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Geriatria · Ramo da medicina que se dedica ao idoso, ocupando-se não só da prevenção, do diagnóstico e do tratamento das suas doenças agudas e crônicas, mas também da sua recuperação funcional e reinserção na sociedade. Gerontologia · É o estudo do envelhecimento nos aspectos biopsicossociais, assim como as suas consequências. · É multi e interdisciplinar. · Na área profissional, visa a prevenção e a intervenção para garantir a melhor qualidade de vida possível dos idosos até o momento final da sua vida. · Os profissionais da gerontologia têm formação diversificada, interagem entre si e com os geriatras. · É o profissional com formação de nível superior nas diversas áreas do conhecimento, titulado pela SBGG, apto para lidar com questões do envelhecimento e da velhice, com um olhar interdisciplinar a partir da sua área original de conhecimento. Envelhecimento X Velhice · Envelhecimento: fenômeno comum do processo de vida que, assim como a infância, adolescência e maturidade, é marcada por mudanças biopsicossociais específicas, associadas a passagem do tempo. · Velhice: etapa da vida que segue a maturidade e que apresenta efeitos específicos sobre o organismo do homem, em razão do passar dos anos. · Envelhecimento segundo a OMS: · É um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte. · O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, hoje faz parte da realidade da maioria das sociedades. · Estima-se para o ano de 2050 cerca de 2 bilhões de pessoas com 60 anos a mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento. · No brasil, estima-se que exista, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos. · Fatores que contribuíram para o aumento da expectativa de vida: · Avanços da medicina; · Melhora da qualidade de vida; · Melhora nutricional; · Melhores condições sanitárias e ambientais. Quem é o idoso? · Atualmente, o termo certo a ser usado, segundo lei, é “pessoa idosa”. · Conceito cronológico: · Para a OMS, o ser idoso difere entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. · Desenvolvidos – 65 anos ou mais; · Em desenvolvimento – 60 anos ou mais. · Velhice sociológica: é a velhice importa pela sociedade, varia com o quadro cultural, condições de vida e de trabalho. · Velhice biológica: é um processo contínuo durante a vida, onde há modificações morfológicas e fisiológicas. · Velhice psicológica: é a velhice imposta compatível com as capacidades intelectuais da pessoa. Processos de envelhecimento · Senescência: é um fenômeno biológico, universal e inexorável; · Redução da capacidade de manutenção em homeostasia, em condições de sobrecarga funcional. · Implica em perda progressiva da capacidade de adaptação do organismo frente à sobrecarga, porém, sem acarretar qualquer prejuízo à autonomia e à independência do indivíduo. · Envelhecimento fisiológico. · Senilidade: conjunto de alterações decorrentes de situações de doença, que podem acompanhar um indivíduo ao longo do processo de envelhecimento. · A sobrecarga decorrente do processo de doença, somada à perda da capacidade de manutenção da homeostase, decorrente do processo natural de envelhecimento, desencadeia o surgimento de sintomas e determina prejuízo à autonomia e independência do indivíduo. · Envelhecimento causado por alguma patologia. Conceitos importantes · Autonomia: capacidade de gerir a própria vida e de tomar decisões. · Independência: capacidade de realizar atividades cotidianas sem ajuda de outras pessoas. · Senecultura: conjunto de técnicas empregadas para assegurar o perfeito desenvolvimento físico, mental e moral do idoso. · Envelhecimento saudável: ausência ou pequena influência de fatores intrínsecos. · Idoso ativo: mantém atividades que julga importantes, tem motivação para o crescimento pessoal e tem consciência das limitações impostas pelo envelhecimento. · Idoso frágil: 61% da população idosa, com idade superior a 70 anos. · Várias doenças crônicas, limitações aos exercícios e AVD’s. · Pode ocorrer fragilidade de origem física, psicológica ou social. · Idoso dependente: falta ou perda de autonomia física, psíquica ou intelectual. · Necessita de ajuda para sobreviver ou para manter uma qualidade de vida. Dados sobre os idosos · Envelhecer sem ou com poucas doenças crônicas á mais exceção do que regra. · Cerca de 70% dos idosos possuem alguma doença crônica. · 40% possuem uma doença crônica e 29% duas ou mais, como diabetes, hipertensão ou artrite. · 85% da população idosa vivem em áreas urbanas; · 43% afirmaram ter medo de cair na rua. Conceitos sobre saúde · Qualidade de vida = independência + autonomia + capacidade funcional. · Qualidade de vida para um indivíduo idoso – capacidade de vivenciar os desgastes próprios do envelhecimento, utilizando mecanismos de compensação e/ou atenuação destes, preservando o máximo da capacidade funcional individual de cada idoso. · Capacidade funcional – é a medida da capacidade do indivíduo realizar por si mesmo aquilo que precisa ou deseja. · São habilidades físicas, motoras, cognitivas e sociais que um indivíduo possui para cuidar de si mesmo e interagir com outras pessoas e com o ambiente. Atividades de vida diária · Englobam todas as atividades da vida cotidiana, as quais têm um valor, um significado concreto e um propósito para cada pessoa. · As ocupações são centradas na identidade e nas capacidades de cada pessoa, e influem no modo de como cada um ocupa seu tempo e toma suas decisões. · Atividades de vida diária = atividades básicas de vida diária (ABVDs) + atividades instrumentais de vida diária (AIVDs). · ABVDs – atividades básicas, indispensáveis, de autocuidado: · Banhar-se, vestir-se, transferir-se, controle de esfíncteres, higiene íntima e cuidado pessoal, continência, alimentar-se. · AIVDs – atividades básicas necessárias para uma pessoa se relacionar com seu meio social: · Usar o telefone, o transporte, fazer serviços domésticos moderados, gerenciar seus medicamentos, seu dinheiro, fazer compras, preparar a comida. O profissional de saúde deve ficar alerta a: · Perda involuntária de peso; · Fraqueza; · Redução da velocidade de marcha; · Exaustão; · Estes sintomas são indícios de síndrome da fragilidade; · Isso pode desencadear queda, hospitalização e até mesmo declínio funcional e morte.
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