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FACULDADE ACESITA 
PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
FRANCISCA LUCILENE DA SILVA MAIA
O CRIME TENTADO E SUAS TEORIAS NO DIREITO PENAL 
CRATO-CE
2022
6
5
FRANCISCA LUCILENE DA SILVA MAIA
O CRIME TENTADO E SUAS TEORIAS NO DIREITO PENAL 
Artigo científico apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Direito Penal e Processual Penal da Faculdade Acesita, como requisito parcial à obtenção do título de Pós-graduada em Direito Penal e Processual Penal. 
RESUMO
O presente trabalho busca analisar e mostrar algumas teorias da tentativa no âmbito jurídico. O seu conceito encontra-se no artigo 14 do nosso código penal brasileiro, contudo, não fica limitado a isto, pois há um amplo entendimento e divergências doutrinárias a respeito do assunto. Para tanto, utiliza-se de pesquisas bibliográficas, em livros, artigos acadêmicos, sites confiáveis, jurisprudências, legislações e doutrinas dos mais variados autores do País, destacando seus principais aspetos. 
Posteriormente, será realizado uma espécie de exame no tema, destacando suas generalidades e em seguida uma análise do intercriminis, buscando mostrar o local exato em que a tentativa se faz presente para que seja punível em nosso ordenamento. Para isto, utilizaremos de um exemplo, um crime específico, para que seja possível analisar e auxiliar melhor o entendimento sobre o tema. 
Em outro momento, busca-se diferenciar o momento consumativo de um delito para a sua tentativa, por meio de crimes previstos no próprio Código Penal.
Palavras-chave: Tentativa. Consumação.
Introdução
Há anos o momento da consumação de um delito é discutido pelos intérpretes da lei. Doutrina e jurisprudência, debatem sobre o tema em diversas ocasiões. Tal discussão, teve diversas mudanças ao longo do tempo, fazendo com que isso desse lugar a outras opiniões e a algumas teorias, como forma de explicar, ou pelo menos, tentar explicar, o instituto da tentativa. 
Antes de tudo, até meados de 1980, se o agente ao subtrair um bem e tal pessoa fosse perseguido e a coisa levada fosse devolvida a vítima, provavelmente seria condenado pelo crime de furto tentado, entretanto, hoje, sobretudo após o surgimento da súmula 582 do Superior Tribunal de Justiça, a sua condenação, nesta situação hipotética, se daria pelo crime consumado. 
A influência sob o quantum de pena aplicado em cada situação é a principal diferença entre a tentativa e a consumação de modo que é obrigatório uma análise de cada caso concreto, para delimitar e conseguir chegar a uma aplicação de uma pena justa e respeitosa de acordo com nossa lei. 
O intercriminis é conhecido como as “fases” do crime, é o caminho em que se percorre até chegar ao delito por completo. Nele podemos delimitar as hipóteses de uma tentativa, principalmente em relação aos atos preparatórios e executórios. Até porque, no atual Código Penal, descreve-se que a tentativa de um delito poderá ser analisada a partir do início dos atos executórios. 
A tentativa em nosso ordenamento jurídico é um assunto bem amplo e com algumas teorias, e a partir daí surgiram opiniões doutrinárias e jurisprudenciais que se mostram relevantes sobre o assunto. Contudo, o presente trabalho vai mostrar e explicar as teorias mais relevantes sobre o tema, e como é entendida cada uma delas. 
Desenvolvimento
Após uma breve noção sobre o conceito de tentativa, e como entendê-la, surgiu a necessidade de explicá-la através de teorias, são elas divididas em três teorias: a objetiva, a subjetiva e a objetiva-subjetiva.
A teoria objetiva diferencia as penas do crime consumado e tentado, já que nestes não há uma efetiva lesão ao bem jurídico protegido pelo direito. Como cediço, o conceito de tentativa é amplo, e possui explicações adversas. Podendo ser analisados em livros, sites, artigos, pois o tema é bastante discutido, como já mencionado anteriormente. 
Ao se falar em teorias objetivas, deve-se ter em mente que elas fundamentam como base o perigo concreto de lesões aos bens protegidos pela lei. Entretanto, divergem apenas e tão somente em relação a definição do momento em que tal direito se encontra em perigo, ou em que momento há um efetivo perigo de dano ao direito, o que geralmente é analisado nos atos executórios. 
O Código Penal brasileiro de 1940, adotou o critério objetivo, em seu Artigo 14, II, com algumas ressalvas, as quais analisaremos no decorrer do trabalho. 
Já a teoria subjetiva afirmava que a vontade do agente em delinquir sobressaia sobre o perigo da conduta, com relação a justificar a punição da forma tentada. Sendo assim, os atos preparatórios, no Inter Criminis, não se diferenciavam dos atos de execução, já que a vontade de agir da pessoa em ambos os casos é a mesma.
Diferente das teorias objetivas, aqui a regra básica é a “vontade de delinquir” do agente. Sendo assim, se considerarmos que a vontade de agir é a mesma, tanto na tentativa quanto na consumação, a tendência seria equiparar a punição entre as duas, sendo, portanto, difícil de diferenciar os atos preparatórios de executórios, como também a possível punição em crimes impossíveis. 
	Em seguida surgiu a teoria objetivo-subjetiva, com o intuído de complementar as já mencionadas anteriormente, partindo-se de um critério mais objetivo, sendo este o motivo de ser chamada de subjetivo-objetiva. 
Também chamada de Teoria da Impressão, pode-se afirmar que o fundamento da punição se representa pela soma da vontade do agente de praticar um delito, com o risco ao bem protegido pelo Ordenamento Jurídico. Ou seja, a junção da avaliação criminosa com um princípio do risco ao bem jurídico. 
Por outro lado, como já cediço, a punição do crime tentado se justifica pelo perigo próximo do resultado e consequentemente um risco de lesão ao bem jurídico, que não chega a ocorrer justamente por circunstâncias alheias a vontade do agente. Conforme o artigo 14, II do Código Penal, a execução deve ser iniciada pelo agente para se configurar o crime na forma tentada.
Entretanto, embora seja adotada a teoria objetiva, essa não se mostra de caráter absoluto, pois há exceções no próprio ordenamento em que será possível a punição dos crimes mesmo no próprio artigo, como por exemplo o art. 352 que diz: “evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa”.
Da mesma forma, em relação aos atos preparatórios, que em regra não são punidos, há também no ordenamento a possibilidade de se punir, a exemplo do crime de associação criminosa, no artigo 288 do CPB: “Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes”.  Só o fato de associarem, estando estes praticando atos preparatórios, já serão punidos na forma da lei, mesmo sem ter iniciado a execução do delito.
Sobre a tentativa, temos algumas nomenclaturas, a primeira dela é a tentativa perfeita, quando o agente pratica os atos e esgota todos os meios e modos que tinha em seu alcance, mas não chega a consumar o delito por circunstâncias alheias a sua vontade.
A segunda é a imperfeita, quando o agente não consegue praticar todos os atos de execução que dispunha em seu poder, sendo interrompido antes que conseguisse finalizar sua vontade.
A tentativa incruenta ou branca, ocorre quando a vítima não chega a ser atingida. Já a cruenta ou vermelha é o contrário, quando a vítima é atingida, mas como diz o próprio instituto, a consumação não ocorre por circunstâncias alheias a vontade do agente. 
A tentativa qualificada ou abandonada o agente desiste de prosseguir ou após finalizar utiliza meios eficazes para impedir a consumação, nela, o agente poderia até consumar o delito, mas ele não quer prosseguir.
Há também o chamado crime impossível, que também se considera uma tentativa, a inidônea, está previsto no artigo 17 do Código: Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Conclusão
O presente trabalho mostrouo instituto da tentativa no ordenamento jurídico brasileiro. Buscou-se delimitar, em âmbito geral, as teorias que norteiam o tema, explicando cada uma delas e como é vista em nosso sistema legislativo. 
	Enumerou e explicou os tipos de tentativa, pontuando de forma objetiva cada uma delas, de modo a esclarecê-las e entendê-las. 
	Em relação ao tema, vimos que o artigo 14 do código penal traz a tentativa e mostra que a possibilidade de punição se dar a partir do início dos atos executórios, entretanto, identificou-se também, que há crimes na legislação pátria que traz em seu corpo a possibilidade do crime ser punido com apenas a preparação, como exemplo, falamos no crime de associação criminosa, previsto no artigo 288 do CPB. 
	Falou-se também que a teoria adotada pelo código penal foi a objetiva, que nela não há uma efetiva lesão ao bem jurídico protegido pelo direito, viu-se também que não é absoluta, podendo haver punições em crimes, como exemplo citamos o artigo 352 do código, “tentar evadir-se o preso...”
Por outro lado, de forma geral, a consumação de um delito, conforme o nosso Código Penal, será realizada quando nele se reunir todos os elementos de sua definição legal, ou seja, a depender do tipo penal, sua consumação pode se dá após praticado o verbo núcleo do tipo, por exemplo, matar no crime de homicídio, a consumação se dará com a morte da pessoa. 
Por fim, a tentativa é considerada um delito incompleto, pois sua tipicidade está contida na lei de modo a indicar que será descrita pela junção do tipo penal onde se prevê a punição do crime, com o dispositivo que a define, no caso, o art.14, II, do CPB. 
Portanto, para haver uma adequação da tentativa de um crime, deve-se realizar a junção de dois dispositivos, um do delito no caso concreto, somado ao artigo 14 do código, o qual se refere ao crime tentado, a exemplo, artigo 121, CP, “matar alguém”, com o artigo 14, CP, tentativa, uma vez o crime não consumado, a junção desses dispositivos resultará na tentativa de homicídio. 
REFERÊNCIAS
	. Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>.
NUCCI, Guilherme de souza. Código Penal Comentado. 11º ed. São Paulo: RT, 2012, p. 192. 
ARGENTINA Código Penal. Disponível em: <http://servicios.infoleg.gob.ar/infolegInternet/anexos/1500019999/16546/texact.htm>.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. v. 3. 13 edição. São Paulo: Saraiva, 2017.
BUSATO, Paulo César. Direito Penal. v. 1. 3 edição. São Paulo: Atlas, 2017
	. Manual de direito penal brasileiro: parte geral. 11. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.

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