sinal: a vacina fez efeito. Caso não ocorra, 
procure o pediatra e seu filho passará por um teste que apontará se o pequeno deverá ou não tomar outra 
dose. Febre e mal-estar são sintomas comuns neste caso. Lavar a região, normalmente, com água e sabão 
neutro até cicatrizar são indicações comuns nesse caso; 
 Hepatite B: A primeira dose da vacina contra a doença é aplicada, também, no primeiro dia de vida do bebê. O 
local escolhido para a aplicação, geralmente, é a coxa. Normalmente não há reação alérgica, somente 3% dos 
pequenos podem apresentar febre baixa, e ele poderá ficar mais irritado e sensível neste período. Não medique 
seu pequeno com antitérmicos antes de consultar o médico, que prescreverá a dose correta com base no peso 
do seu filho; 
 Tríplice DPT: Assim chamada pela obrigatoriedade das doses quando o pequeno completar 2, 4 e 6 meses, a 
reação mais comum da vacina aplicada para evitar o aparecimento de difteria, tétano e coqueluche é o 
aparecimento de febre de intensidade variável no primeiro dia após a aplicação, que é feita no bumbum do bebê. 
A febre pode perdurar até o segundo dia e, se for muito alta, antitérmicos podem ser prescritos, além da 
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recomendação de banhos mornos para atenuar a temperatura corpórea do pequeno. As nádegas do seu filho 
também poderão ficar dolorosas, avermelhadas, inchadas e até mesmo endurecidas. Pequenas compressas de 
água quente podem aliviar o desconforto e a dor; 
 Hib.: A vacina é aplicada em crianças com idade entre 6 e 12 meses: são 2 injeções com intervalo de 1 ou 2 
meses seguidos de um reforço 1 ano após a segunda dose. Poucos bebês apresentam reação febril após a 
aplicação da Haemophilus influenzae b, utilizada para proteger contra a meningite tipo B. Normalmente, a aplicação 
é feita junto com a Tríplice DPT, também nas nádegas do pequeno. Entretanto, se o seu filho ficar febril, converse 
com seu médico sobre a utilização de antitérmicos; 
 Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): A dose única da vacina é dada quando o pequeno completa um ano 
de idade. A reação febril pode aparecer no intervalo de cinco a doze dias após a aplicação e pode variar de 
mínima a alta. Geralmente, os bebês também apresentam manchas vermelhas na região onde foi aplicada ou pelo 
corpo inteiro, que logo desaparecerão. Especialistas prescrevem o uso de antitérmicos para controlar a 
temperatura, caso haja febre alta; 
 Influenza: A vacina que imuniza contra os vírus da gripe (H1N1, H3N2 e B) deverá ser aplicada em crianças com a 
faixa etária de 6 meses a 5 anos de idade e não causam reações por serem produzidas com o vírus morto, o 
que justifica a impossibilidade da criança desenvolver gripe após a aplicação, apenas uma vermelhidão no local de 
aplicação; 
 De forma geral: 
 Reações locais: dor, vermelhidão, endurecimento, calor ou arroxeamento no local de aplicação da vacina. O 
uso de compressas de gelo no local, no dia da aplicação é, normalmente, suficiente. Essas reações podem 
ter duração de alguns dias, isso ocorrendo não há com o que se preocupar; 
 Em caso de dor intensa, o uso de analgésico, se autorizado por seu médico, é recomendado; 
 A reação local à BCG, com bolhas e ferida com saída de secreção, não deve ser tratada em hipótese 
nenhuma. Costuma surgir até 1 mês após a aplicação da vacina e desaparece espontaneamente; 
 Febre: Não é rara e pode acontecer depois da dose de diversas vacinas. Em princípio, o antitérmico não 
deve ser utilizado. Se a febre persistir e for muito alta, é muito importante consultar o pediatra, visto que o 
antitérmico pode atrapalhar o efeito da vacina; 
 Choro ou irritação leve: podem ocorrer principalmente quando aplicada à vacina tríplice. Ocorre no máximo 
no dia da vacinação. Não há o que fazer. Quadro de manchas vermelhas na pele: pode ocorrer 10 dias após 
a aplicação da vacina contra o sarampo ou tríplice viral. De maneira nenhuma significa a presença da doença, 
é de curta duração e não merece tratamento nem qualquer cuidado especial; 
 Convulsões ou choques alérgicos: são muito raros, nesses casos, ajuda médica deve ser procurada. É 
importante sempre informar sobre alergias já conhecidas na hora em que você vai se vacinar; 
 
 
 
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Referências 
 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_2ed.pdf 
 https://www.scielo.br/j/jped/a/HqD3xjrzd5FSNWJ9Dk4Zd8Q/?lang=pt#:~:text=A%20introdu%C3%A7%C3%A3
o%20precoce%20de%20leite,trato%20gastrintestinal%2C%20provocando%20perdas%20sangu%C3%ADneas. 
 http://www.sban.org.br/uploads/DocumentosTecnicos20200318045413.pdf 
 
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https://www.scielo.br/j/jped/a/HqD3xjrzd5FSNWJ9Dk4Zd8Q/?lang=pt#:~:text=A%20introdu%C3%A7%C3%A3o%20precoce%20de%20leite,trato%20gastrintestinal%2C%20provocando%20perdas%20sangu%C3%ADneas
https://www.scielo.br/j/jped/a/HqD3xjrzd5FSNWJ9Dk4Zd8Q/?lang=pt#:~:text=A%20introdu%C3%A7%C3%A3o%20precoce%20de%20leite,trato%20gastrintestinal%2C%20provocando%20perdas%20sangu%C3%ADneas
http://www.sban.org.br/uploads/DocumentosTecnicos20200318045413.pdf

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