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sumario 
1. Ética médica...........................................................................3 
2. PRONTUÁRIO..............................................................................6 
3. RELAÇÃO MÉDICO E PACIENTE........................................................8 
4. BIOSSEGURANÇA........................................................................11 
5. ANAMNESE...............................................................................14 
6. ectoscopia.............................................................................18 
7. FÁCIES...................................................................................23 
8. sinais vitais.........................................................................29 
9. EXAME FÍSICO DO TÓRAX...........................................................35 
9.1 .exame do precórdio...........................................................38 
9.2 .exame do sistema circulatório..........................................41 
9.3. exame dos linfonodos.......................................................44 
9.4 .exame do aparelho respiratório.........................................47 
10 exame FÍSICO DO ABDOME.............................................................55 
 
 
 
 
3 
 
ETICA MEDICA 
O QUE É ÉTICA? 
É aquilo que pertence ao caráter ou 
modo de ser; é a conduta segundo a 
MORAL, em que vê as atitudes pela 
RAZÃO. 
Essas atitudes podem ser: 
 Conscientes – indivíduo 
 Voluntárias – sociedade 
Valores que definem o que: 
QUERO – POSSO – DEVO 
Porque nem tudo que eu quero eu posso 
Nem tudo que eu posso eu devo; 
E nem tudo que eu devo eu quero. 
O que é a moral? 
É aquilo que é transmitido de geração 
para geração (hábitos, costumes, 
tradições...), em que vê as atitudes pelos 
VALORES. 
O QUE É ÉTICA MÉDICA? 
É a conduta médica centrada na pessoa 
enferma. 
 Respeita a dignidade – reconhece 
os sentimentos morais e religiosos; 
 Reconhece os valores – reconhece 
as necessidades materiais. 
 
O QUE ACONTECE NA PRÁTICA DE UMA 
MEDICINA RUIM? 
NEGLIGÊNCIA: omissão de atos 
necessários; 
IMPRUDÊNCIA: inobservância das 
precauções necessárias; 
IMPERÍCIA: falta de capacitação; 
O QUE É BIOÉTICA? 
“Bioética nada mais é do que os deveres 
do ser humano para com o outro ser 
humano e de todos para com a 
humanidade”. – André Conte-Sponville 
- é a reflexão sobre a adequação das 
ações que envolvem a vida e o viver: 
 Ética: deveres, direitos, virtudes, 
alteridade; 
 Moral: respeito à regra; 
 Direito: legislação, costumes, 
jurisprudência, ato negocial; 
PRINCIPIALISMO: 
 
4 
 
 Justiça: distribuição de benefícios 
imparcial; 
 Beneficência: procurar fazer o 
bem; 
 Autonomia: decisão individual; 
 Não maleficência: evitar danos. 
IMPLICAÇÕES DO ATO MÉDICO 
1. PROCESSO ADMINISTRATIVO 
Hospital, secretaria de saúde  
advertência  exoneração 
2. PROCESSO ÉTICO PROFISSIONAL 
CRM/CFM: 
2.1. Advertência reservada em 
aviso confidencial; 
2.2. Censura reservada em aviso 
confidencial; 
2.3. Censura pública (periódico 
CRM e jornal de circulação); 
2.4. Suspensão de exercício 
profissional (até 30 dias); 
2.5. Cassação do exercício 
profissional. 
3. PROCESSO CRIMINAL 
Cód. Penal  dano/homicídio  
multa ou restrição da liberdade 
4. PROCESSO CIVIL 
Condenação indenizatória (danos 
corporais, morais e existenciais) 
Princípios fundamentais (principais) 
Art. 5: as atividades de graduação, 
baseadas no conhecimento, habilidades 
e atitudes, tem por finalidade, preparar 
o estudante de medicina para o futuro 
exercício da profissão médica. Essas 
atividades devem beneficiar o paciente, 
o estudante, a inst. de ensino e a 
sociedade, guardando absoluto respeito 
pelo ser humano. 
Art.65: ...deve respeitar as normas das 
instituições onde é realizado seu 
aprendizado, desde que estejam de 
acordo com a legislação, não gerem 
situações de opressão e 
desfavorecimento, e não firam seus 
direitos. 
Art.66: ...zelar pelo patrimônio material 
das instituições onde desempenha suas 
atividades. 
Art.67: ...responde civil, penal e 
administrativamente pela instituição de 
ensino por danos causados ao paciente. 
Art.68: ...agir com solidariedade e 
respeito mútuo entre colegas, 
professores, orientadores e outros 
profissionais da instituição. 
Art. 69: ...a instituição deve assegurar 
sempre condições dignas e adequadas 
para o aprendizado de seus estudantes. 
 
5 
 
Art. 70: ... fica assegurado ao estudante 
de medicina o direito de reivindicar e 
exigir adequadas condições de ensino. 
 
Deveres e proibições (principais) 
É vedado ao estudante de medicina: 
Art. 22: assinar receitas médicas, 
prescrições ou fornecer atestados 
médicos sem a supervisão e assinatura 
do médico que o orienta. 
Art. 23: acumpliciar-se, de qualquer 
forma, com aqueles que exercem 
ilegalmente a medicina. 
 
CÓDIGO PENAL 
Decreto Lei n.2.848 de 07 de 
dezembro de 1940 
Art. 282: exercer, ainda que a titulo 
gratuito, a profissão de médico, dentista 
ou farmacêutico, sem autorização legal 
ou excedendo-lhe os limites: 
Pena – detenção, de 6 meses a 2 
anos. 
Paragrafo único – se o crime é 
praticado com o fim de lucro, aplica-se 
também multa. 
Lei das contravenções penais 
Art. 47: exercer profissão ou atividade 
econômica ou anunciar que a exerce, 
sem preencher as condições a que por 
lei está subordinado o seu exercício: 
Pena – prisão simples, de 15 a 3 
meses, ou multa. 
 
Para ler: 
 
https://portal.cfm.org.br/images/PDF/ce
m2019.pdf 
 
http://www.fm.usp.br/biblioteca/conteud
o/biblioteca_1622_ceem.pdf 
https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf
https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf
http://www.fm.usp.br/biblioteca/conteudo/biblioteca_1622_ceem.pdf
http://www.fm.usp.br/biblioteca/conteudo/biblioteca_1622_ceem.pdf
 
6 
 
Prontuario 
O que é prontuário? 
Conjunto de documentos padronizados, 
ordenados, destinados ao registro de 
informações geradas a partir de fatos, 
acontecimentos e situações sobre a 
saúde do paciente e a assistência 
prestada a ele, de caráter legal, sigiloso 
e científico, que possibilita a 
comunicação entre membros da 
equipe multiprofissional prestada pelos 
serviços de saúde publica ou privada. – 
CFM nº 1331/89 
Sigilo 
O teor do prontuário do paciente é 
sigiloso, e as informações ali contidas 
tem caráter confidencial, o que 
caracteriza o Segredo Profissional. – 
(parecer do CFM nº 24) 
Código de ética medica - prontuário 
(capitulo X) 
É vedado ao médico: 
Art.87: deixar de elaborar prontuário 
legível para cada paciente. 
Art.88: negar ao paciente ou à seu 
representante legal, acesso ao seu 
prontuário, deixar de lhe oferecer 
copia quando solicitada, bem como 
deixar de lhe dar explicações 
necessárias à sua compreensão, salvo 
quando ocasionarem riscos ao seu 
próprio paciente ou a terceiros. 
(sempre cai em prova). 
Art.89: liberar cópias do prontuário sob 
sua guarda exceto para atender a 
ordem judicial, ou para SUA PRÓPRIA 
DEFESA, assim como quando 
autorizado por escrito pelo paciente. 
Art.90: deixar de fornecer cópia do 
prontuário médico de seu paciente 
quando de sua requisição pelo CRM. 
Principais documentos do prontuário 
 Ficha de referencia e contra 
referência; 
 Laudo médico para emissão de 
AIH – anamnese e exame físico; 
 Termo de responsabilidade 
 Boletim de admissão; 
 
7 
 
 Prescrição médica / observação 
de enfermagem e 
multiprofissional; 
 Folha de evolução clinica (diárias); 
 Folha de pareceres; 
 
OBRIGATÓRIEDADES 
o Preenchimento completo/correto; 
o Letra legível + assinatura/CRM; 
o Clareza; 
o Carimbo profissional.; 
o Relatório diário de enfermagem, 
assinado; 
o Registro diário dos sinais vitais; 
o Descrição do ato cirúrgico e 
anestésico (em cirurgia), assinado 
e carimbado; 
o Deverá ser anexada ao 
prontuárioa comprovação do 
resultado dos exames 
complementares. 
O QUE NÃO DEVE FAZER NO PRONTUÁRIO 
 Escrever a lápis; 
 Rasurar / usar corretivo; 
 Fazer anotações que não se 
referem ao paciente; 
 Deixar folhas em branco. 
OS 10 MANDAMENTOS DO PRONTUÁRIO 
1. Fazer todo registro de maneira 
clara, objetiva e legível; 
2. Fazer somente anotações que se 
referem ao paciente; 
3. Todas as evoluções e 
prescrições devem ser diárias, 
com datas, hora, assinatura e 
carimbo; 
4. Caso não tenha o carimbo, o 
nome do profissional e sua 
inscrição do conselho de classe 
devem estar escritos de forma 
legível; 
5. Todas as folhas devem ter a 
identificação do paciente com a 
etiqueta ou por escrito; 
6. Todo procedimento deve ser 
registrado pelo profissional que o 
realizou; 
7. Os espaços em branco devem 
ser anulados com um traço; 
8. É proibido usar lápis, fita e 
corretivo; 
9. É proibido rasurar as anotações; 
10. É proibido o uso de abreviações. 
 
 
8 
 
Relacao medico-paciente 
 
O que é? 
É o vinculo que se estabelece entre 
o médico e as pessoas que o 
procura, estando doentes ou não. 
Faz parte da essência da profissão 
médica. 
 
Evolução da relação médico-
paciente 
 Paternalista/Autoritária: 
monopólio de conhecimentos 
sobre doenças e tratamentos; 
 Contratualista: reconhecimento 
de direitos e deveres, 
possibilidades e limitações; 
Cuidados na relação médico-paciente 
 Preservar o sigilo médico; 
 Evitar juízo de valor sobre 
atitudes e comportamentos do 
paciente; 
 Ter paciência; 
 Usar suas habilidades de 
comunicação; 
 Tentar manter a neutralidade; 
As expectativas do paciente 
o O paciente deseja ser ouvido; 
o O paciente é um todo, e não 
uma parte ou um diagnóstico; 
o O paciente espera que o médico 
seja competente; 
o O paciente deseja não ser 
abandonado; 
Princípios do aprendizado da relação 
médico-paciente 
1. Considerar a condição humana 
do paciente; 
2. Cuidado com palavras e atitudes; 
3. Todo paciente deve merecer a 
mesma atenção; 
4. Disposição para ouvir; 
5. Saber como dirigir-se aos 
pacientes; 
6. Conhecer os limites que pode 
atuar; 
7. Aprimoramento contínuo. 
Padrões e comportamentos médicos 
 
9 
 
 PATERNALISTA: “posição de pai” 
– tem atitude protetora, sabe 
ouvir, dá conselhos ou ordens – 
trata o paciente como criança. 
 AUTORITÁRIO: “dono da 
verdade” - impõe suas decisões – 
se ofende quando questionado. 
 AGRESSIVO: “bode expiatório” – 
mau atendimento, frieza no 
relacionamento, tom de voz 
grosseiro – excesso de 
trabalho/baixas remunerações. 
 INSEGURO: “conhecimento 
insuficiente” – incapaz de fazer o 
exame físico e têm duvidas na 
interpretação de exames e 
prescrições. 
 TECNICISTA: “comportamento 
mecânico” - se interessa apenas 
na doença – não dá valor a 
relação médico-paciente. 
 OTIMISTA: “se sente o herói” – 
não vê dificuldade em nada e 
nem reconhece a gravidade dos 
casos – transfere a culpa quando 
dá errado. 
 PESSIMISTA: vê maior a 
gravidade da doença do que o 
real – expressa desânimo e 
desesperança. 
 ROTULADOR: “rótulo diagnóstico” 
que agrade o paciente – passa 
falsa decisões diagnósticas e 
terapêuticas – encobre suas 
deficiências. 
 FRUSTRADO: “começa desde o 
curso de medicina” – reconhece 
as limitações da medicina – tem 
visualização do futuro (trabalho 
indigno, alta jornada de trabalho...). 
 SEM VOCAÇÃO: distanciamento 
do paciente – deve dedicar-se a 
outra profissão. 
Padrões e comportamentos de pacientes 
 ANSIOSO: inquieto, medroso, 
mãos frias e sudoreicas, 
taquicardia e boca seca.  gaste 
+ tempo com fatos não 
relacionados a sua doença, pois 
reduz a tensão. 
 DEPRIMIDO: desinteresse por si, 
se isola, expressa tristeza, chora 
fácil, inapetência, perda de prazer 
e interesse de viver  conquiste 
a atenção e confiança; 
demonstre sinceridade e 
interesse em ajudar. 
 QUE CHORA: mecanismo de 
alívio da tensão  deixe-o 
chorar sem indagação e consolo; 
 
10 
 
leve toque na mão, um abraço 
ou um silêncio respeitoso. 
 VERBORREICO: fala muito, 
tendente a descrições minuciosas 
 recondução constante ao 
relato dos sintomas, pois tendem 
a divagar e fazer longos rodeios. 
 HOSTIL: agressivo contra o 
médico ou estudante de medicina 
– doenças incuráveis ou 
estigmatizantes, história prévia de 
complicações terapêuticas  
tenha serenidade e autoconfiança. 
 AGITADO: ansiedade, ingestão de 
bebida alcoólica, drogas ilícitas, 
surtos psicóticos e insuficiência 
hepática  se grave – 
contenção física e/ou uso de 
antipsicóticos. 
 EUFÓRICO: fala e movimentos 
exagerados; pensamentos 
rápidos – pode ser por bebida 
alcoólica, drogas ilícitas ou fase 
maníaca do transtorno bipolar. 
 COM RETARDO MENTAL: DE 
FACIL RECONHECIMENTO  
adotar raciocínio simples, com 
perguntas diretas e palavras 
corriqueiras. 
 HIPOCONDRÍACO: “poliqueixoso” 
 ouvir com paciência e 
compreensão – atitudes firmes. 
 SURDO: buscar apoio da família 
para melhores informações. 
 EM ESTADO GRAVE: não quer 
ser perturbado por ninguém!  
obter postura objetiva e coletar 
dados para diagnostico e exame 
direcionado. 
 PACIENTE TERMINAL: sem 
possibilidade terapêutica curativa 
– neoplasias malignas avançadas, 
DRC e SIDA – relação médico-
paciente difícil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
F 
A 
S 
E 
S 
NEGAÇÃO 
RAIVA 
BARGANHA OU NEGOCIAÇÃO 
DEPRESSÃO 
ACEITAÇÃO 
MORTE 
 
11 
 
BIOSSEGURANCA 
DEFINIÇÃO 
Conjunto de normas que visam a 
segurança do trabalhador de saúde 
exposto a risco potencial de acidentes 
 material ou instrumentos, 
especialmente contaminados com 
material biológico. 
 
 No ambiente HOSPITALAR há riscos 
como: 
FISICOS – QUIMICOS – 
BIOLÓGICOS 
 Há normas que visam proteger: 
Paciente – trabalhador de saúde 
– acompanhante – meio 
ambiente. 
Precauções Padrão 
 Lavagem das mãos; 
 Manipulação de instrumentos e 
materiais; 
o Cirúrgicos; 
o Enfermarias / semi intensiva 
 Manipulação de materiais 
cortantes e de punção; 
 
 Ambiente e equipamentos; 
 Roupas e campos de uso; 
 
 Vacinação. 
 
 
12 
 
Lavagem das mãos 
Medida mais simples e menos 
dispendiosa para prevenir a 
propagação das infecções. 
 Quando? (há 5 momentos): 
1. Antes de tocar no paciente; 
2. Antes de realizar 
procedimento limpo/asséptico; 
3. Após risco de exposição a 
fluidos corporais; 
4. Após tocar no paciente; 
5. Após tocar superfícies 
próximas ao paciente. 
 
 Higienização Simples Das Mãos: 
Lavagem rotineira das mãos com 
sabão neutro  maior 
concentração bacteriana: pontas 
dos dedos, meio dos dedos e 
polegares. 
 
 Higienização Antisséptica Das 
Mãos: 
Promove a remoção de sujidades 
e de microrganismos com auxilio 
de antisséptico  procedimento 
dura entre 40 a 60 segundos. Ex.: 
antisséptico degermante 
(clorexidina a 2% ou PVPI 10%). 
 
 Fricção Antisséptica Das Mãos 
(Álcool Gel Ou Álcool 
Glicerinado): 
Reduz a carga microbiana das 
mãos (não remove sujidades)  
quando as mãos não estiverem 
visivelmente sujas, utiliza-se o 
álcool gel 70% ou a solução 
glicerinada. 
 
 Antissepsia Cirúrgica Ou Preparo 
Pré-Operatório: 
Utiliza-se antisséptico com ação 
bactericida ou bacteriostática que 
irá agir na flora residente da pele 
 indicados para profissionais e 
para pele ou mucosa do paciente 
em áreas onde serão realizados 
procedimentos invasivos ou 
cirúrgicos. 
 
13 
 
 Principais antissépticos: 
álcoois, clorexidina, 
compostos de iodo, 
iodóforos e triclosan.. 
Passo a passo da lavagem das mãos 
 
 Importante!: no caso de 
torneiras com contato 
manual para fechamento, 
sempre utilize papel toalha. 
 
 
 Não toque em nada após 
lavar as mãos, apenas nopaciente; 
 É fundamental seguir o 
passo a passo à risca, pois 
há a garantia de uma boa 
limpeza das mãos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
ANAMNESE 
DEFINIÇÃO 
ANA  trazer de novo 
MINESIS  memória 
Então, a anamnese é trazer de volta 
fatos relacionados a doença e o 
doente. Uma espécie de “entrevista” do 
médico com o paciente. 
 Núcleo de desenvolvimento da 
relação médico-paciente; 
 Princípios éticos teóricos tornam-
se atitudes na prática; 
 Tecnologia em medicina só é 
bem utilizada se há humanismo 
médico.. 
A anamnese se bem realizada  
decisões de diagnósticos e tratamentos 
corretos. 
Formas de conduzir uma Anamnese 
 Relato livre e espontâneo do 
paciente sem interferência do 
médico; 
 Condução objetiva, dirigida ou 
direcionada tecnicamente por 
esquema mental básico 
(estudante); 
 Relato espontâneo das queixas + 
condução objetiva. 
Dez princípios da Anamnese 
1. Cumprimentar o paciente, 
identificar-se e perguntar o nome 
dele; Demonstrar TOTAL 
atenção ao paciente, Identificar 
situações de dor, ansiedade, sono, 
irritação e tristeza. (é nesse 
momento que estabelecemos a 
relação médico-paciente); 
2. Conheça e compreenda as 
condições socioculturais; 
3. Tato e perspicácia para 
obtenção de dados 
estigmatizantes ou distúrbios; 
4. Cuidado com ideias 
preconcebidas; 
5. Sintomas bem investigados e 
bem compreendidos torna o 
exame físico mais objetivo; 
6. A causa mais frequente de erro 
diagnóstico é uma história clinica 
mal concebida; 
 
15 
 
7. Obtidas as queixas, elaborar o 
desenrolar logico dos 
acontecimentos = raciocínio 
clinico; 
8. Dados de exames 
complementares não corrigem 
falhas/omissões da anamnese; 
9. Só a anamnese permite uma 
visão de conjunto do paciente, 
indispensável para a medicina 
humana; 
10. O tempo dedicado a anamnese 
distingue o médico competente 
do incompetente. 
Componentes essenciais da anamnese 
 Nome  não utilizar rotulações 
ou numerar os pacientes; 
 Idade  cada grupo etário tem 
sua própria doença; 
 Sexo  prevalência de 
determinadas doenças quanto ao 
gênero e raça; 
 Raça / etnia 
 Estado civil  outros... união 
estável, separados... 
 Profissão  pode ter relação 
causal ou agravante da doença 
atual; 
 Local de nascimento, 
procedência e moradia; 
 Religião  modo de enxergar a 
vida e os problemas. 
Componentes da anamnese 
1. QUEIXA PRINCIPAL (QP): 
 O que motivou a consulta? 
 Por que o(a) me procurou? 
 O que o(a) senhor(a) está 
sentindo? 
Ex.: “caganeira”; “dor no pé da 
barriga”; “baldeando”... 
NÃO É ACEITO ROTULOS 
DIAGNÓSTICOS! Ex.: “infarto”; 
“derrame”; “pressão alta”... 
2. HISTORIA DA DOENÇA ATUAL 
(HDA): 
 Não induzir respostas; 
 Apurar evolução, exames e 
tratamentos realizados; 
 Ler a historia escrita para o 
paciente, para que possa 
confirmar ou corrigir algo, 
ou acrescentar nova 
informação. 
 SINTOMA GUIA: 
geralmente, a queixa 
mais longa, ou sintoma 
mais destacado (QP). 
 ESQUEMA PARA 
ANALISE DE UM 
SINTOMA: 
 
16 
 
i. Inicio  “quando a 
dor surgiu?” 
ii. Característica do 
sintoma  “onde 
dói?”; “a dor 
anda?”; “quanto 
tempo dura?” 
“como é essa 
dor?”. 
iii. Fatores de 
melhora e piora 
 “o que melhora 
a dor?”; “o que 
piora a dor?”. 
iv. Relação com 
outras queixas  
“você está 
tossindo?”; “você 
tem falta de ar?”. 
v. Evolução  “essa 
dor mudou nos 
últimos 3 dias?” 
vi. Situação atual  
“como está a dor 
agora?”. 
3. INTERROGATORIO 
SINTOMATOLOGICO (IS) 
 Complemento da HDA, 
também denominada de 
Anamnese especial ou 
revisão dos sistemas; 
 Útil para reconhecer 
enfermidades sem relação 
com o quadro 
sintomatológico na HDA; 
 SISTEMATIZAÇÃO DO 
IS: sintomas gerais  
febre; astenia; sudorese; 
calafrios; cãibras; 
alterações do peso... 
 Pele e fâneros; 
 Cabeça e 
pescoço; 
 Tórax; 
 Abdome; 
 Sist.. geniturinário; 
 Sist.. hematolinfop.; 
 Sist.. endócrino; 
 Coluna vertebra,, 
ossos, articulações 
e extremidades; 
 Músculos; 
 Artérias, veias, 
linfáticos e 
microcirculação; 
 Sistema nervoso; 
 Exame psíquico e 
avaliação das 
condições 
emocionais. 
4. ANTECEDENTES PESSOAIS E 
FAMILIARES (APF): 
 
17 
 
 Considera a avaliação do 
estado de saúde passado e 
presente pessoais e 
familiares, que influenciam 
no processo saúde-doença. 
 Investiga-se então: 
 Gestação e 
nascimento; 
 Desenvolvimento 
psicomotor e neural; 
 Desenvolvimento 
sexual; 
 Doenças sofridas pelo 
paciente; 
 Alergias; 
 Cirurgias; 
 Traumatismos; 
 Transfusões 
sanguíneas; 
 Historia obstétrica; 
 Vacinas; 
 Medicamentos em 
uso. 
5. HABITOS DE VIDA (HV): 
Neste item, investiga-se o estilo de vida 
do paciente: 
 Alimentação; 
 Ocupação atual e ocupações 
anteriores; 
 Atividades físicas; 
 Hábitos, tais como: 
 Uso de tabaco; 
 Uso de bebidas alcoólicas; 
 Uso de anabolizantes e 
anfetaminas. 
6. CONDIÇÕES 
SOCIOECONOMICAS E 
CULTURAIS: 
Avalia situação financeira, vínculos 
afetivos familiares, filiação religiosa e 
crenças espirituais do paciente, bem 
como condições de moradia e grau de 
escolaridade. Este item se desdobra 
em: 
 Habitação; 
 Condições socioeconômicas; 
 Condições culturais; 
 Vida conjugal e relacionamento 
familiar. 
PARA LER: 
 
CAPÍTULO 4 – EXAME CLÍNICO (PORTO) 
 
18 
 
ectoscopia 
O QUE É? 
SOMATOSCOPIA ou ECTOSCOPIA, é 
a denominação que se dá à avaliação 
global do doente. É a primeira. etapa do 
exame físico, devendo ser Iniciada ao 
primeiro contato com o paciente. Seu 
objetivo é a obtenção de dados gerais 
(independe da queixa do paciente). A 
avaliação deve ser crânio-caudal. 
O que avaliar? 
1. Estado geral:. 
 Bom estado geral 
 Estado geral regular ou 
levemente comprometido 
 Estado geral ruim ou muito 
comprometido 
2. Estado psíquico: 
 Bem orientado em tempo 
e espaço; 
 Mal orientado em tempo e 
espaço. 
3. Postura: 
 Postura Ativa: é aquela 
assumida espontaneamente 
Boa Postura / Má postura 
 Postura passiva: 
impossibilidade do paciente 
em mudar de posição sem 
auxílio de outra pessoa 
 Postura antálgica: adotada 
para alívio de dor. 
4. Higiene pessoal: 
 Hálito do paciente; odor de 
secreções. 
5. Dependência: 
 Se veio à consulta sozinho; 
 acompanhado; 
 em cadeira de rodas; 
 de muletas ou bengalas. 
6. Fala e linguagem: 
 Avaliar a voz, avaliar a lógica 
do discurso, se há distúrbios 
de articulação das palavras, 
de troca de letras ou se 
fala o nome dos objetos 
corretamente. 
7. Biótipo: 
 Brevilíneo(endomorfo): 
membros curtos, tórax 
alargado, estatura baixa; 
 Longilíneo(ectomorfo): 
tórax afilado e achatado, 
membros longos e 
musculatura delgada; 
 
19 
 
 Normolíneo(mesomorfo): 
desenvolvimento do corpo, 
musculatura e do panículo 
adiposo harmônicos. 
 
8. Peso e altura: 
 Com auxilio de uma 
balança; 
 Medida em centímetros 
com paciente descalço e 
em posição ereta. 
9. Fácies: 
 Fácies normal ou atípica; 
 Fácies anormais ou típicas 
(Fácies leonina; mongolóide; 
hipocrática; etc.). 
10. Musculatura: 
 Trofismo 
(desenvolvimento): 
o Eutrófico; 
o Hipertrófico; 
o Hipotrófico.. 
 Tonicidade: (grau de 
contração muscular): 
o Eutônico; 
o Hipertônico; 
o Hipotônico. 
11. Panículo adiposo: 
 Bem distribuído conforme 
sexo e idade; 
 Aumentado; 
 Diminuído ou escasso 
(localização). 
12. Pele: 
 Coloração: 
o Normocorada; 
o Cianótica; 
o Icterícia; 
o Palidez; 
o Vermelhidão ou 
eritrose; 
o Albinismo. 
 Umidade: 
o Preservada; 
o Diminuída; 
o Aumentada.. 
 Textura: 
o Preservada; 
o Lisa ou fina; 
o Áspera; 
o Enrugada. 
 Temperatura: 
o Preservada; 
o Diminuída; 
o Aumentada.. 
 Mobilidade: 
o Preservada; 
 
20 
 
o Diminuída ou ausente; 
o Aumentada. Sensibilidade: 
o Preservada; 
o Alterada (como?). 
 Elasticidade: 
o Preservada conforme 
a idade; 
o Hiperelástica; 
o Hipoelástica. 
 Turgor: 
o Preservado conforme 
a idade; 
o Diminuído (indica 
desidratação). 
 Lesões elementares: 
o Máculas (hipo/, 
hipercrômicas, 
acrômicas) 
localização e forma. 
o Petéquias, pápulas, 
hematomas, bolhas, 
etc... (especificar). 
 Cicatriz: 
o Cirúrgica ou não; 
o Indicar local, tamanho, 
coloração, forma. 
13. Circulação colateral: 
 Ausente ou presente; 
 Localização: 
o . Tórax; 
o Abdome; 
o Raiz dos membros 
superiores; 
o Segmento cefálico.. 
 
14. Fâneros: 
 Cabelos: 
o Distribuição uniforme; 
o Alopecia (áreas 
desprovidas de pêlo); 
o Calvície parcial ou 
Total. 
 Pêlos: 
o Bem implantados e 
distribuídos de acordo 
com o sexo e a 
idade; 
o Mal implantados e/ou 
distribuídos 
(especificar). 
15. Mucosas (conjuntival, lábiobucal, 
lingual e gengival): 
 Normocoradas; 
 Hipocoradas; 
 Hipercoradas; 
 
21 
 
 Úmidas; 
 Secas.. 
16. Escleras: 
 Ictérica ou Anictérica. 
17. Edema: 
 Ausente; 
 Presente (caracterizar): 
o Sinal do Cacifo 
positivo ou negativo. 
 
18. Extremidades (calor e alterações; 
compressão da face digital): 
 Aquecidas e Acianóticas 
com boa perfusão tissular; 
 Alteradas (especificar 
temperatura – perfusão 
tissular  cianose). 
19. Linfonodos: 
 Não Palpáveis; 
 Palpáveis: 
o Localização: 
 Periauriculares; 
 Retroauriculares 
 Cervicais Post.; 
 Occipitais; 
 Cervicais Ant.; 
 Cervicais Lat.; 
 Submandibulares; 
 Supraclaviculares; 
Infraclaviculares; 
 Axilares; 
 Inguinais. 
o Classificação: 
 Inflamatório; 
 De drenagem; 
 Metastáticos. 
o Consistência: 
 Fibroelástica; 
 Amolecida ; 
 Pétrea.. 
o Superfície: 
 Regular; 
 Irregular com 
nodulações; 
 Lisa, 
o Tamanho ou volume 
(aproximados). 
o Mobilidade: 
 Móveis 
 Aderente a planos 
circunjacentes ou 
profundos. 
o Sensibilidade: 
 Dolorosa á 
palpação; 
 Indolores. 
o Alterações da pele 
(especificar). 
 
22 
 
 
20. Coluna Vertebral (cervical e 
toracolombar): 
 Anatômica; 
 Não anatômica; 
 Cifose; 
 Lordose; 
 Escoliose (localização). 
 
21. Articulações: 
 Livres e funcionais; 
 Limitação ou restrição 
articular (onde e especificar 
ângulo). 
 
 
PARA LER: 
 
CAPITULO 7 – EXAME FISICO 
GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
FACIES 
DEFINIÇÃO 
É o conjunto de dados exibidos na 
face do paciente, e a resultado dos 
traços anatômicos + a expressão 
fisionômica. Não apenas os elementos 
estáticos, mas, e principalmente, a 
expressão do olhar, os movimentos 
das asas do nariz e aposição da boca. 
Certas doenças imprimem na face 
traços característicos, e algumas vezes, 
o diagnostico nasce da simples 
observação do rosto do paciente. Os 
principais tipos de fácies são: 
Normal ou atípica 
 Expressão individual; 
 Não sugere distúrbio; 
 Não há necessidade de 
descrevê-las. 
 
 
Hipocrática 
 Olhos fundos, parados e 
inexpressivos; 
 Nariz afilado; 
 Batimentos das asas do nariz; 
 Lábios entreabertos, delgados e 
afilados; 
 Discreta cianose labial; 
 Palidez cutânea, suor; 
 Estado final de varias doenças. 
 
Renal 
 Edema ao redor dos olhos; 
 Palidez cutânea; 
 Observada na Síndrome nefrótica 
e na glomérulonefrite difusa 
aguda; 
 Redução acentuada de albumina. 
 
24 
 
 
 
Leonina 
 Pele espessa, nódulos de 
tamanhos variados, confluentes; 
 Supercílios caídos; 
 Nariz espessado e alargado; 
 Lábios grossos e proeminentes; 
 Bochechas e mento deformados; 
 Barba escasseia ou desaparece; 
 Mal de Hansen. 
 
Adenoidiana 
 Nariz pequeno e afilado; 
 Boca entreaberta; 
 Hipertrofia das adenoides (dificulta 
a respiração pelo nariz). 
 
 
Parkinsoniana 
 Cabeça inclina-se para frente e 
permanece imóvel nessa posição; 
 Olhar fixo; 
 Supercílios elevados; 
 Fronte enrugada; 
 Expressão de espanto; 
 Fisionomia impassível (máscara); 
 Indica doença de Parkinson. 
 
 
25 
 
Basedowiana 
 Exoftalmia; 
 Olhos brilhantes; 
 Rosto magro; 
 Expressão fisionômica de 
vivacidade. Às vezes, tem um 
aspecto de espanto e ansiedade; 
 Presença de bócio; 
 Indica hipertireoidismo. 
 
Mixedematosa 
 Rosto arredondado; 
 Nariz e lábios grossos; 
 Pele seca, espessada e com 
acentuação dos sulcos; 
 Pálpebras infiltradas e enrugadas; 
 Supercílios escassos; 
 Cabelos secos sem brilho; 
 Expressão de desânimo, apatia; 
 Indica hipotireoidismo ou 
mixedema. 
 
Acromegálica 
 Saliência das arcadas supra-
orbitárias; 
 Proeminência das maçãs do 
rosto; 
 Maior desenvolvimento do 
maxilar inferior; 
 Aumento do nariz, lábios, língua e 
orelhas; 
 Extremidades aumentadas; 
 Nesse conjunto de estruturas 
hipertrofiadas, os olhos parecem 
pequenos; 
 Indica hiperfunção hipofisária, 
podendo ser constitucional. 
 
 
26 
 
Cushingoide ou de lua-cheia: 
 Rosto arredondado (congesto) e 
levemente cianótico; 
 Acompanha obesidade do tronco, 
pescoço, abdome (estrias 
atróficas); 
 Acne; 
 Síndrome de Cushing: 
hiperfunção do córtex 
suprarrenal ou em uso de 
corticoides. 
 
Mongoloide 
 Epicanto (prega cutânea) torna 
os olhos oblíquos, distantes um 
do outro; 
 Rosto redondo; 
 Boca entreaberta; 
 Expressão fisionômica de pouca 
inteligência ou mesmo completa 
idiotia; 
 Indica Síndrome de Down; 
 
De depressão 
 Cabisbaixo; 
 Olhos pouco brilhantes; 
 Olhos fixos em um ponto distante 
ou voltados para o chão; 
 Acentuação do sulco nasolabial; 
 Cantos da boca rebaixados; 
 Observados na Síndrome da 
Depressão. 
 
Pseudobulbar 
 Aspecto espasmódico da face; 
 Hipomímia; 
 Disfagia; 
 
27 
 
 Disartria; 
 Aparece geralmente na paralisia 
pseudobulbar; 
 Esclerose múltipla; 
 Doença neuronal motora. 
 
Da paralisia facial periférica 
 Assimetria da face; 
 Impossibilidade de fechar as 
pálpebras; 
 Desvio da comissura labial 
contralateral / Repuxamento da 
boca para o lado saudável; 
 Fissura palpebral alargada; 
 Apagamento do sulco nasolabial; 
 Queda do ângulo da boca 
ipsilateral; 
 Indica atrofia muscular 
progressiva. 
 
Miastênica ou fácies de Hutchinson 
 Ptose palpebral bilateral que 
obriga o paciente a franzir a testa 
e levantar a cabeça; 
 Estrabismo; 
 Expressão amímica; 
 Apresenta-se na Miastenia Grave. 
 
 
Do deficiente mental 
 Traços faciais apagados e 
grosseiros; 
 Boca entreaberta, às vezes com 
salivação; 
 
28 
 
 Hipertelorismo (má malformação 
craniofacial congênita 
caracterizada pelo afastamento 
excessivo dos olhos); 
 Estrabismo; 
 Olhar desprovido de objetivo; 
 Olhos não se fixam em algo; 
 Meio sorriso sem movimentação. 
 
Etílica: 
 Olhos avermelhados; 
 Face ruborizada; 
 Sorriso indefinido; 
 Olhos caídos. 
 
Esclerodérmica ou fácies de múmia: 
 Imobilidade facial; 
 Pele endurecida e aderida aos 
planos profundos; 
 Repuxamento dos lábios; 
 Afilamento do nariz; 
 Imobilização das pálpebras. 
 
 
PARA LER: 
 
CAPITULO 7 – EXAME FISICO GERAL 
 
 
 
29 
 
SINAIS VITAIS 
O QUE SÃO? 
Os Sinais Vitais expressam o 
funcionamento e as alterações dos 
órgãos e/ou sintomas mais relacionados 
com a manutenção de vida. São 
considerados Sinais Vitais: 
 Pulso; 
 Pressão Arterial; 
 Ritmo e Frequência respiratória; 
 Temperatura corporal. 
Quando é obrigatória a avaliação dos 
sinais vitais? 
 Pacientes com manifestações 
clínicas indicativas de 
comprometimento de órgãos 
vitais; 
 Antes e depois de qualquer 
procedimento invasivo ou 
cirúrgico; 
 Antes e depois de administrar 
medicamentos de interferem nas 
funções cardíaca, respiratória ecerebral; 
 Sempre em que as condições 
clínicas do paciente apresentam 
piora inesperada; 
 Sempre que o paciente 
apresentar desconforto 
inexplicável. 
.......................Pulso....................... 
Comumente usa-se o pulso Radial, 
porém, pode-se usar o pulso 
Carotídeo, femoral, entre outros. 
Precisamos dar mais atenção para 2 
características do pulso, são elas: 
 Ritmo: sequencia de pulsações e se 
distingue em: 
 Pulso Regular: pulsações 
com intervalos iguais; 
 Pulso Irregular: pulsações 
com intervalos ora longos 
ora curtos. Traduz arritmia 
cardíaca (arritmia sinusal, 
extrassistolia, bloqueio 
cardíaco e fibrilação 
arterial). 
 FREQUÊNCIA: deve-se contar as 
pulsações durante 1 minuto inteiro 
(pulso radial).. – em adultos normais, 
a freq.. é considerada de 60 a 100 
bpm. As principais alterações da 
frequência são: 
 
30 
 
 Taquicardia: + de 100 
pulsações por minuto 
(exercícios, emoções, 
gravidez, miocardites etc). 
 Bradicardia: menor de 60 
pulsações por minuto 
(bloqueio atrioventricular, 
icterícia, infecções virais 
etc). 
................Pressão arterial................ 
Consiste na força exercida pelo sangue 
sobre as paredes dos vasos – trabalho 
do coração – debito cardíaco – 
elasticidade da parede dos grandes 
vasos – resistência periférica – volemia 
e viscosidade sanguínea. 
 
 O Local para Medida da Pressão deve ser: 
 calmo e confortável; 
 planejado para não 
interferir no efeito do 
avental branco; 
 silencioso, ou seja, sem 
ruídos para não prejudicar 
ausculta dos sons de 
Korotkoff; 
 Assegurar que o paciente NÃO: 
 está com a bexiga cheia; 
 praticou exercícios físicos 
nos últimos 60 minutos; 
 ingeriu bebidas alcoólicas; 
 fumou ou usou cafeína nos 
últimos 60 minutos; 
 está com alguma emoção 
forte, dor ou stress; 
 utilizou medicamentos 
estimulantes adrenérgicos. 
 
 
 Posicionamento do paciente: 
 paciente sentado, com 
encosto para as costas, pés 
no chão descruzados e 
apoiados no chão e 
relaxado; 
 braço na altura do 
coração, apoiado, com a 
palma da mão para cima; 
 observar se as roupas não 
garroteiam o braço. Se sim, 
remover; 
 medir em pé, após 3 
minutos da medida sentado 
em pacientes suspeitos de 
 paciente deve ter repouso 
mínimo de 3 minutos antes de iniciar a 
medida. 
 
31 
 
hipotensão ortostática 
(diabéticos, idosos, 
disautonômicos, em uso de 
anti-hipertensivos e aqueles 
com sintomas de pressão 
baixa); 
 medir nos membros 
inferiores, quando 
impossibilidade de medir 
nos braços. 
 Material: 
 aparelho de PA; 
 manguitos; 
 estetoscópio; 
 cadeira com encosto para 
as costas; 
 local para acomodação do 
braço; 
 para medida em perna, 
uma maca também é 
necessária. 
Aparelho manual – Técnica 
Auscultatória: 
1. Determinar a circunferência do 
braço no ponto médio entre 
acrômio e olécrano; 
2. Selecionar o manguito de 
tamanho adequado ao braço; 
3. Colocar o manguito, sem deixar 
folgas, 2 a 3 cm acima da fossa 
cubital; 
4. Centralizar o meio da parte 
compressiva do manguito sobre 
a artéria braquial; 
5. Estimar o nível da PAS pela 
palpação do pulso radial; 
METODO PALPATÓRIO. 
6. Palpar a artéria braquial na fossa 
cubital e colocar o diafragma do 
estetoscópio sem compressão 
excessiva; 
7. Posicionar o manômetro na altura 
do olho; 
8. Inflar rapidamente até ultrapassar 
20 a 30 mmHg o nível estimado 
da PAS obtido pela palpação; 
9. Proceder à deflação lentamente 
(velocidade de 2-4 mmHg por 
segundo); 
10. Determinar a PAS pela ausculta 
do primeiro som (fase I de 
Korotkoff) e, após aumentar 
ligeiramente a velocidade de 
deflação; 
11. Determinar a PAD no 
desaparecimento dos sons (fase 
V de Korotkoff); 
11.1 Se sons de Korotkoff 
estiverem fracos, faça o 
paciente levantar o braço, 
 
32 
 
abrir e fechar a mão 5 a 10 
vezes e inflar o manguito 
rapidamente; 
12. Auscultar cerca de 20 a 30 
mmHg abaixo do último som 
para confirmar seu 
desaparecimento e depois 
proceder à deflação rápida e 
completa; 
13. Se os batimentos persistirem até 
o nível zero, determinar a PAD 
no abafamento dos sons (fase IV 
de Korotkoff) e anotar valores da 
PAS/PAD/zero; 
14. Realizar pelo menos duas 
medições, com intervalo em 
torno de um minuto. Medições 
adicionais deverão ser realizadas 
se as duas primeiras tiverem 
5mmHg ou mais de diferença. 
15. Aguardar 1-2 minutos entre as 
medidas no mesmo braço; 
16. Considerar a média das duas 
últimas medidas; 
17. Informar o valor de PA obtido 
para o paciente; e anotar os 
valores exatos sem 
“arredondamentos”, o braço em 
que a PA foi medida, a posição 
do paciente, o tamanho do 
manguito e qualquer possível 
interferente. 
 Fases de Korotkoff: 
 Fase I: surgimento dos 
primeiros sons (pequena 
intensidade e alta freqüência). 
 Fase II: batimentos com sopro. 
Com a dilatação da artéria 
pressionada, a contracorrente 
reverbera e cria sopros na 
parede dos vasos sanguíneos. 
 Fase III: desaparecimento do 
sopro. Batimentos começam a 
ser mais audíveis e acentuados. 
 Fase IV: sons de baixa 
intensidade e abafados (níveis de 
pressão da bolsa discretamente 
> pressão diastólica). 
 Fase V: desaparecimento dos 
sons. 
 
 
 
 
 
...RITMO E FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIOS... 
Sucessão regular de movimentos 
respiratórios, com amplitude de 
profundidade mais ou menos igual, em 
DETERMINAÇÃO DA P.A: 
 Pressão Arterial Sistólica: 
aparecimento do primeiro ruído 
(fase I) 
 Pressão Arterial Diastólica: 
desaparecimento dos sons (fase V). 
 
33 
 
uma frequência de 16 a 20 respirações 
por minuto – em adultos, chamamos 
de EUPNEIA. 
Alterações: 
 Apneia: parada na respiração; 
 Dispneia: movimentos 
respiratórios amplos e 
desconfortáveis para o paciente; 
 Ortopneia: dificuldade de 
respirar na posição deitada, o que 
obriga o paciente a ficar sentado 
ou semissentado; 
 Dispneia Periódica ou 
Respiração de Cheyne-
Stokes: incursões respiratórias 
que vão ficando cada vez mais 
profundas até atingirem uma 
amplitude máxima, seguindo-se 
de respiração de amplitude 
menor, podendo chegar à 
apneia; 
 Respiração de Kussmaul: 
amplas e rápidas inspirações 
interrompidas por curtos 
períodos de apneia – “peixe fora 
d’água”; 
 Respiração de Biot: 
movimentos respiratórios de 
diferentes amplitudes e com 
intervalos variáveis; 
 Taquipneia: em adultos, 
frequência respiratória acima de 
20 rpm. 
 Bradipneia: em adultos, 
frequência respiratória abaixo de 
16 rpm.. 
 
 
.........Temperatura Corporal......... 
 Valores normais: 
 Temp. Axilar: 35,5 a 
37ºC, em média de 36 a 
36,5ºC. 
 Temp. Bucal: 36 a 
37,4ºC. 
 
34 
 
 Temp. Retal: 36 a 
37,5ºC (0;5ºC maior que a 
axilar). 
 
 Alterações da temperatura 
corporal: 
 Hipotermia: valores abaixo dos 
normais. 
 Febre: valores acima dos 
normais. 
 Hipertermia: valores acima 
dos normais com presença de 
fatores ambientais (insolação, 
vestimentas inadequadas para 
temperatura ambiental, atividade 
física extenuante). 
Técnica para medição da 
temperatura axilar 
1. Realizar a desinfecção do 
termômetro com algodão 
umedecido com álcool a 70%; 
2. Verificar se a coluna de mercúrio 
está abaixo de 35ºC, em caso 
negativo, agitar vigorosamente o 
termômetro para que a coluna 
de mercúrio desça; 
3. Se necessário, enxugar a axila do 
paciente; 
4. Colocar o termômetro na região 
axilar com o bulbo em contato 
direto na pele do paciente 
(comprimir o braço e colocá-lo 
sobre o tórax); 
5. Retirar o termômetro após no 
mínimo 5 minutos e realizar a 
leitura; 
6. Retirar o termômetro segurando 
pelo lado oposto ao bulbo; 
7. Realizar a leitura da temperatura; 
8. Abaixar novamente a coluna de 
mercúrio. 
 
 
Para ler: 
Capítulos – 13, 
14 e 21
 
35 
 
EXAME FISICODO TORAX 
INTRODUÇÃO 
O exame físico do tórax compreende 
a avaliação das mamas, dos pulmões, 
do coração e do mediastino, bem 
como as estruturas que compõem a 
caixa torácica, como pele, linfonodos, 
panículo adiposo, musculatura entre 
outros. 
Projeção na parede torácica 
1. Pulmões............................................................................................. 
No hemitórax direito, 
anteriormente, encontra-se o 
lobo superior direito e o lobo 
médio. Posteriormente, projetam-
se os lobos superior e inferior, 
sendo o lobo inferior, mais 
predominante em ambos os 
pulmões. Anteriormente: 
 No lado direito – os lobos 
superior e médio são 
separados pela Cissura 
Horizontal, correspondente 
à 4º costela, passando à 5º 
costela, no seu cruzamento 
com a linha axilar média. 
 No lado esquerdo – o lobo 
inferior é partido pela 
Cissura Oblíqua. 
 
 Posteriormente – o lobo inferior 
se estende da T3 até a T10, ou 
até a T12 durante o ciclo 
respiratório. 
 
2. Coração....................................................................................... 
Sua área de projeção tem uma 
forma mais ou menos oval. 
 Junção da 3º costela com o 
esterno forma uma linha que se 
estende para baixo em forma de 
arco de convexidade, em direção 
ao entrecruzamento do 4º ao 5º 
 
36 
 
espaço intercostal com a linha 
hemiclavicular esquerda. Do lado 
direito, a projeção do coração 
corresponde à borda esternal 
direita. 
 
3. Figado.............................................................................................. 
O limite superior acompanha o 5º 
ou 6º espaço intercostal até a 
linha axilar anterior (dependendo 
do biótipo da pessoa); segue 
horizontalmente até a interseção 
da 6º ou 7º costela com a linha 
axilar média. 
 
4. Fundo do Estômago............................................ 
Designado Espaço Semilunar de 
Traube – linha que acompanha a 
reborda costal esquerda e uma 
linha superior que se inicia na 5º 
ou 6º cartilagem costal e se 
prolonga até o cruzamento da 
linha axilar anterior com a 9ª ou a 
10ª costela esquerda. 
 
5. Baço........................................................................................................ 
Na face lateral do hemitórax 
esquerdo, seu limite superior 
corresponde a uma linha curva, 
onde o ápice situa-se no 
cruzamento da linha axilar média 
com a 9ª ou 10ª costela. 
 
 
37 
 
Pontos de referência anatômicos 
 Costelas; 
 Ângulo de Louis; 
 4ª vertebra torácica; 
 7ª vertebra cervical; 
 Clavículas; 
 Articulação xifoesternal; 
 Ângulo de Charpy. 
 
Linhas Torácicas 
 
 Face Anterior: 
 Linha medioesternal. 
 Linha hemiclavicular. 
 Linha axilar anterior. 
 Face Lateral: 
 Linha axilar anterior. 
 Linha axilar média. 
 Linha axilar posterior. 
 Face Posterior: 
 Linha médio espinhal. 
 Linhas escapulares. 
Regiões torácicas 
 
Face anterior: 
1. Região supraclavicular. 
2. Região clavicular. 
3. Região infraclavicular. 
4. Região mamária. 
5. Região inframamária. 
6. Região supra-esternal. 
7. Esternal superior. 
8. Esternal inferior. 
Face posterior: 
1. Supra-escapular. 
2. Supra-espinhosa. 
3. Infra-espinhosa. 
4. Interescápular vertebral. 
5. Infra-escapulares. 
Face lateral: 
1. Axilar. 
2. Infra-axilar. 
 
38 
 
Exame do Precordio 
Noções básicas 
O precórdio é a área de apresentação 
cardíaca na parede torácica anterior de 
modo que: 
• As cavidades cardíacas que se 
localizam no tórax anterior, são: o átrio 
D, ventrículo D, aurícula E, ventrículo E.. 
• A ponta corresponde ao ventrículo E. 
• O VD, fica junto a borda esquerda do 
esterno, mas não faz parte do 
contorno.. 
 
Semiotécnica 
O exame físico do coração inclui a 
inspeção, Palpação e Ausculta. 
 
...............Inspeção............... 
 Acompanha junto à palpação, 
onde os achados se tornam mais 
significativos; 
 Boa iluminação (de preferencia, 
luz natural); 
 Paciente em decúbito dorsal, com 
a musculatura relaxada e o tórax 
despido e visível. 
 Para pesquisar abaulamentos e 
retrações, a inspeção se faz de 
modo tangencial e frontal. 
Tangencial 
 
Frontal 
 
39 
 
 O que investigar? 
 Pele; 
 Lesões elementares; 
 Depressões; 
 Tumorações; 
 Abaulamentos; 
 Cicatrizes. 
................Palpação............... 
 Examinador posicionado à direita 
do paciente com o tórax despido; 
 Localizar o Ictus Cordis 
(dependendo do biótipo do 
paciente – 5º EIC / LHCE), 
região do foco mitral; 
 Colocar a mão sobre o ictus 
cordis, e conforme for sentindo 
os batimentos, e tirando os dedos 
(normalmente até 2 polpas = 
2,5cm); 
 Colocar o paciente da posição de 
pachon (decúbito lateral 
esquerdo) - desvia ≤ 2 cm.. 
 
Posição de Pachon 
Ausculta 
 Ambiente silencioso; 
 Paciente em decúbito dorsal, 
posição ortostática ou decúbito 
lateral esquerdo; 
 Instruir o paciente para que 
inspire profundamente e expire 
de modo forçado. 
 
 Focos De Ausculta: 
 
Mi A Per Ta 
 
40 
 
 
Manobras complementares: 
Hand Grip – pede-se ao paciente 
que este aperte dois dedos do 
examinador, isso aumenta a resistência 
vascular periférica, o que aumenta os 
sopros gerados do lado esquerdo do 
coração – FOCO MITRAL 
Rivero carvalho – paciente em 
decúbito dorsal, coloca-se o 
estetoscópio no FOCO TRICUSPIDE, 
em seguida, solicita-se ao paciente 
fazer uma inspiração profunda e 
prender. 
Para ler: 
 
capitulo 16 – Exame Físico do Tórax 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
EXAME DO APARELHO 
CIRCULATORIO 
INTRODUÇÃO 
O aparelho circulatório e o próprio 
funcionamento do coração podem ser 
avaliados pela analise de: 
 Pulso Radial; 
 Pulsos Periféricos; 
 Pulso Capilar; 
 Pulso Venoso. 
...............Pulso radial............... 
 SEMIOTÉCNICA: 
 A artéria radial se localiza 
entre a apófise estiloide do 
rádio e o tendão dos 
flexores. 
 Para palpá-la, colocam-se as 
polpas dos dedos indicador 
e médio, colocando 
compressão até obter o 
pulso máximo, e seu 
polegar se fixa no dorso do 
punho do paciente. 
 O examinador usa a mão 
direita para palpar o pulso 
esquerdo do paciente e 
vice-versa. 
 A mão do paciente deve 
repousar no leito com leve 
supinação. 
 SEMPRE comparar com o 
lado homólogo. 
 
 QUE CARACTERÍSTICAS 
ANALISAR? 
 Estado da parede 
arterial: (lisa, sem 
tortuosidades e se deprime 
facilmente) 
 Frequência: (contar o nº 
de pulsações durante 1 min 
e comparar os valores com 
o nº de bpm) 
 
42 
 
 Ritmo: (sequencia das 
pulsações – regular ou 
irregular) 
 Amplitude ou 
magnitude: (sensação 
captada em cada pulsação 
– ampla, media e pequena) 
 Tensão ou dureza: 
(compressão progressiva 
da artéria – pulso mole ou 
pulso duro) 
 Tipos de onda: (apenas 
com o treino é possível 
reconhecer e diferenciar) 
 Comparação com 
lado homólogo: 
(averigua a igualdade ou 
desigualdade dos pulsos 
palpando-os 
simultaneamente.) 
...........Pulsos periféricos........... 
A análise dos pulsos periféricos permite 
a comparação das artérias homologas 
na ausência e presença de pulso. 
 QUAIS PULSOS PALPAR? 
 Carotídeo 
 Temporal superficial 
 Subclávio 
 Axilar 
 Braquial 
 Cubital 
 Radial 
 Aórtico abdominal 
 Ilíaco 
 Femoral 
 Poplíteo 
 Tibial anterior 
 Tibial posterior 
 Pedioso 
 
(nem todos os pulsos estão representados nesta imagem) 
..............Pulso capilar.............. 
O pulso capilar é o rubor intermitente 
e sincrônico com o pulso radial que se 
observa em determinadas regiões da 
pele e mucosas. 
 SEMIOTÉCNICA 
 Faz-se uma leve 
compressão sobre a borda 
de uma unha até ver uma 
zona pulsátil que marca a 
 
43 
 
transição da cor rósea para 
a pálida – normalmente é 
discreta ou imperceptível.. 
 
Pulso venoso, turgência ou 
Ingurgitamento jugular 
 Paciente em decúbitodorsal, 
eleva-se a cabeceira a 45º; 
 Localiza-se o ângulo de Louis e 
coloca-se uma régua 90º com o 
chão; 
 Encontra-se a veia jugular, e com 
outra régua, coloca-se no ponto 
mais alto da veia que possui 
pulsação; 
 Acima de 5cm – patológico – 
pode indicar insuficiência 
ventricular direita. 
 
 
Para ler: 
 
capitulo 13 – Exame dos Pulsos 
Radial, Periféricos e Venoso 
 
 
44 
 
exame dos linfonodos 
Introdução 
Os linfonodos organizam-se em grupos 
superficiais (localizados do tecido celular 
subcutâneo) e os profundos (abaixo da 
fáscia dos músculos e dentro de varias 
cavidades do corpo). 
Tamanho normal: 0,5 – 2,5 cm 
 CADEIAS DE LINFONODOS: 
 Pré-auricular 
 Retroauricular 
 Occipital 
 Submentoniano 
 Submandibular 
 Tonsilares 
 Cervical anterior 
 Cervical posterior 
 Supraclaviculares 
 
 Infraclaviculares 
 Axilares 
 Epitrocleanos 
 Inguinais 
 Poplíteos 
 
Inspeção 
 Boa iluminação 
 Área examinada despida 
 Comparar lado contralateral 
 Verificar possíveis adenomegalias 
ou presença de sinais flogisticos. 
 
 
45 
 
Palpação 
 Realizada com as polpas digitais e 
as faces ventrais do dedo 
indicador, médio e polegar. 
 Ajustar a cabeça do paciente 
para relaxar a musculatura pra 
que se palpem melhor os 
linfonodos da cabeça e pescoço. 
 
 Para a palpação dos linfonodos 
axilares, retropeitorais e 
epitrocleanos, o examinador se 
coloca a frente do paciente, 
segurando seu braço e palpando 
com a mão heteróloga. 
 Os linfonodos axilares se palpam 
com as mãos em “garra”. 
 
 Os linfonodos retropeitorais e 
epitrocleanos se palpam com as 
mãos em “pinça”. 
 Na palpação dos linfonodos 
poplíteos, o paciente deve ficar 
em decúbito ventral e as pernas 
semifletidas. 
 
 DESCREVER: 
 Localização 
 Tamanho 
 Consistência 
 Coalescência 
 Sensibilidade 
 Presença de sinais 
flogísticos e fistulização. 
 
 LEMBRAR: 
 Linfonodo de Virchow 
(supraclavicular esquerdo) – quando 
for visto na inspeção, é chamado de 
Sinal de Troisier. 
 
 
46 
 
 Linfonodo de Irish (axilar 
esquerdo) 
 
 
 Linfonodo Sister Mary-Joseph 
(periumbilical) 
 
 
 Linfonodo de Blummer 
(prateleira retal) 
 
 EDEMA 
 Localizado 
 Intensidade variável 
 Duro 
 Não depressível 
 Frio 
 Indolor 
 Sem sinais flogisticos. 
 
 
Para ler: 
Capítulo 12 – Exame dos Linfonodos 
 
 
47 
 
Exame do aparelho 
respiratorio 
Introdução 
O exame do aparelho respiratório 
compreende Inspeção, palpação, 
percussão e ausculta. o paciente deve 
ficar sentado e o examinador 
movimentando-se ao redor dele. 
...................Inspeção.................. 
Inspeção estática: 
 Avalia o estado da pele e 
das estruturas superficiais 
da parede torácica. 
 Compreende também, a 
forma do tórax e a 
presença ou não de 
abaulamentos e retrações. 
Inspeção dinâmica: 
 Analisa-se tipo respiratório, 
ritmo e frequência da 
respiração; 
 Amplitude dos movimentos 
respiratórios. 
 Presença ou não de 
tiragem e expansibilidade 
dos pulmões. 
 FORMA DO TÓRAX: 
 
 Tórax chato: mais 
comum em longilíneos, e 
não tem significado 
patológico. 
 
 Tórax em Tonel ou em 
Barril: enfisema pulmonar 
ou em pessoas idosas livres 
 
48 
 
de qualquer doença 
pulmonar. 
 
 
 Tórax Infundibuliforme 
(Pectus Excavatum): 
pode ser congênito ou 
adquirido. A causa mais 
importante é o raquitismo; 
quando mais acentuado, 
pode produzir distúrbio 
pulmonar restritivo. E em 
menores casos, pode 
indicar deslocamento 
cardíaco. 
 
 Tórax Cariniforme 
(pectus carinatum): 
“peito de pombo”, pode ser 
congênito ou adquirido, e a 
principal causa é o 
raquitismo. 
 
 Tórax em Sino ou 
Piriforme: segue em 
grandes 
hepatoesplenomegalias e 
na ascite volumosa. 
 
 Tórax Cifótico: por 
defeito de postura ou por 
lesão de vertebras 
torácicas (tuberculose, 
 
49 
 
osteomielite, neoplasias ou 
anomalias congênitas). 
 
 
 Tórax escoliótico: 
anomalia congênita. 
 
 Tórax Cifoescoliótico: 
congênito ou secundário ao 
desvio lateral do segmento 
torácico da coluna 
vertebral. 
 
 Tórax Instável 
Traumático: fratura nas 
costelas onde há 
movimentos torácicos 
paradoxais. 
 
 ABAULAMENTOS E 
DEPRESSÕES 
 Podem localizar-se em 
qualquer região do tórax e 
indicam alguma lesão que 
aumentou ou reduziu uma 
das estruturas da parede 
ou de órgãos intratorácicos. 
 
 TIPO RESPIRATÓRIO 
 Observa-se atentamente a 
movimentação do tórax e 
do abdome. 
♀: costal superior 
 
50 
 
♂: toracoabdominal 
 
 RITMO RESPIRATÓRIO 
 Respiração Dispneica: 
movimentos respiratórios 
desconfortáveis para o 
paciente; 
 Platipneia: dificuldade para 
respirar na posição ereta, 
que se alivia na posição 
deitada. 
 Ortopneia: dificuldade para 
respirar na posição deitada. 
 Trepopneia: paciente se 
sente mais confortável 
deitando em decúbito 
lateral. 
 Respiração de Cheyne-
Stokes: ou dispneia 
periódica, são incursões 
respiratórias que vão se 
tornando cada vez mais 
profundas até atingirem 
uma amplitude máxima; 
nesse momento, os 
movimentos começam 
diminuir, podendo chegar à 
apneia. 
 Respiração de Biot: 
movimentos respiratórios 
de diferentes amplitudes e 
com intervalos variáveis; 
 Respiração de Kussmaul: 
amplas e rápidas 
inspirações interrompidas 
por curtos períodos de 
apneia – “peixe fora 
d’água”; 
 Respiração Suspirosa: 
aquela na qual interrompe-
se uma sequequencia 
regular da respiração por 
uma inspiração profunda 
seguida de uma expiração 
demorada. 
 
 AMPLITUDE DA RESPIRAÇÃO 
 Superficial: enquanto 
estamos tranquilos, 
dormindo. 
 Profunda: em esforços, 
emoções. 
 
 
51 
 
 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
 Eupneico (16 a 20 irpm) 
 Bradpneico (-16 irpm) 
 Taquipneico (+20 rpm) 
 Apneico (parada 
respiratória) 
 
 TIRAGEM: retração dos espaços 
intercostais. Visível em pessoas 
magras, ou com obstrução de 
alguma das vias respiratórias.. 
 
 INSPEÇÃO DO PESCOÇO: 
deve-se perceber se a respiração é 
auxiliada pela musculatura do 
pescoço (sinal de obstrução das vias 
respiratórias). 
 
 
.....................Palpação.................. 
 ESTRUTURA DA PAREDE 
TORÁCICA: 
 Investigar pele, tecido 
celular subcutâneo, 
músculos, cartilagens e 
ossos. 
 EXPANSIBILIDADE OU 
MOBILIDADE 
 Dos Ápices: o examinador 
se posiciona atrás do 
paciente, pousando ambas 
das mãos sobre as regiões 
que correspondem os 
ápices, os polegares 
levemente se encostam. 
Solicita-se ao paciente que 
 
52 
 
respire mais fundo, 
enquanto o examinador 
observa a movimentação 
de suas mãos, pesquisa-se 
diminuição ou ausência de 
movimentos. 
 Manobra de Rualt 
 
 Das Bases: ainda atrás do 
paciente, os polegares do 
examinador devem estar 
próximos da 9ª e 10ª vtb torácica, 
enquanto os demais dedos 
devem abarcar a área das bases 
pulmonares. Analisa-se a 
mobilidade das bases durante a 
respiração tranquila e também 
profunda. 
 Manobra de Roualt 
 
 FRÊMITO TORACOVOCAL 
 O examinador pousa as 
mãos sobre as regiões do 
tórax ao mesmo tempo 
em que o paciente 
pronuncia “trinta e três”. 
 Paciente levanta os braços 
para avaliação do frêmito 
lateral. 
 Paciente “se abraça” para 
avaliação do frêmito 
posterior. 
 
 FTV aumentado: consolidações 
(pneumonia e infarto pumonar). 
 FTV diminuído ou ausente: 
derrame pleural, pneumotórax, 
enfisema pulmonar, atelectasias e 
espessamento pleural. 
..................Percussão................. 
 Percutir todo o tórax 
anteriormente, lateralmente e 
 
53 
 
posteriormente (C7 como 
referência). Começando de cima 
para baixo, golpeando ora de um 
lado, ora de outro. 
 SOM CLARO PULMONAR. 
 
.................AUSCULTA............... 
 
 Paciente deve estar sentado com 
o tórax totalmentedescoberto. 
 Solicite ao paciente que respire 
profundamente com os lábios 
entreabertos. 
 SONS NORMAIS: 
 
 Som traqueal: ruído respiratorio 
mais curto e brando; uma leve 
pausa e um ruído expiratório mais 
forte e prolongado. 
 Respiração brônquica: audível na 
área de projeção dos brônquios 
principais. Seu ruído expiratório é 
um pouco menos intenso. 
 Murmúrio vesicular: ruído 
inspiratório mais intenso e 
duradouro que o ruído expiratório, 
sem pausa. 
 Respiração broncovesicular: 
respiração brônquica + murmúrio 
vesicular. Apresenta intensidade da 
inspiração igual da expiração, sem 
pausa. 
 
 SONS ANORMAIS: 
 Estertores finos/crepitantes: 
final da inspiração agudo, não 
passa com a tosse e se 
modifica com a posição 
adotada. 
 Estertores 
grossos/subcrepitantes: inicio 
da inspiração e por toda a 
expiração, grave; muda com a 
 
54 
 
tosse e não se modifica com 
a posição. 
 Roncos: sons graves, ocorrem 
durante toda a respiração, 
com predominância na 
expiração. 
 Sibilos: som agudo, “miado de 
gato”; ocorre na inspiração e 
expiração. 
 
 AUSCULTA DA VOZ: 
 
 
 
Ressonância 
vocal normal 
Presente em todo o 
tórax, exceto nas 
áreas do coração e 
fígado. Mais intensa 
nas regiões 
interescapulovertebrais 
e esternal supeior. 
Mais forte em 
homens. 
Ressonância 
vocal 
diminuída 
Espessamento pleural; 
Derrame pleural; 
Atelectasia por 
oclusão brônquica; 
Pneumotórax; 
Enfisema pulmonar. 
Ressonância 
vocal 
aumentada 
(broncoscopia, 
pecterilóquia 
fônica e 
afônica) 
Pneumonia; 
Infarto pulmonar; 
Neoplasia pulmonar 
 
Egofonia 
Parte superior dos 
derrames pleurais e 
áreas de condesação 
ou cavidades. 
 
........Síndromes brônquicas e......... 
.............pleuropulmonares............. 
 
 
 
Para ler: 
 
Capitulo 16 – Exame do Tórax 
 
 
 
55 
 
Exame fisico do abdome 
Introdução 
Reconhecer os pontos de referência 
anatômicos, a divisão do abdome em 
quadrantes e a projeção de cada 
órgão dessa cavidade são essenciais 
para o estudo da propedêutica 
abdominal. 
 PONTOS DE REFERÊNCIA: 
 Rebordas costais 
 Ângulo de Charpy 
 Cicatriz umbilical 
 Cristas e espinhas ilíacas 
anteriores 
 Ligamento inguinal ou de 
Poupart 
 Sínfise púbica 
 REGIÕES DO ABDOME 
 
 PROJEÇÃO DOS ÓRGÃOS NAS 
PAREDES TORÁCICAS E 
ABDOMINAL 
1. Fígado: seu limite superior é 
delimitado por percussão, desde 
todo o hemitórax direito de cima 
para baixo até encontar som 
maciço. Em condições normais, 
no 5º ou 6º EICD. O limite inferior 
é dado pela palpação. 
Normalmente, 1cm da reborda 
costal. 
2. Baço: normalmente, o baço 
não é percutível, pois se localiza 
em uma área timpânica (espaço 
de traube), também não palpável, 
exceto em esplenomegalias, etc. 
 
................Inspeção.................................................. 
Inspeção estática: 
 Alterações na pele 
 Sinal de Cullen (equimose 
periumbilical) 
 Sinal de Gray Turner 
(equimose nos flancos) 
 Sinal de Fox (equimose na 
região pubiana) 
 Indicam hemorragia 
retroperitoneal. Sugestivo de 
 
56 
 
pancreatite aguda ou 
gravidez ectópica 
hemorrágica. 
 Circulação colateral 
 Distribuição de pêlos 
 Forma e simetria do abdome 
 Cicatrizes 
 Flanco direito: colecistectomia 
 Flanco esquerdo: colectomia 
 Fossa I.D.: apendicectomia, 
herniorrafia 
 Fossa I.E.: herniorrafia 
 Hipogástrio: histerectomia 
 Linha media: laparotomia 
 Região lombar: nefrectomia 
 Linha vertebral: laminectomia 
 
 Abaulamentos e depressões 
 Sinal da irmã Maria José: 
nódulo palpável na região da 
cicatriz umbilical, resultado de 
uma metástase de câncer 
maligno no abdome. 
 Movimentos 
 Movimentos respiratórios 
 Peristalse visível – ondas 
peristálticas de Kussmaul 
(indica estenose pilórica ou 
obstrução intestinal) 
 FORMA E VOLUME DO ABDOME: 
 Atípico ou normal 
 
 Globoso ou protuberante: 
gravidez avançada, ascite 
volumosa, obesidade, distensão 
gasosa, tumores, etc. 
 
 Em ventre de batráquio: ascite 
em fase de regressão. 
 
 Pendular ou ptótico: flacidez do 
abdome no período puerperal. 
 
57 
 
 
 Em avental: obesidade. 
 
 Escavado: magreza, doenças 
consuntivas, neoplasias. 
 
Inspeção dinâmica 
 Manobra de Valsalva: 
aumenta a pressão intra-
abdominal, e pode ajudar no 
diagnostico de hérnias, 
protusões e etc. 
 
 Manobra de Smith-
Bates: pede-se ao paciente 
levantar os MMII para contrair 
a musculatura abdominal. Se a 
massa desaparecer, ela está 
abaixo da parede abdominal. E 
se estiver palpável, é porque 
pertence à parede abdominal. 
 
 
......................................................Ausculta..................................................... 
 Sempre fazer primeiro que a 
palpação e percussão. 
 Avalias presença de sopros 
arteriais e ruídos hidroaéreos. 
 Sempre avaliar em todos os 
quadrantes, em ordem. 
 
58 
 
 Normal: de 5 a 35 
borborigmos por minuto. 
 Ausente: íleo paralitico 
 
.................PALPAÇÃO................ 
 É realizada com o paciente em 
decúbito dorsal, usando a técnica 
da mão espalmada. 
 EM HIPÓTESE ALGUMA 
comece a palpação pelo lado da 
dor. Sempre pergunte antes ao 
paciente o local da dor, e realize 
a palpação pelo outro lado, 
deixando o local por ultimo. 
 De acordo com as condições, há 
outras técnicas palpatórias 
diferentes. 
Palpação superficial 
 
 Investigam-se a sensibilidade, 
resistência da parede, a 
continuidade da parede 
abdominal, as pulsações e 
reflexo cutâneo-abdominal. 
 Pontos dolorosos: 
 
 
Palpação profunda 
 
59 
 
 
 Investiga-se massas palpáveis, 
tumorações, e os órgãos. 
 Órgãos e massas palpáveis, 
devem ser caracterizados quanto 
à: 
 Localização 
 Forma 
 Volume 
 Sensibilidade 
 Consistência 
 Mobilidade 
 Pulsatilidade 
Palpação do fígado 
 Manobra de Lemos Torres: 
o Mão esquerda cima da loja 
renal direita, forçando-a 
para cima; 
o Mão direita movimenta-se 
tentando palpar o fígado, 
acompanhando a 
respiração do paciente. 
 
 Manobra de Mathieu: 
o Examinador voltado para os 
pés do paciente; 
o Mãos em garra, 
coordenando a 
movimentação com a 
respiração do paciente. 
 EXPIRAÇÃO: prepara! 
 INSPIRAÇÃO: movimenta! 
 
 Manobra da Arranhadura: 
o Coloca-se o estetoscópio 
na região epigástrica e 
realiza-se movimentos 
lineares horizontais em 
sentido ínfero-superior em 
hemiabdome direito com 
objeto de ponta romba. 
 Hepatimetria: 
o Limite superior: 4º ou 5º 
EICD (percussão maciça) 
o Limite inferior: palpação 
 Normal: 6-12cm 
 
60 
 
 Hepatomegalia >12 
Palpação do baço 
 Manobra de Mathieu 
o Posição de Schuster 
o Delimitar Espaço de Traube 
 Palpável: esplenomegalias 
 
Palpação da Vesícula biliar 
 Ponto cístico: palpar com os 
dedos indicador e médio a 
intersecção da borda lateral do 
musculo reto do abdome direito 
com o rebordo costal direito. 
 
 Sinal de Murphy: médico faz 
pressão sobre o ponto cístico do 
paciente durante a INSPIRAÇÃO. 
Positivo quando o paciente 
interrompe a inspiração devido a 
dor. 
 Sinal de Courvoisier 
Terrier: a vesícula encontra-se 
dilatada, palpável e não dolorosa. 
Indica câncer na cabeça do 
pâncreas, quando associado à 
icterícia. 
 
 Manobras especiais: 
1. : Manobra do Rechaço
Com a palma da mão 
comprime-se com certa 
firmeza a parede abdominal, e 
com a face ventral dos dedos 
e polpas digitais provoca-se 
um impulso rápido na parede, 
retornando-se os dedos à 
posição inicial sem afrouxar a 
compressão da parede 
abdominal. Existe rechaço 
quando, imediatamente após a 
impulsão, percebe-se um 
choque na mão que provocou 
o impulso. Isso traduz a 
presença de órgão ou tumor 
 
61 
 
sólido flutuando em um meio 
líquido, representado por 
ascite. 
 
2. Manobra da 
descompressão súbita:Comprime-se vagarosamente 
e progressivamente um 
determinado local do abdome 
que durante a palpação geral 
mostrou-se dolorido. Durante a 
execução da manobra, o 
examinador vai indagando e 
observando as reações do 
paciente. Diz-se que é positiva 
se a dor apresentar nítida 
exacerbação no momento em 
eu se faz a descompressão. 
 
3. Pesquisa do vascolejo: 
Pode ser efetuada de duas 
maneiras: 
 Prende-se o estômago 
com a mão direita, 
movimentando-o de um 
lado para o outro, ao 
mesmo tempo que se 
procura ouvir ruídos 
hidroaéreos nele 
originados.. 
 Repousa-se a mão sobre 
a região epigástrica e 
executam-se rápidos 
movimentos 
compressivos com a 
face ventral dos dedos e 
as polpas digitais, tendo-
se o cuidado de não 
deslocar a palma da 
mão. Quando se ouvem 
ruídos de líquidos 
sacolejando, diz que há 
vascolejo. Esta manobra 
costuma-se ser chamada 
de patinhação. 
 
 Manobras para apendicite 
 PONTO DE MCBURNEY: 
traçar uma linha entre a espinha 
ilíaca anterossuperior e a cicatriz 
umbilical, e dividir partes. O ponto 
é o encontro entre o terço distal 
 
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e médio.
 
 Dor à Sinal de Blumberg:
descompressão súbita no ponto 
de McBurney. 
 Sinal de Rovsing: 
compressão FIE e realizar 
deslocamento compressivo até a 
FID. 
 Sinal de Lenander: 
Temperatura retal maior que a 
temperatura axilar em mais de 1º 
C. 
 Sinal de Dunphy: Dor na FID 
que piora com a tosse. 
 Sinal de Lapinsky: Dor à 
compressão da FID enquanto se 
eleva o membro inferior direito 
esticado. Presente no apêndice 
retrocecal. 
 Sinal de Aaron: Dor 
epigástrica referida à palpação do 
ponto de McBurney. 
 Sinal do Iliopsoas: Dor à 
extensão e abdução da coxa 
direita com o paciente em 
decúbito lateral esquerdo. 
Presente no apêndice retrocecal. 
 Sinal do Obturador: Dor 
hipogástrica à flexão e rotação 
interna do quadril. Presente no 
apêndice pélvico. 
 
...............Percussão............... 
A posição fundamental do paciente é o 
decúbito dorsal. Contudo, outras 
posições são necessárias na pesquisa 
de ascite. Podem ser encontradas os 
seguintes tipos de sons no abdome: 
 Timpânico: normal; 
 Hipertimpanismo: obstrução 
intestinal, meteorismo, 
pneumotórax; 
 Submacicez 
 Macicez: ascites, massas, etc. 
 
 DETERMINAÇÃO DO LIMITE SUPERIOR DO 
FÍGADO 
Percute-se o hemitórax direito ao nível 
da linha hemiclavicular direita desde sua 
 
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origem na clavícula até o 4º ou 5º 
espaço intercostal; De início, obtém-se 
som claro pulmonar. A seguir, em 
condições normais, na altura do 5º ou 
6º espaço intercostal, observa-se som 
submaciço. Esse ponto corresponde ao 
limite superior do fígado 
 Sinal de Jobert: desaparecimento 
da macicez hepática, dando lugar 
ao timpanismo decorrente de 
pneumoperitônio que tem como 
causa frequente a perfuração do 
tubo gastrintestinal. 
 
 PESQUISA DE ASCITE 
 Piparote (grande volume): 
paciente adota o decúbito dorsal 
e ele próprio coloca a borda 
cubital da mão sobre do abdome, 
exercendo uma ligeira pressão 
de modo a impedir a transmissão 
pela parede abdominal do 
impacto provocado pelo piparote. 
O examinador repousa a mão 
esquerda no flanco do outro lado. 
Passa-se então a golpear com o 
indicador a face lateral do 
hemiabdome direito. Se houver 
líquido em quantidade suficiente 
na cavidade peritoneal, a mão 
esquerda apta os choques das 
ondas líquidas desencadeadas 
pelos piparotes. 
 
 Macicez móvel (médio vol.): 
Coloca-se o paciente em 
decúbito lateral direito e percute-
se todo o abdome; havendo 
ascite, encontra-se timpanismo 
no flanco esquerdo e macicez no 
flanco direito. A seguir, paciente 
adota o outro decúbito lateral, 
percutindo-se de novo todo o 
abdome. 
 
 
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 Semicírculos de Skoda 
(médio vol.): Percute-se o 
abdome a partir do epigástrio, 
radialmente em direção aos 
limites do abdome. Observa-se a 
transição entre o som timpânico 
para o som submaciço e, 
posteriormente para maciço, no 
sentido craniocaudal. A junção de 
pontos de transição formam 
semicírculos 
 
Bexigoma – concavidade para baixo 
Ascite – concavidade para cima. 
 
Para ler: 
 
Capitulo 17 – Exame do Abdome

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