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E3 - Análise de águas residuais II e III DBO DQO ex2

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Universidade Federal do Espírito Santo – Campus Goiabeiras 
Graduação em Engenharia Ambiental 
Laboratório de análises físico-química 
 
 
 
 
Experimento 3 - Análises de águas residuais II e III 
Matéria Orgânica, DBO e DQO 
 
 
 
 
 
 
 
Izabel Perin Ribeiro 
Raquel da Cruz Sarcinelli dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória, 8 de maio de 2018 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) determina a quantidade de 
oxigênio que é consumida pela oxidação bioquímica da matéria orgânica 
carbonácea em uma amostra. E a Demanda Química de Oxigênio (DQO) é 
quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica por meio 
de um agente químico. 
A DBO é fundamental para o controle da poluição de aguas por matéria 
orgânica e a DQO é um parâmetro indispensável nos estudos de caracterização 
de esgotos sanitários e de efluentes industriais. 
Porém, a DBO acusa apenas a fração biodegradável de compostos 
orgânicos. Portanto, a DQO é muito útil quando utilizada conjuntamente com a 
DBO, para observar o nível e a maior facilidade ou dificuldade de 
biodegradabilidade e tratabilidade dos despejos. 
2. OBJETIVOS 
 
Determinar o valor da DBO, DQO e as relações DQO/DBO e DBO/DQO 
em 5 amostras. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
3.1. Matéria orgânica e DBO 
 
Após utilizar o princípio do Método de Winkler para a determinação da 
concentração de oxigênio dissolvido, foram obtidos os seguintes volumes de 
tiossulfato gasto para as amostras (Tabela 1). 
 
 
 
 
Tabela 1 – Volume de tiossulfato gasto para as 5 amostras no dia 0 e no dia 5. 
Fonte: Do autor. 
Utilizando os dados obtidos na tabela 1, foi calculado o valor de oxigênio 
dissolvido (OD) para as amostras (Tabela 2). 
Tabela 2 – Quantidade de oxigênio dissolvido no dia 0 e no dia 5. 
Fonte: Do autor. 
 
Utilizando os dados obtidos na Tabela 1 e 2, obteve-se o valor da DBO205 
para as amostras (Tabela 3). 
Tabela 3 – Valor da DBO5 para as 5 amostras. 
Amostra DBO205 (mg/L) 
Esgoto bruto 80 
Saída do UASB Não detectado 
Lagoa AT 100 
Efluente Final 10 
Lodo Mixotrófico 2000 
Fonte: Do autor. 
De acordo com a resolução CONAMA 430/2011, das condições e padrões 
de lançamento de efluentes (DBO5): a remoção mínima de DBO é de 60%. A 
taxa de remoção entre Esgoto Bruto e a Saída do UASB não foi possível de ser 
detectada, pois é muito elevada, próxima de 100%. Por outro lado, a taxa de 
remoção entre a Saída do UASB e a Lagoa AT, apesar de não ser possível 
detectar, infere-se, de acordo com a tabela 3, que houve um aumento na DBO 
e, consequentemente da taxa, devido à elevada presença de microrganismos na 
Lagoa; entre a Lagoa AT e o Efluente Final a taxa de remoção foi de 90%, o que 
Amostra Vtiossulfato em 0 dias 
(mL) 
Vtiossulfato em 5 dias 
(mL) 
Esgoto bruto 3,7 2,9 
Saída do UASB 3,2 3,8 
Lagoa AT 3,5 3,0 
Efluente Final 3,5 3,5 
Lodo Mixotrófico 2,9 0,9 
Amostra OD em 0 dias (mg/L) OD em 5 dias (mg/L) 
Esgoto bruto 7,4 5,8 
Saída do UASB 6,4 7,6 
Lagoa AT 7,0 6,0 
Efluente Final 7,0 6,9 
Lodo Mixotrófico 5,8 1,8 
está dentro do estabelecido pela resolução. Por fim, entre o Efluente Final e o 
Lodo Mixotrófico, nota-se, pela tabela 3, um aumento na DBO, o que significa 
que não houve remoção na taxa e, sim, aumento dela devido à grande presença 
de matéria orgânica no Lodo. 
Ainda de acordo com a resolução 430/2011, das condições e padrões 
para efluentes de Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários (DBO5): o limite 
máximo é de 120 mg/L de DBO. De acordo com a tabela 3, verifica-se que 
apenas o Lodo Mixotrófico excedeu o limite máximo estabelecido pela resolução, 
devido à sua alta taxa de matéria orgânica (resto de animais e plantas, 
microrganismo, etc). 
3.2. Matéria orgânica e DQO 
 
Após realizar o procedimento dos padrões, das amostras e do branco, 
foram obtidos os valores para a leitura em espectrofotômetro em 600 nm (Tabela 
4 e Tabela 5). 
Tabela 4 – Valores obtidos para os padrões para a leitura em 
espectrofotômetro. 
DQO Abs. 600 nm 
0 0 
25 0,003 
50 0,020 
100 0,038 
200 0,086 
350 0,161 
500 0,211 
Fonte: Dados fornecidos pelo Professor Paulo. 
Tabela 5 – Valores obtidos para as amostras para a leitura em 
espectrofotômetro. 
Amostra Abs. 600 nm 
Esgoto bruto 0,028 
Saída do UASB 0,021 
Lagoa AT 0,045 
Efluente Final 0,001 
Lodo Mixotrófico 0,198 
Fonte: Dados fornecidos pelo professor Paulo. 
Utilizando os valores da Tabela 4 para a construção da curva padrão, a 
equação da reta obtida foi y=0,0004x-0,003. 
Substituindo o valor da absorvância 600 nm da Tabela 5 por y na equação 
da reta, foram obtidos os valores da DQO das amostras (Tabela 6). 
Tabela 6 – Valores de DQO obtidos para as amostras. 
Amostra DQO (mg/L) 
Esgoto bruto 96,8 
Saída do UASB 75 
Lagoa AT 150 
Efluente Final 12,5 
Lodo Mixotrófico 2261,25 
Fonte: Do autor. 
Em termos de valores absolutos, a regra geral é de que a DQO sempre 
seja maior que a DBO (DQO > DBO), já que a DBO diz respeito somente à 
oxidação biológica, enquanto a DQO determina a oxidação de tudo o que pode 
ser “queimado”, desde material orgânico até metais dissolvidos/combinados na 
água. 
Considerando a regra geral (DQO > DBO) e, fazendo um comparativo 
entre os valores da tabela 3 e 6, observa-se que todas as amostras, exceto a 
amostra de Saída do UASB que não foi detectado, estão de acordo com a regra 
geral. 
Não há nenhuma resolução que considere somente para os valores de 
DQO. 
 
3.3. Relação DBO/DQO e relação DQO/DBO 
 
Os resultados obtidos para as relações DBO/DQO e DQO/DBO foram 
apresentados na Tabela 7. 
Tabela 7 – Valores das relações DBO/DQO e DQO/DBO obtidos para as 
amostras. 
Amostra DBO/DQO DQO/DBO 
Esgoto bruto 0,82 1,21 
Saída do UASB Não detectado Não detectado 
Lagoa AT 0,66 1,5 
Efluente Final 0,8 1,25 
Lodo Mixotrófico 0,88 1,13 
Fonte: Do autor. 
Da relação DBO/DQO temos a seguinte classificação em relação à 
biodegradabilidade: 
Relação DBO/DQO Biodegradabilidade 
>0,6 Elevada 
entre 0,4 e 0,6 Mediana 
<0,3 Baixa ou alta recalcitrância 
 
Analisando a tabela 7 e a classificação acima acerca da 
biodegradabilidade, observa-se que todas as amostras, exceto a de Saída do 
UASB, têm característica de biodegradabilidade elevada. 
Da relação DQO/DBO temos a seguinte classificação em relação à 
tratabilidade: DQO/DBO ≤ 3: alta tratabilidade; DQO/DBO > 3: resistência 
elevada/alta recalcitrância. Analisando a tabela 7 e a classificação acima acerca 
da tratabilidade, observa-se que todas as amostras, exceto a de Saída do UASB, 
são de alta tratabilidade. 
4. CONCLUSÃO 
 
De acordo com a análise dos dados obtidos e da resolução CONAMA 
430/2011, obteve-se resultados satisfatórios em geral. Em relação à DBO520 
apenas o Lodo Mixotrófico excedeu o limite máximo de 120 mg/L, devido suas 
altas taxas de matéria orgânica, porém, de acordo com a resolução 430/2011 
esse limite pode ser ultrapassado caso a taxa de remoção mínima de DBO seja 
de 60% ou mediante estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove 
atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor. 
No que diz respeito à regra geral, DQO>DBO, os resultados 
permaneceram satisfatórios e a regra manteve-se em todas as amostras, exceto 
na Saída UASB que não houve detecção. Por fim, na caracterização das 
amostras em biodegradabilidade e tratabilidade, obteve-se que todas as 
amostras foram classificadas como de elevada biodegradabilidade e alta 
tratabilidade, exceto a de Saída UASB que não houve detecção. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
[1] BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional de Meio 
Ambiente, CONAMA. Resolução CONAMA n° 430/2011.

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