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3 Os estudos da linguística estão divididos em fonética, fonologia, sintaxe, semântica, pragmática e estilística. A fonética, faz o estudo dos diferentes sons empregados em linguagem; a fonologia, o estudo dos padrões dos sons básicos de uma língua; a morfologia, o estudo da estrutura interna das palavras; a sintaxe, o estudo de como a linguagem combina palavras para formar frases gramaticais; a semântica, podendo ser, por exemplo, formal ou lexical, o estudo dos sentidos das frases e das palavras que a integram; a estilística, o estudo do estilo na linguagem; pragmática, o estudo de como as oralizações são usadas (literalmente, figurativamente ou de quaisquer outras maneiras) nos atos comunicativos. Além dessas ainda há três áreas relacionadas: lexicologia, terminologia e filologia. A saber: a lexicologia, faz o estudo do conjunto das palavras de um idioma, ramo de estudo que contribui para a lexicografia, área de atuação dedicada à elaboração de dicionários, enciclopédias e outras obras que descrevem o uso ou o sentido do léxico; a terminologia, estudo que se dedicada ao conhecimento e análise dos léxicos especializados das ciências e das técnicas e pôr fim a filologia que é o estudo dos textos e das linguagens antigas. Para o filósofo italiano Giorgio Agamben (2005) existe uma diferença entre a gramatica e uma língua. Na visão desse autor a linguagem dos animais, por exemplo, é algo que se repete indefinidamente o que não ocorre para os seres humanos, pois esta não apenas se repete, mas, simultaneamente, repete e varia. Para Agamben (2005, p. 68) “deve-se observar o milenar processo de reflexão sobre a linguagem que levou ao nascimento da gramática e da lógica e à construção da língua”. É importante observamos que o ser humano, ainda na sua fase de criança, passa pelo processo que se assemelha com a linguagem dos animais na questão da emissão de sons repetitivos para sua comunicação. Ferdinand de Saussure (2006), pai da linguística moderna, anotaria que todo o sentido captado na linguagem humana seria um sentido diacrítico, isto é, que só se revela na diferença entre os significantes: A língua, para Saussure é um sistema de signos em que um signo se define pelos demais signos do conjunto. Por isso, ele desenvolveu o conceito de valor, isto é, o sentido de uma unidade, que é definida por suas relações com outras da mesma natureza. Em “comer”, o radical só tem o seu valor linguístico em relação ao demais radicais da língua portuguesa, como o beb – de beber, o viv – de viver etc. (PIETROFORTE, 2011, P.83). A língua, nesse sentido, em sendo um dos atributos da linguagem, e mesmo a ela pertencendo, de certo modo a supera na medida em que, ao caracterizar o que é mais próprio do humano, confere a esse homem um valor de superioridade em relação aos demais animais, desde
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