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Educação de Jovens e Adultos Atividade Dissertativa 1 FAM

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Educação de Jovens e Adultos Atividade Dissertativa 1 
FAM – Pedagogia 
 
Pergunta 1 
Leia os textos: 
TEXTO 1: 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino complexa porque envolve 
dimensões que transcendem a questão educacional. Até uns anos atrás, essa educação 
resumia-se à alfabetização como um processo compreendido em aprender a ler e escrever. O 
professor que se propõe a trabalhar com adultos deve refletir criticamente sobre sua prática, 
tendo também uma visão ampla sobre a sala de aula, sobre a escola em que vai trabalhar. Tem 
que ampliar suas reflexões sobre o ensinar, pensando sobre sua prática como um todo. Ele 
precisa resgatar junto aos alunos suas histórias de vida, tendo conhecimento de que há uma 
espécie de saber desses alunos que é o saber cotidiano, uma espécie de saber das ruas, pouco 
valorizado no mundo letrado e escolar. Frequentemente o próprio aluno busca na escola um 
lugar para satisfazer suas necessidades particulares, para integrar-se à sociedade letrada, da 
qual não pode participar plenamente quando não domina a leitura e a escrita. 
STRELHOW, T. B. Breve história sobre a educação de jovens e adultos no Brasil. Revista 
HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 10, n. 38, p. 49–59, 2012. Disponível em: 
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639689. Acesso em: 7 
dez. 2020. 
TEXTO 2: 
(...) a ação coordenadora e formadora junto aos professores iniciantes de EJA deve passar por 
algumas observações e considerações: 
1) Levarás em conta as trajetórias dos educandos 
Cada educando tem uma trajetória e, no momento de ensinar, deve-se considerar essas 
trajetórias e trazê-las para dentro da aula. Não ouvi-las com ouvido de mercador. (...) 
2) Respeitarás o tempo de cada um 
Não podemos jamais nos esquecer de que cada educando tem seu tempo. No caso de jovens e 
adultos, isso é importantíssimo! Achar que todos aprenderão do mesmo modo ou no mesmo 
tempo levará ao desânimo daqueles que, por este ou aquele motivo, não conseguem 
acompanhar a turma. (...) 
3) Reconhecerás cada faixa etária com suas especificidades 
Um risco muito comum (e frequente) é infantilizar os educandos. Isso acontece, às vezes, 
involuntariamente, na forma de falar com eles, de cobrá-los, ou ainda nos tipos de atividade 
que se propõe em sala de aula. (...) 
4) Respeitarás a diversidade como regra 
Uma sala de EJA talvez seja a melhor amostra de como nossa sociedade é diversa. (...) 
5) Motivarás sempre e não desistirás jamais 
A baixa autoestima é encontrada em muitos educandos de EJA. Suas trajetórias de dificuldades 
de toda ordem, sua experiência muitas vezes traumática com uma escola excludente, as 
adversidades que enfrentam para frequentar a sala de aula são grandes barreiras que esses 
alunos precisam transpor para acessar, permanecer e concluir com sucesso. Lidar com elas é 
um dever constante do professor de EJA. (...) 
SOUZA, Ewerton F. de. Os cinco mandamentos do professor da EJA. Gestão Escolar. Disponível 
em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2147/os-cinco-mandamentos-do-professor-da-
eja>. Acesso em: 7 dez. 2020 
 
Proposta: 
Levando em consideração os dois textos, escolha dois pontos trabalhados no Texto 2 que você 
considere mais importantes para o trabalho docente na EJA. Explique e dê exemplos de como 
o docente pode estimulá-los em sala de aula. 
 
Resposta: 
Todos os pontos apresentados no texto 2 se correlacionam e são essenciais para ensinar e 
aprender com jovens e adultos e devem estar presentes na práxis de cada professor e 
professora dentro e fora da sala de aula. Como exemplo de sua aplicação na prática 
pedagógica destacam-se os tópicos 1 e 4, conforme exposto a seguir: 
 
 1) Levarás em conta as trajetórias dos educandos 
Considerar as especificidades de cada educando é a base para o sucesso, interesse e 
envolvimento do estudante no processo de ensino aprendizagem, especialmente no EJA, 
quando nos deparamos com discentes de diferentes idades, classes sociais, bagagem cultural, 
enfim, toda a complexidade do ser humano e da sociedade. 
Um bom começo para estreitar os vínculos entre alunos e professor é realizar uma roda de 
diálogo com objetivo de que cada estudante faça uma breve apresentação de si, cujo professor 
terá o papel de mediador e ouvinte. Esta dinâmica inicial permitirá ao docente delinear 
caminhos, selecionar conteúdos e realizar o planejamento e avaliação em consonância com as 
demandas da turma, mantendo a coerência e coesão com as normas legais e o Currículo. 
 
4) Respeitarás a diversidade como regra 
A educação deve ser pensada e praticada como exercício da diversidade e da cidadania, isto é, 
fundamentada no reconhecimento e na percepção do diferente, a diversidade deve ser 
celebrada enquanto conhecimento a ser explorado, riqueza, troca, e não como um fato bizarro 
a ser observado, marginalizado ou negado (SECAD, UNESCO, 2005). Cabe a escola: estimular as 
diferenças, as diversas manifestações do "eu", enquanto elemento educativo que pode 
acrescentar valores; oferecer as oportunidades do acesso à cultura e a construção de vínculos 
afetivos através da interação; discutir abertamente os preconceitos, respeitar os ritmos e 
limitações de cada estudante, buscando uma análise crítica e criativa que privilegia a inclusão, 
o respeito e a integração entre os diferentes sujeitos que formam o grupo. 
Como a proposta trata de conceitos fundamentais para o estudante de Pedagogia que vive o 
século XXI, é importante abordar os desafios e conflitos que a sociedade enfrenta neste 
período. Entre diferentes anseios, destaca-se a escola inclusiva, para todos e que respeite o 
tempo e as necessidades de cada estudante. Uma escola inclusiva requer adaptações e a 
primeira delas é a Proposta Pedagógica da Escola, que poderá dar sustentação para todas as 
outras adaptações seguintes. A utilização de recursos audiovisuais é um elemento que pode 
tornar as aulas mais interessantes para os estudantes e contribuir para a reflexão, assimilação 
e discussão dos conteúdos propostos. 
É preciso estimular e difundir os bons exemplos na educação. Não um único método como o 
correto e perfeito, mas prestigiar as boas experiências, valorizar o trabalho pedagógico, trocar, 
aprender com o erro e nos alegrar por fazer parte de um momento da história que se constrói 
uma nova educação! 
 
Referência: 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE (SECAD) e 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA 
(UNESCO). Educação como exercício de diversidade. In: Coleção educação para todos, 
v. 7. Brasília: UNESCO, MEC, ANPEd, 2005, 476 p.