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1- Disfagia - Resumo do Capítulo 38

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Resumo do Capítulo 38 - Tratado de gastroenterologia – Sintomas das doenças do esôfago 
João Victor Santos Gomes 
INTRODUÇÃO 
 
Esôfago transporta o alimento da boca ao estomago 
Entre sua musculatura longitudinal e circular há o plexo nervoso mioentérico = comunicação entre o nervo vago e o 
musculo liso 
Há 2 esfíncteres esofágicos = EES e EEI = O EEI fisiologicamente dificulta o refluxo gastroesofágico 
O esôfago pode ser sede de: 
. doenças orgânicas = alteração anatômica na estrutura do órgão = geralmente obstruções 
. doenças funcionais = distúrbios de motilidade sem evidência de lesão estrutural 
. Principais sintomas de doenças do esôfago = Disfagia, pirose, sensação de globus e dor torácica 
DISFAGIA 
. Dificuldade de deglutição 
. Dois tipos básicos de disfagia: 
a) Disfagia orofaríngea (de transferência) = pode ser 
problema tanto na preparação da ejeção quanto na 
ejeção em si (fase oral ou fase faríngea) 
. Mais comumente causada por problemas 
neuromusculares 
. Mais frequente em idosos 
. Diagnóstico feito na anamnese = Paciente relata 
dificuldade para engolir e localiza a região cervical; 
engasgos e regurgitação de líquidos pela narina são 
comuns; as refeições se tornam mais longas 
No prolongamento do quadro podemos ter perda de 
peso 
Paciente pode relatar ou apresentar quadro de 
pneumonia = devido a aspiração do alimento 
Paciente se alimenta tossindo 
. Na história clínica sempre se atentar às circunstâncias 
de início, duração e progressão dos sintomas 
Início súbito + sinais ou sintomas neurológicos = 
geralmente causas neurovasculares (pode ter vertigens, 
náuseas, vômitos, soluços, rouquidão, diplopia = indica 
tronco cerebral) 
Disartria, diplopia, fraqueza de membros, fadiga ou outros 
sintomas neuromusculares mais amplos = etiologia 
muscular ou do neurônio motor 
 
No paciente idoso sempre investigar: Doença sistêmica 
ou metabólica; localizar nível neuroanatomico e 
gravidade da lesão neurológica (se presente); detectar 
possibilidade de aspiração, sepse pulmonar, carência 
nutricional = são indicadores de gravidade da disfagia 
. Exames complementares = 
- Estudo vídeofluoroscopico = registra em tempo real a 
dinâmica da deglutição 
É um método radiológico contrastado 
Oferece muitos subsídios a pesquisa 
Avalia bem a fase oral e faríngea 
Permite ver escape de conteúdos da oro para a 
rinofaringe ou aspiração 
- Estudo endoscópico funcional da deglutição = visão 
direta das estruturas 
Introduz o fibroscopio pelo nariz 
Maior vantagem = definir a maior ou menor capacidade 
reflexa de proteção das vias aéreas com o emprego de 
pulso de ar ou toque leve nas paredes que delimitam o 
espaço interaritenoide 
- Estudo manométrico da faringe = 
. Feito em associação com o estudo do esôfago 
. Informa valores pressóricos da faringe 
 
 
 
 4 principais grupos de causa de disfagia orofaríngea 
 
1) SNC 
. AVE 
. Síndrome extrapiramidal (coreia de Huntington, doença 
de Wilson) 
. Tumores de tronco cerebral 
. Alzheimer 
. ELA 
. Drogas 
2) SNP 
. Atrofia muscular espinhal; Guillain-Barré; Síndrome pós 
polimielite; Drogas (toxina botulínica, procainamida, 
citotóxicos) 
3) Miogênica 
Miastenia gravis; Dermatomiosite, polimiosite; Miopatia 
tireotóxica; Síndrome paraneoplasica; Drogas 
(amiodarona, álcool, drogas redutoras de colesterol) 
4) Alterações estruturais 
Divertículo de Zencker; Barra ou estenose do 
cricofaríngeo; Anel cervical; Tumores e orofaringe; 
Cicurgia de cabeça e pescoço; Radioterapia 
 
 
b) Disfagia esofagiana (de transporte) = 
- Dificuldade de passagem pós deglutição 
- Pode ser por causas orgânicas (intrínsecas ou 
extrínsecas) ou funcionais = causas orgânicas 
geralmente são distúrbios obstrutivos e causas 
funcionais geralmente são distúrbios motores 
Distúrbio motores primários = causa esta 
relacionado diretamente ao esôfago 
Distúrbio motor secundário = distúrbio ocorre 
secundário a doença sistêmica 
 Características clínicas 
- Exame físico geralmente é pobre 
- Não tem engasgo (mas paciente pode relatar 
engasgo de forma errônea) = sempre esclarecer 
se o paciente tem engasgo mesmo ou outra 
coisa 
- Sensação de entalo 
- Localização do incômodo = apêndice xifoide 
- Disfagia orgânica = progressiva e constante = 
consistência de solido para líquidos 
- Disfagia funcional = tanto para líquidos quanto 
para sólidos = pode ser intermitente, pode ter 
soluções e sialorreia 
- Desconforto ao nível da fúrcula esternal = 
disfagia alta referida 
- Fatores psíquicos agravam o quadro de 
disfagia 
 
 Diagnostico 
Circunstâncias do início, duração, evolução 
-Disfagia de Início súbito para sólidos + 
desconforto torácico = impactação de corpo 
estranho em área estenosada ou de anel 
- Disfagia progressiva com emagrecimento 
importante em pouco tempo + tabagismo + 
etilismo = lesão maligna 
- Disfagia exclusiva para sólidos de longa 
duração ou lentamente progressiva = estenoses 
benignas 
Antecedentes de pirose e regurgitação acida 
apontam para estenose péptica 
- Disfagia intermitente para sólidos e líquidos, 
com dor torácica = alteração funcional = 
espasmo esofagiano por exemplo 
- Disfagia esofagiana de longa duração, para 
sólidos e líquidos + estado geral conservado + 
emagrecimento rápido apenas no início do 
quadro = acalasia 
Na acalasia a disfagia é acompanhada de 
regurgitação em clara de ovo; surge hora após 
a alimentação, frequentemente a noite, 
sensação de sufocação 
No início da acalasia pode haver dor torácica 
espontânea que melhora com a ingestão de 
líquidos = precede por meses ou anos o 
surgimento da disfagia 
 Métodos complementares 
- EDA = excluir lesões orgânicas = estudo de início 
- Estudo radiológico = Esofagografia ou 
videoesofagografia = fundamental em disfagias 
crônicas 
- Esofagomanometria (EMN) 
- Manometria de alta resolução (MAR) 
 Pirose 
- Queimação retroesternal 
- Intermitente 
- Surge no epigástrio e ascende até a região cervical 
- Se for somada à regurgitação = DRGE = Muito prevalente em mulheres gravidas 
- Fator de risco para adenocarcinoma esofágico 
- Pirose funcional = Investigação complementar normal e resposta parcial ou ausente à IBP = relacionado a 
hipersensibilidade visceral 
- Na avaliação clínica devemos nos atentar que os pacientes muitas vezes se queixam de azia 
- Fatores desencadeantes = alimentos gordurosos ou picantes, cítricos, café, refrigerantes, álcool, refeições volumosas, 
tabaco, medicamentos, hábito de deitar-se imediatamente após as refeições 
- Aumento da pressão intra-abdominal = ganho de peso, levantamento de peso, gravidez ou exercícios abdominais = 
desencadeiam pirose 
- Estresse = fator de piora 
 Globus 
- Sensação de corpo estranho na garganta 
- Pode ser tanto um sintoma como um diagnostico 
- Causa desconhecida 
- Geralmente associada com doenças orgânicas ou funcionais 
- Geralmente é intermitente 
- Raramente é dolorosa e não se associa a odinofagia 
- EDA e exame otorrino. E laringoscopia = investigação inicial