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Os terríveis dois anos do mestrado

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23/08/2015 Os terríveis dois anos do mestrado
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Os terríveis dois anos do mestrado
Dizem por aí que todo casal apaixonado costuma entrar em crise de relacionamento nos exatos
dois anos juntos. Apesar da falta de bases científicas para se comprovar tal hipótese, posso
afirmar que algo parecido pode ocorrer com um mestrando durante os ditos 2 anos de pesquisa.
Afinal, que tipo de pesquisa pode-se desenvolver em dois anos?
Uma dissertação de mestrado costuma ser simples e muitas vezes limitada, até porque não
existe tempo hábil para um trabalho aprofundado.
A verdade é que durante um período curso nem há tempo para se pensar no que se faz,
simplesmente se faz já que todos os prazos são para ontem.
Entretanto chega aquele período em que as disciplinas acabam, você concluiu boa parte dos
experimentos e coletas, chegou a hora de escrever!Só que não.
Você simplesmente trava e se pergunta: Qual a importância do meu trabalho? Estou fazendo da
forma correta? E sua consciência diz que você poderia ter feito algo maior.
Se você, assim como eu, está sofrendo dessa trava, bate aqui: estamos nacrise dos terríveis dois.
Se fosse um casamento, a gente poderia correr para uma terapia de casal. Infelizmente é algo
mais complicado, é o nosso futuro profissional em jogo e a resposta só vai estar em nós
mesmos.
Somos nós que temos que enxergar a importância da nossa dissertação e divulgá-la, que
devemos ter um olhar crítico para os nossos artigos e torna-los mais relevantes, se for o caso.
Mas calma, a crise é um sinal de que você está explorando sua pesquisa por inteiro, tanto, que é
capaz de questioná-la. Quem é apenas coadjuvante de um projeto sequer pensa no que pode dar
errado – confia totalmente nas ordens do orientador.
Todavia, o pós-graduando que está no controle do seu projeto é que sente na pele todos os
23/08/2015 Os terríveis dois anos do mestrado
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furos da bibliografia, duvida de certos métodos, critica o próprio trabalho e almeja fazer algo
mais abrangente.
Quer uma boa notícia?
Toda crise é passageira e existem certas atitudes que podem lhe ajudar a passar pela crise
científica de forma mais tranquila. Pelo menos está dando certo para mim.
1. Converse com outros professores
Às vezes quem está de fora pode ter uma visão mais ampla que a sua e de seu orientador que
estão no centro da pesquisa. Se você quer ter uma visão mais ampla de seu trabalho, procure
bater um papo com aquele professor legal daquela disciplina que você cursou.
2. Exponha a suas dúvidas ao seu orientador
Orientadores também podem se equivocar, então, se você tem dúvidas quanto às informações
dadas por eles, exponha seus questionamentos.
3. Leia, leia e leia
Pegue aqueles artigos importantes e leia várias vezes, se preciso mande e-mail para os autores,
busque novas fontes. Quanto mais leitura, mais ideias surgem. Não fique com a consciência
pesada por estar lendo muito e escrevendo pouco.
4. Seja otimista e persista
Nessa fase, é muito fácil se enxergar como vítima, superestimar as dificuldades da vida na pós-
graduação e sentir vontade de desistir. Pense no quanto que você batalhou para estar no
mestrado e no quanto seu trabalho pode ser relevante, só depende de você.
Texto escrito por Jessika Alves, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Diversidade
Animal – UFBA. Escreve nos blogs Isso não é camarão e A vida marinha.

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