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14-09-2010 1 Mendelismo 14-09-2010 2 Princípios da Transmissão Genética Padrões de hereditariedade Autossómica (descoberta por Mendel) – baseada na variação de genes singulares localizados nos autossomas (cromossomas não sexuais). Ligada ao Sexo – baseada na variação de genes singulares localizados nos cromossomas sexuais. Limitada pelo sexo – baseada na variação de genes singulares localizados em autossomas, mas cuja expressão é influenciada por hormonas sexuais. Hereditariedade citoplasmática – baseada na variação de genes singulares localizados no DNA dos organelos. Pisum sativum 14-09-2010 3 As 7 características estudadas por Mendel Alguns conceitos… Linha pura – população cuja descendência, por fecundação entre os progenitores ou por auto-polinização, não mostra variação (indivíduos homozigóticos para todos os genes); Mendel usou linhas puras porque durante dois anos cultivou ervilheiras até obter uma população uniforme. Fenótipo – aspecto dum organismo em relação a um dado carácter. Genótipo – a composição específica dos alelos presentes num gene (ou genes) duma célula, ou dum organismo. Dominante – diz-se do alelo que expressa o seu efeito fenotípico mesmo quendo em heterozigose com um gene recessivo. Recessivo – diz-se do alelo cujo efeito fenotípico não é expresso num heterozigótico. Homozigótico – 2 alelos iguais num dado locus (indivíduos diplóides). Heterozigótico – 2 alelos diferentes num dado locus (indivíduos diplóides). Hemizigótico – quando só existe uma cópia do gene. 14-09-2010 4 Geração Progenitora (P) – todos os organismos usados para efectuar cruzamentos controlados (e.g. linhas puras de Mendel) Primeira geração (F1) – todos os descendentes provenientes do cruzamento entre os progenitores (P). Segunda geração (F2) – todos os descendentes resultantes do cruzamento entre os indivíduos da F1. Cruzamento recíproco – quando num dado cruzamento, um fenótipo está presente no pai ou na mãe.♀ A X ♂ B; Recíproco ♀ B X ♂ A Cruzamento teste (testcross) – quando se cruza um indivíduo dum dado genótipo com um homozigótico recessivo. Retrocruzamento – cruzamento dum indivíduo F1 com um Progenitor (indivíduo de genótipo igual a P): F1 X P. Nomenclatura genética – cada organismo tem a sua nomenclatura própria (com comités próprios). Cruzamento recíproco 14-09-2010 5 Um cruzamento de Mendel 1ª Lei de Mendel Lei da uniformidade dos híbridos da primeira geração: - Se cruzarmos duas plantas que diferem apenas num carácter, então os híbridos resultantes serão uniformes para esse carácter. O carácter uniforme será dominante sobre o outro que não aparece na F1 (recessivo). 14-09-2010 6 E cruzando F1 x F1? Fenótipos 3:1 Genótipos: 1:2:1 O mesmo se verificou para os outros 6 caracteres: uniformidade dos híbridos na primeira geração e segregação 3:1 na segunda geração (2,96:1; 3,01:1; 3,15:1; 2,95:1; 2,82:1; 3,14:1; 2,84:1). 14-09-2010 7 2ª Lei de Mendel Lei da segregação factorial: - Enuncia que, para cada característica, um organismo herda dois factores, um de cada progenitor. Os factores podem ser iguais ou diferentes. Se forem diferentes, o dominante expressa a característica, e o recessivo não tem efeito no fenótipo do indivíduo. Acrescenta ainda que durante a formação dos gâmetas (células sexuais) os factores separam-se e cada gâmeta é portador dum só factor. Cruzamento Aa X aa 14-09-2010 8 E para duas características? Independência dos caracteres 14-09-2010 9 3ª Lei de Mendel Lei da independência dos caracteres: -Enuncia que o aparecimento de um factor não afecta o aparecimento de outro. O factor dominante que determina a característica do indivíduo não influencia o factor recessivo: este pode ser transmitido à descendência sem alterações. Acrescenta ainda que diferentes pares de genes distribuem-se independentemente na formação dos gâmetas. 14-09-2010 10 Segregação 9: 3: 3: 1 E teste-cruzando um duplo heterozigótico? 14-09-2010 11 E agora para 3 genes? 14-09-2010 12 Aplicando probabilidades, é mais fácil…… 14-09-2010 13 Análise genética no Homem: Segregação em Árvores genealógicas Hereditariedade autossómica dominante Doença de Huntington 14-09-2010 14 Árvore genealógica para o albinismo (caract. autossómica recessiva) Complicações no conceito de dominância 14-09-2010 15 Tipos de mutação: Amorfa: a mutação codifica uma enzima inactiva (SBEI) - null Hipomorfa: mutação que reduz o nível duma enzima mas não a elimina - leaky Hipermorfa: mutação que aumenta o nível duma enzima Neomorfa: mutação que altera um gene qualitativamente (eyeless) – expressão ectópica Antimorfa: o produto codificado pela mutação é antagónico do produto proteico normal 14-09-2010 16 Mas como é que funciona uma mutação recessiva ou dominante? Dominância completa mutações recessivas um alelo é haplosuficiente quando basta estar um presente para produzir um fenótipo selvagem mutações dominantes um alelo é haploinsuficiente quando são precisas duas cópias para produzir um fenótipo selvagem No albinismo, a alelo selvagem é haplosuficiente (dominante em relação à mutação; a mutação é recessiva!). 14-09-2010 17 Dois modelos para uma mutação dominante Uma mutação pode ser dominante porque: ► Um único alelo selvagem (haploinsuficiente) não produz quantidade suficiente de proteína para funcionar adequadamente ► O alelo mutante actua como negativo dominante, produzindo um produto proteico defeituoso (ex: osteogénese imperfeita) Dominância incompleta ou semidominância 14-09-2010 18 Antirrhinum Codominância 14-09-2010 19 Fotografia dos glóbulos vermelhos,ao microscópio electrónico, de um indivíduo com anemia falciforme. 14-09-2010 20 Substituição de uma única base que leva a uma mutação missense no gene da -globina. Fenótipo do indivíduo Genótipo Posições da migração da hemoglobina Origem Tipos de hemoglobina presentes Migração Normal Anemia falciforme Portador Electroforese da hemoglobina de indivíduos com anemia falciforme, heterozigóticos e normais. 14-09-2010 21 Série alélica – Trifolium (alelos múltiplos) Alelos letais (dominantes ou recessivos) AY (amarelo) ML (Manx) 14-09-2010 22 Penetrância incompleta e expressividade variável Penetrância: muitos genes mostram penetrância incompleta – nem todos os indivíduos com um certo genótipo apresentam o fenótipo correspondente; pode-se definir como a % de indivíduos com um dado alelo que expressam o fenótipo associado a esse alelo. Expressividade: define-se como a extensão a que um dado alelo é expresso ao nível do fenótipo; ou seja, é a medida da intensidade do fenótipo. Pode ser influenciada por factores ambientais ou pelo fundo genético. ►Fenocópias: é um organismo que possui um fenótipo mutante mas que tem um genótipo normal (tipo selvagem) – a aparência foi obtida por causas ambientais e não por causas genéticas. Interacção génica Genes reguladores – a transcrição de um gene pode ser activada ou desactivada por genes reguladores (e.g. operão lac); as proteínas reguladoras ligam-se aos genes estruturais Máquinas moleculares – Proteínas codificadas por um gene podem ligar-se a proteínas de outros genes, para formarem um complexo activo (máquina molecular) que desempenha uma função Modificação de proteínas – proteínas de um gene podem modificar proteínas codificadas por um segundo gene, de modo a activar oudesactivar a sua função Transdução de sinal – a actividade duma enzima pode depender da disponibilidade dum substrato e sinais ambientais podem também desencadear uma cascata de etapas sucessivas reguladas por genes (transdução de sinal) Genes Modificadores – pequenos efeitos quantitativos ao nível da expressão de outros genes Vias bioquímicas – reacções sucessivas 14-09-2010 23 Teste de complementação: são métodos genéticos para determinação se dois mutantes recessivos com fenótipos iguais apresentam mutações no mesmo gene ou em genes diferentes. Temos 2 mutações: produzem o mesmo fenótipo; serão mutações do mesmo locus ou de loci diferentes? ► Cruzamos as duas linhas puras mutantes e se: ► se for o mesmo gene, a F1 vem toda mutante ► se for em genes distintos, a F1 vem toda selvagem, ou seja, ocorreu complementação Teste de complementação Mutação # 1 x Mutação # 2 → F1 100% selvagem (complementação) Mutação # 1 x Mutação # 2 → F1 100% mutante (sem complementação) Teste de complementação 14-09-2010 24 14-09-2010 25 Genes complementares 14-09-2010 26 Exemplo bem conhecido de Interacção génica: a cor dos pimentos Segregação 9:7 Modelo molecular 1 14-09-2010 27 Segregação 9:7 Modelo molecular 2 Segregação 9:3:4 (Epistasia recessiva) Modelo molecular Os alelos selvagens de 2 genes w+ e m+ codificam 2 enzimas diferentes → azul Genótipo mm → flores magenta Genótipo ww → flores brancas (incluindo ww mm) Collinsia parviflora 14-09-2010 28 Outro exemplo de epistasia recessiva 9:3:4 B_ E_ = preto; B_ ee = creme; bb E_ = castanho; bb ee = creme E a pelagem dos mamíferos (genes A, B, C, D, S) também é um excelente exemplo de interacção génica! Supressão Segregação 10:6; 13:3 Modelo molecular Um supressor (neste caso é recessivo) impede a expressão dum alelo mutante (m) e restabelece o fenótipo selvagem (alteração compensatória). 10:6 14-09-2010 29 Supressão (outro exemplo) 13:3 Drosophila O alelo recessivo pd (purpleoid) resulta em cor púrpura dos olhos quando não suprimido O alelo recessivo su não tem fenótipo por si só, mas suprime o efeito do alelo pd pd+_ su+_ (olhos selvagens) = 9 pd+_ susu (olhos selvagens) = 3 { 13 pdpd susu (olhos vermelhos) = 1 pdpd su+_ (olhos purpleoid) = 3 { 3 rr PP R_ P_ R_ pp rr pp
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