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Esclerose Múltipla Sistema Nervoso ● Composto por neurônios e células da Glia ● Neurônio: unidade sinalizadora ● Morfologia adaptada para transmissão e processamento de sinais ● Células da Glia: são responsáveis por proteger e nutrir o neurônio Esclerose Múltipla ● É a principal doença inflamatória desmielinizante crônica ● Pessoas predispostos geneticamente expostos a fatores externos desenvolvem autoimunidade ● A resposta imune acarreta um processo inflamatório, levando a uma lesão da mielina, oligodendrócitos (células responsáveis pela formação da bainha de mielina) e axônios em graus variáveis ● O tratamento visa a melhora sintomática e a prevenção dos efeitos deletérios da inflamação crônica sobre o SNC ● Mais frequente em mulheres ● Faixa etária de adultos 20 - 40 anos. Em média o diagnóstico ocorre aos 30 anos ● A EM tem potencial de ser uma doença incapacitante e sua ocorrência pode gerar prejuízos sociais, emocionais e econômicos ● Os tratamentos modificadores da doença têm papel crucial ● Sintomas iniciais: ○ Formigamento, dormência, dor, ardor e coceira nos braços, pernas, tronco ou face e, algumas vezes, uma menor sensibilidade ao toque. ○ Perda de força ou destreza em uma perna ou mão, que pode se tornar rígida. ○ Problemas com a visão. Fatores de Risco ● Tabagismo ● Infecção pelo EBV - Mononucleose (anti-EBNA 1 elevado) ● Deficiência de vitamina D ● Obesidade ● Ingestão elevada de sal Fatores de Proteção ● Uso de tabaco oral ● Infecção pelo CMV (herpesvirus) ● Exposição aos raios UV ● Cafeína Fisiopatologia ● Associação de fatores genéticos e ambientais gera a doença por mecanismos de perda da tolerância imunológica e autorreatividade ● Ocorre a formação de células autorreativas após apresentação de antígenos próprios pelos macrófdagos, linfócitos B, entre outros, e a liberação de citocinas pró-inflamatórias ● Ocorre a ativação de linfócitos T, fazendo um feedback positivo na liberação de citocinas e ativação da micróglia Formas Clínicas Síndrome Clínica Isolada (CIS) ● Os sintomas são extremamente parecidos com os do surto de EM ● Pode ser o primeiro sintoma da EM ● Inflamação e desmielinização no SNC ● Pode não desenvolver uma EM ● Forma ativa x Forma inativa EM recorrente-remitente (EM-RR) ● Mais comum ● Ocorre nos surtos ● Forma ativa x Forma inativa Formas Progressivas ● Mais grave ● EM secundariamente progressiva (EM-SP) ○ O processo de dano continua, mas há menos inflamação, e mais um declínio lento no funcionamento dos nervos ● EM primariamente progressiva (EM-PP) ○ Piora gradual da função neurológica, sem recaída ou remissão ○ Subdivididas conforme critérios de atividade e de progressão sustentada Síndrome Clínica Isolada - CIS ● Primeiro episódio sugestivo de um quadro inflamatório desmielinizante ● A sintomatologia inicial pode ser qualquer uma das observadas na EM, mas o pacientes frequentemente apresentam neurite óptica, lesões no tronco cerebral ou na medula espinhal ● Nesta fase é essencial considerar outras doenças desmielinizantes Forma Ativa ● Clínica: Recidivas (pode retornar após tratado), episódios agudos ou subagudos de uma nova disfunção, seguidos de uma recuperação total ou parcial, na ausência de febre ou infecção ● Ressonância Magnética: Mostra se a lesão é aguda. Gadolíneo (contraste) positivo nas imagens T1 e T2 ● CIS ativa torna-se esclerose múltipla recorrente remitente (EM-RR) Forma Inativa ● Ausência de atividade ● Se não for possível de avaliar, a atividade é considerada indeterminada EM recorrente-remitente (EM-RR) ● A mais comum ● Caracterizado por episódios de exacerbação da doença (surtos) e períodos de relativa estabilidade clínica Forma Ativa ● Recidivas clínicas e/ou atividade na ressonância magnética definida por lesões com realce gadolíneo, lesões novas ou aumentadas EM secundariamente progressiva (EM-SP) ● Após alguns anos da doença, pacientes com EM-RR evoluíram para a forma ES-SP, caracterizada por piora lenta e progressiva da incapacidade neurológica sem presença de um número grande de surtos ● O aumento da incapacidade é acompanhada de uma atrofia cerebral, vista na RM, sem necessariamente ter um aumento significativo de lesões desmielinizantes ● Sugerindo que a incapacidade se correlaciona com uma perda neuronal acima da compensação obtida pela plasticidade cerebral EM primariamente progressiva (EM-PP) ● Mais raro ● Caracterizada pela progressão da EM sem a presença evidente de surtos ● A presença de bandas oligoclonais somente no LCR e no índice de IgG são importantes para dar suporte ao diagnóstico Quadro Clínico Neurite Óptica ● Unilateral com perda parcial da acuidade visual ● Dor ocular ● Boa resposta ao corticóide Mielite Aguda ● Incompleta ● Predomínio de sintomas sensitivos Síndrome de tronco encefálico e cerebelar ● Oftalmoplegia internuclear uni ou bilateral (alteração nos movimentos oculares) ● Diplopia ● Vertigem, instabilidade postural Transtorno motor ● Paraparesia ou monoparesia ● Hiperreflexia Dor ● Músculo esquelético ● Neuropática Espasticidade Declínio cognitivo ● Atenção ● Velocidade de processamento ● Percepção visuoespacial Fadiga Disfagia Transtorno esfincteriano e sexual ● Incontinência urinária ● Constipação ● Disfunção erétil, diminuição da libido e anorgasma Fenómenos Paroxísticos ● Neuralgia do trigêmio ● Fenômeno de Lhermitte ● Espasmos musculares Quadro Clínico não usual para o diagnóstico Diagnóstico por Imagem ➔ Quando a RM em T1 a lesão aparece escura e na T2/flair a lesão é clara na imagem Diagnóstico Diferencial Tratamento ● Tratamento de episódios agudos ● Surto ● Objetivos do controle medicamentoso ● Prevenção de surtos e progressão da doença ● Medicamentos modificadores da doença
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