PPB - Aula 2 - Sensação

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25/08/2014 
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PROCESSOS 
PSICOLÓGICOS 
BÁSICOS 
Aula 2 – Sensação 
 
 
 
 
 
 
Dce aorcdo com uma psqieusa de uma uinrvesriddae 
ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma 
plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a 
piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O 
rseto pdoe ser uma tatol bguçana ueq vcoê pdoe”* 
andia ler sem plormbea. 
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Como o mundo exterior chega ao nosso interior? 
 
Como nós construímos a representação do mundo exterior? 
 
 
Como nossas mentes interpretam o que 
os nossos sentidos detectam? 
SENSAÇÃO 
 
Detecção da energia física do 
ambiente e codificação em 
sinais neurais 
 
Processamento do tipo inferior ou 
ascendente (bottom-up) 
PERCEPÇÃO 
 
Seleção organização e 
interpretação das sensações 
 
 
Processamento do tipo superior 
ou descendente (top-down) 
Sensação e percepção combinam-se em um processo contínuo 
 
Nós construímos percepções utilizando tanto as sensações provenientes 
do processamento bottom-up quanto de nossas experiências e 
expectativas provenientes do processamento top-down 
Adaptações do Triângulo de 
Kanizsa descrito pelo 
psicólogo italiano 
Gaetano Kanizsa em 1955 
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SENSAÇÃO 
 
Princípios básicos: 
 
1) A natureza oferece sensores para as necessidades de cada um. 
Por exemplo: 
 
• Rã que se alimenta de insetos voadores, possui células 
sensoriais que respondem a objetos, escuros, pequenos 
e que se movimentam; 
 
• Bicho-da-seda macho que capta o odor de menos de 
um bilionésimo de grama dos ferormônios produzidos 
pela fêmea a mais de um quilômetro de distância; 
 
• Nossos ouvidos são mais sensíveis a sons na faixa de 
frequências sonoras da voz humana. 
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2) Os sentidos humanos não atendem a todas as modalidades sensoriais; 
temos consciência apenas de parte da energia que nos rodeia. 
 
 
Por exemplo: 
 
• Pássaros usam um compasso magnético; 
 
• Morcegos e golfinhos usam um sonar (percebem o eco a partir dos objetos) 
 
• Abelhas se localizam a partir de um sol que não enxergamos num dia nublado. 
 
 
PSICOFÍSICA 
 
 
 
 
Que estímulos nós podemos detectar? Em qual intensidade? 
3) Limiar Absoluto: intensidade mínima de um estímulo necessária para que 
ele seja detectado 
 
Por exemplo: 
 
Teste audiométrico define onde, na metade das vezes, a pessoa detecta o estímulo e 
onde, na metade das vezes isso não ocorre. 
 
 
Mas... Os limiares absolutos variam. Pessoas respondem de forma diferente ao 
mesmo estímulo. Além disso, as reações de uma mesma pessoa variam de 
acordo com as circunstâncias. 
 
Por exemplo: 
 
Pais de recém-nascidos percebem um gemido do bebê,mas não percebem sons mais 
altos sem tanta importância para eles... 
 
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Teoria da Detecção de sinais 
 
A detecção de um estímulo não depende apenas da intensidade deste, mas 
também de nosso estado psicológico – nossas experiências, expectativas, 
motivações e estado de alerta. 
 
Respondemos mais rapidamente: 
 
1) Se esperamos pelo estímulo 
2) Se é importante que detectemos esse estímulo 
3) Se estamos alertas 
 
Por exemplo: 
 
Respondemos mais rapidamente a estímulos praticamente inaudíveis quando 
estamos num contexto considerado perigoso. 
 
Então... Somos capazes de detectar estímulos com intensidade abaixo do 
nosso limiar relativo? 
 
4) Estimulação Subliminar 
 
Podemos ser afetados (inconscientemente) por estímulos tão fracos que 
passam despercebidos? 
 
Sim! 
 Estudos mostraram que as pessoas 
tendem a fazer avaliações positivas a 
imagens que são associadas a 
estímulos positivos. 
 
O mesmo acontece com: 
 
• a avaliação de caracteres chineses 
após a apresentação de faces 
sorridentes ou 
• a avaliação de temas de pesquisa 
após ver a face zangada do orientador 
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Podemos processar uma informação sem estar consciente dela? 
 
Sim! 
 
Estudos mostram que se uma palavra imperceptível é projetada e depois mascarada, 
podemos detectar uma palavra relacionada mais rápido que palavras não relacionadas. 
PÃO 
MANTEIGA 
LEITE 
FARINHA 
LÂMPADA 
GARRAFA 
CANETA 
Mas... E a persuasão subliminar? 
 
Estímulos subliminares têm um efeito sutil e fugaz sobre os pensamentos, 
mas não um efeito poderoso e duradouro sobre o comportamento. 
15 minutos e 20 
apresentações de 
outras palavras 
milissegundos 
5) Limiares Diferenciais (ou diferença apenas perceptível): menor diferença 
entre dois estímulos que uma pessoa é capaz de diferenciar metade das vezes. 
 
Por exemplo: 
 
Se10g for adicionada a 100g, perceberemos a diferença. 
Se 10g for adicionada a 1Kg, não perceberemos a diferença. 
 
O limiar diferencial aumenta proporcionalmente à magnitude do estímulo. 
 
 
 
 
 
 
Por exemplo: 
 
Para uma pessoa perceber a diferença: 
• Luzes devem variar em 8% 
• Pesos devem variar em 2% 
• Tons devem variar em frequência em 0,3% 
Lei de Weber 
A diferença de limiar não é uma medida constante, mas uma proporção 
constante ao tamanho do estímulo original. 
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6) Adaptação sensorial: redução de nossa sensibilidade para estímulos que 
não se modificam. 
 
• Após a exposição constante a um estímulo, nossas células passam a disparar 
com menos frequência. 
 
• Permite que foquemos alterações informativas de nosso ambiente, sem nos 
distrairmos com estímulos não informativos. 
 
• Nossos olhos se movem o tempo todo 
CONCLUSÃO 
 
Nossas percepções são organizadas de acordo com a 
imposição de nossa mente. Nós percebemos o mundo não 
como ele é, mas como é mais útil que o percebamos. 
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PALADAR 
 
• É um sentido químico – brotos gustativos nas papilas, que capturam as 
moléculas de comida 
 
• É a combinação de cinco sensações básicas: 
Doce, salgado, amargo, azedo e “umami” (reforço de sabor glutamato de sódio) 
 
• O número de papilas gustativas se reproduzem a cada uma a duas semanas, mas 
diminui conforme envelhecemos 
 
• Respostas emocionais são inatas 
 
• Há receptores na parte posterior e no céu da boca 
 
• Se perdermos um lado da língua, o outro fica supersensível 
 
• Não sentimos o sabor dos nutrientes (gordura, proteína, amido e vitaminas), 
mas sim dos alimentos nutritivos e dos estragados 
OLFATO 
 
• Também é um sentido químico, mas não existem sensações básicas como as 
do paladar 
 
• Células receptoras reconhecem as moléculas do odor individualmente 
Alguns odores disparam uma combinação de receptores 
 
• Mulheres têm melhor sentido de olfato do que homens. Jovens têm melhor 
sentido de olfato que idosos. 
• Atratividade dos cheiros depende de 
associações aprendidas 
 
• Odores evocam espontaneamente 
memórias e sentimentos 
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VISÃO 
 
Processamento Paralelo: o cérebro subdivide a cena em subdimensões e 
trabalha em cada aspecto simultaneamente. 
• cor, 
• movimento, 
• forma e 
• profundidade 
 
Não se sabe como o cérebro integra essas subdimensões 
 
 
 
 
 
 
 
 
A via visual representa de forma fiel a estimulação retiniana, mas a 
representação cerebral incorpora nossas crenças, interesses e expectativa 
AUDIÇÃO 
 
• Experimentamos ondas de pressão que variam de frequência (tom) e a 
amplitue (altura) e que produzem vibrações no tímpano 
 
• Localizamos o som pela detecção de mínimas diferenças de intensidade e 
amplitude por cada uma das orelhas 
 
• Perdas auditivas podem ser consequencia de exposição prolongada a sons 
altos, doenças e idade 
 
• “A cegueira afasta as pessoas das coisas. A surdez afasta as pessoas das 
pessoas” – Hellen Keller 
 
 
 
 
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TATO 
 
Combinação de quatro sensações básicas: 
 
• Pressão• Calor/frio 
• Dor 
 
• Há receptores específicos para cada modalidade somatosensorial 
(mecanorreceptores, termorreceptores, nocirreceptores) 
• Estímulo em pontos de pressão adjacentes causa cócegas 
• Cócegas produzidas pela própria pessoa ativa menos o córtex somato-
sensorial 
• Toques leves repetidos em pontos de dor causam coceira; 
• Toques em pontos adjacentes de frio e pressão causam a sensação de 
umidade 
• Os pontos de frio respondem tanto a temperaturas muito baixas quanto a 
muito altas 
• Estímulo em pontos vizinhos de calor e frio produz a sensação de quente 
DOR 
 
• Teoria do portão 
 
• Analgesia pela liberação de endorfina 
 
• Influências sociais 
 
• Em baixa intensidade, um estímulo que produz dor pode causar outras 
sensações (calor, frio, maciez, aspereza...) 
 
• Memórias da dor: é melhor diminuir gradativamente a intensidade de um 
procedimento doloroso do que terminá-lo abruptamente 
 
• O cérebro cria a dor - A dor pode ser produzida sem aferências sensoriais. 
Então, a dor deve ser tratada tanto física como psicologicamente por meio de 
drogas, cirurgias, acupuntura, estimulação elétrica, massagem, exercícios, 
relaxamento e distração 
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Controle da dor? 
PROPRIOCEPÇÃO 
• Cinestesia - (Sentido da posição das 
partes do nosso corpo e do 
movimento) 
• Sentido vestibular (monitora 
a posição e o movimento da 
cabeça por meio do labirinto 
na orelha interna) 
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Interação Sensorial 
 
• Um sentido pode influenciar o outro 
 
• O cérebro mistura suas aferências. Ao detectar um evento, o cérebro combina 
simultaneamente sinais de diferentes modalidades sensoriais 
 
 
Por exemplo: 
 
• Odor + textura + sabor = sabor 
 
 
E mais... 
 
Ao interpretar um evento, o cérebro acrescenta a essa mistura nosso estado 
psicológico – nossas experiências, expectativas e motivações. 
3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 
0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 
3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, 
C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. 
 
QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, 
V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, 
R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 
4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 
45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0. 
 
QU3 N4D4! C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, 
R1ND0, D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. 
C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40: 
G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 
C0154,3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 
D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. 
 
M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 
73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!!! 
S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 O C4R1NH0. 
0 R3570 3 F3170 D3 4R314. 
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Próxima aula 
 
PERCEPÇÃO 
• Atenção 
• Percepção de formas, padrões e cores; profundidade e distância; 
movimento 
• Figura e fundo e agrupamento 
• Constância perceptiva 
 
Leitura: 
MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2006 
Cap. 6 – Percepção 
 
SACKS, O. O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. 1ª ed. São 
Paulo: Companhia da Letras, 1997, p. 59-70. Caso sugerido: "A MULHER 
DESENCARNADA" 
 
Debate: 
Restrição sensorial e visão restaurada