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LUCRO ARBITRADO
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O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do IRRF e CSLL utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. 
É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do Lucro Real ou Presumido. 
Por exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não tem o livro diário ou razão, quando deixa de escriturar o livro inventário, etc.
PERÍODO DE APURAÇÃO - A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá trimestralmente.
Legislação: I.N. 1.700 de 2017 art. 226 a 237.
O lucro arbitrado e o resultado arbitrado serão determinados pelo regime de competência.
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DAS HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO
Art. 226. O IRPJ devido será exigido a cada trimestre, no decorrer do ano-calendário, com base nos critérios do lucro arbitrado, quando:
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; ou
b) determinar o lucro real;
III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa;
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DAS HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO
IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido;
V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o disposto no § 1º do art. 201;
VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário;
VIII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF.
Parágrafo único. A pessoa jurídica que pagar o IRPJ com base no lucro arbitrado determinará a base de cálculo da CSLL com base no resultado arbitrado.
Ocorridas quaisquer das hipóteses previstas na legislação fiscal, poderá o arbitramento: 
ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos na legislação do imposto de renda; 
ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta.
A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral do arbitramento.
A adoção do regime de tributação com base no lucro arbitrado poderá ser feito para um único trimestre, desde que enquadrado nas hipótese da lei. A pessoa jurídica poderá retorno no mesmo ano calendário para o Lucro real ou Lucro presumido. 
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A opção pelo arbitramento de lucro não isenta as pessoas jurídicas de comprovar a origem das suas receitas, também não exclui a aplicação das penalidades cabíveis. RIR99, art. 538. 
Contribuinte que não apresentar ECF e demais obrigações, nos prazos fixados no art. 3º, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas previstas no art. 57 da MP nº 2.158-35 e Art. 6º da IN SRF nº 1.422, de 2014. 
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são os mesmos aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido, acrescidos de 20%.
Exemplo:
Presunção de Serviços é 32%, para o arbitramento há um acrescimento de 20% (6,4%): TOTAL do arbitramento será 32%+6,4% = 38,4% 
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ATIVIDADES PERCENTUAL PARA ARBITRAMENTO:
Revenda de combustíveis - 1,92%;
Fabricação própria, Revenda de mercadorias, Industrialização por encomenda, Transporte de cargas, Serviços hospitalares - 9,6%;
Atividade rural e Serviços de Transporte/ exceto cargas - 19,2%;
Administração de consórcios, Hotelaria e estacionamento, Serviços Profissionais habilitados, Representante comercial, Administração Locação de imóveis, Corretagem em geral, Serviços da construção civil e Factoring - 38,4%
Bancos, instituições financeiras e assemelhados - 45,0%.
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Quando não conhecida a Receita Bruta, o cálculo do Lucro Arbitrado será determinado por meio de procedimento de ofício, mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo:
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DIFERIMENTO: A pessoa jurídica deverá adicionar à base de cálculo do lucro arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, independentemente da necessidade do controle na Parte B do Lalur.
PREJUÍZO FISCAL: O regime de tributação com base no lucro arbitrado não prevê a hipótese de compensar prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores por PJ Lucro Real. Entretanto, tendo em vista que não existe mais prazo para a compensação de prejuízos fiscais, caso a pessoa jurídica retorne ao sistema de tributação com base no lucro real poderá nesse período compensar, desde que mantenha o controle desses valores no Lalur, Parte B, os prejuízos fiscais anteriores, obedecidas as regras vigentes no período de compensação. 
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Do imposto apurado com base no lucro arbitrado não será permitida qualquer dedução a título de incentivo fiscal. Entretanto, poderá ser deduzido, do imposto apurado em cada trimestre: 
o imposto de renda ou Contribuição Social pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido, desde que pago ou retido até o encerramento do correspondente período de apuração; 
o imposto de renda ou Contribuição Social pago indevidamente em períodos anteriores.
A alíquota da CSLL que incidirá sobre a base de cálculo arbitrada é de 9%.
Já alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo arbitrada é de 15%. O adicional do imposto de renda devido com base no lucro arbitrado será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% sobre a parcela do lucro que exceder ao valor de R$60.000,00 em cada trimestre. 
Da Mudança de Lucro Real para Lucro Arbitrado
Art. 231. A pessoa jurídica que, até o período de apuração anterior, houver sido tributada com base no lucro real deverá adicionar às bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, correspondentes ao 1º (primeiro) período de apuração no qual for tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, independentemente da necessidade de controle na parte B do e-Lalur e do e-Lacs.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se inclusive aos valores controlados por meio de subcontas referentes:
I - às diferenças na adoção inicial dos arts. 1º, 2º e 4º a 71 da Lei nº 12.973, de 2014, de que tratam os arts. 294 a 296; e
II - à avaliação de ativos ou passivos com base no valor justo de que tratam os arts. 97 a 101.
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