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Síndromes Miastênicas • DEFINIÇÃO São doenças caracterizadas por alterações na transmissão neuromuscular, levando frequentemente à fadiga e à fraqueza muscular (decorrente de um erro na junção neuromuscular). Paciente não possui queixa sensitiva. • PATOLOGIAS: todas essas doenças têm problema na transmissão do axônio terminal em direção a fibra muscular - Miastenia grave; - Síndrome miastênica de Eaton Lambert; - Miastenia congênita; - Miastenia neonatal; - Botulismo. Potencial de ação chega no axônio terminal → abertura dos canais de cálcio → liberação de ACh (para ser liberada vesículas tem que se ligar a agrupamento proteico no axônio terminal) → dispara potencial de ação muscular → tração de actina e miosina →resultando em contração Problemas que podem acontecem: PA chegar e ter falhas de canal de cálcio → Eaton Lambbert (tem anticorpos direcionados a esses canais), evolui com fraqueza Destruição de proteínas de ligação no axônio terminal → não liga vesículas a elas → não libera Ach→ ocorre no botulismo a destruição das proteínas. Botulismo e Eaton Lambert são doenças pré sinápticas Miastenia gravis: doena autoimune que destrói receptores musculares pós sinápticos Miopatia: falha em tração de actina e miosina • FISIOLOGIA DA TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR 1 - O neurônio motor possui seus terminais amielinizados, que quando despolarizam, induzem a entrada de Ca2+, que liberam as vesículas de Ach (membrana pré-sináptica). 2 - A ACh é liberada na fenda sináptica. 3 – A Ach liga-se as subunidades α dos receptores nicotínicos N2 na placa motora (membrana pós-sináptica), levando a abertura de canais de Na+ e Ca2+, gerando a despolarização da membrana muscular. 4 – A despolarização da membrana gera a abertura de canais de Ca2+ do retículo sarcoplasmático, levando a um acoplamento da actina com a miosina e consequente contração muscular. 5 - A acetilcolinesterase presente na fenda sináptica hidrolisa a Ach, tornando a contração muscular ainda mais rápida e evitando que ela permaneça de forma sustentada. Receptor nicotínico: - Possui cinco subunidades, sendo duas delas α, onde se ligam duas moléculas de Ach para que haja a contração muscular (se tem droga ocupando uma dessas subunidade .eu já consigo bloquear a ativação desse receptor). - Três estágios: – Fechado: repouso – Canal aberto: quando está ligado a Ach nas subunidades α → influxo de Na+ e Ca2+ – Refratário: intervalo quando o receptor não responde ao estímulo → necessário para que não ocorra contração tetânica do músculo, pois isso gera um relaxamento muscular obrigatório. ❖ MIASTENIA GRAVE o DEFINIÇÃO Doença autoimune causada por auto-anticorpos contra o receptor de acetilcolina na membrana pós-sináptica da junção neuromuscular (não gerando o PA na fibra), caracterizada por fraqueza e fadiga flutuante (o grau de fadiga varia durante o dia, geralmente tendo uma piora no final do dia; não é todo momento que tem fraquza → ajuda a a diferenciar de ELA, na qual ocorre a todo momento) dos músculos voluntários (musculatura ocular e da pálpebra são os mais afetados, apresentando estrabismo, diplopia, desvio do olhar conjugado e fraqueza da musculatura ocular extrínseca e alguns podem apresentar ptose). Pensa-se em miastenia todo o paciente que apresentar queixa de fraqueza muscular, mas o paciente pode ter essa fraqueza decorrente de alguma outra doença, como neuropatia, DNM e outros. Um achado importante que auxilia no diagnóstico de exclusão é que o paciente que tem miastenia, NÃO apresenta queixa sensitiva associada. Paciente com queixa de caibra, fraqueza muscular e fadiga, pensa-se em DNM, doença muscular, miopatia e doença da junção neuromuscular. Na miastenia clássica, o paciente apresenta ptose e fadiga muscular flutuante. o EPIDEMIOLOGIA Prevalência: 5-10 casos/100.000 habitantes. Incidência: - 20-40 anos: mais comum em mulheres do que em homens; - > 40 anos: mais comum em homens do que em mulheres. o FISIOPATOLOGIA Na miastenia grave o número de receptores da acetilcolina encontra-se reduzidos (isto ocorre a um ataque aos receptores da acetilcolina por anticorpos, produzidos pelo sistema imune do próprio indivíduo). Além da destruição dos receptores pelos auto-anticorpos, ocorre perda das vilosidades (aumenta a área de superfície da fibra), acentuando ainda mais o quadro de fraqueza muscular. Anticorpos para receptores pré sinapticos + perda da vilosidade musculares (a qual aumenta superfície de contato, facilitando transmissão do potencial), dificultando ainda mais o HIPERPLASIA TÍMICA E TIMOMA Há alguma evidência que a doença se inicia no timo. Mais de 80% dos pacientes com início precoce (< 40 anos) com anti-RAch positivo tem hiperplasia de timo. Timomas (tumor do timo) ocorrem em 10-15% dos pacientes. Maioria dos casos é benigno; Prolferação de cels, principalmente linfócitos no timo. Pode ser que tenha potencial maligno. Raio X de orax pode mostrar alargamento o mediastino + massas invadindo → precisa tratar miastenia e timoma. A timectomia auxilia na melhora do quadro clínico, diminuindo a produção de anticorpos. E os pacientes que tem miastenia generalizada, tem fraqueza nos braços e nas pernas, se beneficiam muito deste procedimento. O rastreio do timoma é feito pela tomografia do tórax, onde há um alongamento do timo. o QUADRO CLÍNICO Início insidioso de fraqueza flutuante nos músculos inervados pelos nervos motores do tronco cerebral: - Início do dia está normal, mas ao final do dia aparece dor, fadiga e fraqueza dos músculos afetados. - Fatigabilidade também é algo marcante para a miastenia. - Começa por músculos que tem pouco receptores de Ach, estando muito localizados em região ocular. Manifestações Oftalmoplegica são comuns em queixa inicial, como ptose, paralisia, diplopia → por fraqueza na musculatura ocular extrínseca. Raro paciente com miastenia apenas em braço e perna. Gera dúvidas Flutuação → em momentos indivíduos ta fraco, em outros não. Ex: acorda de manhã com musculatura boa (dormindo quase não usou musculo), ao decorrer do dia, com uso da musculara, começa a se enfraquecer → ao final do dia percebe ptose evidente, mais diplopia que no período da manhã. Isso ocorre pois, (sabemos que tem moléculas quantum de acetilcolina que estão prontas para agir, mas também tem bums secundários e terciários liberados a medida que for necessário.), nesses pacientes, não tem receptor suficiente para manter contração muscular, pessoa começa a apresentar fraqueza clínica. Fraqueza evidente durante atividade contínua: - Pede olhar para cima durante 3 minutos: paciente não consegue e a pálpebra vai caindo. - Pede para contar até 100: a voz vai perdendo a tonicidade. Recuperação rápida da força muscular com: - Repouso; - Administração de drogas anticolinesterásicas: boa resposta terapêutica a essa medicação. Associação com hiperplasia do timo e timoma. Ptose e fraqueza do sorriso são sinais precoces comuns. Ocular: ptose e diplopia. Bulbar: disartria, disfonia, disfagia e fraqueza mastigatória. Facial: fechamento incompleto da pálpebra e da boca. Membros: proximal > distal e MMSS > MMII. A fraqueza muscular proximal é um importante diagnostico diferencial de miopatia A fraqueza é mais grave na região proximal devido ao numero de receptores ser bem menor. - Quadro clínico Músculos axiais: fraqueza na flexão e extensão do pescoço. Estes são os pacientes com maior risco de ir para o CTI, pois tendem a evoluir com insuficiência respiratória. Músculos respiratórios: dispneia, tosse e insuficiência respiratória. o DISTRIBUIÇÃO DA FRAQUEZA - Ocular: 17% (miastenia ocular; prognostico bom) - Ocular e bulbar: 13% – Leve: 2% – Moderada/grave: 11% - Ocular e membros: 20% - Generalizadas: 50% – Leve: 2% – Moderada: 14% – Grave: 15% - Necessidade de ventilação: 11% - Óbito apesar ventilação: 8% o CRISE MIASTÊNICA É definida comoinsuficiência respiratória que necessita de suporte com ventilação mecânica. Peixe fora d’agua. Quer respirar mas não consegue, não tem força na musculatura para puxar É uma complicação potencialmente fatal que ocorre em cerca de 15-20% dos pacientes. A principal causa de exacerbação é infecção (40%). Acredita que a interleucita dificulta o acoplamento da Acth com receptor A retirada ou troca dos medicamentos colinesterásicos ou corticoides também são causas frequentes. Medicamentos frequentemente também podem levar a crise miastênica: bloqueadores neuromusculares, beta bloqueadores e BCC. • Tomar cuidado com paciente que chega na sala de emergência com insuficiência respiratória, ele chega cianótico. Primeiro você deve despir o tórax do paciente para observar a expansibilidade da caixa torácica para poder realizar o diagnostico diferencial de outras doenças pulmonares. O paciente com miastenia tem respiração mais curta, não conseguindo uma boa expansibilidade torácica. Verificar se o paciente rem ptose, pedir para levantar os braços e mantê-los suspensos por um período curto de tempo, além de realizar palpação e constatar que existe hipotonia; como ele tem fraqueza muscular, isso durará poucos segundos auxiliando no diagnóstico e na melhor conduta. A primeira tabela não deu Tratamento: sei que pessoa esta fraca, tem anticorpos direcionados a receptores. Plasmaférese → limpa anticorpos circulantes (mas também aumenta risco de infecção), é a forma mais rápida, pois ela é parecida com hemodiálise (mesma máquina, o que modifica é o filtro), sendo o tratamento de escolha Imunoglobulina → demora mais o DIAGNÓSTICO O teste de eletroneuromiografia e de estimulação repetitiva devem ser solicitados juntos. Caso o teste de estimulação repetitiva ser negativo, solicita-se o teste de eletromiografia de fibra única. Alguns achados desses exames não são exclusivos da miastenia, podendo ser encontrados na ELA também, por exemplo, por isso, devemos confiar na clínica. Teste de Simpson - Paciente tem ptose, pede para ele ficar olhando para cima. Quem tem fadiga muscular, ao final do teste, pálpebra está caindo, piora a ptose. Pode ser que própria musculatura ocular entre em fadiga, tendo dificuldade para mover os lhos TESTE DO GELO: -O diagnóstico da ptose palpebral por MG com o teste do gelo é rápido, barato, não-invasivo, seguro, e não apresenta efeitos colaterais. - Paciente chega com ptose e coloca um cubo de gelo na pálpebra dele, apresentando uma melhora na abertura ocular. - Estudos clínicos e laboratoriais observaram uma relação importante entre a temperatura e a MG → o frio melhora os sinais e sintomas desta doença e o calor ocasiona uma piora clínica. Teste do gelo – muito especificio para miastenia. Pessoa com ptose, coloca gelo no olho e pessoa consegue abrir. Cuidado com miopatia oculoparingea também tem ptose (sem fraqueza), mas não melhora com gelo. Gelo inibe acetilcolinesterase → acetil colina mais tempo na fenda, melhora. TESTE DO FECHAMENTO OCULAR FORÇADO: - Paciente chega com ptose e pede para ele fechar o olho com muita força e sustentar essa contração por cerca de 1 a 2 minutos. Como resultado, o paciente vai fadigar e ter uma piora dessa ptose. TESTE DO EDROFÔNIO: - É uma droga anticolinesterásica (parassimpaticomimética) aplicada na medicina para o diagnóstico de miastenia gravis. - As ações do edrofônio são similares às da neostigmina, mas é absorvido mais rapidamente e tem uma ação mais curta, de cerca de 10 minutos. - Em pacientes com miastenia gravis uma injeção intravenosa causa um rápido aumento da força muscular. https://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_da_acetilcolinesterase https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Parassimpaticomim%C3%A9tica&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Neostigmina - Deve ser feito num lugar em que tem o suporte necessário aos efeitos colaterais → caso ocorram → atropina. Droga anticolinesterásica. Ex: ptose e fraqueza de sorriso melhora após edrofônio TESTE DE ESTIMULAÇÃO REPETITIVA: - Faz o teste quando há suspeita, não é rotina. - 10 choques seguidos para avaliar a fatigabilidade: o primeiro tem contração exuberante, mas os seguidos vão reduzindo a vigorosidade da contração. - É positivo se houver decremento maior que 10% entre o primeiro e o quarto-quinto estímulo. - Padrão decremental positivo na miastenia graves, mas não é específico. - Tem que suspender a medicação por 8h antes de fazer o teste. Demosntra fisiologicamente, o que é visto clinicamento. Pessoa chega com ptose, pede para forçar olho, Simpson, piora. Neste, dá estimulo de choque, que ativa musculo, junção neuromuscular → a medida que potenciais de ação vão senso gerados, tem fadiga fisiológica. Costuma ter padrão de envelope, ao final do quinto começa a ter ligeira melhora da amplitude do potencial, sendo típico de miastenia → mas a amplitude nunca volta a ser igual a inicial Primeiro choque tem primeiro quantum, segundo e terceiro são mais lentos, o aumento se refere ao terceiro bum de ach. Em Ela também pode ocorrer ELETROMIOGRAFIA DE FIBRA ÚNICA: - Mais sensível e específico. - Os microeletrodos registram o potencial de ação das fibras musculares de uma unidade motora, disparando simultaneamente → propicia a “dissecção” da unidade motora em seus menores componentes, ou seja, duas ou mais fibras. - O estudo da densidade de fibras consiste na contagem de potenciais de fibra única nas inserções aleatórias em um músculo. - Ele tem alta especificidade para a identificação precoce do grupamento de fibras (type groupping), tanto em neuropatias quanto em miopatias, sem, no entanto, diferenciá-las. - Aumento da latência da fibra única > 10 ms. Eletromiografia é pra testar muscula com agulha Coloca agulha no músculo, tendo que isolar uma fibra muscular (dificuldade do exame). Em individuo normal, essa frequência de disparo é regular, sem variar muito a duração do PA. EM doentes, tem variabilidade muito grande da frequência e duração dos potenciais (chama de GIP) que vao surgindo, fala que tem GIP aumentado. Mais sensibel que o de repetição TESTES IMUNOLÓGICOS: - Dosagem de anti-RAch (anticorpo antireceptor de acetilcolina) → 20% podem não ter. Rotina - Dosagem de anticorpo contra o receptor da tirosina quinase específica do músculo (anti-MuSK) → quando paciente tem fraqueza generalizada + anticorpo antireceptor de acetilcolina negativo (mais resistentes ao tratamento) - Outros: dosagem de antititina e antirrianodia. Mais para fins de pesquisa. o TRATAMENTO - Anticolinesterásicos - Piridostigmina 60mg 6/6h inicialmente (nas formas mais brandas resolve). Pode ser utilizado sozinho na miastenia ocular. Deixa Ach mais tempo na junção - Timectomia: reduz a expressão quando presente a alteração, mas não suprime a doença (a maior parte dos tumores são benignos). Retira tumor que produz anticorpos. Se Realizado na miastenia generalizada. - Corticóides - 1mg/kg/dia Usado em conjunto com a piridostigmina quando o paciente ainda se apresente fraco. - Azatioprina - 2-3mg/kg/dia Utilizado quando o paciente responder ao tratamento com corticoide (poupador de corticoide). Corticoide + azatioprina → até estabuilzar para fazer cirurgia de timo. Se não responde, usa mais potentes - Micofenolato de mofetila - 1-3g/dia (casos refratários) - Ciclofosfamida (mais cara) - Tacrolimus/ciclosporina - Rituximabe (utilizada quando o paciente não respondeu ao tratamento nem com a ciclofosfamida) - Plasmaférese - 3-5 sessões por semana (crise miastênica → hospital sem plasmaférese: corticoide + imunoglobulina). - Imunoglobulina Venosa - 0,4kg/dia por 5 dias. Tratamento de escolha em pacientes com crise miastênica, porque vai retirar mais rapidamente os anticorpos do paciente. Se o hospital não tiver, usa-se a imunoglobulina (mas é mais lenta para retirar os anticorpos). E se não tiver este também faz uso de prednisolona (e demorará ainda mais pararetirar estes anticorpos). → Mais comum: anticolinesterásico + corticoide. ❖ MIASTENIA NEONATAL Deve ser considerada em todo RN cuja mãe seja portadora de miastenia grave (10-20%). Os sintomas se iniciam nas primeiras 12-48h de vida. Depois anticorpos da mãe são destruídos Manifestações: dificuldade na sucção, choro fraco, hipotonia generalizada, ptose e insuficiência respiratória. Diagnóstico: é baseado na história materna de miastenia. Tratamento: drogas anticolinesterásicas. ❖ SÍNDROME MIASTÊNICA DE EATON-LAMBERT o DEFINIÇÃO É uma síndrome miastênica adquirida, de localização pré-sináptica (ocorre falha na liberação de acetilcolina). Anticorpos para canais de Ca voltagem dependente, gerando fraqueza o EPIDEMIOLOGIA Doença rara com incidência: 0,48/1.000.000 habitantes. Picos de incidência: 35 anos (sem neoplasia) e 60 anos (com neoplasia). Principalmente câncer de pequenas células pulmonares o FISIOPATOLOGIA Presença de auto-anticorpos contra os canais de cálcio voltagem dependente pré-sinápticos. Pa chegou, não libera cálcio. o ETIOLOGIA 50% dos casos estão associados com câncer de pulmão, principalmente de pequenas células. Outras causas: câncer de próstata, linfoma de Hodgkin, carcinoide e timoma maligno. Pode estar associado com outras doenças autoimunes. o QUADRO CLÍNICO TRÍADE CLÁSSICA: FRAQUEZA MUSCULAR DE MMII + HIPO/ARREFLEXIA + DISFUNÇÃO AUTONÔMICA. Fraqueza proximal simétrica lentamente progressiva (MMII > MMSS) – ajuda a diferenciar de miastenia. Principalmente em musculatura proximal,a comete mais perna. Flutuação tende a ser pior no período da manhã, a medida que vai usando a musculatura, vai melhorando sua força Fadiga e cãibras são comuns. Disfunção autonômica: retenção urinaria ou fecal – auxilia no seu diagnóstico. Comum. Hipo/arreflexia. Envolvimento dos nervos cranianos é incomum. o DIAGNÓSTICO ELETRONEUROMIOGRAFIA TESTE DE ESTIMULAÇÃO REPETITIVA DE ALTA FREQUÊNCIA: desagradável → gera muita dor. Primeiro potencial muito baixo, e depois vai aumentando amplitude (inversa). Baixa frequência (3hz) na miastenia, aqui é feito em alta frequência (10hz), pois tem que fazer intervalos muito curtos entre disparos ELETROMIOGRAFIA DE FIBRA ÚNICA: mais comum → melhor tolerado. TESTE IMUNOLÓGICO: anticorpos anti-canal de cálcio voltagem dependente. Clinico + imunológico + neurofisiologico o TRATAMENTO Não responde ao tratamento como a miastenia grave. Tratar o tumor se houver. Quadro leve: Piridostigmina 30 mg 3x/dia. Quadro severo agudo: Imunoglobulina ou Plasmaférese + Prednisona e Azatioprina. Quadro severo crônico: Prednisona e Azatioprina. Não costuma responder muito bem a medicamento ❖ BOTULISMO • DEFINIÇÃO O botulismo é uma doença não contagiosa, resultante da ação de uma potente neurotoxina, produzida pelo Clostridium botulinum. Apresenta-se sob três formas: - Botulismo alimentar; - Botulismo por ferimentos; - Botulismo intestinal. Caracterizam-se clinicamente por manifestações neurológicas (3D: diplopia, disfagia e dispneia) e/ou gastrointestinais (vômitos e diarreia seguida de constipação). • FISIOPATOLOGIA Bloqueio da liberação de acetilcolina na fenda sináptica. Quebra do complexo proteico que participa da liberação de ach na fenda sináptica Bloqueio da liberação de acetilcolina • QUADRO CLÍNICO Apresentação clínica similar, independente do mecanismo do contagio (alimentar, oculto ou por ferimento). O quadro neurológico se caracteriza por uma paralisia flácida motora descendente associado a comprometimento autonômico disseminado. Fraqueza flácida e disautonomia mais comum na musculatura facial e (...). Ex: disfagia, boca seca, diplopia. Disfagia, boca seca, diplopia e disartria aguda com progressão em 12-36h. As pupilas tornam-se dilatadas e não fotorreagentes (uma das poucas doenças musculares em que ocorre dilatação pupilar). Náusea, vômitos, diarreia inicial seguido de constipação com instalação concomitante ao acometimento dos nervos cranianos. • DIAGNÓSTICO CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO. TESTE DE ESTIMULAÇÃO REPETITIVA EM ALTA FREQUÊNCIA: padrão incremental (doenças pré-sinápticas ocorrem com padrão incremental na ERAF). • TRATAMENTO Soro anti-toxina botulínica: deve ser administrado em até 24h após o início do quadro. Depois não tem muita função. Utiliza para evitar insuficiência respiratorio Internação em UTI. Pois pode dar arritmia por comprometimento autonômico e por risco de insuficiência respiratória
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