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UNIVERSIDADE DAS ROSAS (NOME FICTICIO) BACHARELADO EM ENFERMAGEM RAFAELA ROSA DE SOUSA O ATENDIMENTO DO HOME CARE COMO UMA FERRAMENTA ALTERNATIVA E SEGURA NO COMBATE À PANDEMIA DACOVID-19 TERESINA-PI 2021 RAFAELA ROSA DE SOUSA O ATENDIMENTO DO HOME CARE COMO UMA FERRAMENTA ALTERNATIVA E SEGURA NO COMBATE À PANDEMIA DACOVID-19 Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de projeto de Trabalho do Curso de Enfermagem da Universidade das Rosas como requisito de aprovação. Orientador (a): Nome do Orientador (a) TERESINA-PI 2021 RESUMO O ATENDIMENTO DO HOME CARE COMO UMA FERRAMENTA ALTERNATIVA E SEGURA NO COMBATE À PANDEMIA DACOVID-19 INTRODUÇÃO: O atendimento do Home Care é hoje internacionalmente uma importante ferramenta dentro do sistema de saúde, por ser capaz de tratar pacientes de diferentes complexidades em seu ambiente doméstico com segurança durante a pandemia da COVID- 19. OBJETIVO: Analisar na literatura se o atendimento do Home Care é uma ferramenta eficaz no combate a pandemia da covid-19. METODOLOGIA: Revisão integrativa de literatura realizada no período de março a junho de 2021, nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), consultada por meio do PubMed; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), consultados pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciELO (Scientific Eletronic Library Online) BDENF (Biblioteca Virtual em Salud Enfermaria/ Enfermagem). Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola: Home Care; Assistência domiciliar; Pandemia; Covid-19. Selecionando artigos que atenda a expectativa do tema em questão. EXPECTATIVA: Espera-se que através da literatura possa-se verificar a eficácia do atendimento do home care durante a pandemia da covid-19, bem como, contribuir para a evolução de novos estudos que colaborem para uma melhor percepção do atendimento em home care. Palavras- Chave: Home Care; Assistência domiciliar; Pandemia; Covid-19. SUMÁRIO RESUMO 1 INTRODUÇÃO 5 1.1 OBJETO DO ESTUDO 6 1.2 OBJETIVOS 6 1.2.1OBJETIVO GERAL 6 1.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 6 1.3 JUSTIFICATIVA 7 1.4 RELEVÂNCIA 8 2 REFERENCIAL TEORICO 9 2.1 CONCEITO E HISTÓRICO DO HOME CARE 9 2.2 HOME CARE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 11 2.3 DESEMPENHO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO ATENDIMENTO DO HOME CARE DURANTE A PANDEMIA 12 2.4 ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENERMAGEM E FISIOTERAPIA NO SERVIÇO DE HOME CARE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19Erro! Indicador não definido. 3 MÉTODOLOGIA 12 4 ORÇAMENTO 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17 APÊNDICES E ANEXOS 19 1 CRONOGRAMA Erro! Indicador não definido. 5 1 INTRODUÇÃO Com o surto da covid-19 e a superlotação das instituições hospitalares, o atendimento do Home Care (HC) que antes já era bastante solicitado pela sociedade, passa a ser visto como uma ferramenta a mais para o enfrentamento da pandemia, visando reduzir o fluxo dos hospitais, aumentando assim a capacidade dos leitos. O atendimento do HC também conhecido como Assistência Domiciliar à Saúde (ADS) é o cuidado que o paciente recebe da equipe Multiprofissional em domicílio (GASPAR, et al., 2020; COREN-DF, 2019). Essa modalidade, hoje uma obrigação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde suplementar, que visa permitir a desospitalização precoce dos pacientes, além de desenvolver ações de promoção da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação e paliação em domicílio tendo como principais usuários pacientes com doenças crônicas (PROCÓPIO, et al., 2019; SAVASSI, et al., 2020). A pandemia causada pelo vírus da covid-19, Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) identificado na cidade de Wuhan (província de Hubei, China) se espalhou rapidamente pelo resto do mundo. Atingindo o Brasil em dezembro de 2019 e em 30 de janeiro de 2020 foi declarada pela Organização Municipal de Saúde (OMS) uma emergência de saúde pública global, colocando o mundo inteiro em alerta e em março de 2020 uma pandemia, com mais de 118 mil casos registrados e 4.000 óbitos no mundo (CAETANO, et al., 2020; ANTUNES. J, 2020). Segundo REIS, et al., (2020) a OMS estima-se que aproximadamente 75-80% dos pacientes com COVID-19 são casos leves, e aproximadamente 15-20% dos casos necessitam de atendimento hospitalar, por apresentarem dificuldade respiratória e destes, em torno de 5% podem requerer internação e necessitar de suporte ventilatório invasivo. Por sua vez, pacientes que apresentam comorbidades como diabetes, câncer, doenças cardiovasculares, respiratórias e imunossupressoras apresentam maior risco de internação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Nesse contexto a conduta para o atendimento home Care, pode ser parte da solução da resposta do sistema de saúde, não só pelo aumento da capacidade de internamento domiciliar de doentes contaminados, mas também, cumprindo todas as recomendações de segurança. A equipe de saúde da hospitalização domiciliária assume aqui um papel-chave na educação e promoção a saúde (AZEVEDO, P. C, 2020). De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com o Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de https://www.neadsaude.org.br/2020/10/04/censo-destaca-a-importancia-do-home-care/ 6 Atenção Domiciliar (NEAD), o setor de home care cresceu 22,8% no Brasil em 2019 e esse número deve ser ainda maior em 2020 e 2021. GASPAR, et al., (2020) relatam que o atendimento do home care tem se mostrado capaz de tratar pacientes de diferentes complexidades em seu ambiente doméstico com segurança durante a pandemia de COVID-19. Diante da expetativa da OMS de que apenas 5% dos casos apresentem quadros graves e precisem de hospitalização, nos leva a pensar que em casa é possível cuidar da maioria dos casos da covid-19. O interesse pelo objeto de estudo deve-se ao crescimento do atendimento em home care durante a pandemia da covid-19, bem como, a sua importância dentro do sistema de saúde para oferecer uma assistência continuada ao cliente. Essa modalidade que antes já era visto com bons olhos pela sociedade, ganha ainda mais ênfase, melhor dizendo destaque, por oferecer um cuidado individualizado e mais seguro no conforto do lar, contribuindo para redução das ocupações hospitalares por ser uma prestação de serviço mais acessível economicamente e mais cômoda aos pacientes e familiares. Dessa forma, questionou-se se esse atendimento pode ser considerado como uma ferramenta alternativa e segura no combate da pandemia da covid-19? 1.1 OBJETO DO ESTUDO O atendimento do home care como uma ferramenta alternativa e segura no combate à pandemia da Covid-19. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1OBJETIVO GERAL Analisar na literatura se o atendimento do Home Care é uma ferramenta eficaz e segura no combate à pandemia da covid-19. 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar na literatura as principais evidências sobre o atendimento do home Care durante a pandemia da covid-19; Verificar através da literatura a eficácia do atendimento do home care durante o período de pandemia; Descrever a importância da equipe multiprofissional, bem como, a atuação dos profissionais de enfermagem e fisioterapia no atendimento em home care durante a pandemia da covid-19. https://www.neadsaude.org.br/2020/10/04/censo-destaca-a-importancia-do-home-care/ 7 1.3 JUSTIFICATIVA A população está vivendo um momento difícil, onde se isolar dos familiares, das pessoas e do mundo, tem sido uma medida de precaução para minimizar a proliferação descontroladado vírus da covid-19. Acredita-se que oferecer uma assistência de qualidade e segura para o paciente nunca foi tão desafiador, o quanto está sendo durante a pandemia da covid-19. No entanto o sistema de saúde que antes era considerado carente, hoje está em estado de calamidade devido o surto da covid-19, deixando os profissionais da área da saúde exaustos, abalados e sobrecarregados por causa do excesso de trabalho e do medo constante desse vírus que parece não ter controle. As instituições hospitalares existentes no Brasil e no mundo, se tornam pequenas e consideradas ineficaz diante da demanda. Ainda convém lembrar-se das inúmeras pessoas que estão na fila por uma vaga nas Unidades de Terapias Intensivas (UTI) ao mesmo tempo em que um número exorbitante de casos evolui para óbito. Portanto, o interesse pelo tema surgiu após a situação a qual vivenciamos no momento e a curiosidade de saber como estar sendo realizado o atendimento do Home Care durante a pandemia da covid-19 e se esse atendimento pode ser considerado como uma ferramenta alternativa e segura no combate à pandemia da covid-19? Além de buscar descrever a importância da atuação dos profissionais de enfermagem e fisioterapia como parte integrante da equipe multiprofissional no atendimento em home care durante a pandemia. 8 1.4 RELEVÂNCIA O atendimento do home care busca oferecer uma melhor assistência ao paciente durante o período da pandemia, com intuito de contribuir para minimização do fluxo nas instituições hospitalares, aumentar a disponibilização de leitos para admissão de pacientes com quadros mais graves, além de reduzir o risco das Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS), por ser uma modalidade ofertada em domicilio. De acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizado entre novembro de 2019 e março de 2020, mais 100 mil profissionais atendem cerca de 292 mil pacientes em home Care no Brasil atualmente. O que nos leva a pensar que se não existisse o atendimento do home care, seriam necessário mais 292 mil leitos a mais nas instituições hospitalares. Sendo assim, pode-se dizer e considerar que o atendimento de home care é de extrema efetividade para o sistema de saúde que se encontra em estado de calamidade. Em meio à reestruturação global devido à pandemia do severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 – SARS-CoV-2 (COVID-19) que tem ocasionado grandes impactos psico-social, econômicos, culturais e políticos diante da sociedade. No qual o atendimento do Home Care tem sido considerado uma importante alternativa de tratamento por se mostrar capaz de tratar pacientes de diferentes complexidades em casa com segurança antes e durante a pandemia de COVID-19. Exigindo dos profissionais da área da saúde, um nível maior de conhecimentos, no qual se faz necessário à elaboração de um plano de cuidados individualizados e que oriente a equipe de enfermagem, fisioterapia e demais profissionais que compõe a equipe multiprofissional no atendimento às necessidades de saúde do cliente em sua residência, visando à sua recuperação e/ou estabilização da situação de saúde. A referida pesquisa torna-se relevante, pois possibilitará pautas discursivas não somente as publicações de estudos entre as pesquisas da assistência prestada, mas também aos cuidados prestados, assim como as dificuldades que eles enfrentam. Portando a contribuição também se estende a comunidade cientifica e poderá ser utilizado como subsidio ao futuro planejamento do atendimento ao Home Care durante a pandemia SARS-CoV-2 (COVID-19). 9 2 REFERENCIAL TEORICO 2.1 CONCEITO E HISTÓRICO DO HOME CARE A palavra home Care vem da língua inglesa com definição “cuidar em casa”, também conhecida como assistência domiciliar à saúde (ADS). Diante das várias terminologias existentes temos também as nomenclaturas: atendimento em casa, atendimento no lar, assistência em casa, assistência em domicilio, internação domiciliar, cuidado domiciliar, cuidado continuado, atenção domiciliar entre outros (BARBOSA, 2018). O conceito do Home Care objetiva-se pela promoção do cuidado continuado e individualizado no lar, oferecendo conforto e comodidade ao paciente em processo de reabilitação ou até mesmo no fim da vida nos cuidados paliativos oferecendo qualidade de vida através da prevenção e alivio do sofrimento aos pacientes e familiares (BARBOSA, 2017; INCA, 2018). De acordo com Fogaça (2021), home Care está juntamente vinculada a Assistência Domiciliar à Saúde – ADS e estes cuidados em saúde já estavam descritas no Egito Antigo e na Grécia. Estudos relatam que esse atendimento já era realizado por médico chamado Imhotep, responsável pelo atendimento do faraó na terceira dinastia do Egito Antigo (século XIII a.C.), também fazia atendimentos no domicílio e em seu consultório. Asklépios, atendia nas residências dos pacientes e oferecia medicamentos e materiais especiais para a cura. Em 1813, através de uma atitude generosa realizada no Estado da Carolina do sul, nos Estados Unidos da América (EUA) onde um grupo de senhoras da Sociedade Beneficente de Charleston passaram a visitar os doentes das famílias pobres em domicilio. No entendo, só em 1976 foi realizada a primeira referência de forma organizada da ADS foi o Dispensário de Boston, hoje denominado New England Medical Center. Liderado por Lílian Wald, foi criado em 1850 o programa que mais tarde denominou-se Public Health Nurse, o seja, Enfermeira da Saúde Pública (REDE DE SAÚDE, 2021). Foi em 1947 que a atenção domiciliar surgiu como extensão do hospital, estendendo- se para a Europa e América do Norte. No Brasil, o início foi com os médicos de família, que na época atendiam clientes de classe social alta de maneira que tivessem uma assistência humanizada e de qualidade. No entanto, com o passar dos anos esse cuidado foi modificado e em 1965 tinha como objetivo beneficiar os pacientes. Surgindo assim, no Brasil e no Estado de São Paulo (SP) em 1967, tendo como objetivo reduzir o número de leitos do Hospital Servidor Público Estadual (HSPE) e oferecer tratamento extra-hospitalar para pessoas com doenças crônicas (FOGAÇA, 2021; SILVA; SAMPAIO, 2021). 10 Barbosa (2018) ressalta que a amplificação do Home Care iniciou no HSPE-SP em 1968, atual Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) sendo revelado no setor materno-infantil, e só em 1990 esse serviço começou a crescer, além da equipe médica e de enfermagem, abrangendo outros profissionais da área da saúde. Sendo assim, vale ressaltar que em 1986 foi fundada no Brasil a primeira agência de home care, chamada “Geriátricas home Care” situada na cidade do Rio de Janeiro, onde seus atendimentos eram exclusividade para o Plano de Saúde Amil. Logo em seguida com aprovação da Lei 8.080, em 19 de setembro de 1990, que tem como objetivo tratar das condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde da população, bem como instituições e funcionamento de serviços em saúde, dando outras providências e regulamentando a assistência domiciliar no Brasil (BARBOSA, 2017). Em 1994, foi criada a Fundação de home Care pela Volkswagem no Brasil e em 1995 fui fundada a Associação das Empresas de Medicina Domiciliar (ABEMID) e com um ano depois (1996) o Núcleo de assistência Domiciliar Interdisciplinar (NADI) do Hospital das Clínicas de São Paulo, ganhando ainda mais destaque em 1998 com a realização do I Simpósio Brasileiro de Assistência Domiciliar – SIBRAD (BARBOSA, 2017). Diante da sua magnitude e importância o atendimento de home care, foi regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da regulamentação n° 11 em 26 de janeiro de 2006 (ANEXO A), a qual estabelece regras para o funcionamento de serviços de saúde que prestam atenção domiciliar. Fogaça (2021) enfatizaque para a ANVISA, a assistência domiciliar (AD) é um conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas desenvolvidas no domicílio e que, quando aplicadas, atuam na prevenção de um agravo à saúde, na sua manutenção por meio de ações que fortaleçam os fatores benéficos ao indivíduo e na recuperação do indivíduo já acometido por uma doença ou sequela, Segundo o Ministério da Saúde do Brasil o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) é composto por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, dentistas, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. De acordo com a Portaria nº 825 de 25 de Abril de 2016, o número mínimo de grupos multiprofissionais de apoio (EMAP) é de três profissionais de ensino superior (ANEXO B). 11 2.2 HOME CARE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 O atendimento do Home care cresceu exponencialmente nas últimas décadas. Atualmente, estima-se que cerca de 1 milhão de pacientes iniciam o tratamento domiciliar anualmente no Brasil, incluindo os setores público e privado. Que diante do atual cenário o qual o Brasil e mundo se encontram tem se demostrado uma ferramenta de grande valia, contribuindo na redução da demanda por leitos hospitalares e da sobrecarga do setor hospitalar, o que se torna ainda mais importante no contexto da epidemia COVID-19 (GASPAR, et al., 2020). A doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, tem se alastrado rapidamente pelo mundo tendo como principais vitimas pessoas com a idade avançada e a presença de morbidades está associada ao aumento da mortalidade na pandemia causada pelo novo coronavírus. A alta prevalência dessa combinação, associada a ambientes físicos que fornecem barreiras inadequadas para o controle de infecção, coloca os pacientes de asilos em grande risco, e estudos têm mostrado que, uma vez que ocorre o primeiro caso nessas instituições, a capacidade da infecção se espalhar para outros pacientes é bastante alta (ALBUQUERQUE; SILVA; ARAUJO, 2020). De acordo com Santos (2020), a indicação de cuidados em domicílio depende da estabilidade clínica do paciente, que orienta qual ponto da rede de atenção à saúde (RAS) prestará assistência mais adequada. A Atenção Domiciliar (AD) está integrada à RAS e apresenta importante papel na recuperação ou manutenção da saúde do paciente, além de estar associada à melhoria no seu convívio social e familiar e da sua qualidade de vida. Diante do atual cenário de pandemia gerado pelo novo coronavírus os profissionais da área da saúde na AD tiveram que se reorganizar para continuar realizando o seu atendimento. Sendo assim, AD se apresenta como opção especialmente eficaz para três dos objetivos estratégicos do SUS na resposta à pandemia: A) para interromper a transmissão de humano para humano, ao manter pessoas em casa; B) identificar, isolar e cuidar dos pacientes infectados precocemente, inclusive fornecendo atendimento diferenciado; C) disponibilização de leitos hospitalares via desospitalização ágil de pacientes estabilizados, tanto COVID-19 quanto não COVID-19, com a continuidade deste cuidado no domicílio. É possível realizar alta responsável, avaliando a condição clínica do paciente e possibilidade de continuidade de cuidado por equipe multidisciplinar (SAVASSI, et al., 2020). 12 2.3 DESEMPENHO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO ATENDIMENTO DO HOME CARE DURANTE A PANDEMIA Diante da importância do atendimento em home care tem dentro do sistema de saúde, e mais atualmente dentro do contexto pandêmico, se fez necessário à elaboração de orientações para o manejo de pacientes com covid-19, bem como, guias de segurança para profissionais atuantes na atenção primária à saúde durante a pandemia de covid-19, para os profissionais da saúde, com intuito de promover uma assistência segura e eficiente para ambos, tanto para o profissional de saúde com para cliente (DE CHECCHI. et al., 2020). A Assistência Domiciliar é caracterizada como um aglomerado de ações hospitalares que permitem a realização dessas práticas em ambiente Domiciliar (Id on LINE, revista multidisciplinar e de psicologia). Está modalidade é nominada também como home Care, composta por uma equipe multiprofissional que auxilia para o estado de promoção, continuidade da Reabilitação a saúde. Ela corresponde como privada ou pública e acarreta benefícios, ao realizar a sessão individualizada, não há a necessidade de locomoção do paciente (BENASSI. et al., 2021). Englobando um conjunto de componentes que inicia no hospital ou clínica e estende- se ao domicílio do paciente, família, cuidador, e equipe multiprofissional, onde cada local ou indivíduo desempenha uma função vital para que aconteça a assistência domiciliar de forma adequada e eficaz (COREN, 2019). A equipe multiprofissional é indispensável quando se fala em uma conduta pra oferecer o cuidado ao paciente, no entanto no atendimento em home care esse profissional é importante que seja composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, entre outros. A avaliação e classificação do paciente são possíveis decidir o nível de complexidade mais adequado e designar os profissionais que devem atendê-lo e que possua uma relação interpessoal para melhor tratamento do cliente, sendo, também, comprometidos com a ética, almejando sempre o bem- estar do paciente (Rocha & Giotto, 2020; COREN, 2019). 2.4 ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENERMAGEM E FISIOTERAPIA NO SERVIÇO DE HOME CARE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 A atuação dos profissionais de enfermagem e fisioterapia no atendimento home Care durante a pandemia e de grande relevância para complementar a equipe multiprofissional, pois ambos possuem especialidade na qual se necessária ao atendimento do cliente. A equipe 13 de enfermagem atua quando o paciente precisa de rápido atendimento (intercorrência), como punção venosa, saturação do oxigênio abaixo do normal e não consegue estabilizar, pressão arterial abaixo do normal, precisando, então, de uma hidratação intravenosa com soro, ira atuar na gestão de medicamentos, cabe ao profissional preparar, verificar e administrar os remédios, tendo sempre atualizado os conhecimentos na área medicamentosa, notificando sempre reações adversas, bem como a monitoração destes, minimizando, assim, os seus efeitos colaterais, o controle da dor e a ansiedade do paciente (In Atencion Primaria March, 2021). Além de atuar do na gestão/gerência do cuidado, na assistência, na educação em saúde a usuários, família e cuidadores, na educação permanente e na produção de conhecimento ao adotar, aplicar e transformar o conhecimento produto da ciência da enfermagem, contribuindo para o surgimento de novos objetos. Este profissional tem papel imprescindível na modalidade de cuidado expresso pela coordenação do plano de cuidados no domicílio, no vínculo que estabelece com os usuários e familiares, na efetivação da articulação entre a família e a equipe multiprofissional, na capacitação do cuidador familiar, na supervisão do técnico de enfermagem e, ainda, na identificação de demandas para outros profissionais (ANDRADE, 2019). A fisioterapia, também atua desde os cuidados hospitalares, como nas sequelas, com a reabilitação cardiopulmonar e musculoesquelética dos pacientes acometidos pela doença, bem como, no atendimento home care especializados em casa que fortalecem e restauram os movimentos de ossos, músculos e articulações, fortalecimento respiratório, reabilitação do paciente, os fisioterapeutas estabelecem objetivos razoáveis com o paciente e a família e monitorizam o progresso nesses objetivos, ajudam o paciente a recuperar a força e a funcionalidade. O profissional de fisioterapia pode recomendar o melhor equipamento para cada paciente e ensinar o pacientea usar o equipamento para manter ou aumentar a função e para obter independência (Guia Médico magill, edição Online, 2019.) 14 3 MÉTODOLOGIA 3.1 TIPO DE ESTUDO A escolha do referido estudo será uma revisão de literatura, visto que é um tipo de pesquisa que possibilita a analise cientifica em um processo de comunicação amplo e está análise só é possível através dos resultados obtidos entre várias pesquisas integrativas. Desta forma, respeitando o método a ser estudado, facilitará na prática, que a pesquisa seja desenvolvida de forma clara, objetiva e precisa (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2019). 3.2 DESENHO DO ESTUDO O desenho do estudo baseará em seis etapas distintas: elaboração do problema de pesquisa, seleção da amostra a partir dos descritores adequados à temática, coleta de informações, avaliação dos elementos relacionados ao tema, análise e interpretação dos resultados coletados e divulgação dos dados. De acordo com Karino e Felli (2012), uma problemática da pesquisa pode ser constituída seguindo estratégias especificas e a estratégia de “População/Problema, Interesse Contexto” (PICo), é uma delas. Este tipo de estratégia é fundamentado a partir da segmentação da pergunta da pesquisa, norteando o pesquisador na seleção de palavras e obter definições condizentes ao questionamento inicial, permitindo assim as melhores informações cientificas do referido tema proposto. Sendo assim atingiu-se a seguinte estrutura: P - Principais estudos; I - Home Care; Co - Pandemia. 3.3 COLETA DE DADOS Para a seleção da coleta de dados, serão utilizadas as seguintes bases de dados virtuais: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Base de Dados Bibliográficas Especializada na Área de Enfermagem (BDENF), por meio de busca avançada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e na PubMed. A coleta ocorrerá nos meses de agosto e setembro de 2021 em período vespertino. 3.4 QUADRO SINOPTICO DA BUSCA NA BASE DE DADOS O inicio de busca utilizada foi realizada por descritores que pertençam ao DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), assim como nomenclaturas análogas disponibilizadas no Medical Subject Headings (MeSH) sendo elas: (Home Care) OR (Assistência Domiciliar) OR (Enfermagem Domiciliar) AND (fisioterapia) OR (Modalidades de Fisioterapia) OR 15 (Fisioterapeutas) AND (COVID-19) OR (SARS-CoV-2) utilizados em português, inglês e espanhol, de acordo com a base de dados, com os termos combinados por meio dos operadores booleanos OR e AND como descrito anteriormente. Na seleção das bases de dados, serão verificados minunciosamente os critérios de inclusão, onde será observado, identificados e inclusos: artigos primários; artigos na língua portuguesa, inglês e espanhol, de acesso gratuito, que atendessem ao tema proposto e que apresentassem ao recorte temporal dos últimos 5 anos “2016-2021”, por ser fundamental a exploração de evidencias cientificas mais recentes para concretizar uma melhor construção do algoritmo. Nesta mesma observação serão excluídos resumos, editoriais, opiniões/comentários, artigos incompletos, duplicatas de estudos, trabalhos de conclusão de curso, dissertação e teses. 16 5 ORÇAMENTO Nesta seção é apresentada uma planilha de despesas com a realização da pesquisa e qual (is) as fontes de financiamento. ITEM DESCRIMINAÇÃO QUAT VALOR (R$) 1 Internet 2 100,00 2 Transporte (Gasolina) 2 50,00 3 Passe de ônibus 2 50,00 4 Caderno 2 15,00 5 Canetas 4 6,00 6 Impressão e encadernação 4 50,00 VALOR TOTAL 271,00 Tabela 1. Representação das dispesas com projeto. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, Lidiane Pereira de; SILVA, Raniella Borges da; ARAUJO, Regina Maria Sousa de. COVID-19: ORIGIN, PATHOGENESIS, TRANSMISSION, CLINICAL ASPECTS AND CURRENT THERAPEUTIC STRATEGIES. 2020. Revista Prevenção em Infecção e Saúde (REPIS). Disponível em: DOI: https://doi.org/10.26694/repis.v6i0.10432. Acesso em: 03 jun. 2021 ANDRADE, Angélica Mônica et al. Prática da enfermeira na atenção domiciliar: o cuidado mediado pela reflexividade. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, p. 956-963, 2019. ANTUNES, Bianca Brandão de Paula et al. Progressão dos casos confirmados de COVID-19 após implantação de medidas de controle. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 32, n. 2, p. 213-223, 2020. AZEVEDO, Pedro Correia. A Hospitalização Domiciliária na Pandemia COVID-19. Gazeta Médica, 2020. BARBOSA, Elizangela. Profissionais da saúde & home care. Thieme Revinter Publicações LTDA, 2017. CAETANO, Rosângela et al. Desafios e oportunidades para telessaúde em tempos da pandemia pela COVID-19: uma reflexão sobre os espaços e iniciativas no contexto brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00088920, 2020. Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (CREN-DF). MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE HOME CARE E COOPERATIVAS PRESTADORES DE SERVIÇOS NA ATENÇÃO DOMICILIAR DO DISTRITO FEDERAL. Gestão 2018/2020, COREN-DF, BRASÍLIA, Cap. II, pag. 5/30, 2019. CUIDADOS PALIATIVOS. No site de INSTITUTO DE CÂNCER/ MINISTÉRIO DA SAÚDE (INCA), 2018. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tratamento/cuidados- paliativos. Acesso em: 29 mar. 2021. DOS REIS, Luciene Maria et al. Atuação da enfermagem no cenário da pandemia COVID- 19. Nursing (São Paulo), v. 23, n. 269, p. 4765-4772, 2020. GASPAR, Heloisa Amaral et al. Home Care as a safe alternative during the COVID-19 crisis. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 66, n. 11, p. 1482-1486, 2020. GASPAR, Heloisa Amaral; OLIVEIRA, Cláudio Flauzino de; JACOBER, Fabiana Camolesi. Home care como alternativa segura no cuidado pós-agudo e crônico durante crise por COVID-19. Einstein (São Paulo), v. 18, 2020. KARINO, Marcia; FELLI, Vanda. Evidence-based nursing: advances and innovations in systematic Lilacs. p. 11-15, 2012. MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GALVAO, Cristina Maria. USO DE GERENCIADOR DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NA SELEÇÃO DOS ESTUDOS PRIMÁRIOS EM REVISÃO INTEGRATIVA. Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, Ribeirão Preto, SP, Brasil. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 28, e20170204, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2017-0204. Acesso em: 17 abr. 2021. https://doi.org/10.26694/repis.v6i0.10432 https://www.inca.gov.br/tratamento/cuidados-paliativos https://www.inca.gov.br/tratamento/cuidados-paliativos https://doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2017-0204 18 PROCÓPIO, Laiane Claudia Rodrigues et al. A Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde: desafios e potencialidades. Saúde em debate, v. 43, p. 592-604, 2019. Saúde & Suporte HOME CARE. Levantamento mostra que setor de home care cresceu mais de 20% no Brasil e atendimento em domicílio voltou a ser tendência devido à pandemia. 2019. Disponível em: https://saudeesuporte.com.br/aumenta-procura-por-servicos-de-atencao- domiciliar-em-alagoas/. Acesso em: 29 mar. 2021. SAVASSI, Leonardo Cançado Monteiro et al. Recomendações para a Atenção Domiciliar em período de pandemia por COVID-19: Recomendações conjuntas do GT Atenção Domiciliar SBMFC e da ABRASAD. Rev. bras. med. fam. comunidade, p. 2611-2611, 2020. https://saudeesuporte.com.br/aumenta-procura-por-servicos-de-atencao-domiciliar-em-alagoas/ https://saudeesuporte.com.br/aumenta-procura-por-servicos-de-atencao-domiciliar-em-alagoas/ 19 APÊNDICES E ANEXOS 20 1 CRONOGRAMA Nesta seção indica-se o tempo necessário para o desenvolvimento de cadauma das etapas da pesquisa DESCRIÇÃO DAS ETAPAS M A R A B R M A I J U N J U L A G O S E T O U T N O V D E Z 2021 Escolha do tema X Levantamento bibliográfico X X X X Elaboração do projeto X X X X Apresentação do projeto de TCC X Explanação do resultado e discussão do TCC X X X Finalização do projeto de TCC X X
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